Todos os dias por cinco anos eu chorei, eu sucumbi, não existia nada que eu pudesse fazer, eu estava condenada a isso. A cada noticia traga, principalmente, sobre Edward e Thomas, eu chorava Edward sempre cercado de belas mulheres - iônico não?! -a cada relato de como minha família estava fazia-me morrer, eu não tinha culpa do que havia acontecido anos atrás, eu não sucumbi ainda por Mell, minha garotinha, ela sentia falta do pai, mais como explicar a ela que eles não se veriam nunca. Mell hoje estava com 10 anos, Thomas, meu bebezinho, eu só o via por fotos, ele é a cara do pai, quando eu fui dada como morta Thomas tinha apenas oito meses, ele nunca vai me amar e essa constatação me deixa ainda mais angustiada. Eu uma vez tentei fugir, mais foi impossível, eu nunca entendi o porquê de terem feito isso comigo - na verdade eu sabia, fiquei chocada, como eles puderam fazer isso?

Kate, esse nome me dá arrepios, como ela pode fazer isso comigo-como eles puderam fazer isso comigo? -Nós nem nos conhecíamos e ela já foi fazendo isso, mais eu não a culpava, ela só estava seguindo ordens daquele ser repugnante. Alguns meses atrás eu me queixei de estar sozinha, a casa era grade de mais (embora estivesse cheia de seguranças, se é que aqueles brutamontes do mal poderiam ser chamados de segurança), principalmente quando se é sozinha. Mell foi para um colégio interno-contra minha vontade é claro-quando ela fez sete anos. Mell me mandava cartas a cada quinzena, assim como eu-embora Kate as leia antes de envia-las-isso já faz 3 anos. Eu subestimei Kate, quando disse a ela que me sentia sozinha. Ela respondeu-me que daria um jeito. A principio o medo me dominou, achei que ela fosse sequestrar Thomas, mais acabei me enganando, ela foi mais cruel que isso, em um belo dia ela disse que eu iria a um hospital, disse também que se perguntasse meu nome eu diria Vanessa e tentasse fugir ou pedir ajuda, ela não hesitaria em matar meu filho, naquele dia eu não subestimei. Quando cheguei ao hospital fui encaminhada para uma salinha, me deram sedativo, dormi por 2 dias. Quando acordei estava nessa casa-lugar onde é meu lar há 5 anos-Kate me contou o que eu fui fazer no hospital, eu fui inseminada. No meu ventre crescia um bebe-quando ela me disse isso eu fiquei chocada, mais as surpresas não paravam por ai, o pai do bebê é Edward-quando ela disse aquilo eu não tive raiva do bebê, então eu lhe perguntei como, Kate friamente respondeu: contratamos uma prostituta, Edward é claro não sabia, ela foi encarregada de entregar o sêmen dele e foi o que ela fez. Você não se queixou de estar sozinha?!Resolvi seu problema, se esse bebe não vingar tentamos de novo.

Sete meses se passaram e minha barriga esta gigante, por um lado eu estava feliz, mais por outro... Edward jamais saberá da existência de Jasmine -eu estava gravida de uma menina. A obstetra vinha todo mês-Kate equipou uma das salas para ela (eu não sabia onde Kate arrumava tanto dinheiro)-a obstetra, cujo nome era Kaure, nunca questionou o porquê de tantos seguranças em um lugar deserto, eu também nunca ficava a sós com ela Kate sempre estava presente.

O pior de tudo foi hoje, eu estava na biblioteca, era onde eu passava a maior parte do meu tempo, nem percebi quando o dia deu lugar a noite, até que um dos seguranças obrigou-me a ir até a sala, quando cheguei lá estaquei, era Thomas ali-reconheci pelas varias fotos que Kate me mostrava dele-o um dos seguranças (eu não fazia questão de saber o nome deles, até por que eles nunca conversavam) disse maleficamente que Thomas veio me fazer companhia que eu deveria alimenta-lo.

No automático fui até a cozinha. Preparei chocolate quente e torradas, levei até ele, Thomas era um garoto muito comportado. Quando ele indagou o motivo do meu chorou disse a ele que estava feliz, ele inocentemente me contou que Edward também chora mais não de felicidade, quando ele me reconheceu foi impossível segurar o choro. -ele sabia quem eu era.

- Você sabe quem eu sou?-que pergunta idiota é claro que ele sabia.

- Sim! É a mamãe, o papai disse que você tinha virado uma “Estelinha”, as “esteia” não ficam no céu? -foi na sua inocência que me fez mais forte naquele momento.

- Seu pai se enganou. -ele sorriu- O que aconteceu com seu braço?

- Cai na casa da vovó Esme... Você me ama?

- Claro que sim querido. -respondi prontamente.

- Então poque foi embola?

- Eu não tive escolhas. -mudei de assunto- Mais me conte, como seu pai esta?-aquela era a única forma de conseguir informações sobre Edward.

- Eu e o papai tocamos piano juntos, foi legal. -os olhos verdes de Thomas brilharam, eu soube por Kate que Edward renegou o filho por anos, eu não sabia ao certo o porquê, mais na verdade não queria saber.

- Parece divertido. –comento.

Ele assentiu enquanto tomava chocolate quente.

- Mamãe?-nunca pensei em ouvir Thomas me chamar de mãe.

-Sim querido. -sorri

- Cadê a Mell?-o meu deus ele sabia quem era Mell.

- Chegara a uma semana. -reconheci a voz. Era Kate.

- Tia Kate!- Thom gritou e saiu correndo ate ela, eles conversaram em sussurro, não consegui ouvir, Thomas voltou sorrindo, se sentou perto de mim.

- Como assim Mell chegara a uma semana?-questionei

- Resolvi juntar a família, em breve vocês verão Mell, não é maravilhoso? -Kate respondeu. Eu estava cansada, foi muita informação para um dia, olhei para o imponente relógio que estava na parede oposta onde eu estava, marcava 02h57min da madrugada.

- Por que a Mell esta voltando? Por que você não me falou nada?-questionei.

- Como disse resolvemos juntar a família. Agora tenho que ir, vim apenas saber se Thomas chegou bem e se ele gostou de ver a mamãe. -ela sorriu maliciosamente.

- Eu gostei de ver a mamãe tia Kate. -ele respondeu com sua linda voz infantil- Tia, fala plo papai que eu to com a mamãe.

Respirei fundo, meu bebê, não sabia que a “tia Kate” era um mostro.

- E você Bella?

- Eu o que?

- Gostou de ver seu bebezinho?-ironizou

- Claro que sim.

- Ótimo. Ah já ia me esquecendo, comprei para a.. qual é o nome dela mesmo?

- Jasmine.

- Isso ai, comprei para ela. -Kate sorri e coloca varias sacolas em cima do sofá, nem dou atenção, minha prioridade no momento é Thomas. - Tchauzinho.

Depois que ela foi embora me virei para Thomas, eu estava com ciúmes dela, porque Thomas sorria sempre que via ela?

- Você gosta dela?

- Sim! -passaram-se alguns minutos de um silencio desagradável, resolvi amenizar o clima.

- O que você acha de ganhar uma irmãzinha?-perguntei mesmo minha barriga estando gigante Thomas não havia questionado nada.

- Tem um bebê ai dentro?-perguntou apontando para minha barriga.

- Sim, como você sabe?

- Minha plofessora tinha um bebe dentlo dela. -respondeu com a voz sonolenta. Ele é uma criança e como tal deveria estar dormindo.

- É sua irmãzinha.

Thom sorriu - o sorriso era igual ao de Edward, com covinhas.

- Eu sempe quis uma imãzinha. -ele sorriu pobrezinho ele estava quase dormindo. - Mamãe eu estou com soninho.

- Vem! -ofereço minha mão a ele, nós andamos até o segundo andar, ele dormiria comigo e pela primeira vez eu estava feliz, naquele momento. Daqui a alguns dias teria Mell ao meu lado, estava quase completa minha família, faltava apenas ele. Edward.

Thom muito delicadamente passou os bracinhos pela minha barriga, afagou o local delicadamente, era um a sensação única e boa, ele beijou minha barriga e sussurrou- Oi bebezinho, eu sou seu imãozinho. Era a cena mais linda que eu já havia visto desde que vim para cá. Comecei a cantar uma canção de ninar para meu filho, logo ele adormeceu e eu em seguida.

leiam as notas finais