Templar escrita por Markonoha


Capítulo 6
Unidos contra o Mal


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem :)



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Matteo:

Há mais ou menos duas horas eu e meus colegas estávamos cavalgando pela floresta. Nós nos dividimos em grupos. Eu fui para um lado com Aurélio, Dominic e Dante. Enquanto Donovan, Augusto e Cícero partiram na direção contrária. Como não havia comunicação entre nós, ficou combinado que na manhã seguinte nos reuniríamos de novo no ponto de partida.

-Então Matteo, o que exatamente procuramos? Caras encapuzados com jeito de assassinos? - Perguntou Aurélio.

-Na verdade sim Aurélio. Devemos inspecionar qualquer pessoa suspeita. - Respondi.

- Matteo, receio que inspecionar pessoas não nos leve a nada. Eles não vão andar por aí como pessoas normais. - Informou-me Dante com ar preocupado.

Eu sabia que ele tinha razão. Eles eram monstros e não pessoas. Não bastava procurar por eles em meio à floresta, deviam ter uma base, algo grande onde poderiam se esconder.

-Você tem razão. - concordei - Precisamos encontrar a base deles. Creio que não deve ser muito longe do templo que eu destruí.

-Aquele onde o Fausto morreu? - pergunta Aurélio em tom sério - Onde você disse que ficava mesmo?

-Não é muito longe de onde estamos. - informo - Se seguirmos à oeste agora, com sorte chegaremos ainda hoje. Ao entardecer. - proponho.

Sem pensar duas vezes, Dante e Aurélio assentem, mas Dominic mantém-se sério.

-Tudo bem, e quanto a você Dominic? - pergunto - Virá conosco?

-Não sei. Já é muito perigoso ficar procurando Necromantes numa floresta, pior ainda é procurá-los em um templo ruído e durante a noite. - ele diz- Acho que vocês deveriam pensar melhor. Afinal, quem era Fausto senão mais um covarde?

Ele passou dos limites. Dominic encontrou a fórmula para me tirar do sério. Sem repensar saquei minha espada e guiei rapidamente meu cavalo até o dele. Ele ficou me olhando sem entender, até que pulei sobre ele e nos jogamos no chão. Começamos a rolar em um barranco, sempre brigando. Aurélio e Dante cavalgavam à toda atrás de nós tentando nos alcançar. Finalmente o barranco chegou ao fim, à baixo havia apenas um precipício gigante. Mal dava para ver o fundo. Quando estávamos bem na beirada finalmente Dante e Aurélio nos alcançaram e cada um pegou um de nós pelo braço. Eles nos puxaram para cima onde nos seguraram para que não começássemos aquela briga de novo.

-O que vocês tem na cabeça? - Perguntou Dante sério.

- Acontece que o Matteo queria defender sua namoradinha que jaz em um poço de óleo em baixo de escombros. - disse Dominic em tom sarcástico.

Aurélio apressou-se em acertar ele no estômago com o cabo da espada. Dominic gemeu de dor. A seguir eles nos soltaram. Trocamos olhares sérios.

-Já chega vocês dois! Podiam ter se matado, ou pior, matado todos nós na tentativa de salvá-los! - Disse Dante em tom sério.

Eu estava prestes a ignorar Dante e partir pra cima de Dominic, mas ouvimos algo vindo de dentro da floresta. Passos.

-O que foi isso? - perguntou Aurélio. - Tem alguém vindo pra cá.

-Peguem suas espadas - disse Dante - E dessa vez ataquem o inimigo e não uns aos outros. - falou, olhando para mim e Dominic.

Os passos foram ficando cada vez mais altos até que os galhos mais próximos se mexeram. Estávamos alerta para qualquer coisa que saísse de lá. Mas felizmente eram apenas Donovan e Cícero.

-Ah são vocês. - disse Dominic aliviado.

- Espera aí. Cadê Augusto? - Perguntou Dante embainhando a espada.

Donovan e Cícero trocaram olhares tristes e então sentaram-se no chão. Eles tinham uma expressão de medo. Estavam aterrorizados.

-Nós tínhamos encontrado um lugar muito grande. Parecia abandonado. - disse Cícero e em seguida começou a chorar. - Precisávamos verificar se era seguro entrar e então Augusto se ofereceu...

Donovan continua chorando enquanto Cícero abaixa a cabeça e termina o relato do amigo.

-Nós tentamos dizer à ele que poderíamos encontrar outro lugar pra ficar. Que não era necessário ficar ali. Era muito arriscado entrar sem saber o que havia lá, mas ele nos ignorou. Entrou assim mesmo. Ele estava demorando demais lá dentro e justo quando íamos entrar para ver se ele estava bem, ouvimos ele gritar. - disse Cícero e em seguida começou a chorar também.

-Está vendo, é disso que estou falando. Se vocês tivessem sido mais corajosos Augusto ainda estaria conosco. São todos covardes! Covardes! Não deviam ser chamados de Templários! - disse Dominic enquanto todos mantinham as cabeças baixas em compreensão à morte de Augusto.

Felizmente, antes que eu arrancasse a cabeça de Dominic, Aurélio fez um gesto apontado para a floresta.

-Quer saber? Já me cansei de você Dominic e antes que eu corte a sua garganta suma daqui. Não quero saber o que vai te acontecer na floresta, quero mesmo é que você desapareça da minha frente ou não respondo por mim. - disse Aurélio ainda de cabeça baixa.

-Ótimo. Eu prefiro assim mesmo. Vocês tem medo de que eu me revolte e mate um por um. - diz Dominic olhando para nós.

Eu já estava farto. Levantei-me e peguei Dominic pelo pescoço. Ergui-o acima do precipício.

-Quero ver a sua coragem agora! Vamos! Mostre-me o quanto você é corajoso Dominic! Vamos ver se você tem coragem enquanto cai de um precipício! Bata asas e voe! - digo soltando-o no precipício.

Para minha surpresa ninguém interfere. Pelo contrário. Dante vai até a borda do precipício e olha para baixo, conferindo se o desgraçado não estava preso numa árvore.

-Bom trabalho. - ele diz botando a mão no meu ombro - Ele estava nos atrasando e eu também já havia me cansado dele. - Dante diz.

O resto da noite foi uma combinação de tristeza e medo. Cortamos os galhos das árvores mais próximas para fazer a fogueira e após isso nos sentados relutantes ao redor de um mapa para planejar nosso próximo passo. Cícero e Donovan nos mostraram o local onde encontraram a tal caverna onde Augusto morreu.

-Está vendo? Bem aqui. – Donovan aponta um lugar à oeste no mapa.

Como eu presumi o local ficava à alguns quilômetros do templo destruído.

-Bem, está decidido. Amanhã pela manhã partiremos rumo à caverna misteriosa. – falou Dante.

Todos assentiram. Estávamos prontos para vingar nossos colegas.


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Notas finais do capítulo

Como terminará essa missão? Continuem lendo para saber :)



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