Templar escrita por Markonoha


Capítulo 4
O Ataque ao Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Apreciem esse 4° capítulo. Espero que gostem de tudo.



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Cato:

Todos eram excessivamente alegrinhos no acampamento. Andavam por aí pulando e dançando.

Cassius me levou para falar com o chefe do acampamento.

–Olá Cato. Meu nome é Líbero. Acho que devo umas respostas a você. -disse o homem que deveria ter uns 63 anos.

Eu ainda não sabia por que tinha sido levado até o acampamento e também porque aquele homem nos atacou no porto.

–Eu gostaria de saber o que houve na cidade? Porque fui trazido aqui? O que vocês querem comigo? – eu disse em tom eufórico.

Ele me olhou com uma expressão séria.

–Bem, são muitas perguntas senhor Cato. Mas vou tentar responde-las. –Ele aponta para uma mesa com chá. – Tomemos um chá durante a nossa conversa, o que acha?

Eu queria dizer a ele que não estava com a mínima vontade de beber chá porque recém havia acordado de uma queda de quinze metros! Mas resolvi fazer o que ele disse. Levantei-me e peguei uma xícara de chá.

–Bem, o que houve na cidade você me perguntou. Ao cair você ficou camuflado no meio dos arbustos e então “eles” não puderam te encontrar. Você tem muita sorte meu amigo. – Disse ele aparentemente surpreso por eu ter sobrevivido àquilo à que ele se referia.

Fiquei me perguntando quem eram “eles” e do que eu fui salvo.

–Quando diz “eles”... – fui interrompido. Novidade...

–Quer mesmo saber quem são eles? – ele pergunta em um tom que me faz repensar.

Assinto com a cabeça e espero a resposta.

–Há muito tempo essas terras eram domínios deles. Ninguém ousava entrar aqui, porque sabiam das lendas sobre criaturas noturnas que poderiam arrancar seus ossos com a mesma facilidade com que se quebra uma farpa de lenha. – ele começou a contar.

Depois dessa parte agradeci a deus por ainda estar vivo. Não sei como não me acharam.

–Certo dia, um lenhador, precisando de mais recursos e sem ter de onde tirar, resolveu dar um fim àquelas lendas. Entrou na floresta armado apenas com o seu machado e sua coragem. Ninguém sabe o que houve lá, mas sabe-se que ao voltar, o lenhador tinha arranhões por todo o corpo e lhe restavam apenas uns pedaços da camisa. Seu machado estava manchado por um líquido azul borbulhante. – ele gesticulava enquanto falava – Comovidos com o sofrimento do velho homem, um grupo de cavalheiros resolveu partir em busca das feras. Levou muitos anos e muitas vidas foram perdidas, mas finalmente o território estava conquistado. As feras foram forçadas a se refugiar do outro lado do rio.

Ele ainda não havia me falado quem eram aquelas feras.

–Parece que agora eles resolveram reconquistar suas terras. Começaram destruindo os postos de comando dos Templários. E agora começaram uma carnificina. Declararam guerra contra todo e qualquer humano que fique em seu caminho. Você teve sorte de escapar... – eu o interrompo.

–QUEM SÃO ELES?! É isso que eu quero saber! Quem são aquelas bestas que me atacaram naquela noite?! O que eles querem comigo! – me enfureço e bato com a mão na xícara de chá destruindo-a.


Ele parecia prestes a me responder. Começou a abrir a boca, mas parou subitamente. Ficou ali imóvel como se tivesse dormido de uma hora para outra. Coloquei a mão em seu ombro e ele caiu por cima de mim. Em suas costas um corte profundo, e atrás dele a tenda estava cortada no mesmo formato. Pelo buraco pude ver uma coisa bem familiar. Aqueles dois olhos vermelhos sangue me espiando pela abertura na tenda.

Matteo:

Peguei o cavalo do finado Necromante e parti em direção à cidade. Antes eu deveria passar na casa dos outros soldados no bosque para leva-los comigo caso encontrasse mais daquelas feras.

A primeira casa surgiu três quilômetros à frente, em uma pequena clareira. Era pequena e feita de madeira. A casa de Dante. Enfrente havia um poço e lá estava ele pegando água, provavelmente para dar aos cavalos.

Dante era uma pessoa muito sozinha, por isso adorava cuidar de cavalos, ele dizia que não precisava de amigos quando tinha cavalos, dizia que os cavalos, diferente dos humanos, tinham uma utilidade. Hahaha.

–Matteo? – ele perguntou ao me ver.

–Dante, trago más notícias. Fausto foi sequestrado e morto. Eu sei quem foi e já matei todos, mas preciso alertar os outros, pode haver mais deles.

–Ah meu deus! Quem matou Fausto? – ele pergunta.

–Escuta, eu pensei que fosse só uma lenda. Você se lembra daquela missão de proteger a casa do senhor Alberto? Então, lembra-se que ele recebeu uma suposta ameaça de Necromantes. – o indago.

–Sim, sim. Nós rimos dele pelas costas até. Quem pode acreditar numa lenda. O Que isso tem haver com a morte de Fausto? – ele pergunta.

–Olhe só, eu não estou mentindo. Os Necromantes mataram Fausto. Você tem que acreditar em mim. Precisamos achar a base deles e matar todos. – digo a ele com firmeza.

–Finalmente. Achei que nunca fosse falar. Eu sei que eles existem. E sim, eu vou com você. Pra sua sorte o resto do pessoal tá aqui em casa. Eu estava justamente pegando água para o chá. – ele diz.

–Chame-os, e vamos logo. Peguem as armas, os cavalos e sigamos para a floresta. – digo a ele.

Assim que nos reunimos, cada um pegou o seu cavalo e juntos, nós sete: Eu, Dante, Aurélio, Cícero, Augusto, Donovan e Dominic, seguimos floresta adentro atrás dos Necromantes. Nós sabemos pouco sobre eles, mas uma coisa eu sei muito bem: Quando os acharmos, cabeças vão rolar.

...



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Notas finais do capítulo

Os Templários encontrarão os Necromantes? Como fica o desfecho do ataque no acampamento? Quem são essas feras? Tudo isso e muito mais no próximo capítulo de Templar. kkkkk



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