Templar escrita por Markonoha


Capítulo 10
Destinos Entrelaçados


Notas iniciais do capítulo

Se quiserem sentir mais emoção leiam essa capítulo ouvindo It's Time do Imagine Dragons.



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#Cato:

A tenda cheirava a incenso e flores. Era incrivelmente agradável. Entrei e me sentei na frente da mesa de madeira escura.

–A senhora me conhece? – perguntei com cara de surpresa.

Ela sorriu e disse:

–Eu sei de tudo e de todos Cato. Não há nada que possa ser escondido de mim.

Do outro lado da mesa ela se virou ainda sentada e pegou uma caixa de madeira do mesmo tom da mesa. Era pequena, do tamanho de um livro mais ou menos, e ela toda trabalhada nos detalhes. Tinha uns símbolos estranhos gravados na tampa.

–É uma caixa de runas Cato. E sim eu posso ler seus pensamentos. – ela sorriu de novo.

–Pra que servem essas tais runas? – perguntei olhando para a caixa.

–Para canalizar o meu dom e me mostrar o que eu preciso saber. A mente vê o que está oculto aos olhos. É assim que funciona o meu poder. – ela falou abrindo a caixa.

Pequenas peças de pedra com símbolos parecidos com os da tampa estavam dentro da caixa. Assim que a vidente a abriu as peças começaram a brilhar intensamente.

–O brilho é por que elas estão em contato com alguém capaz de usá-las Cato. E meu nome é Virgine. Virgine Montreal. – ela disse ainda lendo meus pensamentos.

–Bem, vamos falar dessas runas. Como você às usa? – perguntei.

–Não sou eu que vou usá-las Cato, é você. – ela falou me olhando seriamente.

–Como assim? A vidente é você e não eu. – falei surpreso.

–Dois dias atrás eu me acordei no meio da noite sentindo uma forte dor de cabeça. A caixa com as runas brilhava intensamente. Quando eu a abri vi que as runas estavam dispostas numa ordem diferente... Elas formavam uma palavra... “CATO”. Nesse momento usei de todo o meu poder para descobrir o que ou quem era Cato. Comecei a procurar por esse nome usando as runas, e o resultado foi essa previsão da sua chegada. Na noite seguinte o mesmo aconteceu com as runas, novamente formavam a palavra “CATO”. – ela falou olhando para mim com a mesma cara séria.

–Mas isso não prova nada! Eu não sou vidente. – falei gesticulando ainda pasmo.

–Tente. Eu vou virar todas as runas de cabeça para baixo e você vai se concentrar e começar a desvirar aquelas que achar serem significativamente importantes. – ela falou virando as runas.

Fechei os olhos e controlei a respiração. Concentrei-me e quando abri os olhos novamente o mundo parecia ter um tom de azul estranho. Algumas runas brilhavam vermelhas e na hora eu soube que devia desvirar aquelas. Quanto mais runas eu desvirava, mais começavam a brilhar. Virgine ia anotando as letras correspondentes à cada runa que eu virava, em ordem.

Eram muitas e demorou um pouco para eu terminar, mas quando acabei Virgine estava radiante olhando as palavras no papel onde ela anotou as letras.

–E então? Eu consegui? – perguntei ansioso.

–“Ao longe na floresta fechada, quatro vivos e quatro de mãos atadas. Amigos perdidos, destinos cruzados, no templo de sangue tudo será terminado.” – ela sorria orgulhosa enquanto falava.

–Floresta fechada... Ao todo oito pessoas... Essa não! Matteo e os outros estão numa floresta fora da cidade! Eu preciso encontra-los... – falei desesperado.

–Espere Cato. – disse Virgine – Eu posso te ajudar à chegar até eles...

–Como? – perguntei voltando pra mesa.

–Sente-se. – ela disse pegando três runas.

Ela juntos as três e encostou-as na minha testa. Aos poucos minha visão ia se fechando, e a última coisa que vi foi Virgine caindo pra trás com um sorriso no rosto. Naquele instante entendi o que havia acontecido... Ela deu a vida para me ajudar...


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Notas finais do capítulo

Tristeza nesse penúltimo capítulo... Sim vcs leram PENÚLTIMO. O próximo capítulo vai selar o destino de Templar.



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