Freedom escrita por Jéssica Teles


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei muito pra atualizar. E não tenho nenhum desculpa pra isso. Sou enrolada mesmo. Mas aqui está mais um cap e eu pretendo finalizar essa fic o mais rapido possivel. Mais uns 6 ou 8 cap no maximo.
Desculpa os muitos erros de portugues.



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São sete horas da manhã. Sete horas da manhã de um sabado. Sete horas da manhâ de um sabado e a campanhia esta tocando feito louca. Eu quero gritar. Eu vou gritar com o Max assim que eu abrir aquela porta, porque pra chegar assim na minha casa, em um sabado de manha, as sete horas, só pode ser ele.

E é pensando que é ele que eu não me incômodo de trocar meu pijama de algodão, já meio puído,e vou marchando irritada em direção a porta, sentindo a raiva esquentando minhas veias e já me preparando pra gritar muito com ele.

“Max, seu desgraçado! Como você ousa atrapalhar meu sono a essa hora da manhã! Seu miserável, filho d... O que você pensa que está fazendo aqui?” Que surpresa eu não tive quando ali, bem na minha frente, estava parado, me olhando de cima em baixo, não o Max, mas meu, não tão querido assim, ex-noivo.

“Olá, querida! Desgraçado errado.”Ele fica um pouco tenso, mas logo tira o sorriso ironico do rosto, e me agracia com sua animação mais sincera. “Pensei em passar aqui pra passar o dia com você, faz tanto tempo que não fazemos isso. E o tempo está nublado e chuvoso. Sei o quanto você ama assistir filmes de terror quanto o tempo está assim. Trouxe filmes, pipoca e aquela bala que você adoro.”Disse ele já passando por mim e indo em direção a cozinha. Eu fecho a porta indignada, indo atras dele.

“Primeiro: eu pensei ter deixado bem clato, na semana passada, que não quero mais te ver. Segundo: Eu não te convidei a entrar na minha casa. Terceiro: Eu não quero passar um tempo nenhum com você. E mesmo se quisesse, eu tenho um compromisso, então se você me der licen...”

“Deixa de ser mentirosa, eu sei que você vai tirar o final de semana de folga, não me importo se você me convidou, sei que você tambem sente minha falta, e o mais importante, sei que você ia mesmo ver filmes entao, por que não me deixar te fazer companhia?”

Ele tinha razão. Sobre tudo o que ele disse. O desgraçado realmente me conhecia, pior de tudo essa leve euforia que nasce dentro de mim por saber que ele ainda se lembra. Mas isso não devia significar nada, droga. Ele é um mentiroso, um mentiroso que eu ainda amo é claro, mas não deixa de ser mentiroso. E mesmo que queria, a única coisa que eu não posso fazer é me entregar a ele.

“ Se eu disser que te quero fora daqui, vai adiantar?”

“Não. Nem um pouco”. Ele diz enquanto coloca pipoca no microondas e mexe nos armarios a procura de uma vazilha. “Onde você esconde suas vazilhas? Tem refrigerante ou eu serei obrigado a tomar um de seus sucos?”

“Segunda porta da direita. E sim, tem refrigerantes. O Max gosta dos de limão, então é provavel que seja o único que tem.” Ele fica tenso, e eu poso sentir um certo tremor de raiva na sua voz. “Então, você e esse Max são bem prossimos, né?”

Eu quase cai pra traz de tanto rir. Ele se vira pra mim com uma cara muito amarrada, já ficando vermelho de raiva. “O que foi, disse alguma coisa engraçada?”

“Não. Não foi o que você disse. Foi mais o ciumes que te levou a dizer isso.”Eu limpo uma lagrima que escorreu dos meus olhos, sem saber se esse ciumes é gerado por um sentimento verdadeiro,ou simplesmente porque ele é um filho da puta possessivo. Mas no fim não importa muito, ou pelo menos não deveria importar. “Fique tranquilo quanto ao Max. Ele é só meu amigo. Os copos estão no armário do alto. Mas e você? Quantos corações além do meu você partiu?” Eu peguei meu suco e a pipoca e me dirigi a sala, ouvindo ele pegando seu refrigerante na geladeira e vindo logo atras.

“Na verdade nenhum.” Eu olho pra ele com uma certa descrença, sabendo muito bem que ele nunca foi homem de ficar sozinho. “Que foi? Não me olha assim. Saí com umas cinco, cheguei a namorar uma por duas semanas, mas elas não eram você, e é você que eu ainda quero.” Me esforço pra não rir da frase clichê dele. E ele começa a rir quando olha pra mim., jogando uma almofada em mim, e se levantando pra colocar o filme. “Ok. Eu admito que essa frase foi horrivel, mas é a mais pura verdade.”


Ele volta e se senta ao meu lado, tento me afastar discretamente, mas ele se aproxima mais, olha pra mim com aquela cara de desafio, e eu percebo que é inutil tentar evitar tamanha proximidade.

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Eu tento me convencer que eu fiz o meu melhor. Mas não é bem verdade. Eu poderia ter o expulsado quando ele chegou. Chamar o sindico, o porteiro, a policia, o exercito, até o Max. Mas eu não fiz nada disso. Eu fingi que não tinha problema e deixei ele aparecer,deixei ele trazer de volta, com sua simples presença, a aterna esperança de que ele permaneceria, de que ele estava sendo sincero.

O pior de tudo, ele me convenceu. Ele, em um dia, me fez deixar todas as barreiras de lado. Porque sem querer, em meio a uma gargalhada ou outra, emmeio a uma palhaçada dele, eu ia me lembrando do porque eu o amava. Mentira, que não é amava coisíssima nenhuma, é ainda amo. Amo mesmo. Amo pra valer. Amo tanto que todo esse tempo longe dele, não pareceu nada além de horas. Amo tanto que queria amar menos. Queria deixar ele de lado, esquece-lo. Mas não é bem assim que as coisas acontecem.

Ele se senta do meu lado, quetinho, sem tentar nada demais. Me faz rir quando pode, me fala da familia dele vagamente, torcendo pra que eu não perceba o quanto isso o entristece(e eu fingo que não percebi, pra não deixa-lo mal, fingo que não tive vontade de afagar seu rosto, abraça-lo e acariciar seu cabelo macio, como eu costuma fazer). Ele me observa pelo canto do olho, e aperta minha mão quanto eu me assusto com o filme. Prepara nosso almoço, e canta com sua voz desafinada enquanto eu arrumo a cozinha, me fazendo rir como uma criança tola.

Assisti comedias romanticas idiotas comigo, sem reclamar, como ele sempre fez. Ri do filme e reclama da morte da protagonista do drama que assistimos, se esquecendo de manter a pose de machão.

Quando o dia termina e ele se levanta do sofá, eu nem percebo como já tinha minha aninhado a ele. Ele fingi que não percebeu, e eu fingo que não vi o sorriso de satisfação dele. Ele vai embora e uma parte de mim parece chorar, querendo que ele volte pro meu lado.

Enquanto eu tomo banho e me ajeito pra dormir, tento esquecer a sensação de ter suas mãos de novo afagando meu cabelo. Tento esquecer meu coação que bate enlouquecido perto dele. Tento esquecer minhas bochechas coradas. Tento esquecer meu sorriso bobo. Tento fingir que não acredito nele. E tento para de me questionar se ele é mesmo um mentiroso, e que se for, se ele está mesmo mentindo dessa vez. Tento. Mas em vão, porque essa noite, como em todas as outras, é ele meu ultimo pensamento, mas ao contrario do que ocorre nos ultimos anos, eu não vou dormir chorando. Eu adormeço com um sorriso nos labios, me perguntando o que a de errado em me sentir assim.


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