Templar escrita por Markonoha


Capítulo 5
A Missão - Verdade por trás da fera


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo dedicado exclusivamente à Cato e ao seu ponto de vista. O desfecho do ataque ao Acampamento Cigano.



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Cato:

...A fera rosnou e então lançou-se sobre mim com toda a sua força. Levei a mão à cintura na intenção de sacar minha espada mas percebi que a havia deixado no barco. A fera tentava insistentemente me morde mas eu mantinha sua cabeça entre minhas mãos usando toda a minha força para afastá-la de mim.

–Besta do demônio! Pagarás pela morte de Líbero! – disse uma vós conhecida atrás de mim, era Cassius.

Junto dele haviam mais umas 15 pessoas, todas armadas de bestas que não demoraram a cortar os ares com suas flechas, todas apontadas na direção da fera.

–Isso é por Líbero! – disse Cassius atirando uma flecha nas costas da fera que tentava correr. – E isso é por todos que vocês mataram hoje maldito! – Ele atira outra flecha, dessa vez na nuca do monstro.

Nesse momento ouvimos um uivo e então todos pararam e olharam para fora da tenda. Mais criaturas. Um exército delas, suficiente para tomar uma cidade inteira. Tudo fazia sentido. Eles haviam matado todos na cidade. Éramos só nós.

–Cato, vamos. Consegue andar? – disse Cassius.

Assenti com a cabeça e o segui para fora do acampamento. Haviam barracas em chamas, pessoas correndo com Lobisomens no seu encalço. O caos era generalizado.

–Malditos. Mataram Líbero. Agora estamos por nossa conta. – Cassius diz e sai nos guiando campo afora até o barco.

Subimos no nosso velho navio junto com os outros 15 companheiros de Cassius que, a essa hora já eram menos de 7.

–Cato, como pôde ver eles são... – Cassius fala, mas eu o interrompo.

–Lobisomens? Aquela velha lenda local. Criaturas de olhos sedentos por sangue, que atacam nas noites de lua cheia sem dó nem piedade, devorando todos que cruzam seu caminho. Monstros indomáveis com sangue de lobo... – Ele retribui me interrompendo.

–Você está certo quando diz “Lobisomens”, porém o resto é só lenda mesmo. Eles são criaturas sedentas de sangue sim, mas a parte de atacarem na lua cheia é pura lenda. Eles atacam em qualquer lua, em qualquer ligar e a qualquer hora. São cruzas de homens com lobos. Criados pelos Alquimistas e vulgarmente chamados de Lobisomens. –Cassius diz.

–Como assim “vulgarmente”? Esse não é o nome correto? – Pergunto intrigado.

–Na verdade o nome inicial dado pelos seus criadores, os Alquimistas, era Chimaera. Cruzas de pessoas com animais. Como haviam mais cruzas feitas com animais diferentes, foram então apelidados de Lupusmen, ou como são chamados hoje Lobisomens. – Fala Cassius.

– Está me dizendo que tem raças diferentes dessas coisas por aí?! – Pergunto alarmado.

–EXISTIAM. Com o tempo foram extintas. Apenas os Lobisomens sobreviveram porque se adaptaram. Desde o início eles não foram criados para matar, eram experimentos. Deveriam viver em paz e em total sigilo. Como alimentação teriam frutas e vegetais à sua disposição na floresta. Mas com o tempo as outras espécies foram morrendo porque os vegetais e frutas já não mantinham mais sua alimentação. Os Lobisomens, nesse tempo ainda inteligentes, entenderam que se quisessem viver teriam de achar um alimento mais consistente do que frutas. Pediram aos seus criadores que os alimentassem com algo mais consistente, mas, quando eles negaram, os lobisomens resolveram experimentar se carne humana supriria suas necessidades. Devoraram um exército inteiro de Alquimistas enquanto estes dormiam. Ao saber disso, o Senhor Leonardo, então líder dos Alquimistas aplicou um castigo severo nos Lobisomens, os aprisionou em um calabouço gigante do tamanho de uma cidade e retirou toda a sua inteligência. – Disse Cassius.

Não consegui entender como eles saíram do seu calabouço.

–Mas então como eles estão soltos? Onde estão os Alquimistas nessa hora?! Os Lobisomens são criação deles, e eles precisam detê-los. – digo inconformado.

Nesse momento me lembro do corpo inerte de Líbero caído sobre mim enquanto aquela fera me olhava pelo buraco na tenda. Eu queria mata-la com minhas próprias mãos. Cassius fala:

–Eles tiveram ajuda de alguém. E acho que sei quem é. Essa noite partiremos para o calabouço em questão. Vamos arrancar o mal pela raiz.

...



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Notas finais do capítulo

O que há no calabouço? Que tipo de monstros ajudaram os Lobisomens? Tudo isso no próximo capítulo de Templar. kk
Ass.: Markonoha



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