– É sua esposa?-Kate sussurra, olhando para minha tatuagem.

– É a mamãe.

–É linda! -ela diz.

Realmente, era uma bela tatuagem, eu havia feito ela á dois anos atrás, ela ocupava um pedaço generoso de minhas costas. Eu gastei varias seções para acabar a tatuagem o desenho era Bella com asas, afinal ela era meu anjo, e em uma das asas faltava uma pena caída onde estava escrito Melanie, e abaixo dos pés da Bella, estava escrito uma frase de uma musica que nós gostávamos muito “te amarei de janeiro a janeiro, até o mundo acabar.”

– Faz quando tempo?-Kate pergunta.

– Foi á uns dois anos atrás, era nosso aniversário de casamento.

– Eu sinto muito. -ela diz baixo.

– Tudo bem. -eu digo. - Um dia talvez eu supere.

– Acho que não. Depois do que você me contou, acho difícil, eu percebia como você falava dela, mesmo antes de eu saber que ela havia morrido. Seus olhos brilham.

Então lembranças do nosso almoço dias atrás invadiram minha mente.

Flash back on

Eu estava no necrotério do prédio principal do FBI, enquanto Alice tagarelava sem parar sobre não haver nenhuma digital, e como seria difícil não encontra o suspeito... Eu já estava ficando com raiva, eu sabia o qual difícil podia ser não ter encontrado digitais ou alguma evidência. Já passava do meio dia e eu não tinha almoçado, me despedi de Alice e fui para meu escritório, mais que droga o dia hoje eu estava péssimo, assim que cheguei ao meu escritório, Alice ligo e me pediu para descer, pois, era urgente, mais uma vez eu desci até o andar em que ela estava.

– Olha o que eu encontrei. -diz toda risonha.

– O que?-pergunto sem paciência.

– Um fio de cabelo, e parece não ser do nosso querido Jacob. -ela disse elevando um fio de cabelo que estava dentro de uma embalagem transparente para que eu pudesse ver, era cor de mogno e de um tamanho grande, parecia ser de mulher.

– Ótimo! -digo realmente interessado. - Mais você demorou a encontra não é?

– Desculpa Edward, eu estava sob pressão. Você sabe que eu não funciono assim. Vou levar pra fazer o DNA.

– Tudo bem. Agora eu vou almoçar, eu estou morrendo de fome.

– Nossa nem um pouco dramático!

Eu me despedi de Alice e andei até o estacionamento. Mais no caminho encontrei com Kate, nos resolvemos almoçar juntos, Kate era gentil e amava Thomas. Ela era sua professora substituta há aproximadamente uns três meses. A antiga professora de Thomas havia saído de licença a maternidade e só voltaria no inicio do próximo ano.

– A sua esposa não irá ficar chateada, por está almoçando comigo?- Kate pergunta de repente, enquanto eu puxava a cadeira para ela se sentar.

– Não!-Respondo e me sento ao seu lado, o restaurante estava um pouco movimentado.

– Não?! Sério? -ela parece indignada.

– Ela faleceu á cinco anos atrás, foi um acidente de carro. Ela voltava da escola onde trabalhava e onde minha filha estudava, vinha um carro na contra mão....e...- as minhas lagrimas teimando em sair.

– Tudo bem Edward, não precisa me contar, eu sinto muito.

– Não, eu preciso...eles bateram de frente, e o carro da minha esposa capou varias vezes e ela e minha filha morreram na hora.

– Que tragédia. -Kate diz, e segura minhas mãos na dela.

– Eu a amava tanto. Eu ainda a amo. Quando ela se foi, uma parte de mim se foi junto com ela eu nunca vou superar.. E sempre que vejo Thomas, por Deus ele tem o mesmo gênio da mãe.

– Edward, ele não tem culpa... - ela ia dizer mais alguma coisa mais foi interrompida por um grito estridente.

– Edward!!- gritou, e todos olharam para minha mesa onde a louca da Tania estava parada na minha frente.

– Você pode me explicar quem é essa baranga? E oque está fazendo almoçando com você?-Tania diz em alto e bom som.

– Eu não te devo explicações da minha vida. Fala baixo, ninguém precisa ouvir você. -digo com raiva.

– Como assim não?-ela diz com raiva. - Eu sou sua...-antes que ela dissesse mais besteira eu a interrompi.

– Você não é nada minha! No máximo uma colega. Então, por favor, de meia volta e vá embora.

Tania se vira pra Kate e com um sorriso malicioso desce seu veneno.

– Então você é a vadia da vez. Se eu fosse você não se apegava a ele, sabe ele só usa e quando cansa joga fora. Foi assim comigo e com as outras e com você não vai ser diferente. -joga o cabelo para trás e sai.

– Me desculpe por isso. Tania é uma descontrolada, nos saímos algumas vezes e ela acha que..-Kate me interrompeu.

– Tudo bem, não precisa falar. -Kate solta uma gargalhada. -Ela não é uma renomada arquiteta?-eu assenti. – Ela realmente não é normal.

– Ela vive no meu pé, desde quando ainda era casado com Bella.

Flash back of

Fui tirado de meus pensamentos por Thomas me chamando.

–Sim?-digo.

– A tia Kate tá te chamando.

– Oh desculpe estava pensando.. Sim?-me viro para Kate.

– O que vocês virão querer para o jantar?

– Batata flita. -grita Thomas fazendo Kate e eu rir.

– Tudo bem. –digo. - Então batata frita. -enfatizo o frita, para ver se Thomas aprende a falar corretamente. -E..sei lá. -me viro pra Kate. - Você decide.

– Certo! Mais depois não vá se arrepende.

Eu assenti e subi até meu quarto e coloquei uma camisa e desci. Kate ainda estava na cozinha conversando com Thomas animadamente sobre desenhos e a escola, era assim que eu imaginava Bella com nossos filhos... Mas isso nunca iria acontecer, suspirei.

– Então o que vamos ter para o jantar?

– Batata frita bife de hambúrguer, e lasanha.

– Nossa, quanta bobagem ..Achei que fosse ser algo saudável. –comento.

– Quer algo saudável?! Pegue e faz!- Kate diz fingindo-se de brava, apenas sorrio.

O jantar transcorreu animadamente, e por voltadas 10h30min Kate foi embora. Eu lhe disse que Thomas não iria para aula, por causa do braço, eu o levaria na casa de Charlie que ligará minutos antes perguntando sobre o neto, e eu lhe contei o ocorrido. Charlie e Renee surtaram. Thomas é a única lembrança viva de Bella, e eles cuidavam bem do neto.

Naquela noite Thomas dormiu comigo, eu tive uma boa noite de sono...

Acordei com o barulho do despertador, chamei Thomas e o ajudei a se arrumar, por conta do seu braço machucado. Comemos cereal, e o coloquei com cuidado na cadeirinha junto com sua pequena mala, e se seguimos até a casa de Charlie.

É uma bela casa. Duas janelas grandes azuis, cercas brancas. É linda. Eu ajudei Thomas a desce e ouvimos gritos de Charlie e Renee, peguei no braço de Thomas, para ele para de andar. Ele olhou para mim.

– Espere um pouco. -digo a Thomas e nos ficamos parado perto do carro enquanto ouvíamos a briga de Charlie e Renee, eu fiz isso para não interrompê-los.

– Você acha que eu não sei?–gritou Charlie.

– Do que você está falando Charlie?–grita Renee. - Você está louco, você me traí e eu nunca disse nada.

Eu e Thomas nos mantivemos estáticos.

–O vovô tá bligando com a vovó?-Thomas sussurra.

– Parece que sim filho.. Acho melhor irmos embora.

– Não papai! Eu quelo blinca com o vovô.

Eu ia respondê-lo mais o que veio a seguir me fez ficar boquiaberto.

– Eu não sou o único! Você acha que eu não sei que Bella não é minha filha?–grita ele. – Vai dizer que é mentira Renee? Você me traiu com Billy não é? E ficou grávida de Bella.

– Co...como você sabe?-diz Renee. – Quem te disse isso?

– Billy contou-me antes de morrer. Eu confie em você. E você me traiu.

– Como é que é?-Eu pergunto chegando perto do jardim.

– Edward?-Renee diz meu nome e cora.

– Isso é verdade?-pergunto á Charlie.

– Sim Edward eu descobri á dez anos, pouco depois de você e Bella se casarem, mais eu amo aquela menina como se fosse minha.

– Charlie eu posso explica querido...

– Não, você não pode Renee. Não me venha com falsa moralidade, eu sempre fiz tudo por você, e você me traiu na primeira oportunidade.

Eu estava perplexo, eu nunca poderia imaginar isso. Bella não era filha de Charlie.

– Papai?-Thomas me chama.

– O meu Deus, Thomas estava aqui o tempo todo!-diz Renee.

– Tudo bem, ele não deve ter entendido. -eu digo.

– Vem querido o vovô vai te levar pra jogar vídeo game, vamos? –Thomas acena com a cabeça e sorri andando até ele. - E esse braço, está melhor?

Eles conversavam enquanto entravam em casa.

– As seis eu passo para busca-lo. -digo para Renee.

–Tudo bem. -ela diz e olha pra baixo.

– Você não deveria ter escondido isso. –a censuro.

– Você não entende Edward.

– E nem quero entender, é melhor assim. Vou embora, as seis eu venho buscar o Thomas.

Eu me viro para ir embora, mais eu estava sem cabeça era muitas revelações pra um dia só... Comecei a andar sem rumo.