Freedom escrita por Jéssica Teles


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Descuulpa todos os erros ai povo....



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É terça-feira. E eu remexo desconfortavelmente na cadeira, esperando meu novo cliente, que exige acompanhar cada parte do projeto bem de perto. Tento controlar o misto de sentimentos que eu sinto, Ansiedade e apreensão, eu percebo. Ansiedade por poder ficar tão perto dele depois de tanto tempo, depois de sábado principalmente. Apreensão por não saber como isso vai ser, por no fundo sentir que isso é errado.

A menos de duas horas meu chefe me informou que nos fechamos um contrato milhionario de decoração de um hotel. Uma aclamada rede de hotéis, que ficou muito famosa com o capital que o banco da minha família investiu. No fundo eu sei que deveria estar no mínimo irritada, a verdade é que eu uso minha irritação, pra esconder a admiração que eu sinto por ele. Porque mesmo errando muito comigo, ele não deixa de ser uma cara brilhante. Ganancioso e até um pouco sem caráter, em vista de que ele faz tudo pra conseguir o que quer, mas sem duvida alguma brilhante. Resgatou a pequena rede estadual de hotéis da família dela da falência, e criou um império multi nacional a partir disso.

Me largo de uma vez na cadeira. Exausta dessa mania boba de ter os sentimentos mudando a cada segundo sempre que se trata dele. O problema mesmo é que eu não sou completamente honesta comigo. E por medo vou fingindo que não sinto o que sinto, que não vejo o que vejo.

Me endireito na cadeira e volto ao trabalho. Afastando ele da minha mente, e repetindo pela décima vez, que aquela tarde não significou nada. Não pode significar. Dane-se se eu ainda gosto dele. Não posso me deixar ser enganada de novo. A menos é claro que você nunca tenho sido enganada, as vezes o problema é que você se enganou....

Finjo não ter ouvido minha conciência e volto a prestar a tenção nos pré-requisitos pro projeto de decoração. O almoço com os diretores de criação e a administração do hotel é as 13 horas e até lá eu preciso ter uma ideia claro do que eles desejam.

No horário marcado eu chego ao restaurante, vestindo meu melhor look social, me esforçando a fingir que não me emprenhei em ficar mais bonitas simplesmente porque ele estaria aqui. Assim que eu chego o gerente me encaminha para uma mesa na seção reservada do luxuoso restaurante. Assim que eu chego todos se levantam, eu sou a única mulher no almoço.  Ele se levanta devagar, me olha de cima a baixo muito lentamente, e algo dentro de mim se agia sobre esse olhar.

“Sr., deixe-me te apresentar a responsável pelo projeto do novo hotel. Essa é...”

“Não é necessário, Carlos. Eu já a conheço muito bem.”Ele se adiante em minha direção e se inclina para me cumprimentar, pegando minha mãe e beijando demoradamente os nós dos meus dedos. “É um prazer revê-la, querida. E acredito que prazer maior, será trabalhar com você.”

Eu coro levemente enquanto me sento ao seu lado, fazendo de tudo pra evitar seu olhar impertinente, que sempre se demora em mim mais do o necessário. Sinto me levemente irritada com a audácia dele de me olhar dessa maneira, se comportar dessa maneira em uma almoço de trabalho, ele deve mesmo ter mudado, porque se eu me lembro bem, ele não era do tipo que deixava a formalidade de lado em uma reunião tão importante.

Passo quase uma hora e meia tentando conhecer melhor os conceitos para o novo hotel e de forma rápida e dinâmica apresento minhas ideias, tendo em mente que os senhores ali presentes, embora queiram algo sofisticado, prezam acima de tudo o lucro, limitando um pouco a atuação da minha mente fértil e da minha criatividade.

Mas a verdade é que eles pareceram muito interessados nas minhas ideias. E o olhar da maioria dos senhores não se desviaram de mim. Acrescentavam, sim, ideias deles próprios, mas no geral, se satisfaziam com as minhas,

Depois que terminamos, nos despedimos formalmente. E eu me dirigi a porta, já pensando no trabalho que eu teria nos próximos meses. Quando eu sou interrompida.

“Fugindo de mim?” Eu paro no exato momento que ouço sua voz grave tão próxima de mim, eu nem sequer havia percebido sua aproximação.

“Não. De forma alguma. Na verdade eu pensei que você não ia adiar seus compromissos de presidente de uma rede multinacional de hotéis para conversar com uma funcionaria.”

“Não se dê tão pouco valor. Eu cancelaria todos os compromissos da tarde para ter uma simples conversa agradável com você” Ele me olhou de forma sincera e eu abro um sorriso mesmo sem perceber. “ Posso te acompanhar até seu carro?”

“Adiantaria se eu dissesse não?” Ele sorri largamente pra e me oferece o braço.

“Não, não adiantaria nada.” Ele olha pra mim demoradamente antes de olhar pra frente.”Você está muito bonita hoje, não pude deixar de reparar. Gostei do cabelo cacheado.”Eu abaixo  cabeça corando fortemente. Sentindo sua mão enrolando uma caichinho no dedo.

“ Obrigado.”

“Você falou muito bem lá dentro. Fiquei impressionado. Não imaginei que você levasse tanto jeito.”Eu chego ao meu carro e tentando manter o tom brincalhão, me viro e o encaro.

“O que foi querido? Pensou que só você fosse realmente bom em sua profissão” Sorrio debochada pra ele e me vira para abrir a porta do carro.

“De forma alguma. Só não pensei que você melhor do que eu ouvi.” Eu começo a entrar e ele coloca a mãe na minha frente, barrando minha passagem.” Quando eu vou poder te ver de novo?” Eu olho pra ele de novo, chocada por que agora ele parece se importar se eu quero ou não vê-lo.

“A hora que você quiser. Você é meu chefe agora, lembra?”

“Não é disso o que eu estou falando. Quero te ver fora do trabalho. Janta comigo?” Ele diz exasperado, e eu me lembro de que nem quando nos namorávamos ele ficava assim ao esperar uma resposta minha. Na verdade ele quase sempre ordenada e eu boba seguia o que ele dizia.

“Claro!” Eu me surpreendo respondendo. “Eu adoraria. Me ligue mais tarde e nós marcaremos os detalhes.”

Ele sorrir pra mim e depois que eu entro ele fecha a porta. Dirijo de volta pro trabalho com a sensação de que eu não deveria ter dado outra resposta, mesmo que parte de mim ainda se agite de medo de ser novamente magoada.


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