Joe's Bar
22 de outubro

"Outra bebida, Liv?" sugeriu Elliot.

Olivia negou com a cabeça. "Não, já bei o suficiente para esta noite" disse e pegou dinheiro de seu casaco, jogando-o na mesa "Estou indo para casa"

"Ok, eu darei-lhe uma carona" disse Elliot.

"Não é necessário, El. O que Kathy dirá se você chegar tarde em casa outra vez? Além do mais, eu preciso tomar um ar" responder ela.

Elliot olhou para Fin, que estava tão preocupado como ele "Você tem sua arma, Baby Girl?"

"Sim, não se preocupem, eu vou ficar bem, ok?" assegurou ela "Eu posso me proteger"

Elliot suspirou "Ninguém disse que você não poderia, Olivia. A questão é que mulheres estão desaparecendo cada vez mais, e não se tem ideia de onde elas possam estar. Eu não quero te perder, Liv"

Ela piscou as lágrimas para longe "Acho melhor eu ir... vejo vocês amanhã" e sem outras palavras, saiu em disparada do bar.

Saiu correndo pelas ruas escuras e mal iluminadas de Nova York. As palavras de Elliot de certo jeito a afetou, mas não sabia por quê. Será que ele realmente se importava com ela assim? Ela o amava, não poderia negar, mas nunca ousaria destruir seu casamento e quebrar a paz de sua família.

Soltou um longo suspiro e continuou a caminhar pelas ruas de Manhattan. Ouviu como um carro parou pouco atrás dela. Discretamente, olhou, vendo um furgão preto. Seu coração acelerou. Começou a andar cada vez mais rápido, mas infelizmente o carro vinha atrás dela.

Dois homens, vestidos totalmente de preto, então saíram da van e correram até ela. Olivia agarrou sua arma, apontando-lhe "O que vocês querem?" perguntou simplesmente.

Não obteve respostas. Os dois homens permaneceram imóveis, e Olivia não entendia por quê. Mas ela despercebeu algo. Um terceiro homem saindo então do furgão e abordou-a. Com sua mão, pôs um pano contra seu nariz, que Olivia logo reconheceu como clorofila.

Tentou não respirar, mas era meio que impossível. Em questão de segundos, caiu nos braços do desconhecido, e tudo ficou presto.
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Cinema
22 de Outubro

"Que filme ruim! Eu penso que nunca vi algo tão ruim na minha vida!" comentou Rachel.

"Não é verdade. O filme que assistimos semana passado também foi horrível" disse Phoebe.

"Pheebs, aquele foi o melhor filme do ano!" exclamou Monica.

"Claro, porque para você é um filme perfeito num mundo perfeito" debochou Phoebe.

Rachel deu de ombros, e as três voltaram a andar pelas ruas "Meu restaurante é a algumas quadras daqui. Nós podemos caminhar até lá"

As louras assentiram e então caminharam silenciosamente. Porém, uma mesma van preta passou por elas "Olhe aquelas mulheres gostosas!" exclamou o homem que estava no banco de passageiros.

"Oh yeah. Nós deveríamos pegá-las" disse o motorista.

"Mas o chefe disse que podemos pegar apenas uma garota por noite"

"Bem, acho que ele não se zangará tanto depois de ver o corpo destas garotas" disse e parou o carro ao lado da calçada.

"Hey, Z, vamos abordar as três garotas na rua" e ao porem suas máscaras de esqui, os dois homens saíram do carro, prontos para abordá-las.

Ao verem esses indivíduos vindo até elas, as mulheres de abraçaram, medo evidente em seus olhos. Queriam correr, mas seus corpos estavam petrificados, principalmente por estarem a mira de uma arma "Vão para a van, agora!" gritou um dos homens.

Embora suas mentes dissessem para obedecê-los, seus corpos não reagiam. Os sujeitos simplesmente empurraram-nas para dentro do furgão, que rapidamente saiu daquele lugar.

Olharam ao seu redor, vendo o corpo inerte de uma outra mulher. Monica caminhou até ela, pondo seus dedos em seu pescoço "Ela ainda esta viva" disse agradecida.

As meninas então ficaram em silêncio, olhando hora para a mulher inconsciente, hora para seu sequestrador, que depois de um bom tempo, disse: "Comportem-se, vocês não querem piorar suas situações" e com isso, foi sentar-se junto a seus companheiros.

"O que nós faremos?" indagou Rachel, sem fazer contato visual com nenhuma de suas amigas.

"Não há nada para fazer" lamentou Monica "Nós vamos morrer!"

"Não, nós não vamos morrer" escutaram uma voz diferente. Olharam para a mulher que agora possua seus olhos abertos "Isto é estranho, eles geralmente sequestram apenas uma mulher por noite" disse, ao sentar-se.

"Who the hell are you?" questionou Monica.

"Detetive Olivia Benson. Eu e meu parceiro estávamos investigando sobre esses sequestros. Bem, acho que deixei todos o trabalho para ele" Olivia tentou brincar, porém nenhuma das outras mulheres riu "Digam-me sobre vocês"

"Sou Monica Geller. Trabalho como chef em um restaurante a poucas quadras de onde fomos sequestradas"

"Vocês se conhecem?"

"Sim, nós somos melhores amigas. Eu sou Rachel Green, e trabalho com moda em Rauph Lauren"

"Eu sou Phoebe Buffay, e trabalho como massagista em uma casa de massagem"

"Ok, agora, alguma de vocês tem um telefone?" sussurrou, na esperança de que nenhum dos homens a ouviu.

Rachel lhe entregou seu celular e Olivia rapidamente ligou para um número muito conhecido, o de seu parceiro "Stabler" ele disse ao atender.

"El, I need your help..." sussurrou, o mais baixo possível.

Elliot pulou da cama "Onde você esta, Liv?"

"Presa dentro de uma van em algum lugar do mundo" disse "Eles não seguiram o padrão essa noite. Sequestraram outras três mulheres"

"Ok, eu preciso rastrear a ligação, então, tente deixar esse telefone ligado o máximo possível"

Mas algo inesperado aconteceu. Um dos sequestradores chegou até ela, perguntando: "Com que você esta falando?"

Olivia amaldiçoou-se por deixa-los ouvi-la. "Eu diria ninguém, mas acho que você não acreditaria em mim, ou acreditaria?"

"Olivia! Não o irrite, ok?" gritou Elliot para o telefone, embora não soubesse se ela podia ou não ouvi-lo.

"Você tem uma boca suja, hein princesa!?" provocou ele, e com um piscar de olhos, socou-a na barriga.

Olivia caiu ao chão em dor, lágrimas por trás de seus olhos "Isso é para você aprender a controlar essa boca suja!"

Continuou a chutá-la por todo seu abdômen, sem se preocupar de ela estava ou não com dor. "Pare! Oh God, por favor, apenas pare!" implorava ela.

Monica, Rachel e Phoebe se encolheram num canto do furgão. Essa mulher totalmente estranha a elas, apenas tentava ajudá-las e por isso, pagava o maior preço.

"Deixe-a em paz, seu bastardo doente!" gritava Elliot, fazendo com que Kathy acordasse ao seu lado.

Rachel não aguentou mais ver essa cena. Levantou-se, dizendo: "Pare! Este era meu telefone, então você não precisa machucá-la, ok? Faça isso em mim, não nela!"

Olivia sentiu como de repente as pontadas em seu estômago pararam. Ergueu a cabeça levemente, para ver o que aconteceu. Viu o homem, que a pouco matava-a de chutes, indo em direção a Rachel, que já parecia pronta para ser espancada.

"Não bata nela!" apelou Olivia, sem saber ao certo o que estava fazendo.

"E por que não?" o homem virou a encara-la.

Olivia tentou levantar-se, ignorando toda a dor que atravessava seu corpo "Ela não fez nada! Não foi ela quem tinha o celular secretamente em seu casaco, foi eu! Não foi ela quem fez a ligação, foi eu!"

O homem ergueu uma sobrancelha "Mas ela disse que o celular-"

"She's lying!" interrompeu Olivia.

Sorriu, aproximando seu rosto do dela "Nós teremos um ótimo tempo juntos, tigresa"

Um outro homem apareceu "Get your ass back here. Você vai se dar mal por deixa-la assim"

O homem saiu, deixando as mulheres sozinhas novamente. Olivia, que estava enrolada numa bola no canto do furgão, recebi olhares das outras mulheres "Por que você fez isso?"

Olivia suspirou "Eu não poderia deixa-lo maltratá-la por algo que não fez" disse, olhando para o lado, vendo que o celular estava totalmente destruído,

"Mas você estava nos ajudando, Olivia. A pena deveria ser paga igualmente" afirmou Monica.

"Eu sou uma policial, meu dever é proteger pessoas como vocês. Eu me sentiria tão culpada se algo acontecesse a vocês..."

"Embora nós agradecemos, se você levar a culpa por tudo que fizermos, acho que não viverá por mais um dia" disse Rachel.

"Vocês me causarão tantos problemas assim?" Olivia tentou rir, mas a dor que vinha de seu tronco a impedia.

"Eu acho" começou Phoebe "Que para que possamos sobreviver ao que estamos prestes a viver, precisamos ficar unidas, mais unidas do que nunca. Precisamos permanecer juntas"

As quatro mulheres então se abraçaram, mas não podiam esconder o medo quando sentiram a van parar. O medo era maior ainda quando viram a porta se abrir, relevando os três homens "Vocês estão prontas para se divertiram?"