A Coroação Do Sapo escrita por Hibird, Ame No Wonderland


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Yo ^^ esperamos que gostem do capítulo!



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– FROGGYYYYY – Bel corria desesperadamente atrás de seu kouhai. Já deveria ser umas sete horas da manhã.

Fran fugia o mais rápido que suas pequenas pernas permitiam. Pensava em guiar Belphegor até Kokuyo para que este pudesse ameaçar Mukuro caso não desfizesse aquele abacaxi verde em sua cabeça. O sapinho sabia que não conseguiria sozinho. E como conversar com o príncipe àquela altura estava fora de questão, sua única opção seria correr por sua vida.

O príncipe parou ao ver uma bicicleta encostada ao muro de uma casa qualquer. Usou uma de suas facas para cortar a corrente com cadeado que prendia a roda dianteira e subiu no veículo.

O kouhai olhou para trás ao ouvir o sininho de uma buzina de bicicleta e se assustou com o que viu: Bel pedalava com toda a velocidade na sua direção, e estava cada vez mais perto.

"Nessa velocidade o senpai idiota não vai conseguir desviar" pensou. Virou uma esquina e pulou alguns muros na esperança de despistá-lo. Caiu na mesma rua em que haviam atropelado alguma coisa, mas ele não se lembrava o que era e também não se importava.

– Olhe para os três lados antes de atravessar a rua – Fran pôde ouvir a voz claramente preocupada do Décimo Vongola vindo da casa ao seu lado. Se virou na direção do som e o viu saindo de lá com outro cara... quem era mesmo? Ele só se lembrava que era uma pessoa barulhenta e irritante.

– T-Três? – estranhou Gokudera, se perguntando se tudo aquilo já não havia deixado seu chefe louco.

– Olhe para cima também – Tsuna parecia um tanto desesperado – vai que cai um meteoro!

– J-Juudaime – "você está me assutando" pensou – n-não precisa se preocupar tanto comigo, eu vou ficar bem! O braço-direito do Juudaime jamais será derrotado por um meteoro!

Fran teve uma idéia que julgou brilhante. Pelo que se lembrava, Bel provavelmente daria a volta por aquele lado, e depois chegaria naquela rua a aproximadamente 182 centímetros de distância da calçada...

"Se eu fizer o Bel-senpai bater, posso atrasar ele mais um pouco".

O sapo procurou algo para jogar no meio da rua. Precisava ser algo grande, algo que não poderia ser facilmente desviado. Seus olhos percorreram todo o local, para por fim pousarem sobre o Guardião Vongola da Tempestade.

– Com licença – Fran interrompeu a conversa, parou ao lado de Gokudera e o levantou do chão com uma facilidade assustadora. Levou-o para longe da calçada e posicionou-o no ponto friamente calculado.

– Obrigado e até mais – o kouhai voltou a correr.

– O que foi isso, seu sapo estúpido?! – Gokudera acendeu uma dinamite com seu cigarro – coloque uma roupa decente e volte aqui para eu te transformar em presunto!

Infelizmente, aquilo chegou aos ouvidos de Belphegor, que já estava bem próximo. Apenas um muro o separava da rua, e ele usou uma tábua que estava apoiada ali como uma rampa, fazendo a bicicleta voar na direção do braço-direito de Tsuna.

– Cuidado, Gokudera-kun! Por cima!! – gritou Tsuna histericamente.

– Só eu posso xingar meu sapinho! E quem vai virar presunto vai ser você!! – o príncipe caiu no asfalto quase ao mesmo tempo que bateu com a bicicleta no Guardião sem piedade.

– EU SÓ SIRVO PARA SER ATROPELADO NESSA MERDA?!! – berrou Gokudera indignado, enquanto voava pelo céu fresco da manhã.

– Você não pode escapar, FROGGY!! VOCÊ NÃO PODE FUGIR DE UM PRÍNCIPE!! – O rugido de Bel ecoou por toda Namimori.

– G-Gokudera-kun? – Tsuna cutucou o corpo inerte de seu braço-direito com um galho.

– Gomenasai, Juudaime – gemeu – eu deveria escutar seus sábios conselhos. Não se preocupe, a partir de hoje eu sempre vou olhar para cima antes de atravessar a rua...

– Gokudera-kun! Ah, se o Onii-chan estivesse aqui! – o pequeno uke começou a correr em círculos.

– O que tem eu, Sawada?

Tsuna piscou. Ryohei e Yamamoto haviam acabado de aparecer ali. Deveriam ter saído do chão ou coisa parecida.

– Eh? Para onde vocês estão indo?

– Eu estava fazendo minha corrida matinal extrema!

– Eu encontrei o senpai correndo e pedi para ele me ajudar com o treino, mas parece que ele vai ficar ocupado hoje – Yamamoto olhou para baixo – Ah, olá, Gokudera.

– Yo, cabeça de polvo – comprimentou Sasagawa – eu tenho que voltar para minha corrida extrema agora! – e com isso o Guardião extremo desapareceu de vista extremamente rápido.

– Ah, espera! Você não pode curar o... – o Décimo tentou chamá-lo de volta – uh, deixa para lá.

– Nee, Tsuna, você pode me ajudar com o treino? – Yamamoto sorriu. – Eu tenho um campeonato para vencer!

– É claro que não! – rosnou Gokudera – Você acha que o Juudaime é um desocupado como você?!

– Ah, então você tem compromissos hoje... bom, tudo bem, acho que vou chamar o Shoichi para me ajudar.

– Eh? Por que o Shoichi-kun? – indagou Tsuna.

– Ele parece ser o único que não tem nada para fazer... – Yamamoto ficou pensativo – bom, até mais.

O Neo-Vongola Primo piscou. "Ninguém notou que o Gokudera-kun está meio-morto na frente da minha casa?" ele se perguntava. Mas não era como se aquilo importasse.

– – –

– Haneuma idiota – murmurou Hibari.

– Eh? Do que você está falando, Kyouya?

O líder do comitê de desciplina avançou, pronto para acertar uma tonfada no mais velho. Este se desviou e segurou a arma do oponente com seu chicote.

"Esse imbecil usou o treino como desculpa para me atrair para cá" pensou o carnívoro, com raiva de si mesmo por não ter notado que seu tutor idiota o havia atraído para aquele parque cheio de gente. Odiava grupos, multidões e afins, e o que mais lhe incomodava era o fato de reconhecer alguns daqueles herbívoros, como o herbívoro do baseball treinando suas tacadas não muito longe dali, juntamente com o herbívoro ruivo patético.

Hibari avançou novamente após se libertar do chicote que prendia seu braço. Sentiu as minúsculas patas de seu pássaro se agarrarem com mais força em seus cabelos negros.

– Chefe – chamou Romario, que estava ali para garantir que o Cavallone não faria nenhuma merda em público – eu preciso ir ao banheiro...

– Ah, pode ir – Dino sequer prestava atenção no seu subordinado, mais concentrado em pensar num jeito de fazer seu Kyouya parar de atacá-lo.

– Por que me trouxe aqui? – perguntou o mais novo, atento a qualquer movimento do adversário.

– É que eu não queria destruir o templo, então...

– Mas tem uma floresta logo atrás do templo, seu idiota, e você sabe disso muito bem.

– É... mas é que...

O carnívoro avançou. Não estava a fim de escutar as desculpas do outro. Com a tonfa a centímetros de seu rosto, Cavallone tentou usar o chicote para se defender, mas acabou tropeçando nele e caindo em cima de seu uke.

– Ahh! Kyouya? Você está bem?! – gargejou o mais velho, com medo de ter esmagado Hibird acidentalmente. Por sorte, o pássaro era provavelmente a criatura mais inteligente do local, e se retirou ao mesmo tempo que Romario.

– Sai de cima de mim, Haneuma idiota! – Hibari acertou uma tonfada no estômago de Dino, fazendo-o rolar para o lado, gemendo.

– Hunf – o mais novo se levantou, encarando a criatura patética aos seus pés.

Enquanto isso, não muito longe dali, Yamamoto parecia não se importar com quem ele poderia assassinar com aquelas tacadas sobre-humanas, ele apenas ria como a pessoa feliz e despreocupada que sempre fora.

– Eh... Yamamoto, não é melhor treinarmos num lugar menos povoado? – Shoichi havia se arrependido de ter aceitado ajudar o moreno nos treinos. Mas de fato, ele era o único desocupado disponível no momento.

Seu estômago doía um pouco. Não fazia muito tempo que ele percebera que estava com uma bala da Juunen Bazooka em seu bolso. Estava apreciando-a, pronto para jogá-la em si mesmo e fazer uma pequena visita ao futuro, quando Yamamoto apareceu de repente. Sem pensar, encondeu-a no bolso e se esqueceu de guardá-la antes de sair.

Agora com uma das mãos no bolso da calça, seus pensamentos já estavam distantes da situação.

– Shoichi, próxima! – disse o jogador de baseball, sorrindo.

– Ah, ok – ele atirou a bola sem prestar a mínima atenção no que estava fazendo. Como esperado, ela foi rebatida com perfeição.

– Home Run! – gritou Yamamoto, feliz. – Que bola leve, foi estranhamente fácil fazer ela ir tão longe...

O ruivo se virou na direção da bola para vê-la voar. Arregalou os olhos ao notar que o que havia jogado para o outro fora nada menos que a munição que carregava no bolso.

– AHH! Isso não é bom! – ele tentou se levantar e correr atrás do projétil, mas seu estômago começou a doer, fazendo-o cair no chão pateticamente.

– Ahn? O que foi? – Takeshi o observava, sem entender.

– A bola! – Shoichi tentava se arrastar na direção que a bala fora rebatida.

– Ah, deixa, nós temos mais aqui.

– Não é isso! Aquela bola!

– Ahn, o que tem ela?

– Precisamos ir atrás dela!! – o ruivo estava ficando desesperado.

– Oh... por que?

– Depois eu explico, apenas me leve até lá!!


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Notas finais do capítulo

Tan-dan-taaan~ o palco está pronto *risada maligna*



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