Minha equipe foi designada a ir ao apartamento de Kate, e foi constatado que Bella e Mell estava viva - ao que indica elas estão em algum lugar da Europa - quando eu recebi aquela noticia eu renasci, meu coração voltou a bater eu voltei a viver e a morrer a o mesmo tempo. A CIA resolveu nos ajudar, afinal, o FBI encontrou a assassina prateada - no caso Kate-, Rose trabalhava arduamente tentando localizar Thomas - aquele foi o erro de Kate, sequestrar meu filho - um erro que custaria muito (para ela). Eu não estava com cabeça para ajudar nas investigações, eu fui um idiota por confiar em Kate, Alice estava certa o tempo todo.

Quando contei a meus pais sobre Bella e Mell estarem vivas foi uma euforia, pedi mamãe para contar aos pais de Bella, eu estava ocupado de mais me martirizando. Mike foi com outra equipe estalar as escutas telefônicas. Eu estava divagando em pensamentos, se eu estivesse certo, Kate era uma das chefes do bando de Jacob, ela o matou porque ele revelaria onde Bella estava, se ele sabia mais pessoas deveria saber, eu precisava apenas encontrar a pessoa certa para interrogar, ela disse algo sobre o ex-namorado ter ajudado eu precisava interrogar Eliezer - o bêbado que matou Bella... Eu estava divagando quando meu telefone tocou desviando minha atenção era Charlie.

- Oi Charlie! Como a Renee esta?- perguntei, eu precisava pensar em outras coisas ou ficaria louco.

- Ela precisou de uns pontos. É forte vai superar.

- Fico feliz por isso...

- Edward, Esme me ligou. -ele suspirou- Falou que Bella não morreu. Que brincadeira de mau gosto é essa?

- Não é brincadeira, prendemos uma mulher ela me contou que havia sequestrado não só Bella e Mell mais também Thomas -não entrei em detalhes- foi comprovado que era verdade.

- Thom também?

- Sim, mais ela não falou mais nada, e isso esta me deixando louco. –desabafei.

- Olha Edward eu estou muito confuso, mais eu acredito em você, eu ainda não disse nada a Renee para não preocupa-la, mais eu vou contar, ela é mãe e sofre pela Bella.

- Ela vai ficar feliz, mais eu estou com medo e se não encontra-los.

- Eu sei que é difícil como você reagiu?

- Eu ainda estou digerindo, foi muita informação para um dia só. -fui sincero em minha resposta. - É isso que me deixa louco, ate ontem eu era um viúvo, amargurado e hoje descubro que minha mulher e filha estão vivas.

Alguns minutos depois Charlie desligou, pois Renee acabou acordando.

Eu sentia falta de Thomas, meu garotão, meu patinho, que troca o R pelo L. O mesmo garoto que aos três anos enfiou a mão no aquário pegou o peixe e saiu correndo com ele pela casa, porque segundo Thomas o peixe estava afogando. O mesmo garoto que aos sete meses engatinhou ate a borda da piscina, me fazendo quase ter um enfarte. O mesmo garoto que aos dois anos rolou da escada e precisou ficar três dias em um hospital. O mesmo garoto que aos quatro anos entrou em seu closet e disse que iria a Narnia. O mesmo garoto que algumas semanas atrás quebrou o braço. Eu nunca fui um pai presente mais as melhores recordações dos últimos cinco anos envolvia Thomas.

Eu ainda me lembro como se fosse ontem quando cortei o cordão umbilical dele, ou quando o peguei -tão pequenininho e sujo de sangue- minhas mãos estavam tremulas, eu fiquei com medo de deixa-lo cair, nosso pequeno milagre, ele chorava muito - eu ate perguntei ao medico, segundo ele era normal um bebê chorar assim que nascia, anormal seria se ele não chorasse-mais quando o peguei seu choro sessou. Eu jurei para mim mesmo no dia de seu nascimento que não deixaria que nada ruim acontecesse com ele - mais eu fiz o contrario.

Não fazia ideia do porque Kate ter sequestrado minha família, ela não queria coopera e nos contar. Por culpa de Kate eu perdi uma vida, por culpa dela meu coração por cinco anos não bateu por cinco anos eu me fechei para o mundo, eu esqueci que tinha um filho. Eu fui refém de mim mesmo. Eu os amo tanto. Eu sabia o que teria que fazer, sem pensar duas vezes peguei a chave do meu carro e sai do escritório. As ruas de NY estavam movimentadas, final de expediente. Dirigi ate os prédios industriais, aquele lugar era bem conhecido por mim. Estacionei meu carro. Andei lentamente pelos corredores vazios, parei quando cheguei á uma porta azul marinho, eu sabia que nesse horário não teria ninguém, bati na porta, segundos depois a porta é aberta, a mulher na minha frente tinha o cabelo vermelho vivo, a pele branca cheia de piercing e tatuagens. Quando me viu sorriu.

- Sabia que você não iria resistir veio colocar um piercing? - Victoria abriu caminho adentrei em seu estúdio. Victoria era muito boa tatuadora.

- Na verdade. -sorri sem vontade. - Vim fazer uma nova tatuagem.

O estúdio continuava o mesmo, estilo anos 80, ali era como se o mundo estivesse paralisado.

- O que você vai querer fazer? Não vai dizer que quer tatuar de novo sua esposa? Sabia que foi difícil?! -foi Victoria quem fez minha tatuagem.

- Eu sei que foi. Eu senti na pele. -tentei fazer piada. - Na verdade eu quero uma coisa mais simples.

- Tipo o que?-ela perguntou sorrindo.

- Eu queria escrever o nome do meu filho!

- Isso é bem mais fácil, aonde?

- Nas costas, quero que o nome dele fique do lado oposto do de Mell. –disse. - Será que em uma sessão acaba?

- Vamos ver. Tire a camisa. -eu desabotoei deixando minhas costas a vista.

- Sabia que você é o viúvo mais sexy que eu já vi?

Sorri amargamente.

- Obrigado, pelo er... elogio?!

Ela riu

- Acho que da para acabar em uma sessão, mais ira demorar.

- Eu não tenho pressa. -falei com tristeza. Vic apenas assentiu.

- Sente-se aqui. -ela apontou para a cadeira tão conhecida por mim.

As próximas 3 horas e meia foram de muita dor, mais no final valeu apena, ficou do jeito que eu imaginei, o nome de Mell estava do lado direito de minhas costas, o desenho de Bella no meio e o nome de Thomas do lado esquerdo.

- Então gostou?-ela colocou o espelho atrás de mim, perguntou sorrindo.

- Ficou muito bom Vic, obrigado. -eu sorri também.

- Que isso agente Cullen, você pode vir aqui todos os dias. - Eu ri, Victoria estava brincando, eu sabia, ela amava o marido James executivo nerd era cômico vê-los juntos.

- Deixe seu marido ouvir isso. -falei brincando.

- Que isso Edward? -ela riu- James sabe que você é lindo.

Vic era louca, de um jeito bom, eu sorri.

- Quanto é Vic?

Depois de acertamos e de todas as recomendações que eu já sabia, como por exemplo: não dormir de costas nos próximos dias, lavar o local da tatuagem apenas daqui a doze horas no mínimo e usar um sabonete antibacteriano. Quando eu saio do estúdio de Vic já estava escuro.

Dirigi ate minha casa, sem vida, tinha algumas luzes acesas, deveria ser minha mãe. Quando abri a porta fui atingida por um cheiro delicioso.

- Mamãe?-a chamei ainda na sala.

-Na cozinha querido! -gritou. Andei ate a cozinha.

- O cheiro esta muito bom. -comentei.

- Ravióli de cogumelo. -respondeu sorrindo.

-Era ou é o prato favorito da Bella.

Minha mãe sorriu.

- Onde estava?

- Eu fui fazer uma nova tatuagem!

- Outra Edward? Querido você é um homem da lei. -lá estava minha mãe dando lição de moral.

- Eu escrevi o nome do Thomas. -minha mãe sorriu. - Eu tenho medo de não encontra-lo. -admiti, minha mãe me abraçou.

- Mais é claro que você vai encontra-lo. -ela tentava me tranquilizar. -Agora vem vamos jantar.

- Alguém ligou?-perguntei enquanto degustava o delicioso jantar, há quanto tempo eu não tinha uma refeição decente?

- Não querido, ninguém ligou. -minha mãe me olhou com pesar. Todo mundo me olhava com pesar e isso estava me irritando, eu era o agente Cullen o homem que se fechou para o mundo quando a esposa e a filha morreram, esqueceu-se do filho, vivia pelo trabalho e quando a noite caia bebia ate o dia amanhecer ficava com varias mulher, às vezes nem sabia o nome delas, e de uma hora para outra ele descobre que a mulher que tanto ama estava viva em algum lugar do planeta, era uma triste historia.

- A senhora vai dormir aqui?

- Se você quiser!

- Claro que eu quero.

Eu parecia uma criança que com medo do bicho papão, a única diferença era que meus medos eram reais.

Minha mãe passou o resto da noite me consolando, eu me lembrei de Thomas, varias vezes eu cheguei a dizer para ele que homens não choravam, embora eu vivesse chorando pelos cantos - eu era um mostro em forma de pai - quando consegui dormi já era de madrugada.