Pov Bella

Acordei com raios de sol batendo em meu rosto, sorri minhas costas doía-por causa da gravidez avançada-mais naquele momento eu não estava importando com isso.

- Bom dia Tom. -cumprimentei meu filho que acabara de acordar. Ele se virou para mim, o pobrezinho tinha o rosto todo amaçado e os olhinhos pequenininhos, devido ao sono.

- Bom dia mamãe.

- Esta com fome?

- Eu quero panquecas. -me informou.

Sorri largamente.

- Tudo bem... Vamos fazer panquecas.

- Eu também? -perguntou com os olhinhos brilhando, eu assenti. – Oba! -gritou me fazendo ri.

Meu bebê deu um pulo desceu da cama.

- Vamos mamãe, vamos.

- Calma querido. -disse me levantando, espreguicei-me. - Mais a mamãe precisa ir ao banheiro antes. -falei apontando para a porta do banheiro.

- Não demola. -fez beicinho.

- Claro que não, mais cadê meu beijo de bom dia em?

Ele correu ate mim, com um pouco de dificuldade me abaixei, ele deu um beijo estalado na minha bochecha.

- Que beijo gostoso. -ele corou aquela era uma atitude tão minha, sorri.

- Mamãe, depois você esqueve seu nome no meu gesso.

- Depois.  -falei e segui para o banheiro. - Tom, meu amor, fique quietinho aqui, espere ate a mamãe chegar.

Fiz minha higiene matinal.

Foi muito divertido nossa manhã, eu e Thomas fizemos panquecas- Tom ate foi gentil (meu bebê é um cavaleiro) e ofereceu a um dos capangas de Kate, mais ele não aceitou-passamos a manha toda brincando, até que deu a hora do almoço e Tom também me ajudou a fazer.

- Iremos fazer macarronada. -informei.

- Aram.

Fizemos a bagunça do século, foi tão divertido, eu estava me sentindo uma criança. Foi o melhor almoço que tive em cinco anos. Agora nos estávamos sentado na sala de estar, eu estava cansada, minha barriga estava pesada e a tendência era só piorar.

- Posso conta uma estolia? - Tom perguntou enquanto acariciava minha barriga, olhei-o nos olhos-verde esmeraldas-igual aos do pai. Sorri

- Claro meu amor.

- É pa você dumi, mamãe. -ele começou. - Ela uma vez duas fumigas...

- E... ?-indaguei

- Eu não sei o lesto da estolia. -falou com a voz tristinha.

- Não?-perguntei rindo

- Não.  A vovó Esme, não acabo de conta o lesto da estolia.

- Depois ela te conta. -menti.

- Mamãe to cum soninho.

Como eu fui esquecer... Tom era uma criança e criança dorme à tarde, eu estava perdendo a pratica, sorri com esse pensamento, instantaneamente afaguei minha barriga, o relógio marcava 16h38min. nós dois subimos para meu quarto, eu não poderia carrega-lo por causa da barriga, nos deitamos, instantaneamente Thomas dormiu.

Eu fiquei pensando na vida, ate que o sono também me venceu.

Acordei com batidas na porta. Abri os olhos preguiçosamente, o quarto estava escuro, nossa eu havia dormindo por muito tempo, olhei no relógio que marcava 19h40min.

- Uau! -exclamei.

Outra batida na porta.

- Entra. -falei com a voz rouca devido ao sono.

A porta foi aberta e a luz foi acessa, meus olhos demoraram a se acostumar com a claridade, quando os abri fiquei surpresa.

- Mell. -sussurrei, meus filhos estavam ali comigo.

-Mamãe! -ela correu ate mim, quando pulou na cama se assustou com o Thomas. - O que é isso?-indagou

- Ai! - Tom protestou.

- Thomas!! -ela gritou e logo em seguida o abraçou, era a cena mais linda do mundo, funguei.

- Não tem ar. -assim que Tom falou Mell o soltou.

- Desculpe.

- Thomas essa é Mell sua irmã. -o informei, ele sorriu e devolveu o abraço.

- Você não chegaria só daqui uma semana?-perguntei.

Mell deu de ombros e falou:

- Meu voo adiantou devido a uma nevasca que atingira o país em três dias.

- Fico feliz que você tenha chegado antes.

Assim que Mell chegou descemos e fizemos o jantar -sopa de legumes para ser mais exata- depois do jantar Mell me ajudou a lavar a louça e Tom ficou sentado na cadeira quietinho, depois de lavarmos secarmos e guardamos a louça Mell foi para seu quarto tomar banho, eu levei Tom para o meu quarto, ele precisava urgentemente de um banho, mais não tinha roupa, eu teria que pegar alguma coisa antiga e não muito feminina de Mell. Assim que chegamos ao meu quarto o ajudei a colocar uma sacola no braço para não molhar o gesso.

- Querido fique aqui, eu irei pegar alguma roupa para você.

- Ta mamãe.

 Fui ao quarto que era de Mell desde que viemos para cá - nada de material nos faltava. Eu escutei o barulho do chuveiro, adentrei ao closet de Mell, com um pouco de dificuldade achei uma calça de moletom azul desbotada e uma camisa branca, serviria no Tom. Quando cheguei ao meu quarto, meu bebê estava do mesmo jeito que deixei.

- Vamos tomar banho...?

Ele assentiu e me seguiu para o banheiro, com um pouco de dificuldade, ajoelhei-me e comecei a retirar a roupa de Tom, percebi que no bolso da calça dele tinha algo, quando eu peguei o objeto era um celular-de ultima geração,suponho.

- O que é isso?- Indaguei, eu já estava tendo uma ótima ideia.

- Um celula.

- Eu sei querido, mas onde você conseguiu isso?

- É da vovó Esme, ela me deixa joga joguinho. -ele parecia assustado. - Não biga comigo, mamãe.

- Não querido. Mais eu vou ficar com o celular, agora vem tomar banho.

Depois de ter dado banho em Thomas, e tê-lo vestido pedi para Mell cuidar dele. Antes de saírem falei para Mell não deixar Thomas chegar perto dos brutamontes, ela assentiu e saiu. Eu tomei um banho relaxante, vesti uma roupa confortável, fui ate meu closet e me tranquei lá, com muita dificuldade consegui achar o numero de Edward na discagem rápida, e com meu coração acelerado apertei o botão e o telefone começou a chamar, minutos depois ele atendeu.

- O que você quer mãe?-eu sorri ao escutar sua voz e lagrimas de felicidade escorriam pelo meu rosto -mesmo brava- continuava linda.

- Edward... Edward sou eu Bella. -falei desesperada.

- Bella? Oh meu Deus... Bella... -a voz dele era assustada- é você?

- Sim sou eu Edward. -minha voz era chorosa, acho que ele reconheceu minha voz porque ele gritou.

- Bella é você... Você esta na casa da minha mãe? Cadê você? Eu estou indo para casa dos meus pais. -ele falou em um só fôlego.

-Não... -suspirei- Eu não sei onde estou exatamente mais é onde eu estou há cinco anos, - eu respirei fundo e prossegui. -Eu achei esse telefone com o Thomas...

- Thomas esta com você?

-Sim Edward... -eu comecei a chorar, meus soluços eram audíveis.

- Bella, querida, fique calma. Esta tudo bem com vocês? E Mell? Você sabe onde ela esta?

- Nós estamos bem, Edward, e Mell esta comigo também.

- Olha eu irei fazer o seguinte, eu estou a caminho de casa, mais, eu irei voltar para o FBI, rastrearemos o numero e eu vou te buscar. -ele falou como se fosse à coisa mais fácil do mundo, bom talvez para ele fosse fácil.

- Edward, é perigoso, a casa esta cercada de seguranças.

Ele bufou do outro lado da linha.

- Eu irei com minha equipe... -ele suspirou profundamente. - Eu te amo.

 Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo... Aquelas palavrinhas rodavam em minha mente, meu coração acelerou, eu me sentia aquecida.

- Eu também te amo. -falei chorosa. – Sinto sua falta.

- Eu também querida você não imagina o quanto. – ficamos em silêncio por um momento, até ele voltar a falar. - Quer me contar o que aconteceu depois do acidente?

Eu sabia que ele merecia uma explicação, mais eu também merecia, eu sabia o porquê Kate fez o que fez mais eu não conseguia entender, eu não tinha culpa, eu sim sou a inocente nessa historia. Falar sobre o acidente era horrível, tanto para mim quanto para ele, nossa separação foi dolorosa. Respirei fundo e deixei minha mente voltar cinco anos atrás.

- Eu estava voltando da escola com Mell a rodovia estava vazia, o que era estranho, veio um carro na contra mão eu tentei desviar perdi o controle e quando eu acordei estava aqui. -resumi minha triste historia, omitindo, é claro, a parte da gravide e o mandante de Kate.

- Falaram que o carro pegou fogo -ouve uma pausa- foi horrível... Acabei de chegar. Eu estou entrando no elevador-informou. Ele deveria ter dirigido a mil por horas, infligindo todas as leis de transito só para me resgatar, sorri com esse pensamento adolescente. - Eu não me importo porra, começa a rastrear agora... Não importa. Você não é pago para isso. Chame ela. -ele gritou um monte de vezes, ate eu me assustei. - Não! Você esta desacatando uma ordem minha?-ao fundo pude ouvir um “não” e “já estou ligando”- Amor? Você esta na linha? – a voz rouca de Edward era como um afago. Ele me chamara de amor, sorri.

- Sim. – sussurrei derretida, como sinto sua falta.

- Desculpe pelos gritos, Rose já esta chegando, logo, logo você esta a salvo, eu preciso desligar, quando estiver tudo preparado eu te ligo e, por favor, atenda, só assim conseguiremos rastrear a ligação.

- Tudo bem.

- Eu te amo.

Ele nem ao menos me deixou falar, ele desligou. Foram os vinte minutos mais longos da minha vida -ainda dentro do closet- o telefone vibrou e o nome do “Edward” apareceu no visor, também tinha uma foto dele, com o que eu supus ser Esme-ela havia mudado nesses cinco anos, os cabelos estava menores e mais claros,Edward continuava o mesmo,era como se o tempo não tivesse passado para ele.

- Alo?-atendi rapidamente.

-Nos já estamos rastreando, demora um pouco.

- Tudo bem.

- Escute Bella. Você precisa fazer uma coisa por mim.

- Até duas.

- Eu preciso que você e as crianças vão para um lugar seguro, feche a porta e por nada no mundo a abra para ninguém só para mim. -a voz dele soou com violência.

- Tudo bem.  –sussurrei.

Alguém falou para o Edward “60 segundos”

- O que significa mais 60 segundos?-perguntei

- É o tempo que a Rose precisa para concluir o rastreamento.

- Ah.

- Bella a Kate esta ai?

- não...

- Droga, merda! -ele falou uma serie de palavrões que me deixou assustada-perto de NY?! O tempo todo? Tem certeza? Merda.

- Você esta me deixando assustada. -admiti.

- Desculpe amor, é que achávamos que você estivesse na Europa quando na verdade você estava o tempo todo a algumas horas de NY.

Eu estive perto o tempo todo.

- Conseguimos descobrir onde você esta. Eu estou indo te buscar, Bella. Estou chegando meu amor.