Uncovered escrita por SatineHarmony


Capítulo 12
Captura


Notas iniciais do capítulo

Certo, essa é a primeira vez que eu escrevo nas notas iniciais, então já sabem que é algo muito importante. Nesse capítulo tem uma cena ecchi (ou hentai, smut, sl como vocês chamam), então é o seguinte: não direi algo do tipo "Ah, só pessoas acima de 16 podem ler" porque seria algo hipócrita, uma vez que eu só tenho 15 e escrevi isso T.T A questão é: só leia se você tiver o costume e se esse NÃO for o seu primeiro hentai, porque, pfvr, não quero ficar com esse peso na minha consciência. Enfim, boa leitura :)



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Never had a lover

Never had soul

Never had a good time

(Nunca tive uma amante

Nunca tive uma alma

Nunca me diverti)

Bones

Orihime seguiu Ulquiorra pelos corredores, sua reiatsu elevando-se inconscientemente, devido à felicidade que sentia. Seu sorriso alargava-se ainda mais enquanto sentia o poder espiritual de Renji e Ishida aumentarem gradualmente.

A garota percebeu uma aura de frustração em volta do arrancar à sua frente, que acabara de notar que não sentia mais sinal algum de dois dos seus companheiros Espada. Zommari e Granz caíram, pensou, soturno.

À parte Ulquiorra tinha que admitir que estava surpreso por Nnoitra ainda estar vivo, mas sabia que ele seria derrotado em breve. Ele também era capaz de sentir a reiatsu de Grimmjow, mas a mesma estava muito fraca. Então Kurosaki vencera a luta..., refletiu. O sexta Espada era mais fraco do que Ulquiorra pensava.

Lembrou-se das ordens de Aizen-sama — fazer com que a humana se submetesse completamente à eles. Ela quase o tinha feito mais cedo, quando estavam fora da torre, e o arrancar simplesmente odiava saber que o plano só não funcionara pois os outros Espada falharam nas suas respectivas lutas.

Depois de caminhar por alguns corredores, passando por várias portas, Inoue começou a suspeitar que eles estavam demorando muito para chegar na sua cela. Na verdade, o caminho era diferente, percebeu ela ao olhar as paredes brancas.

Por mais que todas fossem iguais, as portas eram feitas de outro material. Quando ela saíra do seu quarto pela primeira vez sem a venda, uma das coisas que mais chamara a sua atenção foram as portas de pedra clara, quase despercebidas por serem da mesma cor que as paredes.

Nos corredores que estavam, as portas eram de ferro, lisas e pintadas num pálido creme. As mesmas aparentavam serem caras, e de uma qualidade bem maior. Somente pessoas importantes dispõem de coisas caras e de boa qualidade, pensou Orihime. Seus olhos arregalaram-se ao encontrar a realização. Esse gesto não passou despercebido por Ulquiorra:

— Sim, mulher, esses são os aposentos dos Espada. — a espinha da garota sofreu calafrios diante de tal declaração. — E esse... — parou ao lado de uma das portas de ferro, abrindo-a. —... É o meu quarto.

Inoue engoliu em seco, sentindo suas mãos suarem frio devido ao seu nervosismo. Aquilo tinha demorado para acontecer, percebeu. Então ele finalmente iria mostrar a sua verdadeira face e cravar suas garras nela, roubando a sua pureza e ingenuidade.

Ulquiorra adentrou no quarto, e a menina hesitou em segui-lo, sem saber ao certo o que fazer. Decidiu, então, ocupar-se observando a decoração dos aposentos do arrancar. Na verdade não havia muito o que se ver — as paredes do quarto eram tão vazias e pálidas quanto a expressão do cuarto Espada — fora os dois únicos móveis presentes ali — uma cama e um armário da mesma cor sem vida que a porta.

— Entre. — disse o Espada numa voz inexpressiva, porém Inoue captou um leve tom de ordem naquela única palavra.

A humana deu apenas um passo, o mesmo sendo o suficiente para adentrar no cômodo. Ulquiorra passou ao seu lado em silêncio, fechando a porta atrás dela. A garota inspirou fundo antes de fazer a pergunta que tanto queria:

— O que você fará comigo? — mesmo nervosa, ela conseguiu manter-se firme.

— Depende. — disse evasivamente o Espada, parando em pé na sua frente, alguns passos da cama atrás de si.

— Depende do que? — insistiu em tirar sua dúvida.

— Do que você responder. — falou, seco. Seus olhos felinos observavam-na intensamente, deixando-a envergonhada.

Dessa vez Orihime ficou em silêncio, esperando Ulquiorra esclarecer-se mais a fundo, suas respostas tendo deixado a menina ainda mais confusa e relutante.

Invés disso, ele ergueu a mão em sua direção, aproximando-a até os seus cabelos ruivos. A garota desvencilhou-se dando alguns passos hesitantes para trás, e arrependeu-se de tê-lo feito ao encontrar-se com as costas contra a porta, encurralada.

Agindo indiferente com a tentativa de fuga de Inoue, seus dedos entrelaçaram-se nos fios cor de fogo, encontrando o seu objetivo inicial. O corpo da menina retesou-se com o toque, seus ombros tremendo de expectativa pelo que vinha a seguir.

— Mulher — ele curvou-se sobre ela, sussurrando ao pé do seu ouvido. —, em quem você deposita a sua lealdade? — perguntou, a voz grave reverberando pelo quarto de tamanho médio.

— Meus amigos virão me buscar. — Orihime fugiu do assunto, tentando ignorar ao máximo a forma como o seu corpo reagia aos toques do Espada. — Kurosaki-kun o derrotará. — disse, confiante.

— É mesmo? — a voz de Ulquiorra denunciava uma surpresa dissimulada. — Isso se Grimmjow não tiver causado algum dano à ele, claro. — blefou. Ele sabia muito bem o quanto o sexta Espada era fraco e conhecia o seu jeito imprudente de lutar, tornando-o um adversário ainda mais fácil de se derrotar.

— Grimmjow? — mesmo na situação em que estava, Inoue continuava a ater-se à detalhes. Seus olhos arregalaram-se ao se lembrar do sexta Espada de cabelo azul.

— Exatamente. O Shinigami Substituto o irritou. — murmurou, suas mãos descendo dos cabelos de Orihime para traçar um caminho pelos seus ombros, colo e abdômen até chegarem aos seus quadris. Assim, puxou-a, seus corpos pressionando-se um contra o outro.

Inoue surpreendeu-se com como o arrancar era capaz de fazer tal gesto sem emoção alguma. Ela tremeu ao vê-lo curvar-se mais sobre ela, seus lábios quentes pousando no seu ombro. Uma das mãos subiu até o zíper do casaco do seu uniforme, abrindo-o prontamente. A peça de roupa caiu no chão, saindo do caminho da boca de Ulquiorra, que explorou a pele agora nua da sua clavícula.

Orihime trincou os dentes ao sentir a língua quente do Espada contra a sua pele, porém os pelos enriçados do seu braço denunciavam a excitação que a humana sentia.

— Pare. — pediu numa voz que transmitia vontade nenhuma.

— À quem pertence o seu corpo e vontade? — Ulquiorra insistiu na sua pergunta feita anteriormente.

— À ninguém. — respondeu de forma bruta, rebelando-se. — Estou em cima do muro.

— Está em cima do muro? — franziu o cenho enquanto levantava a sua cabeça para encarar a humana. — Se, na teoria, nós somos os inimigos, por que então você teria dúvidas em escolher em qual lado ficar?

— Bom... — Orihime começou, hesitantemente, e foi interrompida pelo Espada:

— Saiba, mulher, que isso significa que você acha que o que nós fazemos é certo. — e com isso, voltou a prestar total atenção no colo da garota, observando a forma como ela tremia com os seus toques. — E sabe por quê? — perguntou retoricamente enquanto continuava a beijar e acariciar os ombros de Inoue — Porque o que nós fazemos é certo.

— Não... — tentou lutar, fechando os olhos com força enquanto Ulquiorra levava as mãos até o seu corpete, preparando-se para tirá-lo.

— Claro que sim, não há outra explicação lógica. — negou o arrancar, e então, num gesto genuinamente humano, ergueu uma das mãos até o seu rosto, afagando confortavelmente a sua bochecha. Distraindo-a com tal ação, tirou o seu corpete, a menina ficando completamente nua da cintura para cima.

Ela corou ao perceber o seu estado, e abaixou o rosto, envergonhada. Ulquiorra passou suas mãos pelos lados do seu tronco, até entrelaçar os seus dedos uns nos outros contra as costas da garota, abraçando-a, seus seios nus batendo no peito do arrancar.

O Espada sabia muito bem quais eram as reações humanas diante da primeira experiência sexual, mas tudo podia ser evitado com atenção e carinho. Aquilo estava criando o cenário perfeito para ele — os hormônios da mulher estavam ao pico, confundindo-a. Tal experiência prazerosa faria com que ela o visse não mais como o inimigo, e sim como um companheiro, um parceiro. Isso seria o suficiente para Orihime parar de resistir contra as suas persuasões, submetendo-se por completo à Aizen-sama.

Notou então, com certo desgosto, que agora teria que deixa-la agir por alguns instantes. Seu aperto na cintura da garota apertou-se, e assim direcionou-a até a cama, sentando-se na mesma, e deixando-a em pé à sua frente.

— O quê...? — Inoue parou de fazer a sua pergunta quando sentiu os seus pulsos serem envolvidos pelas mãos de Ulquiorra, levando os mesmo até a gola do seu uniforme.

— Abra. — ordenou, soltando as suas mãos. A menina engoliu em seco antes de fazer o que lhe fora dito, corando enquanto puxava com mãos trêmulas o zíper da roupa, exibindo o peito pálido do arrancar.

E então ela viu aquilo. O número quatro tatuado em tinta negra na área do ombro de Ulquiorra.

Seus olhos arregalaram-se em surpresa e pavor. Medo tomou conta dela — Orihime ainda tinha memórias recentes de quando destampara a tatuagem do número seis em Grimmjow. Com todo aquele poder, ele só era o número seis. Do que seria então capaz o Espada à sua frente, que estava levando-a para a cama?

O arrancar pôde perceber o nervosismo estampado no rosto da garota. Reprimindo um suspiro impaciente, ele segurou-a pelos pulsos novamente, direcionando suas mãos em direção à sua tatuagem, num convite.

— Posso? — Inoue queria se certificar de que entendera a sua intenção. Ulquiorra assentiu sem dizer nada, controlando-se para não tremer sob o toque hesitante das mãos de Orihime, que passeavam pelo seu peito.

Ela parou uma de suas mãos de forma envergonhada próxima ao buraco hollow dele, fazendo um pedido silencioso. O Espada permaneceu inexpressivo, fazendo com que a garota ponderasse antes de ficar ousada e acariciar o vazio. Surpreendeu-se com a textura lisa e gélida, diferente da temperatura usual do corpo de Ulquiorra.

Enquanto isso, o arrancar lutava para não deixar os seus instintos tomar conta de si, querendo dar um tapa na humana estúpida à sua frente por fazer tal coisa odiosa. Tudo para cumprir as ordens de Aizen-sama, pensou, tentando ignorar a sensação desconfortável e dolorosa de ter uma mão afagando o seu buraco hollow.

Achando que a garota já tivera liberdade o suficiente, ele segurou os pulsos dela novamente, e levou o corpo da humana de encontro ao seu, suas costas batendo no colchão da cama enquanto Inoue caía contra ele, ambos completamente deitados. Ulquiorra forçou-se para o lado, assim rodando e ficando em cima de Orihime. Aproveitou essa posição para levantar parcialmente o tronco, observando a imagem do busto nu da humana. Diante do olhar do arrancar, o rubor da menina só aumentou.

Ulquiorra então curvou-se sobre ela, sua total atenção posta nos seios da garota. Primeiro estudou-os, acariciando-os com certo cuidado para saber quais seriam as reações de Inoue, para, em seguida, começar a trabalhar com a boca neles. Conteve um sorriso ao escutar um gemido enquanto um dente raspava num dos seus mamilos.

Decidindo que aquilo fora o suficiente para satisfazê-la temporariamente, voltou-se para a calça de Orihime, seus dedos dobrando-se na beira da mesma. Com um movimento rápido, arrancou a última peça de roupa, a garota ficando totalmente nua.

Foi nesse momento que a realidade bateu na humana, e ela percebeu o que estava prestes a fazer. Seus joelhos bateram um contra o outro, impedindo a passagem do Espada.

— Interessante. — observou ele. — Você demorou mais de vinte minutos para ficar lúcida.

— Não... — disse, piscando os olhos de modo incerto. — Não, eu não quero isso...

— Não quer? — Ulquiorra ergueu uma das sobrancelhas, cético. Em seguida suas mãos foram determinantemente na dobra dos dois joelhos de Orihime, separando-os num movimento veloz, mas ao mesmo tempo delicado. Levou uma das mãos até a área entre as pernas da garota, que fechou os olhos e mordeu o lábio inferior ao sentir o arrancar estimulá-la momentaneamente. Depois tirou sua mão de lá, e mostrou como um dos seus dedos estava molhado. - Se você não quer, então o que é isso? — perguntou retoricamente.

Orihime ficou quieta diante da declaração, engolindo em seco enquanto reprimia-se por dentro por reagir dessa forma com as ações do Espada.

Ulquiorra curvou-se mais uma vez sobre o corpo da humana, seus lábios indo em direção ao sexo da garota, que latejava de desejo. Beijou o lugar múltiplas vezes, e o arrancar sentiu-se realizado ao escutar os gemidos e os suspiros aumentarem de frequência, sendo seguidos pela respiração pesada, enquanto o ar era tomado pela aquela atmosfera pesada de prazer.

Quando terminou, o Espada levou uma das mãos até a boca, para depois observar a imagem da humana pós-orgasmo. Seus olhos estavam fortemente fechados, seu cenho franzido, e sua boca entreaberta. Seu colo estava com marcas vermelhas e roxas, causadas pelos lábios de Ulquiorra, e seu corpo estava mole e pesado, estirado de qualquer forma no colchão.

Inoue abriu os olhos com certa dificuldade, vendo o arrancar de joelhos envolvendo a sua cintura, inexpressivo quanto sempre.

— Ulquiorra... — começou a dizer enquanto levantava-se com dificuldade. — Você...

— Shh... — interrompeu-a novamente. — Hoje é só você. Hoje só você se satisfaz. — disse, enquanto a menina sentava-se de forma correta na beirada da cama.

— Eu... — hesitou, passando uma mão pelos cabelos, que estavam molhados pelo suor que transpirava na sua nuca. — Eu estou confusa... Ulquiorra, eu... — inspirou fundo, parecendo procurar palavras.

Uma das mãos do cuarto Espada envolveu a base do pescoço da humana, num gesto carinhoso.

— Orihime. — chamou-a, sua voz rouca.

— Sim? — ergueu prontamente os olhos para vê-lo, os mesmos em seguida arregalando-se ao perceber que ele a tratara pelo primeiro nome.

— Shh... — repetiu mais uma vez, aproximando o seu rosto do seu. Ele criou aquela usual expectativa que existe antes de se dar um beijo, como que esperando que Inoue diminuísse a diferença entre a boca dos dois.

E assim ela o fez, seus lábios moldando-se contra os dele de forma tímida e inexperiente. A garota nunca tinha beijado alguém antes, então uma façanha como essa era duas vezes mais surreal quando feita com um arrancar. A boca quente de Ulquiorra acariciou-a, e entreabriu-se nos seus lábios.

Um gemido formou-se na garganta de Orihime ao sentir a língua do Espada escorregar por entre os seus lábios até a sua boca, explorando a mesma. Aproximou o seu corpo do dele envolvendo o seu pescoço com ambos os braços, perdendo toda a timidez de estar nua.

Quando separaram-se, a garota descobriu que não fora a primeira a abrir os olhos, vendo logo Ulquiorra observando-a com aquele par de esmeraldas. Ele levantou da cama, parecendo não ter sido nem um pouco afetado pelo beijo, porém agora Inoue era capaz de ver falhas na máscara apática que ele vestia. Sorriu ao perceber isso.

O cuarto Espada fechou o zíper do seu uniforme, e parou em pé em frente à humana. Entendendo a mensagem, ela começou a recolher as suas peças de roupa.

Estão me ouvindo, senhores invasores? — elétrico feito um choque, a voz de Aizen percorreu pelos ouvidos de Orihime. Ela pensou ter visto Ulquiorra suspirar. Na mensagem que seguiu a sua apresentação, o shinigami traidor explicou o seu plano de tomar o terreno da cidade de Karakura, e as razões de tê-la raptado.

Ao escutar Aizen dar-lhe ordens, Ulquiorra estalou a língua, como que num tom de desaprovação.

— Tsc, então tudo o que fiz agora foi em vão — comentou — Afinal de contas, agora você se tornou inútil para o Aizen-sama. — e virou-se para a humana, sua expressão o mais gélida possível. — Não é, mulher?


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Notas finais do capítulo

Sim, no final das contas Ulquiorra e Orihime não fizeram sexo de fato, se você parar um pouco para pensar eles pararam logo nas preliminares ç.ç Culpem a preguiça da autora -q
Agora, algo muito sério MESMO: semana que vem eu posto o último capítulo de Uncovered. Não, eu não desisti da fanfic e decidi fazer um final às pressas ou algo do gênero, eu realmente já tinha pensado nela desse tamanho mesmo, tudo foi planejado há muito tempo. E se vocês se lembrarem da storyline do mangá/anime, vocês entenderão muito bem o porquê. Um básico spoiler: vocês já perceberam em quais gêneros Uncovered está marcada?