A Coroação Do Sapo escrita por Hibird, Ame No Wonderland


Capítulo 4
Capítulo 4




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– B-Bel-senpai, está indo rápido demais – Fran comentou.

– 'Shishishi, cale a boca sapinho, eu vou na velocidade que eu quiser – o príncipe acelerou e o kouhai apertou seu abraço. "O sapinho está assustado" pensou Bel "que adorável".

O loiro apreciava sua proximidade com o menor, e pensava em algum jeito de fazê-lo abraçar ainda mais forte. Por fim decidiu que o melhor plano seria atropelar alguma coisa grande o suficiente para fazer a moto voar.

Enquanto isso, Gokudera segurava um pano frio e úmido contra sua testa. Ao seu lado, Tsuna o encarava preocupado.

– Tem certeza de que você está bem, Gokudera-kun? – perguntou com seu olhar de cachorrinho abandonado.

Hayato assentiu. "Não posso mostrar minhas fraquezas na frente do Juudaime" pensou, determinado, olhando carinhosamente para seu chefe.

– Não se preocupe, Juudaime! – fez uma reverência – Muito obrigado por cuidar de mim!

Sawada corou quase imperceptivelmente.

– Não precisa agradeçer...

– Bom, vou voltar agora, não quero mais te dar trabalho. Obrigado de novo, Juudaime, agradeça sua mãe pela comida também. – Gokudera começou a atravessar a rua. Já no meio dela, parecia ter se lembrado de alguma coisa e se virou para olhar para Tsuna. Abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido pelo barulho de um motor de moto. Os dois se viraram na direção do som, tarde demais para desviar, o veículo acertou o quadril do braço-direito do Neo Vongola Primo em cheio, que após o breve voo, caiu em cima de seu chefe. Este, deixou escapar seu habitual gritinho agudo e irritante.

Gokudera levantou a cabeça, meio tonto, e o encarou, murmurando um pedido de desculpas e desmaiando em seguida.

– HIIIIIIE, Gokudera-kun!!! – berrou. Tentou se levantar mas foi impedido pelo peso do outro.

"De novo não" pensou Tsuna, frustrado.

    – – –

– Não acredito que demoramos cinco horas só para chegar aqui!

– Claro – respondeu o menor, irritado – você tropeçou o caminho inteiro, haneuma idiota.

Dino e Hibari estavam em seu caminho de volta para o templo, após serem cruelmente interrompidos no parque onde estavam antes. Andavam de mãos dadas, com seus dedos entralaçados. Algo que Hibari jamais permitiria a alguns anos atrás.

Avistaram algo na calçada, não muito à frente.

– O que é aquilo? São pessoas se comendo? – perguntou Cavallone, inocentemente.

– Pouco me importa – rosnou o Guardião da Nuvem.

– Ah, espera, aquilo é o Gokudera?!

Hibari soltou a mão do loiro e o empurrou para longe, corando de leve ao reconheçer o Guardião da Tempestade. Dino correu até o corpo inconsiente jogado na rua para ver o que havia acontecido.

– D-Dino-san – ouviu seu nome ser chamado e arqueou uma sombrancelha ao notar que o som saía de baixo do braço-direito de Tsuna.

– Mah que porra – o Cavallone se abaixou e notou o corpo frágil e esmagado de seu pobre irmãozinho.

– T-Tsuna! O que você está fazendo em baixo do Gokudera?!

– Me tire daqui! – choramingou o chefe da Vongola.

Dino levantou cuidadosamente o corpo do maior para libertar Tsuna, que rastejou para longe, arfando.

Hibari se aproximou, cutucando o loiro com uma tonfa.

– Podemos ir embora agora?

– H-Hibari-san! – o menor notou sua presença – Você pode nos ajudar?

– Não.

– Kyouya! – haneuma o encarou – Que rude da sua parte!

– Não me repreenda, herbívoro. Eu não sou uma criança.

Dino suspirou. Virou-se na direção de Tsuna como se perguntasse o que fazer.

– Você pode deixar ele dentro da minha casa? – perguntou seu irmãozinho.

– Claro, abra a porta.

Ele obedeceu, abrindo caminho para o loiro. Estava prestes a fechar a casa, mas notou, com certa surpresa, que Hibari também estava entrando.

Cavallone deitou Gokudera no sofá.

– Nee, Dino-san – Tsuna chamou – o que você e o Hibari-san estavam fazendo juntos a essa hora da noite? – "ou da manhã" pensou, confuso.

– Ah, nada de mais – o italiano corou levemente – eu e o Kyouya estávamos no parque... treinando...

– Você está delirando, haneuma? Nós não estávamos treinando, estávamos praticamente nos comendo.

– K-Kyouya! – Dino corou mais ainda, arregalando os olhos.

– Comendo... o que? – o Décimo tentava digerir as informações – Ah, vocês estavam comendo juntos? A essa hora? Uh...

– Na verdade ...UNFHG – Hibari foi impedido de terminar a frase pela mão tatuada que cobriu sua boca.

– Isso mesmo, Tsuna – Cavallone forçou um sorriso.

Nisso, Nana apareceu na porta do cômodo.

– Tsu-kun, não faça tanto barulho a essa hora da madrugada – bocejou – vai incomodar os vizinhos.

Ela piscou duas vezes, olhando para as pessoas que aparentemente não estavam ali a um tempo atrás.

– Ah, temos visitas!

– Não se preocupe conosco – disse Dino – só estamos de passagem.

– Mãe, o Gokudera-kun foi atropelado de novo – choramingou o pequeno uke.

– Ah, tudo bem então, eu vou cuidar dele – Nana sorria – não se preocupe, Tsu-kun.

– Vamos voltar para o templo, haneuma – rosnou Hibari.

Dino o encarou e entendeu o que o carnívoro queria ao ver sua expressão.

– Desculpe, Tsuna – disse Cavallone – eu fui requisitado, até mais.

Dito isso, os dois deixaram a casa.

"É raro Hibari-san fazer amigos tão íntimos" pensou Tsuna, inocentemente.

    – – –

A moto avançava numa velocidade surpreendente.

– Senpai, diminua, já estamos quase chegando.

– Não, Ushishishishi.

Fran puxou a camisa do maior.

– Bel-senpai, acho que eu vou vomitar.

As maravilhosas manobras de Belphegor com aquela moto haviam sido no mínimo insanas, então era de se esperar que Fran estivesse enjoado.

O príncipe pegou seu sapo no colo e saltou da moto, pousando suavemente no jardim da mansão, deixando que o veículo continuasse a correr sozinho até colidir com a parede, causando um estrondo alto. Mas nada que incomodasse os assassinos, afinal os berros de Squalo eram muito mais altos que aquilo.

A pele de Fran parecia tão verde quanto seu cabelo. Sentiu uma substância ácida subir por sua garganta e a gorfou no objeto mais próximo. O objeto eram os sapatos de Levi, que passeava pelos jardins murmurando diálogos imaginários entre ele e Xanxus, onde o monstro marinho se declarava docilmente para seu chefe.

O Leviathan encarou seus sapatos, depois Belphegor, depois Fran, sem nenhuma reação.

O príncipe, impaciente, acertou-lhe um chute entre as pernas.

– Pare de encarar o meu sapinho tão pervertidamente! – e puxou o kouhai mais para perto.

– Kero – grunhiu Fran ao ser puxado bruscamente.

– Isso... foi... adorável.

O príncipe agarrou o sapinho pela manga da blusa e o guiou pela mansão até seu quarto.

– Bel-senpai, você vai fazer coisas impuras comigo? – coachou Fran ao ver o loiro trancar a porta.

Belphegor assentiu, tendo pensamentos não ortodóxos.

– Ahn, posso ao menos lavar o vômito da minha boca primeiro?

– Vai criança – o príncipe deu um tapa na bunda do menor.

– Kero.

    – – –

– Você conseguiu filmá-los? – perguntou Marmon, ajeitando as cartas em sua mão, imaginando que tipo de movimento seu oponente faria.

Lussúria balançou a cabeça negativamente. A câmera do ilusionista estava em cima da mesa que separava os dois, ao lado de seu jogo.

– Eu coloco o Harpie's Brother em modo de ataque! – disse o assassino do Sol, virando sua carta para a posição vertical.

– Você não precisa falar essas coisas alto – murmurou o ex-Arcobaleno, colocando seu Dragão Negro de Olhos Vermelhos na mesa.

– Ora, eu estava apenas entrando no clima – Luss deu de ombros, depois suspirou – eu sempre quis que esse jogo fosse verdadeiro.

– Com esse penteado até parece que você está dando duro para parecer um jogador legítimo.

– Ah, você gostou?

– Não foi isso que eu quis dizer.

Marmon e Lussúria conspiravam para conseguir um filme para as fujioshis. A sorte do ilusionista foi de ter encontrado um câmera-man que se sentia lisongeado em trabalhar de graça, e ele sabia muito bem que se encontrasse as compradoras certas, venderia muito bem.

– Nee, Marmon-chan, eu consegui filmar o Bel-chan e o Fran-chan no parque agora a pouco, pena que eles não fizeram nada mais pervertido – a diva fez uma cara triste – sem falar que o Bel-chan quebrou a lente da minha câmera. Ainda bem que as filmagens estão a salvo.

Os olhos do mais novo se iluminaram por baixo do capuz.

– Você ainda anda por aquele parque? Quer dizer, ainda tem o hábito de filmar aqueles dois? Faz muito tempo que você não me pede para te esconder com ilusões.

– Eu fiquei mais cuidadoso – Lussúria voltou a sorrir – e respondendo sua pergunta, eu encontrei eles lá também, mas o príncipe e o sapo acabaram com a diversão deles – suspirou – e a minha também.

– Não tem problema, isso ainda pode me dar dinheiro enquanto eu não consigo a parte boa. Você vai voltar a filma-los para mim.

– Deixe comigo, Marmon-chan! – piou o assassino.


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Notas finais do capítulo

Quem já viu os penteados maravilhosos dos personagens de Yu-Gi-Oh! pode entender o que o Mamon estava pensando~
Espero que tenham gostado do capítulo ô/



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