Freedom escrita por Jéssica Teles


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sem desculpas para a demora. vou me esforçar para terminar a fic o mais rapido possivel....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291964/chapter/6

A campainha toca, eu meu estomago se agita de ansiedade. Eu me olho no espelho pela milésima vez e sigo até a porta. Eu abro e quando olho pra ele perco o fôlego por alguns segundos. Ele está incrível. Como sempre está. O terno bem cortado, feito sobre medida, lhe cai como uma luva. Seu olhar está iluminado. Ele parece feliz.

– Você está incrível! – Ele me olha de cima a baixo, e um misto de orgulho e satisfação brilham em seu sorriso. – Espero não ter te feito esperar muito. Você está pronta pra ir?

– Não se preocupe. – Eu digo me virando, indo até a mesa do vestíbulo, para pegar minha bolsa. – Eu não terminei de me aprontar a muito tempo. Estou pronta pra ir.

Ele se aproxima de mim, e me abraça brevemente, parando um pouco pra me dar um beijo. Não é nada. Um leve roçar de lábios no canto da minha boca. Mas faz meu coração bater feito louco em meu peito, e sinto uma imensa vontade de mais.

Me pergunto o que eu fiz de tão ruim, pra ser condenada a algo assim. Sou eternamente amaldiçoada por ele. Condenada a desejar sempre mais dele. Mais de sua voz, mais de suas palavras, mais da sua amizade, mais do seu carinho, mais da sua segurança, mais da sua preocupação, mais do seu amor. Condenada a desejar sempre mais do que eu posso ter.

Nós caminhamos em direção ao elevador, e sinto minha pele esquentando sobre a mão que ele mantém na base da minha coluna. Estou ansiosa. Agitada. Desde que nós terminamos, eu não faço algo assim. A insegurança me abate. Não sei mais como agir, o que esperar. Me preocupo em fazer algo errado.

“Controle se garota. Afinal, você nem quer impressioná-lo.Penso comigo. Sei que isso é uma mentira. Mas é uma mentira necessária.

Nós chegamos à calçada. Antes de entrar no carro, ele me para, tira uma venda do bolso e me vira de costas pra ele. Ele leva a venda aos meus olhos e a amarr bem.

– O que você está fazendo? Pra onde você me levando? - A curiosidade rumina dentro de mim. Estou louca pra saber o aquele está fazendo, mas deixo aquele continue mesmo assim. Lá no fundo, eu nuca deixei de confiar nele com minha vida.

– Te levando pra jantar. - Ouço o sorriso em sua voz.

– Vendada? Ele se aproxima de mim. Sinto o calor do seu corpo em minhas costas.

– Sim. E você está proibida de tirar essa venda até que eu te autorize. Um arrepio percorre meu corpo quando ele murmura com as voz grave no meu ouvido. Sua barba por fazer arranha meu rosto e meu corpo se aperta de desejo por ele. Nunca foi do tipo que se deixa ser conduzida. Mas quando ele fala assim, eu não ouso discutir. Longe disso! Mesmo porque eu não quero.

Ele me ajuda a entrar no carro e se senta ao meu lado. Seus dedos trocam meu braço e eu me esforço pra não demonstrar o quanto isso me afeta. Eu havia me esquecido do quanto ele era provocante. O quanto tudo nele exala charme e sensualidade.

– Você tem ideia do quanto eu senti sua falta? - Ele murmura no meu ouvido. Tão perto que sinto seus lábios tocarem meu pescoço quando ele fala. - Eu me deitava na cama e tudo o que eu pensava era em como aquela cama ficava enorme sem você.

Meu coração está aos pedaços. Eu sinto a dor em sua voz. Sinto a saudade. Sinto-os também no bater descompassado do meu coração. Sinto-os também nas lágrimas que se acumulam nos meus olhos vendado. Vê-lo assim me quebra. Deus sabe como ele pode ser impossível. Autoritário, ganancioso, mesmo cruel. Mas eu sei como ele pode ser gentil e companheiro. Mais que tudo, sei o quanto ele é solitário. Eu sempre fui a única em sua vida. Sem mim, ele estava sozinho de novo. Meu coração se aperta por ele.

"Meu pobre garoto solitário"

Ele me puxa pra mais perto e eu vou. Deixo que ele me aperte e seus braços e me permito esquecer que houve passado, que houve um dia que ele quise usar como moeda de troca. Porque, só por essa noite, eu quero meu garoto solitário de volta. Rindo e me fazendo rir. Me provocando e me permitindo provoca-lo. Só está noite quero me permitir ser dele.

Quando o carro para ele me ajuda a sair. Mas em momento algum faz um movimento que seja pra tirar minha venda, assim eu não a tiro e nem faço mesmo a ela.

Nós passamos por um saguão movimentado e seguimos até entrar em um elevador. Depois do que parece uma eternidade ele me guia para fora com as mãos na base das minhas costas. Ouço uma porta se abrindo e continuo sendo guiada, dessa vez por um ambiente completamente silencioso. Ele me leva através de uma escadaria e o silêncio continua. Quando já estou a ponto de o mandar a merda, tirar a maldita venda e o cobrir a me levar pra casa, ele me para. Sinto o ar frio da noite sobre a pele nua dos meus braços e pernas. A venda é retirada aos pouco e eu prendo a respiração, morrendo por saber onde diabos eu estou.

– Eu espero que você goste da vista...

E eu gosto. Mas não posso dizer isso ainda porquee sinto um pouco tonta. Mais que isso. Estou surpresa. Estupefata. A minha frente vejo toda a cidade iluminada. No oeste ainda a uma faixa laranja, do por do sol, que se mistura com o azul turquesa da noite que acaba de cair. A vista é maravilhosa. Caminho incerta até a beira da sacada pra ter uma vista melhor. É muito alto. Mas pouco me importa. Ainda estou sem fala pela beleza de tudo a minha frente pra pensar em algo coerente.

Mais que isso. Eu conheço essa vista. Conheço bem. É a vista do nosso apartamento. Aquele que eu o ajudei a procurar quando ele me chamou para morar com ele. Mas eu nunca cheguei a me mudar. Porque antes que o apartamento estivesse pronto, eu fugi.

Ouço passos atrás de mim e logo vejo que seus braços estão ao meu redor. Eles me envolvem profeticamente, prendem meu corpo entre a sacada e seu corpo.

– Então? Você gostou da vista. Sua voz baixa é quase um sussurro.

– Sim. - Eu respondo com um fio de voz, já sentindo lágrimas nos meus olhos, e me forço a dar uma resposta mais coesa. - Eu amei a vista. É maravilhoso aqui.

– Fico feliz que tenha gostado. Porque nos vamos jantar aqui essa noite.

Admito que ele me surpreendeu. Eu não esperava isso. Ele pega minha mão na sua e me leva com ele até uma mesa pista pra dois a poucos metros de nós.

– x -

Eu sei que estou sorrindo feito boba enquanto olho pro homem a minha frente. Sei que estoue expondo demais. Sei que deveria me controlar e me recompor. Mas não o faço. Não me incomodo em fazer. Não me importo. Não depois de algumas taças de vinhos e de passar três horas na companhias da droga do homem mais charmoso do mundo.

Ele é tão lindo. Principalmente quando ele sorri. Quando ele gargalha como uma criança e joga a cabeça pra trás, quando as cozinhas na bochecha ficam mais visíveis. Tudo em mim grita por acompanhá-lo por que é impossível não se contagiar.

Ele percebe que eu o estou encarando. Sua expressão muda. Seu rosto fica mais sério. Ele se. Levanta e caminha até parar ao meu lado, se inclina na minha direção e o seu cenho franzido me diz que o que que ele fale, vai ser sério.

– Vamos querida, dance comigo.

Ele puxa minha cadeira e mmerece sua mão. Nos caminhamos até a sacada e eu o vejo tirar um controle remoto do bolso. Logo, uma música suave sai da casa e chega até nós.

Ele me puxa pra perto e passa a mão por minha cintura, me aperta em seus braços, me colando ao seu corpo. Eu me inclino pra ele é descanso a cabeça em seu ombro. Penso em como o encaixe é perfeito, em como eu poderia fixar ali pra sempre, em como eu poderia curar que nos fomos feitos um pra outro.

Ele me balança de um lado para o outro e se inclina sobre mim. Sinto seu nariz passando por meu ombro exposto pelo vestido de um ombro só é subindo por meu pescoço em um cálido carinho. Ele respira fundo e solto o ar perto da minha orelha. Minha mãos o apertam mais em mim. Posso sentir seus músculos sobre a camisa de seda que a muito já se fez visível, desde que eles tirou o terno.

– Seu cheiro continua tão bom. Você continua tão linda. Tão alegre. Tão menina. - Ele diz se afastando e passando os dedos por meu rosto corado. Seus olhos se voltam pra minha boca e, instintivamente, eu levo a língua aos lábios.

Tudo dentro de mim grita por ele. Tudo dentro de mim se contorcendo e aperta de desejo por esse que muito me fez sofrer. Meu corpo se alia a esse tolo coração e se volta contra minha mente. No fundo eu sei não deveria. No fundo eu sei que estou entendo em um jogo que não posso vencer. Mas não há nada que eu possa fazer. Ele me tem nas mãos. No fundo eu sei que eu já havia perdido essa batalha antes mesmo que ela começasse.

Então, quando ele se inclina sobre mim e aproxima os lábios dos meus, e não penso duas vezes antes de romper o restante da distância que nos separa. Seus lábios são doces e macios contra os meus. Eu o puxo pra mais perto enterrando minhas mãos em seus cabelos e o beijo, que tinha intenção de ser doce, explode em intensidade, fazendo um tremor queimar por meu corpo. Saudade, desejo, necessidade ardem em mim.

"Deus, como eu o quero."

– Fique essa noite comigo. Eu quero tê-la em meus braços, mesmo que por uma noite. - Diz ele enquanto se afasta devagar e olha nos meus olhos.

Eu balanço a cabeça e volto a beija-lo. Se falar, falarei coisas ininteligíveis. Se pensar em algo pra falar, sei que vou mudar de ideia. Ao invés disso eu levo minha mãos aos botões da sua blusa e deixo que ele me conduza de volta pra dentro do apartamento enquanto me beija. Sei que vou me arrepender qua do ele me magoar de novo, mas só por hoje quero me sentir dele. Só por essa noite quero faze-lo meu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Freedom" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.