Angels escrita por JMcCarthyC


Capítulo 16
Coisas Inocentes - Parte TRÊS




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/29186/chapter/16

 

Coisas Inocentes – Parte TRÊS

 

 

Se vocês querem saber, eu já estava começando a duvidar seriamente daquela historinha do Jasper ser soldado. Desde quando um soldado deixa o filho ser maníaco daquele jeito? Onde é que estava toda a disciplina militar que ele devia dar pro moleque, afinal? Estava decidido, eu ia ter uma conversa muito séria com o Jasper quando nós chegássemos em casa.

O Frodinho maníaco ia ver só. Ah, ia.

Bom, mas o que importa é que o moleque saiu correndo pelo corredor do shopping, e foi se enfiar na maior loja de artigos esportivos do lugar. Era o começo de mais um pesadelo.

- Papai, me põe no chão.

Eu olhei para debaixo do meu braço. Por alguns segundos, eu tinha me esquecido de que a Scarlet ainda estava lá. Eu olhei para ela.

- Você promete que vai se comportar? – ela fez que sim com a cabeça – Isso inclui não correr atrás de nenhuma espécie do sexo masculino, Scarly. Nenhuma. – eu enfatizei – O que também inclui o viralata da sua prima.

Ela cruzou os braços e fechou a cara.

- Diz que vai se comportar. – eu repeti.

- Não.

- Ótimo, eu não me importo de te carregar.

- Ahhh, tá bom! – ela falou nervosa e eu sorri satisfeito. Super Emmett always wins.

Ainda com a cara emburrada que ela tinha herdado da Rose, eu a virei de pé e a coloquei no chão. Aparentemente ela não tinha ficado muito feliz com aquela história de se comportar, mas se eu não colocasse um limite enquanto ela ainda fosse uma criança inocente, vai saber o que ela poderia fazer quando ficasse mais velha. Pelo menos eu estava fazendo a minha parte. Se mais tarde ela decidisse sair por aí rolando na relva com o primeiro que aparecesse na frente, eu estaria com a minha consciência limpa. A não ser que fosse o FrodoBoy maníaco. Aí eu ia fazer questão de limpar a minha consciência nele – se é que vocês me entendem.

Quando nós entramos na loja, Eran grudou na minha mão outra vez.

- Filho, aqui é legal. Se você quiser, o papai compra alguma coisa pra você. Uma bola de futebol americano, um kit de baseball, umas luvas de boxe pra você bater no seu primo...

- Não sei, papai...

Eu arfei. Acho que não ia ter jeito, alguma coisa tinha saído muito errada na personalidade do Eran. Vai ver meus genes tinham ido todos parar na aparência dele, no fim das contas – o que, convenhamos, nem era uma cosia tão ruim assim.

-Elijah! – eu falei em um tom que eu sabia que ele ouviria e que não me faria passar por histérico ao mesmo tempo.

Não houve resposta – claro. Nem um sinal dele. Silêncio total. E quando qualquer criança fica em silêncio total...

-GRRRR!!

Quase não seu tempo de eu me virar. Quando eu olhei para o lado, Elijah estava vestido com um uniforme de futebol americano pelo menos três vezes maior que ele, um capacete enfiado na cabeça, uma bola nas mãos, o rosto pintado no estilo “quero intimidar você” e grunhindo com os dentes à mostra. Era a minha segunda visão do inferno em menos de uma hora.

Fiquei imaginando o que a Chihuahua diria se visse o moleque daquele jeito. Provavelmente ela ia arrastar o Elijah pro chuveiro e enfiar ele debaixo d’água com roupa e tudo pra limpar o infeliz enquanto o Jasper diria inutilmente que menino não pode ter seu lado selvagem reprimido daquele jeito. E se a Bella ou o Edward estivessem perto, eles com certeza ia concordar com a Alice.

O moleque ficou parado por uma fração de segundo, e então começou a correr feito um louco na nossa direção. Com um grito vergonhoso, ele investiu contra a Scarlet, que estava distraída olhando para o vendedor na seção de natação.

- AI!

POF.

Os dois foram parar no chão com um baque monstruoso e a loja inteira simplesmente parou. Era exatamente do que eu precisava, aham.

- Sai de cima de mim, Elijah! – Scarlet gritou entre os dentes em um tom que até eu fiquei com medo.

- Perdeu, Scarlet. – o moleque falou com o sorrisinho irritante do Jasper nos lábios. Ah, é, acreditem, o Jasper ri de vez em quando.

- Elijah, é sério. – ela falou respirando fundo, exatamente como a Rosalie fazia quando estava quase perdendo as estribeiras – Você está me fazendo passar vergonha!

Se eu fosse o moleque, já tinha saído de lá na primeira ameaça. Mas ele era o Elijah, não ia sair – e eu não me conformava com aquilo. Ele era filho do Jasper, obediência devia ser uma coisa gravada no DNA, eu sei lá.

- Sai daí, moleque. – eu pedi educadamente, soltando minha mão da de Eran – Jacob, dá a mão pro Eran por mim por enquanto, ele não gosta de ficar sozinho em lugares muito grandes.

Jacob fez uma cara de interrogação, mas não questionou. Eran ficou meio desconfiado, mas preferiu não arriscar. Eu me aproximei de Elijah.

- Elijah, é melhor você sair daí agora, ou eu vou fazer você engolir essa bola inteira. E não vai ser pela boca.

Ouvi Jacob abafar uma risadinha, mas eu não liguei. O moleque levantou o rosto para mim enquanto Scarlet tentava chutá-lo e socá-lo a intervalos regulares.

- Não vou sair. Você não é o meu pai.

Eu respirei fundo. Queria ver ele falar aquele tipo de coisa na frente da Alice.

- Ainda bem que não, moleque. Se não eu já tinha te enfiado numa cestinha e jogado no rio. Com um pedaço de chumbo dentro. – Vi Eran arregalar os olhos – Você não, filhote. O papai te ama.

- SAI, ELIJAH! – Scarlet berrou.

- Saio nada.

- Ah, sai... – eu falei e fui até ele, puxando-o gentilmente pela perna. A minha vontade era arremessá-lo longe, mas o prejuízo que eu ia ter de pagar não compensava a satisfação.

- Eu te odeio, Elijah. – Scarlet falou com olhinhos estreitos, se colocando de pé e ajeitando o vestido enquanto eu respirava aliviado. Era daquele jeito que as coisas deveriam ser.

- Algum problema aqui, senhor? – um segurança quase do meu tamanho entrou na loja. Ele riu quando me viu – Ah, você é o da menina do provador masculino. Aconteceu alguma coisa com o menino? – ele perguntou apontando para o moleque que estava de cabeça para baixo, suspenso pelo tornozelo.

- Não senhor, ele é meu sobrinho. – eu expliquei – Nós só estávamos brincando, não é, Elijah? – eu perguntei sacudindo-o um pouquinho mais forte do que eu deveria.

- Um pouco danadas essas crianças, não?

Eu sorri.

- O senhor não tem idéia.

- Tio, eu quero ir pro chão. – o moleque resmungou com calma.

- Vai ficar querendo. – eu retruquei.

- É melhor o senhor colocá-lo no chão. – o segurança se intrometeu.

- Como é?

- Ele disse pra você me colocar no chão.

- Eu disse para o senhor colocá-lo no chão. Agora.

O tom do segurança não estava me agradando, exatamente. Nem o complô repentino dos dois com a minha pessoa.

- Por que eu devia colocá-lo no chão? O senhor não sabe o que ele fez, seu segurança.

- Não importa, tio. Você vai me colocar no chão. O segurança está mandando.

- Exatamente, não importa. – o segurança concordou com o moleque. – O senhor vai colocá-lo no chão, eu estou mandando.

Eu parei. Do que eles estavam brincando, afinal? Siga o mestre ou alguma coisa parecida?

- Alguém quer me explicar o que está acontecendo aqui? – eu perguntei, desconfiado. – Por que esse segurança fica repetindo tudo o que você diz?

Elijah encolheu os ombros, como quem diz que não sabe. Mas ela era esperto, tenho certeza que tinha absoluta noção do que estava acontecendo ali.

- Eu ainda quero ir pro chão.

- Ponha-o no chão, senhor. – o segurança concordou outra vez.

Tudo bem, ele é quem tinha pedido.

POF.

Eu simplesmente soltei o tornozelo do moleque e ele se estatelou no chão. Não com tanta força quanto eu gostaria, mas ainda assim se estatelou. Já era alguma coisa.

- Felizes?

- Como é, senhor? Por que eu estaria feliz?

AFFE.

Ao que parecia, o infeliz do Elijah tinha feito alguma lavagem cerebral no coitado do segurança. A esquisitice dele estava demorando para se manifestar, mesmo.

- Nada, não, seu segurança. Pode ir, está tudo bem.

O segurança se virou meio deslocado e foi embora. Eu peguei Elijah pelo braço.

- O que foi que você fez com ele, seu filho deturpado de militar?

- Quê?

- Nada, esquece. Só responda.

Ele fez uma careta, depois deu aquele sorrisinho de lado à la Jasper.

- Me solta ou eu vou falar pro segurança que você está me machucando.

- Ele não vai acreditar em você. – eu arrisquei. – Você é uma criança de cinco anos e eu um adulto de vinte.

- Quer apostar?

Oh, ele tinha falado a palavra mágica. A resposta automática para a pergunta era sempre um “com certeza!” e um aperto de mão, e a proposta era realmente tentadora. Mas com o filho maníaco do Jasper todo cuidado é pouco.

Eu fechei a cara.

- Não, moleque. Agora arranca essa roupa de uma vez, você está assustando o meu filho.

E estava mesmo. Eran se agarrava na camiseta de Jacob com uma força tão grande que eu só estava esperando o tecido se desfazer nos dedinhos dele.

- Não vou tirar, o papai disse que eu podia comprar se eu quisesse.

Tudo bem, aquilo era problema do Jasper. Eu me virei para Eran escondido atrás de Jacob.

- Filhote, pode sair daí. É só o seu primo problemático, ele não vai fazer nada com você. – eu o puxei pela mãozinha. – E se ele fizer, por favor revide com a maior força que você conseguir.

Ele sorriu e eu baguncei ainda mais o cabelo dele. Eu tinha horror a cabelos ajeitadinhos que nem o do Edward. São questionáveis demais pro meu gosto.

Enfim. Eran pareceu um pouco mais relaxado e eu deixei que ele andasse pela loja com a Sappheire, a Renesmee, o Jacob e a...

Não.

Eu respirei fundo outra vez. Eu não podia perder a Scarlet duas vezes no mesmo dia, era pedir pra Rosalie bater os meus dedos no liquidificador.

- Scarlet? Scarlet!

Sem resposta.

Aquilo não era um bom sinal, não era um bom sinal... Eu olhei para os lados. Nada da menina. Nada do Elijah.

Fantástico.

- Elijah! É bom que você esteja bem longe da moranguinho ou eu vou fazer você se arrepender de ter colocado essa calça colada!

Ainda não houve resposta. Ou pelo menos não a resposta que eu esperava ouvir. No fundo da loja, havia um amontoado de pessoas rindo enquanto uma música ligeiramente familiar começava as tocar.

Eu entrei em pânico. Eu quase podia ver a Rose saindo atrás de mim com a machadinha na mão, ameaçando decapitar o meu mini Emmett.

Não, definitivamente não.

Saí correndo pelo corredor, abrindo espaço entre as pessoas curiosas e achei que fosse tombar quando alcancei o centro da coisa toda.

Adivinhem? É.

A Scarlet estava lá. Dançando Love, Sex and Magic exatamente do jeito que ela fez no carro. E aquela nem era a pior parte. Aparentemente, ela não se contentava só em dançar – apesar da imitação quase perfeita da Ciara. Não que eu veja no clipe com muita freqüência, só pra constar. Bom, mas além da performance super apropriada para uma criança de cinco anos, ela também tinha escolhido um figurino que combinasse com a coisa toda.

Bom, pelo menos a Alice ficaria orgulhosa.

No mínimo, a menina tinha invadido a sessão das cheerleaders e escolhido a menor coisa que tivessem ali. Ela estava com uma sainha mínima de preguinhas, um topzinho tão minúsculo quanto a saia e dois pompons nas mãos. E – claro – tudo era vermelho. Definitivamente, a Rosalie tinha estragado os meus filhos.

Mas aquela também não era a pior parte.

Até porque o adjetivo “pior” só pode se referir a uma coisa.

- ELIJAH! – eu gritei quando percebi que ele estava ali, na frente de todo mundo, olhando para a minha moranguinho de novo! Ele arregalou os olhos quando me viu e saiu correndo. Eu tive vontade de sair correndo atrás dele, mas eu precisava garantir que o mínimo de inocência que ainda restava na Scarlet permanecesse dentro dela.

- Scarly, desliga isso! A sua mão vai ME matar se souber que você fez uma coisa dessas! – aí eu me lembrei do mini Emmett. – Ou ela pode fazer coisa pior. Bem pior...

- Papai, não! As pessoas estão gostando!

- E o seu primo também! – eu grunhi desligando o rádio. Definitivamente, a Scarlet ia dar trabalho. – Vamos, você vai tirar essa roupa. Eu não sei nem como deixaram você colocar isso, em primeiro lugar.

Eu a puxei pelo braço, tirando-a dali do meio. As pessoas aplaudiram, e ela pareceu um pouco menos emburrada por causa da fama momentânea.

Quando eu finalmente consegui arrastá-la para longe da multidão, Sappheire veio correndo na minha direção. Eu fechei os olhos e respirei fundo. Eu tinha a leve impressão de que sabia o que vinha por ali.

- Tio Emm! Tio, o Eran! – eu continuei com os olhos fechados, apenas esperando a confirmação dela – O Jake perdeu o Eran.

Claro, como eu não tinha aprendido. Eu realmente merecia que a Rosalie batesse meus dedos no liquidificador.

-Eran! – eu gritei. Ninguém respondeu. Qual era o problema daquelas crianças que nunca respondiam quando eu chamava? Eu juro que só sairia com eles outra vez se dessem um jeito de enfiar um chip de rastreamento goela abaixo neles.

Foi quando eu vi um capacete se esconder entre as camisetas de basquete. Ah, o FrodoBoy ia ver só.

- Aonde você vai, Iceberg? – Jacob perguntou com uma pontada de horror nos olhos. Eu não podia estar com uma aparência tão sádica assim, podia? Não importa.

- Procure o Eran, viralata. Preciso cuidar do Elijah agora.

- A vampira monocromática vai te matar. Você sabe disso, não sabe?

- Sei. – eu respondi sem ouvir o que ele falava, exatamente. – Mas se eu conseguir matar o moleque primeiro, não tem problema.

Jacob ficou quieto e eu me esgueirei até as camisetas. Enfiei a mão onde eu tinha visto o capacete se esconder e puxei o que os meus dedos alcançaram. Para a minha sorte, era o moleque.

- Te peguei, Elijah.

Ele me olhou com desprezo enquanto brincava com uma bola de basquete nas mãos, depois deu o sorrisinho insuportável. Ali tinha coisa.

E tinha mesmo.

Com uma velocidade impressionante, ele jogou a bola para cima e chutou com força para o outro lado da loja. O que aconteceu? Sim.

Era uma vez uma tabela de basquete oficial, era uma vez as traves de um gol montado na sessão de futebol, era uma vez dezenas de tênis de corrida que ficaram destruídos com o impacto da bola.

- O que foi que você fez, seu maníaco! – eu grunhi entre os dentes.

Ele me olhou com a cara mais inocente que ele era capaz de fazer.

- Eu? – ele perguntou fingindo surpresa – Eu não fiz nada, tio. Foi você que chutou a bola.

- Quê?! Claro que não, seu lunático!

- Senhor, nós precisamos conversar com o gerente da loja. – um dos vendedores falou correndo até mim.

- Por quê? Foi ele quem fez esse estrago todo!

O vendedor riu.

- Senhor, ele é uma criança. Não teria força para mandar a bola tão longe daquele jeito. Ainda mais uma bola de basquete, é pesada. – ele me examinou de cima a baixo – Já o senhor...

- Como é?

- É isso mesmo, tio. Foi você. – Elijah concordou. – Eu não tenho essa força toda. Você que é o fortão...

- Exatamente senhor, é o que eu estou tentando dizer...

Ah, mas o moleque ia ver só quando eu colocasse as minhas mãos nele. Ou quando o Jasper colocasse as mãos nele. Porque até eu tenho medo do Jasper quando ele resolve desenterrar o “Yes, sir!” do baú. E ele ia desenterrar, ah se ia.

- Sappheire! – eu chamei e ela se aproximou. – Manda o seu irmão contar a verdade.

- Eli, não foi o tio Emm que chutou a bola. – ela falou com calma. Ela sim era uma criança agradável. – Fala a verdade pro moço.

- Não.

- Fala a verdade, moleque! – eu ordenei, chacoalhando-o com força.

- Não me chacoalha! – ele resmungou.

- Não o chacoalhe, senhor...

Ai, minha paciência.

- Quer parar de brincar disso? – eu falei bravo. Ele já estava me dando nos nervos. Mesmo.

- Tá bom, tá bom! – ele se rendeu, contrariado. – Mas só porque a Sappheire pediu. E porque se não ela conta pro papai.

- Bom saber que você tem medo do Jasper, moleque. Agora conta a verdade pro homem de uma vez.

Ele revirou os olhos.

- É o seguinte, senhor vendedor. – ele falou com ar de impaciência – A bola de basquete caiu do suporte e quicou com muita força. Daí ela foi parar na trave do gol, rebateu e acertou a tabela de basquete. Da tabela, ela caiu e bateu na prateleira de tênis, derrubando tudo. Foi isso. Foi um acidente.

- Como é que é?! – eu falei, indignado. O homem não ia acreditar naquilo. Ninguém com um mínimo de discernimento acreditaria naquilo.

- Mesmo? – o vendedor perguntou, parecendo admirado. Eu fiquei com cara de idiota. Ele só podia estar de brincadeira.

Elijah assentiu.

- Aham. Foi exatamente o que aconteceu, eu vi tudo.

O vendedor assentiu também, pensativo.

- Então foi um acidente. Me desculpem pelo incômodo, vou providenciar a limpeza da loja agora.

O vendedor se retirou e eu continuei com cara de idiota. Qual era a do Elijah? Esquisitice tinha um limite, caso ele não soubesse.

- Como você fez ele acreditar nessa besteira mal inventada!? – eu perguntei abismado.

Ele deu de ombros.

- Sei lá, eu só contei. Agora vamos, tio, já achei a minha bola.

Aham, porque é claro que ele mandava ali. E ainda faltava uma coisa.

- Peraí, cadê o...

- Papai...?

Eran.

O alerta de problemas estava piscando violentamente na minha frente.

- Scarlet, eu preciso mesmo virar pra ver o que o seu irmão quer?

Ela não conseguiu reprimir a risada. Era mais um sinal de problemas. Daqueles típicos do Eran.

- Papai, eu achei uma máscara de mergulho!

Agora vamos brincar de estatística. Qual é a probabilidade de, o que quer que o Eran estivesse na mão, ser uma máscara de mergulho?

É.

Eu respirei fundo e me virei. Se os óculos de sutiã haviam sido vergonhosos, aquilo conseguia ser quase infinitamente pior.

Eu corri escondê-lo das pessoas antes que eles vissem o que o meu filho estava no rosto.

- Eran, isso não é uma máscara de mergulho! – claro, que dúvida. – É uma coquilha, filho!

Ele puxou o negócio do nariz, como se estivesse tirando uma máscara de gás ou qualquer coisa assim.

- Mas se não é uma máscara de mergulho... pra quê serve? – ele perguntou confuso, analisando o negócio.

Ótimo. Eran e sua curiosidade conveniente. Como era mesmo a história da decapitação?

- Filho... – eu falei fazendo uma careta e tirando aquele troço da cabeça dele com a ponta dos dedos. – Isso é pra proteger uma parte muito importante do corpo quando nós jogamos algum esporte meio violento. Mas não se preocupe, você não precisa disso.

E daí veio a pergunta óbvia.

- Que parte?

Eu abri a boca para responder, mas Scarlet foi mais rápida.

- O seu p –

- MINI Eran. – eu a cortei com um olhar fulminante. Por que ela não falava aquelas coisas na frente da Rosalie?

Ah, é, ela falava.

Então ela começou a rir.

- Papai, mini Eran é péssimo.

- Péssimo porquê? – eu perguntei, surpreso. – Eu e a sua mãe chamamos o meu... Nada. – Scarlet fez cara de horror. – Nós não fazemos essas coisas, já falei.

Eu sentia a machadinha se aproximando.

- Bom, mas se todo mundo já terminou, nós vamos pagar as coisas – os olhinhos de Sappheire brilharam com a palavra – e vamos para a próxima parada. Alguma sugestão?

Eran e Sappheire se entreolharam. Aparentemente, eles tinham algum plano maligno.

Tá, não.

Mas eles se entreolharam mesmo assim.

- Eu já sei, papai. – Eran falou depois de confirmar qualquer coisa com a Smurf. – Ali.

Ele apontou para o a loja do lado oposto do corredor.

Eu ergui as sobrancelhas, surpreso. Era só que me faltava no Eran.

Mas eu devia ter adivinhado, ele gostava de insistir no lado Edward da força e todos os meus esforços para tirá-lo dali pareciam ser em vão. Bom, pelo menos a próxima parada prometia ser mais tranqüila – além de eu poder subornar o infeliz do filho maníaco do Jasper no caso de sair qualquer caca.

Mas não teria porquê. O que eles podiam fazer de tão comprometedor dentro de uma loja de instrumentos musicais, afinal?

 

 

*******

 

 

N/A: Gente, acabei de bater meu recorde.

Escrevi esse capítulo em um dia só, OH *-*

 

Mas vamos ao que interessa: Poder do Elijah semi (?) revelado, e o/

Alguém tem uma noção do que ele faz? Se bem que ficou bem fácil, vai... hehe

Team Elijah (adoro isso, -q) espero que tenham gostado! Deu pra ver que ele é uma peste, né? Tão liiiindo ele tretando com o Emm... hahaha E não se preocupem, só piora... =P

 

Eu sei que o Jake, a Sappheire e a Nessie quase não aparecerem nessa parte, mas é porque ela era mais focada no Eli, mesmo =)

Eles vão ter a vez deles, não se preocupem...

 

E o Eran... Ah, é o Eran, né. Dispensa explicações ^^

 

Vocês repararam na ênfase militar no Jazz? Aguardem os próximos capítulos... hehe (Viu, ANE. Eu gosto do Jasper, não precisa mais me ameaçar com a folha sulfite –q)

 

Só pra acabar a minha N/A inacabável, obrigada a TODOS que estão votando na Angels e nas crianças no TFA! Continuem votando e quem não votou ainda, vota lá! O site é HTTP://tfaproject.blogspot.com

 

Estou contando com vocês!!! ^^

 

Beijos gelados, sonhem com o mini mim do seu vampiro ou lobisomem preferido e nos vemos na loja de instrumentos musicais da parte QUATRO desse capítulo giganmenso. Sério, não sei quantas partes esse negócio vai ter... Umas seis, talvez –oi

 

JMcCartyC, acreditando na paciência de vocês... hehe

 


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!