Templar escrita por Markonoha


Capítulo 2
O conhecido desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem esse segundo capitulo onde somos apresentados à Cassius. Aviso desde já que este capítulo foi dedicado exclusivamente ao ponto de vista de Cato.



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Acordei no meio do arbusto com uma forte dor de cabeça. Algo ou alguém estava bloqueando a luz do sol atrás de mim. Virei-me e vi um rosto estranho mas ao mesmo tempo conhecido. É uma sensação estranha. Eu não conhecia ele mas tinha a impressão de que já o tinha visto. Ele esticou a mão para me ajudar a levantar.

–Meu nome é Cassius. E eu aconselho que aceite a minha ajuda e me siga até a nossa base, porque a coisa aqui vai esquentar daqui à pouco. - ele diz.

Em circunstâncias normais eu jamais aceitaria ajuda de estranhos, mas alguma coisa no olhar dele me dizia que eu deveria confiar em suas palavras. Assenti com a cabeça e segurei a mão dele. Levantei , e o segui pelas ruas da cidade enquanto ele me explicava onde estávamos indo.

–Eu sei que parece suspeito. Sabe, você acorda em um arbusto e aceita ajuda de um estranho que está te levando sabe deus pra onde. Peço que confie em mim. Não posso te falar mais por enquanto. Mas prometo que quando chegarmos ao acampamento eu te explico melhor tudo. - Ele disse guiando-me pelos becos e por entre as barracas da cidade.

Ao longo do caminho notei que não havia ninguém na rua. As janelas estavam fechadas e a cidade tinha um clima meio sinistro.

Passamos por mais umas ruas e becos antes de chegarmos ao porto.

–Onde exatamente é esse "acampamento"? - perguntei intrigado.

De dentro da névoa que envolvia a água saiu um homem de meia idade. Eu estava prestes a atacá-lo mas ele foi mais rápido e tirou das costas um machado enorme. Era suficiente para partir o meu corpo com um só golpe.

–Cato, fique aqui. Eu cuido dele. Está vendo aquele velho navio ali adiante? - disse ele apontando para uma embarcação de tamanho médio. - Entre lá e me espere. Partiremos assim que eu terminar com esse cara. - ele disse.

O homem parecia determinado. Partiu para cima de Cassius, que foi muito ágil em se esquivar e sacar a espada, desferindo um golpe nas costas do homem. Ele veio em minha direção, mas Cassius o deteve lançando um remo com toda a sua força na nuca do homem. O estranho soltou um gemido e caiu de joelhos. Imediatamente Cassius botou a mão nas costas e retirou uma besta já carregada. Ele mirou em algum ponto no pescoço do homem e então atirou... Tudo que eu pude ouvir de dentro do barco foram os gritos do homem e a voz autoritária de Cassius me mandando cortar a corda que prendia o barco ao porto.

–Pode soltar a corda. Estarei ai em um minuto. Só vou me certificar de que esse desgraçado esteja morto. - ele disse e foi atrás do corpo do homem que a essa hora estava deitado numa poça de sangue.

Cassius pegou a faca que o homem carregava com sigo e em um movimento rápido decapitou-o. Jorrava sangue para todos os lados e então Cassius teve uma ideia para ocultar o cadáver, pegou um recipiente da bolsa do homem, eu não sabia o que continha até o ver jogando sobre o corpo, era álcool. Ele pegou um pedaço de madeira de um barco desmontado à beira d'água, o colocou no meio das chamas de uma fogueira ali perto e então, quando o pedaço de madeira já estava em chamas, Cassius o jogou no homem já morto e decapitado. Em menos de um minuto o que se via ali era apenas uma bola de chamas e sangue.

–Enfim poderemos ir para o acampamento. - disse ele subindo no barco- Desculpe a demora, o desgraçado era um mercenário, eles andam em bandos, se eu não queimasse o corpo provavelmente o encontrariam hora mais hora menos. E então ficaria óbvio que estivemos aqui. - ele sobe um andar no navio.

Resolvi deitar um pouco para descansar a cabeça já que só teria minhas respostas quando chegasse ao acampamento do qual Cassius falava. O balanço do barco contribuiu para meu sono. Não sei ao certo quanto tempo se passou mas quando acordei, o barco já estava ancorado e eu podia ouvir vozes vindas de fora.

–Vejam só, ele acordou. Venha Cato, vou lhe mostrar o nosso acampamento. - disse Cassius vindo até mim.

Mais pessoas se aproximaram de mim e então percebi onde estava. Tudo fazia sentido. Aquele era um acampamento cigano.

...



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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo veremos tudo do ponto de vista de Matteo. O que houve com Fausto? Quem eram os três encapuzados que entraram na cabana? Tudo isso no próximo capitulo... kkkkkkk



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