Se Eu Fosse Você escrita por Gio


Capítulo 8
Malas arrumando malas


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Hoje fui rápida, viram?
Obrigada à Lillys World pela recomendação! Você é muito princesa por isso, viu?!
Enjoy! ;)
XOXO



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– Próxima tarefa. – pediu Reyna, desmontado do Pégaso.

- Arrumar e desarrumar as malas juntos. – ele respondeu.

- Eu não estou nem um pouco afim de fazer isto. – ela admitiu.

- Nem eu, mas são 10 pontos que nós não estamos podendo dispensar. – ele explicou.

- Tudo bem, vamos logo. Quanto mais rápido fizermos isso, mais rápido acaba. – ela ponderou.

Leo assentiu com a cabeça e desceu do cavalo alado. No mesmo momento, notou que suas pernas estavam dormentes e toda a parte abaixo da barriga doía intensamente.

- Como você gosta de andar à cavalo? – ele a perguntou.

- É como voar para mim. Me sinto livre, entende? – ela respondeu.

- Livre e dolorida, com certeza. – ele reclamou. – Não dá para se acostumar com isso.

- Acho que já conversamos sobre minhas preferências, não foi Valdez? Você gosta de cheiro de graxa e eu de andar a cavalo. Ponto.

Leo revirou os olhos. Não havia mais o que discutir. Por mais incrível que pareça, os dois pareciam não ter mais motivos para discutir. As brigas acabavam com a mesma rapidez que começavam.

Resignados, caminharam pelo acampamento em direção à Casa Grande. Pelo que sabiam, se mudariam para um quarto particular.

De acordo com o que foi dito por Afrodite, eles deveriam arrumar as malas juntos.

- Sério Valdez, diga-me o que há de romântico em arrumar bagagens. – ela o perguntou.

- Sinceramente eu não sei, mas provavelmente a mente distorcida da nossa querida deusa do Amor deve imaginar que isso construirá laços cósmicos e corações de purpurina no ar. – ele brincou, agitando as mãos para o alto e fazendo uma voz hippie. - Ou seja, extremamente anormal.

- Não é tão anormal assim. – ela ponderou.

- Tem algum outro ponto de vista fora a visão pseudo psicodélica da psicopata deusa do Amor?

- Pseudo Psicodédica da Psicopata deusa do Amor? – ela riu.

- Tá, tudo bem. Eu posso ter exagerado. Então diga a sua visão de romantismo nessa casual ação proposta por ela.

- Vamos lá. – ela pigarreou. – Talvez ela imagine que arrumando as coisas um dos outros irá nos aproximar, porque talvez ela pense que roupa, sendo algo pessoal, nos traga sentimentos únicos. – ela riu.

- Realmente a sua teoria faz sentido. – ele ironizou. – Mas eu continuo achando que é perda de tempo.

- Vamos logo, projeto de Faísca. – ela brincou.

XXX

O primeiro destino foi o Chalé mais agressivo do Acampamento: o Chalé de Ares, deus da Guerra.

Os dois caminharam pelo chalé, esquivando-se dos brutamontes que andavam portando espadas afiadas.

- Essa é a minha cama. – Reyna/Leo sussurrou para Leo/Reyna. – O baú de roupas fica aqui. – ela falou apontando para uma enorme caixa de madeira.

- Não sabia que você tinha tantas roupas. Você não me parece muito... feminina. – ele implicou.

- E a sua masculinidade não é algo esbanjado pelo ar. – ela rebateu.

- Tudo bem, eu paro. Você tem alguma mala? – ele perguntou.

- Dentro do baú. Vamos?

O garoto assentiu com a cabeça e sentou-se no chão, ao lado da pretora.

Reyna/Leo abriu o baú e tirou de lá uma enorme mala azul marinho. Ela abriu o zíper e a colocou no chão.

- O que seria arrumar as malas juntos? Escolher as peças juntos, ajeitá-las na mala... – Leo Perguntou.

- Eu sinceramente não sei. Que tal fazermos as duas coisas?

- Bom, já que você que está no meu corpo, escolha o que quiser, mesmo porque, eu acabarei levando tudo.

- Pelo menos me dê a oportunidade de pensar que sou alguém na vida e tenho direito de escolha perante as nossas tarefas. – ele brincou com um tom dramático.

- Você acha que eu ao menos me importo com a sua felicidade? – ela respondeu, se arrependendo momentos depois ao perceber a reação que causara. – Desculpe, eu não deveria ter dito isto.

- Tudo bem. Eu entendo que não foi por querer. – ele deu de ombros.

- Juro que serei mais sensível, sério.

- Eu não ligo, já estou acostumado com grosserias. – ele falou, dobrando uma camiseta. – Pijama de ursinhos? Sério Ice Queen? – ele riu.

- Com licença? – ela se fingiu ofendida. – Com certeza você deve ter alguma peça comprometedora. E além de tudo, ursinhos são fofos.

- Com certeza, principalmente quando estão prestes a arrancar sua cabeça com uma mordida voraz. – ele ironizou.

- Idiota. – ela replicou. – Acho que já estamos acabando. – ela avisou.

- E as roupas íntimas? – ele perguntou.

- Como diz o nome, são íntimas.

- Se você não se esqueceu, não adianta ter vergonha. Eu estou no seu corpo, e tomo banho.

- Você precisa me lembrar disso à cada vez que eu penso em sequer me esquecer?

- É meu dever te deixar irritada, lembra?

Reyna o olhou com algo que deveria representar ódio, mas só foi o bastante para Leo rir.

- Sabia que seu olhar só é ameaçador no seu corpo? – ele avisou. – No meu, fica apenas engraçado.

- Acha meus olhos ameaçadores? – ela o questionou.

- Sim. Eles são pequenos e expressivos e a sua íris é escura e apavorante.

Reyna e Leo sorriram.

- Seu sorriso também não é doce e alegre no meu corpo. – ela admitiu.

- Acha isso? Sé-sério?

- Sim. – ela respondeu seca. – Vamos logo. A mala já está arrumada.

Leo sorriu, divertido com o rubor da companheira.

Reyna fechou a mala, levantou-se e começo a arrastá-la para fora do chalé. Atrás dela, Leo ria.

XXX

- Bem vinda ao meu quarto. – ele falou, deixando-a passar. – Minhas roupas também ficam num baú. Minha cama é aquela. – ele disse, apontando o dedo em riste para a cama mais magnificamente tecnológica do chalé.

- Eu faço as honras. – ela avisou, abrindo o baú. – Que pandemônio é este, cria de Vulcano? – ela exclamou.

- Fala baixo, sua incompetente. Senão os outros vão desconfiar. Você é burra mesmo, sabia? – ele falou.

- Olha como fala comigo. – ela o recriminou. – Como você se encontra nesta bagunça?

- O importante é que eu me entendo. Então, a bagunça continua.

Reyna revirou os olhos.

- Vamos arrumar isso. Já que me recuso a conviver nesse projeto de corpo, pelo menos que eu tenha o direito de intervir nos seus maus hábitos, que incluem a não lavagem de camisas e este pandemônio na arrumação.

Leo riu.

- Sabe, acho que a diferença que as pessoas mais vão notar vai ser o fato de você rir demais e eu parecer sério demais. – ele falou.

- Não, creio que a maior vai ser o fato de que você parecerá inteligente e eu serei tomada como acéfala. Isto é um desastre.

- Então, senhorita inteligente, pode me ajudar com a minha mala?

Ela sorriu e pôs-se a arrumar as roupas.

XXX

Leo/Reyna tinha acabado de pegar a chave de seu novo quarto. Reyna estava à espreita, escorada no batente da porta de mogno.

- E então, preparada? – ele a perguntou.

Reyna hesitou, então assentiu com cabeça.

Temeroso, Leo pôs a chave na fechadura. Girou-a no sentido horário e ouviu o click que indicava que a porta estava destrancada.

Girou a maçaneta e fechou os olhos.

- Você primeiro. – murmurou para Reyna.

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Poste! Só demorei porque eu fui babaca de ligar pra Teckpix, então eles estão desde das duas da tarde me ligando e eu dou a mesma desculpa. Minha mãe quer me matar por isso.

Conselho, nunca diquem 0800 777 7000 a não ser que queiram comprar a Câmera mais vendida do Brasil.

Vou-me

XOXO



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Notas finais do capítulo

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