Templar escrita por Markonoha


Capítulo 3
O julgamento dos Necromantes


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, um capítulo dedicado às respostas esperadas: O que houve com Fausto? Quem eram os três encapuzados que entraram na cabana? Preparem-se para um capítulo só com o ponto de vista de Matteo.



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Ponto de vista de Matteo:

Eu os estava seguindo havia duas horas. Naquele momento quando saí da cabana e vi aquela pessoa à frente da cavalaria dos encapuzados não pude acreditar no que meus olhos me mostravam... Eles eram pelo menos umas oitocentas pessoas ou seja lá o que fossem.  Eu tinha de segui-los para saber seus planos.

-Andem seus montes de ossos. Não se esqueçam de quem os comanda!-disse a pessoa em questão.

-Grrrrrrrr. - rosnaram os seres de capuz.

Eu ainda não sabia se eram pessoas ou demônios. Precisava saber o que eles eram e mais importante, onde estava Fausto.

-Ousa me desafiar seu demônio impuro?! - Urrou o homem no controle quando um dos encapuzados se pôs na frente do seu cavalo.

Não pude crer no que vi. O homem ergueu a mão e conforme ele a fechava no ar o ser à frente do cavalo ia se contorcendo até ajoelhar-se e urrar de dor. Os outros recuaram dois passos apavorados por ver o sofrimento do colega.

-Que isso sirva de avisa para qualquer outro valentão entre vocês. -disse o homem- E se há ai alguém mais que queira me desafiar, que faça isso agora! - ele completou virando-se para eles com um olhar ameaçador.

Todos se ajoelharam em reverência ao líder. Tenho certeza de que ali havia medo e não respeito.

O homem fez sinal para que se levantassem e seguiu à cavalo guiando as criaturas que o seguiam sem reclamar.

Passaram-se algumas horas até que chegássemos à um templo no coração da floresta. Se minha intuição estivesse correta aquele era... Não, não pode ser, é só uma lenda.

O homem entrou no templo seguido pelas criaturas. Esperei até que todos se juntassem lá dentro e então entrei por cima do telhado usando um pouquinho de parkour. Escondi-me embaixo de uma mesa e fiquei observando enquanto o homem se sentava em um trono feito de galhos secos e pedras. As criaturas ajoelharam-se no chão de pedra do templo ao pé de um altar que se encontrava na frente do trono do homem. Eu sabia que aquele era um altar para sacrifícios, e isso me assustava. Quem tipo de gente tem um altar de sacrifício em um templo no meio da floresta? Com certeza eu teria problemas em sair dali. Mas precisava esperar para ver se encontrava Fausto. “Aquele maldito desgraçado! O que ele estava pensando?!”

-Bem minhas criaturas, demos início enfim ao julgamento do templário. –disse o homem que liderava as criaturas-. Ele está sendo acusado de traição, e homicídio de muitos de sua espécie. Se a justiça humana falha, os necromantes devem interferir para que assassinos como ele –aponta para algum lugar em um corredor à sua esquerda- sejam executados conforme nossas leis. – termina.

O que vejo depois me choca intensamente. Do corredor, dois encapuzados trazem uma pessoa bem conhecida: Fausto. Ele está acorrentado e detrás dele vem as três criaturas que eu havia visto na cabana.

Nada faz sentido para mim. O que o líder deles falou não pode ser verdade. É impossível, não tem lógica. Eles deveriam ser extintos!

-O que sugerem meus amigos? – o homem diz e se levanta do trono olhando para as criaturas.

Malditos sejam, porque em seguida o templo foi tomado por vozes que diziam: “Incineração! Incineração! Queimeeeeeeem eleeee!”.

Fausto foi jogado em um poço com um líquido que reconheci como óleo. Em seguida não pude me conter ao ver que o líder trazia uma tocha até a borda do poço, saí de baixo da mesa e agarrei a tocha mais próxima. Parti pra cima das criaturas com a espada na mão esquerda e a tocha na mão direita. Com o pé direito, virei a mesa sobre as criaturas que se aproximavam e então atravessei pelo lado queimando todos que se aproximavam. Lancei-me sobre o homem que os liderava e enterrei a espada no fundo de seu peito. Ele revirou os olhos e caiu no poço. Para o meu azar, ele levou a tocha junto.  O incêndio foi grande demais para que eu pudesse conter. Em instantes tudo que se podia ouvir eram os gritos desesperados de Fausto. Das laterais do poço um mecanismo despejava mais óleo, até encher o poço com ele.

Os gritos cessaram. Eu sabia mas não queria admitir. Fausto estava morto. Se não pelo incêndio, já teria se afogado no óleo. Ele se fora. Se eu fosse um amigo melhor poderia tê-lo salvo.

Jurei matar todos aqueles malditos ali dentro. E foi o que eu fiz. Peguei a tocha e a lancei sobre as madeiras que sustentavam o teto do templo. Para garantir que morressem, eu os distraí enquanto o fogo queimava o sustento daquele templo.

Quatro ou cinco minutos depois eu percebi que o teto estava prestes a desabar. Usei as cabeças deles como apoio para meus pés. Caminhei por cima das criaturas até a porta. Quando saí deixei outra tocha queimando na entrada. Poucos metros à frente eu pude ouvir o estrondo do teto ruindo sobre as criaturas. Vingança estava feita. Agora me restava encontrar os outros e dar a notícia do falecimento de Fausto.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se para os próximos capítulos. A história só acaba quando vocês acharem que é hora. :)



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