Who Owns My Heart? escrita por Alecrim


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! E aqui está o prometido 8° capítulo. Espero que vocês gostem. Apesar de estarem naquela loucura toda de "pós-festa", a Mel e o Thiago vão deixar alguns dos sentimentos deles aparecerem.
Espero que vocês gostem!
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293229/chapter/8

O menino deu um pulo com o meu grito, caindo do outro lado da cama. Ele se levantou de uma forma, que seus joelhos ficaram apoiados no chão, e apenas o seu tronco aparecia para mim. Ele parecia tão assustado quanto eu. E deixou isso transparecer quando gritou o meu nome de volta:
- MELINA? O QUÊ VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - ele arregalou os olhos
- EU QUE TE PERGUNTO!
- EU TÔ AQUI DESDE A NOITE PASSADA, UÉ.
- Não, não, não! - falei, enquanto pegava um lençol para me cobrir com uma mão, e escondia os meus seios com a outra - Isso não pode ter acontecido!
- Isso o quê? - ele falou, já se sentando na cama, se cobrindo também
- Você é idiota, Allan? - fiz uma pausa - Não, pelo visto você é MUITO idiota. Eu transei com você.
Ele ficou me olhando durante algum tempo, e depois começou a dar risada:
- Você tá brincando comigo, né? Quem tava aqui comigo era a Cindy.
- Você tá vendo alguma Cindy por aqui? - apontei com o meu braço pelo quarto todo
- Não, mas... - ele ficou em silêncio. Vai ver o cérebro dele começou a funcionar.
- Caralho, como você me confundiu com ela ontem, vei? - coloquei a mão na cabeça
- Eu não confundi. Eu tenho certeza que era ela.
- Óbvio. Você veio até mim na pista de dança, me abraçou por trás, me levou até o quarto, transou comigo, e não notou que EU NÃO ERA A CINDY.
- Opa, peraí então. Você também não se importou em saber quem eu era.
- Porque eu achava que sabia quem era.
- Nossa, COMO VOCÊ NÃO NOTOU QUE ERA EU? - ele foi irônico
- Eu tenho os meus motivos. Eu estava bêbada.
- Você achou que fosse quem? - ele olhou pra mim, intrigado
- Isso não importa agora! Eu só quero saber onde tá a Cindy! Se ela souber que aconteceu alguma coisa entre eu e você, pode ser que ela não entenda. A gente vai precisar explicar tudo.
- Claro que não, Mel! Se a gente contar alguma coisa...
- Allan - o interrompi - Sem essa. A Cindy é minha melhor amiga. Eu não vou esconder absolutamente nada dela. Vou me trocar, e a gente vai achar ela. Ponto final.
Ele assentiu com a cabeça, e então eu peguei as minhas roupas e fui me trocar no banheiro.
Voltei, e ele já estava com sua calça, calçando o tênis. Ele se levantou, colocou a camisa no ombro, e sorriu para mim.
Puta que pariu, Cindy. Onde você foi achar um namorado tão gostoso e lindo? Porra.
- Vamos - não sorri de volta. Não queria que ele achasse que eu estava "interessada" nele. Até porque, bom... ele era da minha amiga. E pelo visto o meu coração já ocupava outra pessoa.
Abri a porta que dava para o imenso corredor cheio de portas, e apenas coloquei a cabeça para fora. Olhei para os lados, para ver se não tinha ninguém acordado, e graças a Deus não tinha. Pelo visto ainda era bem cedo.
Saímos do quarto, e em gestos com a mão, indiquei que éramos para descer as escadas. Os cômodos do andar de cima deveriam estar absolutamente lotados. Chegamos na sala, e encontramos diversas pessoas espalhadas uma em cima da outra pelos cantos. Na maioria das vezes quase sem roupa nenhuma. Vai ver eu não tinha bebido tanto que nem elas.
Allan apontou para fora, então caminhamos até o quintal.
- Onde você acha que ela tá? - ele perguntou
- Não faço a mínima idéia. E também não sei onde larguei os meus sapatos - eu disse, olhando para todos os lados
- Você não vai encontrar eles - ele revirou os olhos - Agora quero saber onde está a Cindy.
- Nós vamos achar ela, isso é óbvio. Só estou pensando em como vamos explicar tudo.
Ficamos em silêncio durante algum tempo. Talvez esperando que alguém acordasse, ou que magicamente a minha melhor a amiga caísse do céu. Até que vejo Thiago vindo em nossa direção:
- Oi gente - ele falou colocando a mão na nuca - Vocês viram a Cindy por aí?
- Estávamos procurando por ela - eu respondi. E nesse exato momento ele me olhou com uma cara de desprezo infinito - Nossa, o que foi?
- Nada - ele virou o rosto - Allan, eu acho que sei pra onde ela foi. Vamos lá?
- NOSSA, e eu? Como fico? - perguntei, colocando meu cabelo para trás
- Ok, você vem junto.
Thiago era meio estranho. Sabe, às vezes ele parecia me adorar. De repente, era como se eu fosse a pior pessoa da face da Terra.
Acompanhei os dois, e novamente subimos as escadas, parando na última porta do corredor. Thiago apontou com a cabeça para que eu entrasse primeiro, por algum motivo que eu não sei qual.
Abri a porta delicadamente, e olhei diretamente para a cama. Caralho. Cindy estava enrolada nos lençóis com um homem, enquanto havia duas meninas deitadas no chão, com vários vidros de bebida espalhados perto delas.
Aquilo por certa parte me deu um alívio enorme. Se ela também transou com alguém, eu e Allan não estávamos tão errados assim. Na verdade, EU não estava tão errada. Poxa, eu era só uma bêbada indefesa, achando que estava indo para a cama com o gostoso do Thiago. O que eu posso fazer?
Abri totalmente a porta, tentando ao máximo não fazer muito barulho, e então entrei por completo no quarto. Allan veio logo atrás de mim, e eu resolvi olhar para ele, para ver sua reação.
- Mas que porr - ele começou a falar, e rapidamente coloquei a mão em sua boca
- Não vai querer arranjar confusão aqui, não é? - bufei, em um tom bem mais baixo que o dele
Me virei para Thiago, com a intenção que ele entendesse que era para tirar Allan dali. Me dirigi até a cama, ficando o mais próxima possível de Cindy, para não encostar no homem com quem ela estava agarrada.
Virei a cabeça para a porta, e nem Allan e nem Thiago estavam ali. Dei um suspiro de alívio. Aproximei a minha boca perto do ouvido de Cindy e logo gritei:
- QUER FAZER O FAVOR DE ACORDAR?
Ela abriu os olhos rapidamente, e moveu a cabeça para frente, como se tivesse sido puxada. Olhou para mim, e em seguida para o cara que ainda dormia que nem uma pedra, envolvido em seu corpo.
- Mel, isso não é nada do que você tá pensando, olha, eu... - ela susurrou
- Sem problemas, Cindy - comecei - Acho que depois que você souber de uma coisa, não vai nem mais querer se redimir por isso - falei tão baixo quanto ela
Ela fez uma cara interrogatória. Posso até dizer engraçada. Ela exalava bebida, e sua maquiagem estava bem borrada. Cindy estava completamente descabelada, e totalmente nua.
Achei rapidamente o seu vestido embolado no chão, e entreguei pra ela. Bati meu dedo indicador no pulso esquerdo, mostrando que era para ela se apressar, e então saí do quarto, passando cautelosamente pelas duas garotas estiradas no chão.
- Acordou ela? - Allan veio até mim. Ele e Thiago estavam encostados na parede
- Sim, ela já está se vestindo.
- Ah se eu pego aquele cara - ele cerrou os dentes e fechou as mãos
- Você não vai fazer nada com ele, vei - eu disse - Não tem motivos nenhum.
- Como não? Ele transou com a minha garota.
- Já chega, Allan! Será que você ainda não entendeu que nós somos mais errados do que eles?
- Vocês? - Thiago se pronunciou - Por quê?
- Por nada, Thi - revirei os olhos e passei as mãos no rosto
Cindy saiu do quarto, meio desajeitada, ainda se arrumando no vestido. Ela trazia seus sapatos na mão esquerda, e seu celular na mão direita. Ela olhou para Allan, que não pensou duas vezes e foi direção à ela e a abraçou.
Ele parecia realmente se importar com ela. Aquela impressão de cara safado e tarado passou no momento em que ele a envolveu nos braços.
- Você me desculpa, amor? - ela colocou as mãos em sua nuca - Eu bebi tanto... nem me lembro de nada do que aconteceu.
- Óbvio que eu desculpo, linda - ele olhou pra mim e deu um suspiro - Óbvio que eu desculpo.
Eles sairam andando abraçados, ainda falando sobre o assunto. Avistei eles descendo pela escada, e não pude deixar de escapar um sorriso. Os dois ficavam lindos juntos, devo admitir.
Olhei para o lado e notei que Thiago ainda estava parado, me observando:
- E então, Mel? Você realmente não vai falar o que tem você e o Allan? - ele cruzou os braços
- Vou falar sobre algo que não existe? - franzi a testa
- Melina, eu te conheço. O jeito que o Allan te olhou, aquela cara de piedade quando disse que desculpava a Cindy. O que vocês fizeram?
- NADA, THIAGO! A GENTE NÃO FEZ NADA! - bati o pé no chão
- Ok, então - ele fechou a cara e saiu andando pelo corredor
- Não, espera aí! - corri atrás dele, e o puxei pelo braço
- O que que é, porra? - ele soltou seu braço da minha mão
- Aconteceu uma coisa sim. Mas, eu não sei como vocês vão lidar com isso - falei pausadamente, abaixando a minha mão que o segurava, e colocando-a atrás de mim
Ele balançou a cabeça negativamente e disse:
- Mel, eu sei muito bem o que aconteceu. Eu vi ontem de noite, quando vocês subiram agarrados. Eu só queria saber se você iria confiar em mim ou não - ele deu de ombros - Mas pelo visto você não confia - ele se virou de novo
- Ei, e por que isso te incomoda tanto?
- Isso o quê?
- O fato de eu "não" confiar em você - fiz aspas com os dedos
- Não é só isso que me incomoda, Mel. Me incomoda o fato de você ter se jogado na bebida, sem se preocupar com a sua saúde. Me incomoda o fato de que você bebeu tanto, a ponto de ter transado com o Allan, sem nem saber que era ele. Me incomoda o fato de que quando eu perguntei o que aconteceu para você, você simplesmente não falou. Me pareceu que você gostou, e que na verdade, vocês só estavam tirando uma com a cara da Cindy - ele suspirou - Mas, principalmente, me incomoda o fato de que ontem à noite, não era eu ali com você - ele apontou para a porta do quarto em que eu e Allan estávamos
Eu não conseguia acreditar no que ele estava falando. Quer dizer então que ele se preocupava comigo? Em como estava o meu bem-estar?
- Se você viu eu e o Allan juntos, por que não fez nada para impedir? - perguntei
- Porque devo dizer que eu também não estava nos meus melhores momentos. Eu também bebi um pouco, e você realmente parecia estar se divertindo - ele olhou para baixo
- Eu achava que eu estava, porque eu achava que ali, comigo, era uma pessoa totalmente diferente de quem era de verdade - avancei um passo à ele
- O que isso importa? O que está feito, está feito, não é? - ele deu de ombros novamente, e olhou diretamente nos meus olhos
- Importa, Thiago - andei, até ficar muito próxima à ele - Que eu queria que fosse você - passei as minhas mãos pela sua nuca
Seus olhos se abriram mais do que de costume, e ele deu um meio sorriso:
- Não sou bobo, Mel. Pode parar te tentar me enganar.
- Por que eu te enganaria, Thi? - passei uma mão pelo seu rosto, analisando os seus quase cicatrizados machucados
Ele não falou mais nada. Apenas colocou as mão em minha cintura, e me puxou para perto dele, fazendo com que nossas bocas se encostassem.
___________________________________________________________________________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

P.S: DEIXEM REVIEWS, EU ACEITO! kkkk :3