O Verdadeiro Poder escrita por FP And 2


Capítulo 27
Pseudo-Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Yo, Minna!

Quanto tempo, hein? Mas eu não desisti! E dessa vez a culpa foi do meu PC. Eu realmente pensei que ele havia passado dessa para uma melhor, mas graças a Kami-sama, após um longo período de coma e um tratamento complexo para o reestabelecimento da saúde, ele sobreviveu!!! Eu ainda podia tentar continuar no notebook, mas infelizmente minha STT não permite, além de eu detestar digitar no teclado do note. Espero que me perdoem a demora e se divirtam com o cap!



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— Então... — Começou Sasuke enquanto pulavam apressados pelos telhados de Konoha em direção ao prédio Hokage. — Já está pronto para o próximo passo com a Hyuuga?

A pergunta fez Naruto corar e ter vontade lançar um Rasenshuriken sobre o amigo, mas sabia que ele não os havia interrompido de propósito, então respirou fundo para se acalmar. Na verdade tinha dúvidas sobre o real motivo de estar tão irritado: se foi o fato de ter sido interrompido em um momento tão bom ou pelo moreno o ter presenciado.

— Sabe, eu deveria te matar por ter entrado daquele jeito...

— Un. Mas na verdade não tive culpa, foi a mesma forma que você invadiu o meu quarto apenas alguns minutos antes. Não poderia imaginar que logo naquele momento vocês... bem...

— Aa! Tudo bem. — Corou ao pensar no que Hinata disse. — Acho que será hoje à noite.

— So desuka? — Uma pontada de inveja percorreu o corpo do Uchiha, fazendo-o se perguntar quando teria essa chance com Sakura, mas logo soltou um risinho debochado. — Tem certeza que conseguirá se concentrar no que temos que fazer, já que obviamente sua cabeça estará em outro lugar?

Naruto lançou-lhe um olhar mortal, mas não respondeu, pois nesse momento chegaram ao seu destino. Observaram, do telhado do prédio em frente, a janela da sala de Tsunade e puderam ver Kakashi, obviamente se reportando sobre a missão.

— Acho que o melhor é abordarmos Kakashi-sensei na rua, assim não despertaremos suspeitas. — Comentou o loiro.

— Un. E os livros?

— Deixei um bushin para juntar todos e levar ao apartamento. Depois disso ele irá convidar nossos amigos para a festa.

— Certo. — Sasuke ainda mantinha os olhos fixos na sala da Hokage. — Só espero que dê certo... Kakashi está saindo, ikisho!

Conhecendo bem seu sensei, os dois rapazes sabiam que ele andava pela vila como se estivesse em uma missão tentando despistar seus perseguidores. Nunca entenderam o porquê de Kakashi agir assim, mas imaginavam que era um hábito adquirido em seus tempos na ANBU. De uma hora para outra ele podia simplesmente desaparecer de suas vistas, então teriam que empregar toda sua habilidade para, em primeiro lugar, não o perderem de vista, e em segundo, criar uma abordagem que parecesse casual. Se fosse outra pessoa, seria uma das coisas mais simples de se fazer, mas se tratando de quem era, teriam que agir como se fosse uma missão de alto risco.

— Eu vou pela direita. — Disse Naruto encarando Sasuke e vendo que o amigo já havia ativado o Sharingan. Ele também havia tomado providências e, enquanto esperavam o Copy Ninja terminar o relatório à Hokage, entrara no modo Sennin.

— Un.

Assim que Kakashi colocou os pés na rua em frente ao prédio, retirou um livro do bolso e começou a lê-lo enquanto andava calmamente. Eles não tinham certeza se o sensei iria direto para casa, mas era bem provável, já que era a primeira coisa que qualquer shinobi ansiava após terminar uma missão, e era exatamente isso que precisavam impedir.

Sasuke observava o homem de cima de um telhado, discretamente, mas estava insatisfeito com as providências. O melhor seria suprimirem o chakra ao máximo para não serem detectados, porém se fizessem isso poderiam perdê-lo de vista num piscar de olhos. Naruto estava bem mais à frente, pois no modo Sennin podia sentir exatamente onde estava Kakashi, então tentava criar uma aproximação casual, enquanto Sasuke o vigiava para ter certeza que ele não encontraria ninguém que pudesse atrapalhar seus planos.

Naruto tentava encontrar um local apropriado para abordar o outro. Se fosse um pouco mais tarde poderia simplesmente chamá-lo para comer um rámen, mas ainda faltava muito para a hora do almoço e tinha certeza que um convite desses seria recusado. Estava em um beco por onde o sensei deveria passar se continuasse no caminho em que se encontrava, quando sentiu a aproximação de uma das pessoas que mais teriam que evitar antes da festa: Sakura. Ela vinha por uma rua transversal à que se encontrava Kakashi e inevitavelmente se encontrariam, assim que a amiga virasse a esquina, o que aconteceria em poucos segundos. Desesperadamente, olhou em direção à Sasuke, que do telhado acompanhava a movimentação com um ar preocupado, e fez um sinal para que ele tomasse alguma providência, afinal não havia ninguém melhor para distrair a iryo-nin.

Entendendo o que o outro quis dizer, Sasuke fez a coisa mais descabida que poderia ter pensado no momento: usando o Shuishin no Jutsu*, praticamente materializou-se em frente à Sakura e a agarrou pela cintura, levando-a para longe de Kakashi. A garota teve tempo apenas de soltar um fraco grito, que infelizmente para o plano dos dois jovens, não passou despercebido por Kakashi.

— Sasuke-teme! — Naruto rosnou quando assistiu a ação do outro. — Podia ser um pouco mais sutil... depois eu que sou o usuratonkachi! — Decidido a afastar qualquer ideia de algo suspeito, o loiro lançou-se em um salto seguro e caiu bem em frente a Kakashi com um impacto considerável, atraindo a atenção de vários transeuntes, que, a princípio assustados, logo sorriram e o cumprimentaram ao ver quem estava causando tanto alvoroço logo cedo. — Kakashi-sensei!

— Naruto! — O sensei o olhou desconfiado. — O que você e o Sasuke estão aprontando?

Naruto nunca teve muito talento para inventar desculpas rápidas e convincentes, então já havia combinado com Sasuke o que diriam caso fossem descobertos, e foi o que fez:

— Treinando! — Abriu um sorriso brilhante para Kakashi.

— Hontou ni? — A expressão do Copy Ninja não mudou, mas o loiro sentiu a desconfiança na pergunta. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o sensei foi interrompido por uma voz calma:

— Quando o vimos saindo do prédio Hokage, Kakashi, pensamos que era uma boa oportunidade de testar nossas habilidades de rastreamento. — Sasuke se aproximava com seu andar calmo. Sua expressão não mostrava nada, mas por dentro se recriminava: “Não acredito que direi mesmo isso... onde está seu orgulho, Uchiha Sasuke?” — Afinal, não conhecemos ninguém melhor nisso.

— Hum... — Os olhos de Kakashi se arregalaram levemente ao ouvir essas palavras sendo proferidas pelo antigo aluno, mas não perdeu a compostura. — Bem, se é o caso, devo dizer que agarrar Sakura daquela maneira não foi o melhor jeito de esconder sua presença...

Sasuke corou um pouco e olhou para o céu azul em busca de inspiração para responder àquela observação, mas foi salvo por Naruto, porém de uma maneira que ele preferia não ter sido:

— Ah, aquilo foi um deslize, sou ne, Sasuke? — O loiro deu uma risadinha maliciosa antes de completar: — Sabe como é, Kakashi-sensei, eles estão namorando há pouco tempo, então, qualquer oportunidade para...

Foi impedido de continuar pelo braço de Sasuke, que o agarrou pelo pescoço e começou a esganá-lo com prazer, com o rosto em brasa. Mesmo sem a intenção, com essa reação, o moreno conseguiu desviar uma boa parte das suspeitas de Kakashi, que sorriu sob a máscara.

— Maa... Isso é normal na idade de vocês, não precisa matar o Naruto por dizer a verdade!

— Humpf! — O moreno soltou Naruto, mas não sabia mais o que dizer. Teriam que distrair Kakashi até o sinal de Ino, então olhou para o rosto ainda vermelho do amigo, que recuperava o fôlego, em busca de uma ideia.

— Ne, Kakashi-sensei? — O loiro começou com um sorriso. — Já que nosso treino não deu certo, vamos comer alguma coisa? Eu sugeriria o Ichiraku, mas sei que nenhum dos dois gosta de comer rámen antes do almoço... — Terminou a frase com um bico.

— Ah, de qualquer maneira, acabei de chegar de uma missão e só quero ir para casa...

— Vamos lá, Kakashi... — Mesmo Sasuke se forçou a insistir. — Há anos não fazemos isso.

— Verdade. — O jounnin fitou o céu pensativamente e guardou o livro. Tinha que admitir que sentia falta daqueles tempos. — Ikimasho*! Essa missão nem foi tão desgastante...

Seguiram até uma loja de dangos. Quando já estavam servidos e devidamente acomodados, Kakashi comentou, um tanto desconfiado:

— Sabem o que isso me lembra? Daquela vez em que vocês estavam decididos a me vencer e se juntaram até mesmo com Ayame e Teuchi-san para me pegarem... Até hoje não descobri qual exatamente era o objetivo de vocês.

Um sorriso apareceu no rosto de Naruto e ele e Sasuke se entreolharam, lembrando-se mais uma vez de quando haviam decidido ver o rosto de Kakashi de qualquer maneira. O que, obviamente, não deu certo.

Assim, a parte deles de distrair o sensei foi mais fácil do que imaginavam, relembrando missões e lutas passadas, antigos inimigos e lugares por onde passaram. Esqueceram-se até mesmo do plano, mas Naruto foi tirado de suas distrações quando viu seu clone do outro lado da rua. Ele cutucou Sasuke discretamente, antes de dizer:

— Bem, a conversa está ótima, mas preciso fazer umas coisas... Ja mata*!

Sasuke sabia que agora teria que acompanhar Kakashi até seu apartamento, ainda retardando um pouco o regresso, então assim que Naruto saiu, dirigiu-se ao outro, dizendo uma coisa que não era uma mentira, e que caberia bem no momento. Já que queria dizer tudo aquilo e também teria que distraí-lo, melhor fazer os dois ao mesmo tempo.

— Kakashi... — Começou, um pouco constrangido. — Desde que voltei para a vila eu queria te dizer umas coisas, e... bem... eu já disse isso para a Sakura e o Naruto quando estávamos fora, então, praticamente só falta você...

— Anou, vamos andando. Você pode me dizer o que quer no caminho.

— Hai. — Eles saíram da pequena loja e foram andando pelas ruas de Konoha. Sasuke quase se arrastava e fazia o outro acompanhar o ritmo para dar tempo de Naruto e Ino deixarem tudo pronto na casa do sensei. — Kakashi... eu quero agradecer. Por tudo o que vocês fizeram durante o tempo em que estive foragido e principalmente por não desistirem de mim.

— Daijoubu... mas você sabe que isso não é bem verdade, da yo ne?

— Aa... eu sei que na verdade mesmo você e Sakura chegaram a desistir por um tempo. O único cabeça-dura que não aceitava isso era o Naruto. — Deu um pequeno sorriso de lado e murmurou: — Baka... — Voltando ao tom de voz normal, completou: — Ainda assim, preciso dizer isso.

— Bem, na verdade, não precisa. Quando você contou tudo o que aconteceu e se declarou disposto a permanecer na vila foi o suficiente para mim. — Kakashi olhou o moreno de lado, rapidamente, antes de dizer como quem não quer nada: — Mas já que quer tanto agradecer, poderia me contar o que você e o Naruto estão aprontando realmente...

Sem todos os anos exercitando esse lado, Sasuke definitivamente não teria conseguido permanecer impassível naquele momento, mas aguentou firme.

— Não sei a que se refere, Kakashi. — Ele encarou corajosamente o único olho visível do outro e sua voz soou firme. A vida de nukenin foi de alguma valia, afinal. — Por que acha que estamos fazendo alguma coisa?

— Sasuke, Sasuke... Você pode ser muito bom nisso, mas o Naruto é transparente demais. Mesmo tendo melhorado muito, ele não consegue enganar quem o conhece realmente bem.

Pensando que isso era, infelizmente, verdade, Sasuke simplesmente olhou para outro lado, tentando despistar o sensei, e percebeu que haviam chegado à rua onde este morava. Pensou em dizer mais alguma coisa, mas foi impedido. Notou uma leve movimentação na cortina que era visível da casa de Kakashi, e o ouviu dizer:

— Parece que alguém invadiu minha casa... — O Copy Ninja estava com as mãos nos bolsos e parecia despreocupado. — Quer me acompanhar e ver se teremos alguma ação?

O moreno apenas acenou afirmativamente, sem demonstrar qualquer reação, pois sabia exatamente o que esperar no apartamento. Seguiram calmamente para a entrada e Kakashi colocou a chave na fechadura, destrancando e abrindo a porta silenciosamente. A princípio não houve qualquer movimentação, mas assim que entrou completamente, várias pessoas saíram de trás do sofá, da cozinha e do quarto, gritando:

— SURPRESA!

— Eh! Uma completa surpresa... o que estão comemorando?

— Ora essa, seu aniversário, Kakashi! — Guy-sensei parecia extremamente animado ao lado de Lee, em sua pose preferida, de nice-guy.

— Yare yare... realmente é uma surpresa... já que meu aniversário é em setembro! — Kakashi encarou Sasuke, e depois desviou seu olhar para Naruto que estava com uma expressão de falsa surpresa perto da porta do quarto. Um silêncio se seguiu a essas palavras e ninguém parecia saber o que fazer. O sensei sobrancelhudo ficou com o sorriso congelado no rosto e levantou as sobrancelhas, aparentemente tentando processar a informação.

— Sou ka*? — Ino resolveu ajudar, pois parecia que nem Sasuke havia pensado em uma desculpa para aquele momento. — Naruto realmente me disse que achava que era em outra data, mas eu tinha certeza que alguém importante fazia aniversário dia oito de fevereiro... — A loira fazia sua melhor expressão de inocência, com as sobrancelhas franzidas e o indicador no queixo.

— Meu avô! — Konohamaru, que também fora chamado por Naruto, se manifestou. — O Sandaime!

— Vocês confundiram mesmo meu aniversário com o do Sandaime? — Kakashi estava desconfiado, mas levando em conta que Naruto era completamente avoado, que Sasuke ficou anos fora da vila e Ino adorava qualquer ocasião para fazer uma festa, relaxou. — Então era isso que estavam escondendo... Agradeço a consideração, mas realmente a data está errada.

— O que está acontecendo aqui?

A voz perplexa vinda da porta fez todos se virarem para lá, e três pessoas daquela sala engoliram em seco ao ver Sakura parada na porta e, logo atrás, Sai.

— Sakura, você demorou!

— Demorei? Ino, eu e Sai chegamos exatamente na hora que você pediu... Isso é uma festa?

— Ah, é! — A loira deu uma risadinha sem-graça e alisou a longa franja. — Na verdade cometi um pequeno equivoco, mas Kakashi-sensei já o esclareceu.

Conhecendo bem Sakura, Naruto percebeu que ela não ficaria satisfeita apenas com aquela explicação manca, então se aproximou de Sasuke e o empurrou na direção da garota, imaginando que apenas ele poderia distraí-la das perguntas que certamente gostaria de fazer. Ao mesmo tempo, olhou em volta procurando a própria namorada e a viu conversando com Karin e Tenten na cozinha. Juntou-se a elas enquanto ouvia a voz alta de Ino ecoar pela casa:

— Mas não importa! A festa está organizada, então vamos nos divertir!

— Acho que Ino está certa... O melhor é aproveitar! — Naruto pegou a mão de Hinata e a puxou, determinado, para o quarto de Kakashi, apenas acenando em cumprimento para as outras duas.

Tenten e Karin se entreolharam e suspiraram, para logo em seguida darem risinhos sacanas.

— Nunca imaginei ver Naruto assim, sabe? Fico até com um pouco de inveja de Hinata! — A morena comentou, ainda olhando para casal que se distanciava.

— Nem me fale... Se ela não fosse minha amiga, eu não deixaria esse loiro escapar... — A ruiva comentou, suspirando.

— Karin! Ele é seu primo!

— Não realmente. É só por consideração.

Já no quarto de Kakashi, Hinata estava incrivelmente vermelha. Ela não sabia qual era a intenção de Naruto para puxá-la no meio de todos para lá, mas ficou extremamente encabulada.

— Na-Naruto-kun! O que está fazendo? — Se ela esperava alguma resposta, se surpreendeu, pois ao entrar, o loiro soltou a mão da garota e foi até uma parte da parede, onde examinou atentamente alguma coisa que ela não conseguia identificar. Curiosa com a atitude do namorado, ativou o Byakugan e pôde ver linhas de chakra em alguns locais. — Isso é algum tipo de armadilha? — Como ainda assim não teve resposta, voltou a chamar, dessa vez elevando o tom de voz: — Naruto-kun!

—Ah, gomen, Hinata! — O loiro abandonou a análise na armadilha e foi até a namorada, justificando-se numa cara-de-pau nada característica: — Eu vi que tinha alguma coisa estranha ali e fiquei curioso...

— Parece um tipo de armadilha...

— Daijoubu. Parece que só será ativada se aplicarmos chakra. — Ele a abraçou e disse no ouvido da garota. — Hina-chan, eu não consegui parar de pensar no que você me disse mais cedo... Tem certeza de que é o que quer?

— Hai, Naruto-kun! — Ela respondeu enquanto retribuía o abraço. — É o que eu mais quero.

— Então vamos voltar pra casa. Agora.

— Agora? — Ela afastou-se um pouco e o encarou, extremamente corada.

— Aa. Podemos aproveitar que estão todos ocupados nessa festa para termos mais privacidade. — Ele percebeu que talvez estivesse pressionando demais a garota e completou, apressadamente: — Se você quiser, é claro!

— Eu... eu quero!

— Então vamos, mas antes... — Ele beijou a morena com vontade, demonstrando todo o desejo que sentia.

Sem que os dois apaixonados percebessem, Kakashi abriu a porta de seu quarto e viu o casal, o que trouxe um sorriso divertido aos seus lábios.

— Maa, maa... aqui qualquer um pode entrar, sabiam?

Naruto e Hinata separaram-se numa velocidade inacreditável e se viraram para o sensei, ambos corados, mas dessa vez, pouco dessa cor se devia à vergonha.

— Já estamos indo! — O loiro pegou na mão da garota e a levou até a janela. — Se alguém perguntar, você não nos viu, Kakashi-sensei! — Pegou a namorada no colo e pulou, deixando para trás um shinobi invejoso.

— Ah, meu dias de juventude... preciso de uma namorada!

Com esses pensamentos, lembrou-se do que o levou ao quarto, então se dirigiu até sua armadilha. Sempre que chegava de uma missão sua primeira providência era checar se mais algum gennin espertinho não havia invadido seu apartamento para tentar surrupiar sua coleção Icha-Icha. Iruka havia comentado há algum tempo, numa noitada onde ele, Guy e Kakashi beberam uma considerável quantidade de sakê, que aquela coleção era quase lendária entre os alunos da academia ninja, que por sua vez tinham planos um tanto elaborados para tê-la nas mãos. Desde esse dia o Copy Ninja não deixava de tomar suas precauções, sempre que se ausentava por um período mais longo.

Ele tocou o ofuda oculto e nada aconteceu. Franzindo os cenhos, Kakashi olhou em volta. A armadilha da porta aparentemente fora acionada, pois mais marcas de kunais eram visíveis nas paredes. Tinha quase certeza que algum dos convidados de sua suposta festa de aniversário teria comentado algo se a armadilha houvesse sido acionada ou mesmo desarmada por algum deles.

— Parece que desta vez algum novo gênio está frequentando a academia ou se tornou gennin...

Ainda imaginando quem seriam os suspeitos, pressionou o local onde estava o dispositivo. Era uma armadilha realmente simples. Haviam três maneiras de abrir o compartimento onde estavam os livros: pressionando o botão escondido por trás do selo, aguardar alguns segundos tocando o ofuda, pois apenas o calor ativaria a abertura, ou o pior meio, que era liberar chakra, assim ativando a armadilha real. Claro que qualquer shinobi da nova geração ignoraria as maneiras mais simples pelo fato de terem se tornado obsoletas há muitos anos e partiriam logo para a liberação de chakra.

Pressionou o botão escondido e a porta secreta abriu-se com um baixo “click”. Verificou seus pertences e notou que nada estava faltando, e que sequer pareciam ter sido tocados.

“Yare yare... especialistas em armadilhas, mas que não conhecem o funcionamento das mais antigas... obviamente jovens. Vejamos...”

— Kutchiyose no Jutsu!

Pakun apareceu junto com uma pequena nuvem de fumaça, bocejando.

— Kakashi! Posso saber por que me invocou no meio de meu sono reparador?

— Yo, Pakun! Você por acaso foi invocado para cá nos últimos dias?

— Iie! Apenas em um sonho estranho que tive... — O pequeno cão deitou-se sobre as patas dianteiras e bocejou mais uma vez. — Sonhei que fui invocado, mas quando cheguei aqui só haviam gatos que desapareciam quando eu me aproximava... estranho, não acha?

— Hai. Muito estranho. Arigatou, Pakun!

Liberando a invocação, Kakashi deu um pequeno sorriso.

“Especialistas também em Genjutsu e alteração mental... Muito bem, Naruto, Sasuke e... hum... obviamente Ino, já que é a responsável pela organização dessa festa. Só quero saber quais seus objetivos. Ah, sim! Naruto e Sasuke estão em um relacionamento sério pela primeira vez em suas vidas, talvez precisassem de um pouco de experiência antes de tentarem algo mais carnal com suas namoradas. Também passei por isso quando mais novo. Tanto treinamento que quando quis outro tipo de relação, tive medo de não saber o que fazer... hai, hai... foi quando fiquei viciado pelos livros de Jiraya. Bem, o que importa é que meus livros estão em perfeito estado. Agora... preciso refazer essa armadilha. Mas pode ficar para amanhã, agora vou aproveitar meu pseudo-aniversário!”

Saiu do quarto e se deparou com uma cena no mínimo bizarra: Guy estava de ponta cabeça, preso ao teto apenas pelos pés e tentava virar um copo de sakê nessa posição, o que resultava em cabelos encharcados e vários esguichos do líquido quando este entrava em seu nariz.

— Eu... hic... consigo! — Afirmava o sensei sobrancelhudo, sob a atenção e risos dos demais convidados.

— Já está nesse estado, Guy? — Kakashi perguntou com os olhos arregalados. — Deve ser algum tipo de recorde!

— Kakashiiii! — Na última parte do nome, a voz de Guy deu um falsete que arrancou ainda mais risos dos que assistiam a cena. — Meu eterno... hic... rival! Venha e me mostre seu... hic... fogo da juventude em mais uma disputa para saber qual de nós é o melhor!

— Arigatou... mas não. Meu fogo da juventude não está muito aceso no momento, já que me envelheceram mais cedo este ano!

Virando as costas para as súplicas do outro, Kakashi deu de cara com Ino, que colocou um copo e uma garrafa de sakê em suas mãos.

— Aproveite pelo menos a festa, Kakashi-sensei! Tenho certeza que será interessante... — Abaixando a voz em um tom conspiratório, a loira completou: — Eu chamei Shizune-senpai, que deve chegar a qualquer momento!

— E por que diz isso, Ino? — Mesmo tendo uma pequena queda pela assistente de Tsunade, Kakashi tinha certeza que não o havia demonstrado em nenhum momento. Mas afinal era Ino, que parecia ter um radar interno para casos do tipo.

— Por nada! — A loira deu seu melhor sorriso para Kakashi. — Só aproveite a festa!

— Un!

Um pouco confuso, o Copy Ninja acabou se misturando com os convidados, decidido a fazer o que Ino aconselhou. Sentou-se com Iruka, que ainda estava sóbrio e começaram a conversar.

Enquanto isso, Neji estava inquieto ao lado de Tenten. Vendo Sasuke a um canto conversando com Shikamaru e Shino, aproximou-se.

— Ôe, Uchiha! Você viu Naruto ou a Hinata-sama?

— Iie, não vi. — Percebendo a carranca do outro, Sasuke deu um sorrisinho de lado e comentou. — Mas você não acha que Hinata já tem idade para ir a uma festa sem precisar de babá? Além disso, ela provavelmente está com Naruto, então não tem com o que se preocupar!

— É exatamente isso que me preocupa! — Resmungou Neji.

— Eles já estão dormindo juntos há um tempo, Neji. Creio que é um pouco tarde para se preocupar com certas coisas. — Tenten, que havia seguido o namorado, comentou com um pequeno sorriso, sem antecipar a reação do Hyuuga.

— NANI? Como assim, dormindo juntos? — Ele parecia que ia levantar voo a qualquer momento, tamanha era sua agitação.

Todos os que ouviam a conversa o olharam com pena, o que o deixou ainda mais aborrecido. E foi Sasuke que respondeu, em tom de deboche:

— Desde que começamos com as pesquisas, ela tem dormido no clã Uzumaki. Onde você acha que ela passa as noites? Em um quarto de hóspedes?

Pela cara de Neji e a coloração quase arroxeada que sua pele adquiriu, ficou óbvio que era exatamente o que ele achava. Ou pelo menos esperava.

— Eu vou matar o Naruto, vou... — O Hyuuga exclamou, mas antes que pudesse fazer mais alguma ameaça à vida do loiro, Tenten o interrompeu, segurando em sua mão e piscando para Sasuke.

— Você não vai fazer nada disso já que se libertar disto — a morena tocou a testa do namorado com a ponta do dedo — depende dele. Além do mais, você acha que mesmo Hiashi-sama não estava contando com a possibilidade? Se ele não se importa, não é você que precisa se preocupar!

— Humpf! — Vendo que realmente não tinha escolha, Neji, mesmo emburrado, seguiu Tenten e foram conversar com outros convidados.

Deixado sozinho, Sasuke lembrou-se do que fez para distrair Sakura mais cedo, e mesmo inconscientemente, corou. Não estava acostumado a demonstrar seus sentimentos tão abertamente e, apesar de não ter sido nada demais, foi mais do que queria transparecer.



“— Sasuke-kun, o que está fazendo? — A kunoichi perguntou assim que pararam de se movimentar com a rapidez que o jutsu de Sasuke permitia.



— Gomen ne, Sakura, mas... — Sem sequer terminar a frase, Sasuke a abraçou e beijou como se quisesse demonstrar tudo o que sentia sem usar palavras. Aquele beijo fez a garota perder o ar e esquecer o que estava querendo perguntar, e assim que se separaram, sem conseguir se conter, o moreno disse apenas, antes de desaparecer mais uma vez, tão rápido quanto antes: — Estava com saudades!”





— Ôe, Sasuke! — A voz de Kiba o tirou de seus pensamentos com um ligeiro sobressalto. — O que faz escondido aqui na cozinha? A Sakura está te procurando!



— Un. Arigatou, Kiba! — Mesmo querendo continuar escondido, Sasuke saiu de onde estava e foi em busca da namorada. A viu próxima à janela da sala, entretida em uma conversa com Ino e Sai. Quando chegou mais perto, pôde ouvir o que ela dizia, ligeiramente irritada:



— Ino, você poderia ter perguntado para mim ou para o Sai sobre a data... e se fosse realmente o aniversário do Kakashi-sensei, eu poderia até mesmo tê-la ajudado a organizar as coisas! — Finalizou exasperada.

— Mou ii*, Sakura. — Sasuke falou em tom sério. — Para que tanto alvoroço? Será que você não pode relaxar de vez em quando?

— Sasuke-kun... — Sakura abaixou a cabeça, envergonhada por ser repreendida na frente dos amigos.

— Ele está certo, testuda. Você deveria se preocupar e cuidar mais de quem quer seus cuidados. — Ino olhou para o Uchiha, divertida. — Não é verdade, Sasuke-kun?

Ele concordou apenas com um aceno, e Sai puxou Ino para deixar os dois a sós.

— Você ainda me acha irritante, não é, Sasuke-kun? — Um sorriso triste se desenhou nos lábios da garota, mas Sasuke não foi tocado por isso.

— Sabe, Sakura? Eu sei que antigamente você agia assim para chamar minha atenção e acabou se tornando um hábito. E isso realmente é irritante, não vou negar. Mas agora as coisas são diferentes. Você poderia tentar ser com todos como é comigo. Nossos amigos gostam de você por ser sincera, se preocupar com quem é importante para você e sempre ajudar quando é necessário, mas... eu tenho certeza de que eles gostariam ainda mais de te ter por perto se você deixasse esse seu jeito autoritário e violento de lado. Ou melhor, guarde para quando realmente for necessário, pois um dia vamos precisar muito dele...

— O que quer dizer com isso? Vamos precisar dele...

— Un. Você se lembra que no começo de nossa viagem eu tentava de todas as maneiras ficar longe de você... — Sasuke a olhou seriamente e a garota apenas acenou afirmativamente. — Eu estava decidido a abrir mão do meu objetivo... você ainda se lembra?

— Hai. Um deles era com relação a... Itachi.— Ela respondeu hesitante, pois sabia que ainda era doloroso para o moreno se lembrar do irmão. — E o outro era restaurar o clã Uchiha.

— Certo. — Ele sentou-se no parapeito da janela e puxou Sakura para sentar-se ao seu lado. Colocou as mãos nos bolsos e a olhou de lado. — Eu havia chegado à conclusão, depois de conhecer sua verdadeira história, que seria melhor o clã Uchiha acabar junto comigo, mas o Naruto-baka gastou boa parte do tempo dele tentando me convencer do contrário. A princípio ele não teve muito sucesso, pois seu argumento era que tudo dependeria de mim, de como eu reconstruiria os valores da minha família a partir do zero. — Sasuke deu um meio-sorriso triste. — Ele sempre acreditou mais em mim do que eu mesmo, mas eu já me entreguei à escuridão por vontade própria e não tenho muita confiança nos meus próprios princípios. Então ele usou um argumento que realmente me fez repensar. — Um suspiro escapou dos lábios do Uchiha, como se tomasse coragem para prosseguir, mas continuou em silêncio.

Sakura aguardou pacientemente, mas parecia que o Uchiha estava com muitas dificuldades de expressar o que se passava em sua mente, por isso ela segurou o pulso do rapaz, tirando sua mão do bolso e segurando entre as suas, antes de sussurrar de forma meiga:

— Qual foi esse argumento que o Naruto usou para te fazer mudar de ideia?

— Você. — Ele disse simplesmente, sorrindo ironicamente. — Sua personalidade. Forte, controladora, sempre querendo saber de tudo o que se passa à sua volta. Ele disse que com você ao meu lado eu poderia ficar despreocupado, pois as coisas correriam bem, já que você as faria correr assim, se fosse necessário. E que, além do mais, independente desse seu lado, o sangue Uchiha ganharia o toque dessa doçura que você demonstra com todos, a preocupação e o carinho com quem é importante e, acima de tudo, sua lealdade. As palavras que finalmente me fizeram ver que eu poderia tentar foram: “Não há mulher mais indicada para ser a nova matriarca do clã Uchiha do que Haruno Sakura”.

A garota ficou olhando Sasuke com os olhos arregalados, sem acreditar no que ouvira. Sabia que o moreno geralmente tinha um plano traçado, e que o seguia à risca, mas não imaginava que ele chegaria a tal ponto. Infelizmente, para seu coração apaixonado, as palavras que realmente gostaria de ouvir não foram ditas. Deu um suspiro e, fechando os olhos, disse com a voz trêmula:

— Então é isso... Eu realmente tenho que agradecer ao Naruto. Sei que ele sempre me admirou, mesmo quando eu não merecia, mas não esperava que chegasse ao ponto de te convencer usando os defeitos que você acha mais irritantes... — Ela deu um sorriso triste e se forçou a colocar para fora o que mais a incomodara naquele discurso: — Mas é só isso? Você realmente não conseguiu sentir nada disso por si mesmo esse tempo todo?

Dando um suspiro irritado, Sasuke percebeu que teria que falar mais claramente, pois a paixão realmente emburrece as pessoas. Sakura podia ser muito esperta e inteligente quando se tratava dos outros, mas com relação a ele parecia não ter evoluído em nada desde a época da academia.

— Sakura, qual parte de "no começo de nossa viagem eu tentava de todas as maneiras ficar longe de você" é tão difícil de entender? Acha que foi à toa? — Passou a mão nos cabelos, reconhecendo que afinal estava mais irritado por ter que falar sobre seus sentimentos, e não com ela. — Se eu não sentisse nada por você, não seria necessário esse esforço. Desculpe se te assustei falando tão abertamente sobre um clã e tudo o mais, sem ao menos saber se é essa sua vontade, mas eu queria que você soubesse. Eu sei que pode parecer um pouco súbito tudo o que eu disse, só que... se não fosse agora, provavelmente não conseguiria mais.

Ainda um pouco atordoada pelo que ouviu, Sakura finalmente percebeu que não conseguiria uma declaração de amor nos moldes normais vinda do moreno, pelo menos não tão cedo, então deu um sorriso aliviado e chegou mais perto, segurando a mão de Sasuke entre as suas.

— Sumimasen*. — Recebendo um olhar confuso de Sasuke, apressou-se em completar: — Eu deveria ter algumas lições com o Naruto para aprender a te entender, ele é bem melhor nisso do que eu. Sou obrigada a concordar quando você diz que sou irritante, sabe? — Ela soltou a mão do moreno e cruzou as próprias no colo, olhando para o teto, com um sorriso nostálgico. — Fui egoísta esperando que você demonstrasse seus sentimentos da mesma forma que eu faria. Sempre te idealizei tanto que quase me esqueci de enxergar o verdadeiro Sasuke-kun. — Olhou-o nos olhos e sorriu mais abertamente. — Porém eu estou descobrindo que posso amar ainda mais quem você é de verdade, e não apenas o que eu imaginava. É claro que Naruto te conheceria bem mais que eu, afinal ele sempre viu quem você realmente é. Talvez por isso eu tenha achado um dia que poderia jogar fora tudo o que passamos juntos. Arigatou, Sasuke-kun, por ter gostado de mim, passando por cima de todas as vezes em que agi como uma garota fútil e mimada. Você e Naruto amadureceram bem mais que eu, e não falo sobre poder. Sempre me senti no direito de julgar o Naruto e de achar que você era a pessoa mais legal do mundo, sem nem ao menos ver por baixo das máscaras e perceber todo o sofrimento que existia em vocês. Creio que se tivesse percebido de uma vez, seria como receber um soco ou coisa pior, mas foi aos poucos. Ao longo do tempo eu também aprendi a admirar o Naruto, talvez mais do que eu um dia já te admirei, mas sou tão teimosa que havia enfiado na minha cabeça que era você quem eu amava, então não fez diferença nos meus sentimentos. Estarei aqui sempre que precisar de mim, Sasuke-kun.

— Fico satisfeito em ouvir isso, Sakura, e feliz por saber que mesmo tendo conhecido todos os meus defeitos e visto que eu nunca fui o cara perfeito que você imaginava, seus sentimentos não mudaram. — Sasuke deu um pequeno sorriso. — Na verdade mudaram sim. Se tornaram mais reais.

— É verdade!

Ino observava de longe a conversa entre Sasuke e Sakura e se perguntava qual o assunto. As expressões dos dois mudavam tanto – mais as de Sakura, é verdade – mas também conseguia perceber sutis variações nas do moreno. Tristeza, irritação, súplica...

— Será que finalmente vão se entender de verdade? — A loira murmurou para si mesma.

— O que foi, Ino? — Sai, que a observava, perguntou curioso.

— Só estava imaginando se agora aqueles dois vão realmente se entender. Sabe que eu pensava que isso fosse acontecer durante esses três anos fora, não é? Mas parece que nada evoluiu nesse tempo todo.

— Está enganada, Ino. Mesmo que eu não seja a pessoa mais indicada para falar sobre sentimentos, por tudo que ouvi e conheci deles quando fiz parte do time Kakashi, esse tempo foi mais do que necessário. Se as coisas acontecessem rápido demais, provavelmente terminariam ainda mais rápido. — Ele deu um pequeno sorriso. — A paixão de Sakura por Sasuke teria acabado, assim como a sua. Ela precisava amadurecer.

— Realmente. Nunca pensei que... — Ino foi interrompida por batidas fortes na porta e olhou em volta. — Devem ser Tsunade-sama e Shizune-senpai.

Foi abrir a porta, já que ninguém mais parecia disposto a fazê-lo, cada um entretido em suas próprias conversas e brincadeiras, mas teve uma surpresa, e não apenas ela, já que um silêncio instalou-se aos poucos por todo o apartamento enquanto cada um olhava para os recém-chegados. Eram oito ao todo.

— Yo! Naruto nos mandou aproveitar a festa! — Kurama, que estava na frente, seguido dos outros bijuus falou para que todos ouvissem. — Acho que ele queria privacidade...

Risinhos de entendimento ecoaram por todo o local. Em matéria de discrição, aparentemente o bijuu era igual ao seu Jinchuuriki.

— Hei, Kurama, entrem e fiquem à vontade! — Ino abriu espaço para que eles adentrassem o apartamento, sob olhares curiosos, pois mesmo que a maioria ali já soubesse quem eram e que haviam participado da festa na casa de Naruto, só tomaram conhecimento disso depois.

— EU DEFINITIVAMENTE VOU MATAR AQUELE LOIRO! — O grito fez com que todos se virassem em direção à porta da cozinha, onde um Neji muito irritado estava imobilizado pelo Kage Mane no Jutsu.

— Você não vai fazer nada disso... — Shikamaru falou com a voz calma. — Será que alguém pode ajudar aqui? Tentar conter um Hyuuga raivoso sozinho é problemático!


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Notas finais do capítulo

* Ikimasho = vamos!

* Ja mata = o mesmo que ja ne!

* Mou ii = já chega

* Shuishin no Jutsu = técnica de deslocamento rápido muito usada por Sasuke, que a aprendeu com Orochimaru

* Sou ka? = é mesmo?

* Sumimasen = sinto muito (forma polida)