Limpei as lagrimas que teimavam em cair, dali dois meses faria seis anos da suposta morte de Bella e Mell, dirigi ate o hospital em que rose estava. Alguns minutos depois eu estava na sala de espera, Alice também estava lá, me sentei ao seu lado.

– Oi. -suspirei

– Oi. - suspirou.

Passaram-se alguns minutos de um silencio agradável em minha opinião, mais pela expressão de Alice o silencio era desconfortável.

– Cadê seu marido?

– Não sei não quero saber e tenho raiva de quem sabe.

– Como Rose esta?-indaguei

– Ela perdeu o bebê. Emmett foi dar a noticia para ela, eles estão arrasados. -murmurou

– E a família deles? Cadê?-indaguei.

–No caminho para o hospital o Emmett ligou para eles, ficaram arrasados. Mais eles não poderão vir. -finalizou Alice. Os pais de Emmett e Rose moravam em forks.

Emmett surgiu com a cabeça baixa.

– Sinto muito. -eu disse

– Cara isso doí muito. - ele sussurrou- Agora eu entendo a sua dor, nem chegamos a ver o rostinho do bebê ou saber qual o sexo. -ele falava chorando.

– Shiii vai ficar tudo bem. - Alice o consolava.

– Como Rose reagiu a noticia?-perguntei

– Ela esta arrasada, desculpe Edward.

Arqueei a sobrancelha, Emmett pedindo desculpa?! Por quê? Se existia um culpado, era eu.

– Desculpa pelo que? Eu que envolvi minha família nisso...

– Você não nos envolveu nisso, Edward, essa é a nossa profissão. -interveio Alice. - Foi uma fatalidade.

– Eu sempre subestimei a sua dor. - Emmett começou a falar. - Eu sabia que doía, mais não tanto, eu achei que fosse um drama seu, mais agora eu entendo, pode se passar mil anos, doera muito.

Eu olhei para baixo, não queria encara-los ainda doía pensar em como era minha vida há cinco anos, todas as datas importantes como aniversários tanto de casamento com os de Bella ou Mell, natal, ano novo, ação de graças em todas essas datas eu passava ao lado do que foi minha fiel companheira desde quando elas “se foram” a bebida.

– Vai ficar tudo bem Emmett. -concordei com Alice. - Eu sei que outro bebê não substituirá esse, mais vocês são jovens e logo, logo poderão ter mais filhos.

– Edward eu já tenho 32 anos e Rose 30.

–E daí?

– Eu estou com medo.

– Rose já pode receber visitas? - perguntei tentando mudar de assunto.

– Sim mais não pode demora muito.

– Eu vou vê-la! Aonde ela esta?

Emmett me explicou onde era o quarto que Rose estava. Andei por aqueles corredores brancos e aparentemente sem vida- agora eu entendia o porquê nunca quis ser medico aqueles corredores sem vidas, pessoas chorando quando descobriam que seus parentes estavam mortos-embora no FBI não fosse diferente, mais na maioria das pessoas que morriam eram o que a sociedade considerava como “maus”, cheguei a cursar um período de medicina-por insistência de Alice, que na época tinha 14 anos- Eu estava em duvida sobre qual profissão seguir, a única certeza que eu tinha, era que queria ser agente do FBI-mais medicina não era minha praia, foi por isso que mudei para economia-outra profissão que não tinha nada haver com o FBI, mais eu era ainda sou muito bom com números, cursei economia apenas para ter um diploma. Depois que e formei em economia fiz alguns cursos, aprendi alguns idiomas e ate hoje me pergunto por que não cursei direito-como Emmett-no lugar de economia. Bati na porta do quarto de Rose.

– Pode entrar. -a voz dela era rouca.

– Oi, -sorri- como você esta?-perguntei adentrando ao quarto onde Rose estava ela estava pálida, os olhos estavam vermelhos havia um soro ligado ao seu braço.

– É tudo tão surreal, ate algumas horas atrás eu tinha uma vida dentro de mim mais agora... -ela deixou a frase morrer.

– Vai ficar tudo bem, logo, logo, você terão outros filhos.

Ela suspirou olhou para baixo e voltou a falar.

– Agora mais do que nunca eu quero encontrar a Bella, porque depois que eu descobri onde Kate mantem Bella eu mesmo faço questão de arruinara vida daquela vadia da Kate. -ela falou com ferocidade.

Eu sorri minimamente.

– Depois que encontrarmos minha mulher e filhos você pode fazer o que quiser com ela.

Tentai anima-la mais foi inútil, por qualquer coisa seus olhos se enchiam de lagrimas, eu apenas a consolei como consolava Bella-depois de cada teste de farmácia negativo. Por sorte Emmett chegou para ficar com ela, me despedi desejando melhoras a Rose. Quando cheguei à sala de espera Alice estava lá com Jasper, infelizmente.

– O que ele esta fazendo aqui?-perguntei para Alice.

– Eu vim me desculpar Edward, e dizer que abandonei o caso de Kate.

– Agora?-perguntei com ironia- Depois que a merda toda foi feita? Depois que a Rose perdeu o bebê?

– Eu sinto muito Edward. - ele voltou a dizer.

– Sentir muito não irá trazer de volta o bebê da Rose e Emmett. E não é á mim que deve desculpas.

– Edward ele já disse que sente muito. -Alice mais uma vez interveio.

– Ótimo! -falei com sarcasmo- Mais da próxima vez não tente estragar minhas investigações, você já a atrasou e muito. -falei com rispidez.

– Desculpe.

Suspirei, era melhor eu ir embora antes que eu fizesse uma besteira e acabasse estrangulando o Jasper, pedir desculpas não mudaria o fato de que Rose e Emmett perderam o bebê e que as investigações estavam atrasadas.

– Estou indo embora Alice, vê se não atrasa.

– Tudo bem Edward, tchau.

– Mais uma vez Edward desculpe, e adeus.

Andei a passos rápidos ate o estacionamento, eu havia acabado de receber uma ótima noticia, minha equipe conseguira transferir Kate para uma penitenciaria de segurança máxima.

Eu estava um lixo, eu tinha varias investigações pendentes - Eu também tive uma conversa muito promissora com Eliezer, há alguns dias atrás –e há alguns minutos atrás descobri que terei que planejar um ataque surpresa a uma das bases da Al Qaeda -ao norte de New York para ser mais exato, era um bairro de subúrbio, jamais chamaria a atenção, exceto pelo carregamento de armas que havia chegado há uns dias atrás -daqui a alguns minutos o general Sam estará no FBI. O exercito e o FBI trabalharia em conjunto. Suspirei quando sentei em minha cadeira, a mesa de meu escritório estava cheia de papes. Bateram na porta.

– Agente Cullen. -cumprimentou-me Sam assim que abriu a porta, bati continência para ele. -Não que fosse necessário, mais era uma forma de respeito.

– General!-exclamei

– Agente Cullen, embora eu saiba dos seus problemas familiares, se que você é competente, quanto antes abortarmos a missão deles melhor. -a voz dele era seria, ele foi direto ao ponto.

– Não sei se você sabe general, mais, acabei de chegar, eu estava em um hospital. -uma de minhas melhores agentes sofreu um acidente. -informei- Não pude estudar o caso.

– Compreendo, não importa se tivermos que passar a madrugada trabalhando, pela manha temos que ter um plano, para que antes do meio dia possamos atacar -eu apenas assenti, Sam tinha muito amor pela profissão, ele foi um dos soldados que ajudou a matar Bin Laden, é claro que chegar aos 48 com um currículo desses era invejável.

– Vamos para a sala de reuniões?

– Vamos.

[...]

Foram horas planejando o ataque, enfurnados naquela sala, devia ser ao todo umas 12 pessoas, eu já na aguentava tamanha falação. Era por volta das 11hrs da noite, quando conseguimos entrar em um consenso. Tínhamos um plano traçado, não era tão difícil, o plano era o seguinte: chegaríamos por terra e por ar. Dividimos a missão em 3 fazes e 3 grupos, a primeira fazer (e o primeiro grupo) entrariam atirando -é claro que eu não concordei éramos um grupo de 100 pessoas mais ou menos para matar cerca de 20 pessoas, com sorte 40 pessoas de nossa equipe sobreviveria, era isso que eu ao concordava, vários soldados morreriam sem saber o real motivo de suas mortes - tentando desnorteá-los o máximo possível, quando estivessem desnorteados, era a hora de executa a segunda fase do plano, a segunda equipe entrar em ação, assim como a primeira a segunda equipe chegaria pelo ar atirando.

Quando o galpão, onde uma parte insignificante da Al Qaeda estava, estivesse um verdadeiro campo de guerra, era a hora de a terceira equipe chegar -a que eu estava -nós bombardearemos o galpão. As equipes 1 e 2 tinham exatos 67 segundos para sair antes de explodirmos tudo.

Voltei para minha casa me sentido um péssimo principalmente porque eu quem fora encarregado de jogar os explosivos. Ignorei o jantar, tomei banho e fui dormir. O despertador tocou mostrando-me que eu teria pouco tempo para chegar ao FBI, me juntar a uma parte da equipe-o esquadrão antibombas -e seguir ate o quartel militar, para piorar meu mau humor matinal tive que acordar às 5 da manhã.

[...]

A cena a minha frente era horrível, eu me sentia na primeira ou segunda guerra mundial, a equipe 1 cumprira a primeira parte do plano com perfeição, eu estava no alto de um prédio junto com a equipe 3, esperando alguém da equipe 1 trazer os explosivos, esse era o sinal de que poderíamos atacar, a outra parte da equipe 1 e dois estava trancada no galpão onde uma parte da Al Qaeda -a que mataríamos -e uma aparte da equipe 2 estavam. Assim que pegamos os explosivos corremos para um helicóptero, ao todo tinha umas 4 pessoas mais o piloto -a equipe 3(a equipe que eu estava) era a menor de todas -estávamos a uma distancia segurara quando lancei a primeira bomba, instantaneamente perguntei pelo comunicador se as equipes 1 e 2 conseguiram sair.

– Alguns saíram.

Suspirei, alguns saíram, outros morrera.

– Jogue a outra bomba no alvo à direita! -alguém gritou para mim, apenas executei. Três explosivos foram lançados ao todo. Eu sempre ficava chocado com essas cenas de guerra, a fumaça cobria todo o lugar-sinal de missão cumprida.

[...]

Quando cheguei ao FBI era por volta das 16hrs, não teve nenhuma comemoração -como sempre acontece, quando chegávamos vitoriosos de uma missão -o motivo era obvio, Rose no hospital, minha família sequestrada, uma psicopata querendo vingança.

– Edward, parabéns pela missão. -meu pai me cumprimentou assim que me viu. - Sua mãe estava preocupada.

Todos me parabenizaram, apenas assenti, eu não estava feliz, na verdade nos últimos cinco anos eu nunca estive feliz. Fui direito para meu escritório, não sei ao certo quanto tempo fiquei lá dentro, ate bateram na porta.

– Entre. -falei e Mike andou ate minha mesa.

– A listra com os nomes e números de soldados mortos acabou de chegar, achei que o senhor quisesse ver.

–Achou certo! -falei pegando um envelope na cor pardo. - Pode sair.

– Sim Senhor. -falou em seguida se virou e foi embora, ouvi o barulho da porta sendo fechada e suspirei.

Abri o envelope e retirei de lá um papel branco com vários nomes, suspirei e comecei a ler:

Vasilii

Amum

Kebi

Liam

Stefan

Vladimir

Alister

Eu não consegui continuar lendo, ao todo morreram 68 pessoas-entre o Al Qaeda e o exercito-eram quase 9 da noite quando pequei as chaves do meu carro. No caminho para casa meu celular começou a tocar, a principio ignorei, mais a pessoa insistia. Resolvi atender, no viso estava escrito “mãe”.

– O que você quer mãe?-perguntei com falta de educação, mais o dia hoje fora muito estressante, eu merecia um credito.

– Edward... Edward sou eu Bella!