Templar escrita por Markonoha


Capítulo 7
Sonhos Perdidos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Foi feito com muito trabalho e dedicação especialmente para vocês. :)



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#Cato:

As ondas balançavam o barco de um lado para outro, e aquilo estava me dando náuseas. Eu estava sobre uma rede e Cassius estava sobre outra à minha esquerda. Elas estavam dispostas com o lado dos nossos pés virado para a porta do navio. Eu estava quase dormindo quando ouvi o grito do capitão lá em cima.

-Pelos deuses! É ele, é eleeeee! O monstro está aqui! - ele gritava lá em cima - Senhor Cassius, precisa... - ele é interrompido.

Cassius e eu nos entreolhamos e subimos correndo até onde o capitão está. Ao chegar lá vemos o capitão esquartejado e à seu lado um monstro. Ele tinha a pele vermelha e usava uma capa do mesmo tom. Olhos amarelos como os de um demônio. Cabelos negros que iam até o meio da coluna. Ao abrir um sorriso maléfico pude ver que possuía duas presas enormes.

-Pelos deuses! Não pode ser! - disse um dos colegas de Cassius.

O monstro soltou um pedaço do braço direito do capitão e correu, em uma velocidade absurda, até o colega de Cassius. O pegou do pescoço e ergueu acima da cabeça. Com a outra mão o segurou pelo meio das pernas e puxou-o com ambas as mãos, fazendo sua coluna se quebrar em cima da cabeça do monstro. Ele caiu gritando e segurando as costas. O monstro nos olhos friamente com aquele mesmo sorriso e então estalou os dedos, em sua mão apareceu um cajado que foi tomando forma e virando um tridente. Antes que ele pudesse acertar o pobre homem no chão, pulei sobre ele mas ele defendeu-se me acertando com o tridente. Fui jogado para fora do navio. A força foi tamanha que devo ter voado três quilômetros antes de cair de volta no mar. Instantaneamente desmaiei.

#Matteo:

Era uma manhã tipicamente quente. Logo cedo nos preparamos e seguimos rumo à caverna onde Augusto foi morto.

-O que acha que encontraremos lá? – pergunto à Dante.

-Não sei. Mas seja o que for devemos estar prontos para o pior. – Dante diz olhando para frente sempre.

-E quanto a Dominic? Acha mesmo que ele morreu? – pergunto a ele.

-Com certeza. Mas saiba que você fez errado. Não podemos esconder isso do conselho. Você provavelmente será dispensado... – Dante diz baixando a cabeça.

-É eu sei. Mesmo assim. Não estou aqui em missão, mas sim em vingança. Quero a cabeça do líder deles. Daquele que matou Fausto e Augusto. – digo com raiva.

Seguimos, nós cinco por mais algumas horas. A floresta era densa então era difícil cavalgar. Decidimos ir a pé.

-Pelo menos assim poderemos nos mover mais livremente no meio da floresta. – diz Cícero.

-Mais algumas horas e estaremos lá provavelmente. – diz Dante.

-Menos. Se formos andando rápido acho que levaremos uma meia hora até lá. – Diz Donovan.

-E se formos correndo? – pergunto pondo-me a correr com toda a velocidade.

Os outros começam a andar na mesma velocidade que eu.

-Menos de vinte minutos Matteo. – responde Donovan.

-Bem, sigamos assim então. – diz Dante.

-Mal vejo a hora de poder estraçalhar algumas cabeças. Hehehe. – diz Aurélio com seu jeito agressivo.

-Não se preocupe meu amigo, você terá muitas cabeças para esmagar. Mas lembre-se de deixar algumas para nós. ok? – diz Dante rindo.

Aumento a velocidade e os outros me seguem.

-Hehehe. Seja rápido então velho amigo, ou matarei todos antes que possa dizer Templário! – responde Aurélio também rindo.

-“Templário!” – dizemos todos em uníssono.

Quinze minutos depois e avistamos uma clareira grande. No meio havia uma entrada para uma caverna. De dentro vinha um mau-cheiro horrível. Uma mistura de sangue com lama cobria a volta da entrada e deixava um rastro até o interior.

-Ei. Esse sangue não estava aí da ultima vez... – diz Cícero olhando a entrada da caverna.

-Isso torna as coisas ainda piores... – Comentei.

-Mesmo assim temos de entrar. – diz Dante – Por Fausto e por Augusto.

Cada um escolheu uma arma: Eu peguei minha espada, Aurélio pegou o machado de guerra, Dante pegou uma espada também, Cícero pegou um punhal e Donovan pegou uma besta. Era chegada a hora. Teríamos de entrar na caverna e vingar nossos amigos.

-Bem senhores, que deus nos acompanhe na nossa jornada. – diz Aurélio – Agora vamos lá arrancar cabeças! – ele termina, e todos comemoram a ideia.

Entramos. Eu fui à frente com Dante enquanto Cícero e Donovan iam mais atrás, Aurélio cuidava da nossa retaguarda. A caverna tinha cheiro de sangue. Era iluminada por tochas. Seu interior era sufocante. Á medida que descíamos encontrávamos indícios de que alguém habitava aquele lugar. Já não andávamos mais sobre pedras, agora havia uma escada úmida feita de pedra.

-Onde será que isso leva? Espero que ao líder deles. – Disse Cícero.

-Não sei. Também espero que nos leve ao líder dos Necromantes. Seria ótimo acabar com isso logo e vingar os nossos colegas. – eu disse.

Seguimos mais um pouco e a caverna ficou muito escura. Por sorte ainda podíamos ver os degraus com a única tocha que carregamos conosco.

-Espero que cheguemos logo. Agora que tivemos que acender a tocha teremos menos tempo. Ela não irá durar muito, e quando se apagar, estamos perdidos. – Disse Donovan.

Ouvimos rosnados altos seguidos por vários uivos que pareciam vir do teto. Olhamos para cima e lá estavam. Criaturas do tamanho de um homem babando e rosnando para nós. Não sei o que me apavorou mais, se foram os pelos na sua pele ou se foram os olhos vermelhos que faziam meu coração gelar.

-Esses rosnados... Foram eles que atacaram Augusto!! Têm que ser eles! Eu me lembro de ouvir rosnados e depois os gritos de meu amigo!- disse Donovan- Ardam no inferno feras malditas! – ele disse atirando uma flecha na criatura que estava bem acima de nós.

O monstro soltou um urro de dor e jogou-se sobre a cabeça de Donovan que começou a correr gritando, o monstro atacava sem pena, cravava as garras no pescoço dele repetidamente.

-Donovan!- gritei- pelo amor de deus o ajudemos! Saia daí besta maldita! Pagarás por isto demônio! – falei.

Joguei-me sobre o monstro com a espada em punho. Atravessei sua cabeça girando a espada até arrancá-la. Donovan caiu no chão e ali ele ficou, mudo ,imóvel.

-Donovan. Por favor – pedi chorando – Não faça isso conosco. Você não... Já perdemos muitos para eles, não posso suportar mais uma perda... – ajoelhei-me e continuei chorando cada vez mais alto.

-Matteo, eu entendo a sua dor e também estou assim, mas precisamos cuidar do resto antes que eles cuidem de nós... – disse Dante tentando ser delicado.

Ele tinha razão. Eu tinha mais um motivo pra lutar, não poderia deixar impunes aqueles monstros. “Vou matar cada um deles com minhas próprias mãos. Juro que vou acabar com eles.”

-Por favor, deixem comigo. Eu consigo. – falei.

-Tem razão. Você mais do que todos nós tem motivos para se vingar deles. Perdeu até Fausto, seu amigo mais próximo. – disse-me Dante – Vá Matteo e mate tudo e todos por eles. Por Donovan, Augusto e principalmente por Fausto. – completou.

Peguei uma tocha e ataquei o primeiro monstro que pulou em mim. Ao chocar-se com a tocha ele caiu e eu larguei a tocha e peguei minha espada para atacar outro monstro que se aproximava por trás de mim. Em um golpe arranquei sua cabeça e virei-me para cuidar do outro monstro que já estava se levantando. Virei a espada e enterrei-a em suas costas. Ele urrou e caiu de bruços. Os monstros à volta, ao verem o sangue jorrar do colega, afastaram-se com medo.

-Bom trabalho Matteo. Vamos. Mais adiante deve ser o final da caverna. Estamos muito próximos de encontrar esse desgraçado. – disse Dante.

Seguimos pela caverna. Eu podia sentir a presença do mal mais abaixo de onde estávamos. Não sei explicar, só sei que eu o sentia.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao clímax dessa missão. No próximo capítulo. "A Busca pelo Necromante". Quem será esse ser maligno? Não percam o próximo capítulo para saber tudo isso e muito mais. TEMPLAR



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