Templar escrita por Markonoha


Capítulo 11
A Última Esperança


Notas iniciais do capítulo

Em fim chegou... O Fim.



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#Matteo:

Enquanto Alberto Castelli circulava ao nosso redor com um sorriso monstruoso no rosto, nossos amigos mortos iam se aproximando de um jeito estranho.

-Por quê?! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO CASTELLI?! – falei enquanto corri atrás de Alberto com a espada em punho.

Ele fez um gesto e os nossos amigos mortos correram e pularam em cima de mim.

-Mesmo que eu morra! Mesmo que os demônios me levem ao inferno! Você vai junto comigo seu desgraçado! – falei e acendi uma bomba.

Enquanto eu gritava com os quatro mortos me rasgando as costas, o pavio queimava e o fim estava cada vez mais próximo. Foi nesse instante que ouvi um chiado muito alto e lá em cima, no altar, uma estranha luz azul se formou. Dela saiu a mais inesperada das pessoas: Cato.

-Cato?! – falei me virando para o altar.

Era difícil vê-lo e segurar as criaturas nas minhas costas ao mesmo tempo. Mas eu tinha certeza que era ele. Eu precisava contar pra ele, então falei:

-Esse desgraçado Cato! É o Castelli! Ele matou Fausto e os outros! Ele...

Senti uma dor incrível no peito e quando me virei Alberto havia enterrado sua espada em meu peito...

-N-Não! Eu... – e tudo terminou para mim.

#Cato:

A raiva dentro de mim era enorme. Alberto Castelli tirou a espada do peito de Matteo e chutou a bomba as mãos dele até o altar onde eu estava. A essa altura eu já havia reconhecido os corpos de meus amigos ressuscitados. Ele esticou a mão em um gesto forte para as criaturas e elas foram jogadas à meus pés. A bomba havia apagado e estava bem na minha frente entre as criaturas.

-Você não escapará! – falei.

Nesse momento as outras criaturas já haviam pegado Dante, Cícero e Aurélio que se debatiam e gritavam.

-É chegada a hora Cato! Da disputa final! Vamos ver quem é o melhor! – ele falou.

Ele pegou sua espada e correu em minha direção em uma velocidade incrível. Esperei até o último instante e quando ele estava à uns três metros de mim pulei pra cima do altar e em seguida para uma das cordas sobre um poço de água. Dela eu pulei para uma armação do teto e fui pula em de uma para a outra até chegar na porta. Quando eu cheguei saquei a arma e atirei na bomba que estava aos pés de Alberto agora. Sangue e poeira voavam por todos os lados naquele salão. A explosão me jogou pra fora da sala e eu me vi rodeado por lobisomens. Do salão veio Alberto Castelli sem nenhum arranhão batendo palmas.

-Hahaha! Perfeito! Divirta-se com meus amigos Cato! – ele falou com os braços abertos e a cabeça erguida.

De fora da caverna entraram dezenas de pessoas vestidas de branco com cajados. Alquimistas. Os cajados moviam as pedras para cima de mim. Estava sendo difícil desviar de todas e atacar os Lobisomens ao mesmo tempo.

-Desista Cato! A menos que você tenha um exército jamais poderá me vencer! – falou Alberto sem sair do lugar.

Nesse momento flechas uivaram para dentro da caverna e os alquimistas começaram a cair um a um. De fora da caverna uma voz disse:

-Ele tem mais do que um exército de subordinados! Ele tem amigos!

Claus entrou com seus caçadores e foi seguido por Cassius que trazia a cabeça de Vander, ele e seus ciganos eram responsáveis pelas flechas de antes.

-Sentiu nossa falta? – Perguntou Cassius.

-Mais do que nunca! – falei.

Isso me deu motivação pra continuar. Eu estava na frente de Alberto lutando com um lobisomem. Ao acabar com ele afirmei a espada em punho, me virei rapidamente e decapitei Alberto que antes estava pasmo com tudo aquilo.

-Adeus – falei me virando para os lobisomens e correndo para matá-los.

Mais e mais lobisomens apareceram e foi quando Cassius revelou sua carta na manga. Ele esticou a mão com a cabeça de Vander e uma chama gigantesca queimou os primeiros lobisomens dando abertura para Claus e os caçadores entrarem com suas armas poderosas e juntos aniquilarmos os monstros.

Enquanto os matava fiz honra à meus colegas mortos:

-Por Fausto e por todos que vocês mataram! Queimem no inferno! – gritei.

Flechas e mais flechas dos ciganos uivavam sobre os lobisomens. Claus disse que teríamos de queimar o lugar para que todos morressem.

-Isso não é problema para mim! – disse Cassius apontando a cabeça de Vander.

-Esperem! Há algumas coisas que eu esqueci lá dentro... – falei.

Entrei no lugar. A poeira não havia baixado ainda, mas por sorte os corpos de meus amigos ainda estavam lá. Peguei um a um e levei para fora da caverna. Ao final pus a mão no ombro de Cassius e disse:

-Agora sim meu amigo! Faça esses monstros pagarem!

-Tudo acaba aqui criaturas monstruosas! – ele disse e então apontou a cabeça de Vander que queimou todos os monstros na caverna.

Dali seguimos com os corpos de nossos amigos de volta à cidade. Cassius e Claus juntaram seus grupos e partiram pelo mundo caçando criaturas. Meus amigos tiveram um enterro digno. Alberto Castelli? Dele só restaram as cinzas na escuridão da caverna.

Quanto à mim? Deixei os Templários e parti mundo afora em busca de um jeito de aperfeiçoar meus poderes. Só o que restou do passado em mim foram as memórias de meus amigos. Virgine ainda aparece em sonhos para mim até hoje. De resto... O mundo é o mesmo.

Só o que me importa agora é ajudar os mais necessitados. E continuar minha vingança com os Lobisomens pelo mundo. Apesar de estarem mortos, meus amigos não estão esquecidos. Suas memórias vem a mim quando faço minhas sessões com runas.

A última coisa que aprendi em minha vida foi... Feche os Olhos e abra a mente. Só assim poderei ver o mundo ao meu redor.

~Fim~


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Notas finais do capítulo

É o fim. Templar acabou. Mas isso não impede uma continuação programada... Esperem e verão...



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