A Coroação Do Sapo escrita por Hibird, Ame No Wonderland


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

-Decidimos postar um capítulo novo todo fim de semana ô/
Vocês devem ter notado, mas agora temos uma capa ô/ foi uma dor de cabeça dos infernos fazer isso mas no final das contas ficou legal.
Ah sim, não se incomodem com a falta de QI do Mukuro...



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– Será que o Bel-chan está tendo um bom encontro? – disse Lussúria com um ar sonhador enquanto se sentava à mesa após ter servido o jantar.

Marmon olhou para Squalo.

– Por que você está sentado desse jeito estranho?

– VOOOOOOI – o tubarão corou violentamente – Cale a boca antes que eu enfie esse peru na sua bunda!!

– É, ele conheçe a sensação – disse Xanxus calmamente enquanto arrancava com os dentes um pedaço da coxinha que segurava.

– Eu pago se me deixarem filmar – propôs o Arcobaleno, pensando em quanto dinheiro poderia ganhar vendendo o vídeo.

– VOOOOOOOOI – Squalo estava tão corado quanto podia, parecia estar procurando algum lugar para esconder sua cara.

– Oh, meu OTP – suspirou Lussúria.

– Meu OTP sou eu e o Boss'u – anunciou Levi, ficando levemente corado.

– VOOI! Ninguém mais pode se shippar com o Xanxus!! – Squalo se levantou, apontando a espada para o Leviathan.

A sala toda caiu no mais profundo silêncio. Todos, com excessão de Xanxus, encaravam o albino.

– Por que, Squ-chan? – a mãe da Varia perguntou, apesar de já saber a resposta.

– Está com ciúmes, lixo? – o chefe rosnou, sua voz abafada pelo pedaço enorme de carne que tinha na boca.

Squalo corou, absurdamente constrangido, e desviou o olhar, sentando-se de volta em seu lugar.

– Voi, calem a boca.

A sala aderiu ao silêncio mais uma vez, até que, ao final do jantar, Levi-a-Than perguntou casualmente:

– Ne, alguém viu meu carro?

– – –

Toda a Kokuyo Gang estava presente. Bel se sentia desconfortável no meio daquelas pessoas estranhas. Todo o lugar exalava um cheio de abacaxi que o deixava enjoado.

– Ele existe! – MM exclamou – O Fran realmente tem um namorado!

– K-kawaii – Chikusa murmurou baixinho enquanto tentava tirar fotos do casal o mais discretamente possível.

Kakimoto estava sem seu gorro. Era a primeira vez que todos, menos Mukuro, o viam assim. O príncipe reparou no tufo de cabelo escuro em forma de cabo de abacaxi que aquele gorrinho branco vinha escondendo durante todos esses anos.

– Então vamos comer! – rosnou Ken, tentando agarrar uma pata do peru que se encontrava a sua frente, porém, foi interrompido por um tridente que atravessou seu braço, fincando-o na mesa.

– Ainda não, Ken – Chrome sorria adoravelmente, afundando o tridente no braço do pobre furry esfomeado – Mukuro-sama disso que só vamos comer quando chegar a pizza.

– Vocês pediram pizza? – estranhou Fran – então por que eu fiz esse peru?

– Eu só mandei você fazer o peru para você parar de me encher o saco dizendo que estava entediado – esclareceu Mukuro.

"Por que diabos só tem abacaxis por aqui?" Bel se perguntava em sua mente. Chrome, Mukuro, Chikusa, e até mesmo Ken, o príncipe podia jurar que se alguém penteasse o cabelo dele iria encontrar um abacaxi perdido no meio das mechas desarrumadas. MM também já deveria ter tido um...

– Senpai? – Fran interrompeu seus pensamentos – O que houve?

Belphegor teve que se segurar para não perguntar se seu kouhai também escondia um abacaxi por baixo do chapéu de sapo.

A campainha tocou.

– Deve ser a pizza – Mukuro se levandou da mesa para atender a porta.

– Desde quando nós temos uma campainha? – indagou Ken – tire esse tridente do meu braço, maldita!

– Se eu tirar você vai pegar o peru – Chrome ainda sorria.

"Assustadora" pensou Bel, lembrando que a versão fêmea de Rokudo sempre lhe pareçera inofensiva.

O ilusionista mais velho voltou carregando quatro caixas de pizza e uma garrafa de cinco litros de refrigerante, que carregava com apenas um braço como se não fosse nada. Todas as pizzas exalavam um cheiro curiosamente doce.

– De que sabor são essas pizzas? – perguntou o príncipe, temendo a resposta.

– Abacaxi – respondeu o mestre, fazendo um sinal de "paz e amor" juntamente com um sorrisinho besta.

– Eu vou comer o peru – murmurou o príncipe. Talvez nem fosse má idéia comer a comida feita pelo seu sapinho.

Abocanhou um pedaço da ave que acabara de colocar no prato, mas quase engasgou e cuspiu a comida logo em seguida.

– Mas que porra de recheio é esse?!

– Abacaxi – Mukuro, que já estava sentado de volta à mesa reptiu o mesmo gesto anterior.

Belphegor olhou para o seu kouhai, que mordiscava monotonamente um pedaço de pizza. "Esse lugar é inapto para um futuro princesa-sapo" pensou.

– Gochisou-sama – disse, encerrando sua curta e traumatizante refeição.

– Só vai comer isso? – estranhou Rokudo – Tome um pouco de refrigerante também.

– Do que é esse refrigerante?

– Abacaxi! – dessa vez, além do sorriso e do gesto, Bel poderia jurar ter visto brilhinhos envolvendo o mais velho.

"Eles são canibais!" pensou o loiro, horrorizado.

– Mas então – prosseguiu o ilusionista ao ver que o loiro não diria mais nada – vamos ao que interessa: quais são suas intenções para com o meu filho?

– Eu quero fud... ahn, quer dizer... torná-lo uma princesa?

– Eu quero ser uma princesa! – chorou MM

– ...kawaii... – murmurou Chikusa.

Ken explodiu em risadas.

– Uma... princesa?!! Hahahahaha- ai!

Chrome atirou um abacaxi na cabeça de Ken fazendo-o se calar. Ainda com seu sorriso inocente ao estilo Uni.

Mukuro quebrou seu copo por apertá-lo com tanta força. Tentava esconder sua raiva com um sorrisinho malfeito.

– Fran...

– Diga, Abacaxi-sensei.

– Vocês não era só... melhores amigos? – o mestre tremia.

– Você não é muito esperto, né, sensei? Eu tenho uma foto dele na minha cômoda.

– Eu achava que vocês eram melhores melhores amigos!! Espera, você é gay?!!! Pelo amor do Vongola Primo, me diga que você é o seme!!

– Ehn.... então...

– Como você conheçe esses termos, Mukuro-san? – perguntou Chikusa.

Rokudo corou ao se lembrar se sua última noite passada com Byakuran.

– Eu... ahn...

– Você está parecendo um típico Uke, Mukuro-san – observou Kakimoto, ficando levemente corado ao fazer um sorrisinho tímido.

– ASFHSHGAFSAGHFS – o mestre tentou se explicar.

– Hu hu hu – o fudanshi riu baixinho.

– Então – MM se dirigiu a Bel e Fran – vocês dois já fizeram algo juntos?

– O que quer dizer com algo? – perguntou o senpai.

– Você sabe – um sorriso malicioso surgiu no rosto da ruiva.

"Não. Posso. Matar" pensou Belphegor, se controlando para não atirar facas na mulher "tenho que causar uma boa impressão".

– Bel-senpai, por que você ficou todo vermelho?

Mukuro olhou horrorizado para o príncipe, finalmente entendendo a situação.

– Você tirou a Vitória-Régia do meu filho?!!! – Berrou.

Silêncio.

– Sensei, isso foi ridículo. – coachou Fran.

– Uma bosta – concordou Ken.

Chikusa assentiu.

– Calem a boca! – choramingou o mestre.

– Eu não achei ruim, Mukuro-sama! – Chrome sorriu timidamente.

"A sua opinião não vale" pensou Rokudo.

– Abacaxi-san – Bel se levantou da mesa – agora vamos falar sério.
Toda a atenção se voltou para o príncipe. Principalmente o mestre e seu aprendiz ficaram atentos.

– – –

– Então, quanto dinheiro você quer pelo serviço?

– Não se preocupe, Marmon-chan, – Lussúria respondeu – eu ficaria feliz mesmo fazendo de graça!

– Hunf, melhor assim. Tome cuidado com a câmera, ela custou caro. Não me importo se você morrer mas volte com ela a salvo.

– Pode deixar.

– O que os lixos estão fazendo aqui? – Xanxus abriu a porta de seu quarto. Usava apenas uma calça.

– Vooi – a voz veio de dentro do cômodo – eu sabia que tinha ouvido alguma coisa!

– Vish – Marmon usou suas ilusões e se dissipou como névoa.

– Ahn, eu... – Luss tentava desesperadamente pensar numa desculpa para estar com uma câmera profissional na porta do quarto do chefe logo após ele ter arrastado um certo tubarão para lá – o Marmon-chan me pediu... que eu... ahn... filmasse... uns pássaros raros! Assim ele pode vender os filmes e ganhar dinheiro! É, isso mesmo!

Xanxus bateu a porta, trancando-a logo em seguida. A diva da Varia suspirou aliviada.

"Eu vou dar um jeito de entrar aí!" pensou.

– – –

Bel cerrou o punho e olhou para Ken, que lambia o prato de Chrome.

– Porém, o príncipe não deseja discutir tal assunto na frente de outros plebeus.

Mukuro assentiu e ordenou sua gange a sair do aposento, para a decepção de sua fangirl de cabelo púrpura que parecia próxima ao choro por ter sido separada de seu ídolo.

As portas se fecharam, deixando o Príncipe, o Sapo e o Abacaxi sozinhos na sala. Com todas as entradas fechadas o cheiro de abacaxi no cômodo se tornava mais denso e pesado.

– Então – o mais velho se virou para o príncipe – o que você queria me dizer?

– Eu quero tirar meu sapinho dessa alcatéia de abacaxis e levá-lo para o meu castelo onde ele poderá viver como uma princesa, do jeito que merece.

– Você não vai levar meu filho para um castelo longe de mim e tirar a Vitória-Régia dele!

– Eu já tirei, Ushishishishi.

– Abacaxi-sensei, você pode parar de falar de Vitórias-Régia?

– Pare de falar de Vitórias-Régia ao EXTREMO!

Todos se paralizaram ao ouviro berro do Guardião do Sol vindo do lado de fora.

– Oops, cof cof – Mukuro ficou constrangido ao notar o quão alto ele havia dito aquilo.

– Vamos fazer assim – sugeriu Belphegor – o Fran fica dez dias por semana na Varia e o resto do tempo com você, ok?

– Hunm... parece justo...

– Fran! – chamou o príncipe – arrume suas malas que estamos indo para Tijuana! Vamo picá a mula!

– Ah, espera, quantos dias tem na semana? – o Guardião Vongola da Névoa começou a contar nos dedos – Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sétima-feira... Ah, peraí, seu filho da puta!! A semana só tem oito dias!!

Quando a fada do abacaxi percebeu, o príncipe e seu sapo já haviam desaparecido de vista.

– Eles são rápidos ao EXTREMO!! – Mukuro ouviu o cabeça-de-grama gritar.

– Oh, fuck

– – –


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado do capítulo ^^'
Todo mundo que leu disse que o Mukuro estava muito burro XD não que isso seja um problema.