Teddybear - Heart Is Unpredictable escrita por JMcCarthyC


Capítulo 11
Chance




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-Acho que nós devíamos ir embora antes que amanheça.

Eu virei meu rosto para o dono da voz grossa. Emmett passou os dedos por meus cabelos, seu sorriso infantil formando as covinhas em suas bochechas iluminadas fracamente pelas luzes da cidade distante. Eu levantei o rosto e pressionei os lábios contra os dele.

-Eu quero ficar aqui com você... – eu falei fazendo biquinho.

Ele riu.

-Acontece que logo logo podem começar a aparecer pessoas aqui. E não acho que seria muito bom se elas nos vissem assim.

Eu olhei para os nossos corpos, tentando avaliar a situação. Dois vampiros nus, deitados na areia, totalmente encharcados. É, talvez não fosse muito bom ficar ali esperando um humano aparecer a qualquer momento.

-O que você fez com as minhas roupas? – eu perguntei repentinamente, levantando o corpo para me sentar. Emmett me olhou com as sobrancelhas erguidas.

-E eu é que sei? As roupas são suas, oras.

Eu estreitei os olhos.

-Acontece que foi o senhor, Emmett Cullen, que as arrancou de mim. Ou seja, você vai ter de achá-las.

-Por quê? – ele perguntou franzindo as sobrancelhas, depois colocou um sorriso malicioso no rosto. – Eu gosto de você assim... – ele terminou levando a mão enorme à minha barriga, contornando meu umbigo com o indicador. Eu dei um tapa em seu braço.

-Tira a mão daí! – eu falei entre os dentes, fazendo ele recolher a mão.

-Você vai sempre ter essas oscilações de humor depois de passar a noite comigo? – ele perguntou cruzando os braços. – Por que se for, eu paro por aqui.

Eu ri e levei meus dedos ao seu peito, depois os desci até seu abdômen definido, contornando cada músculo devagar,

-Duvido... – eu sussurrei com a voz maliciosa. Emmett respirou fundo.

-Desde quando você é a parte provocadora da relação? – ele perguntou com o sorriso no canto da boca.

-Digamos que eu tenho um ótimo professor... – eu respondi beijando seus lábios mais uma vez.

-Alice... – ele murmurou com a boca ainda colada à minha. – eu acho que nós devíamos contar de uma vez por todas o que está acontecendo. Eu não quero mais ter de esconder de todo mundo o que eu sinto por você.

Eu afastei meu rosto do dele e engoli seco. Eu não sabia se estava preparada para admitir a todos o que havia entre nós, o que eu sentia por Emmett. Eu não sabia se estava preparada para enfrentar Jasper oficialmente e dizer a ele que eu estava apaixonada por outra pessoa.

-É, eu acho que sim... – eu falei com a voz fraca. – Mas só se a Rosalie e o Jasper forem os últimos a saber... Sabe, depois do consentimento de todos...

Emmett passou a mão pelos meus cabelos.

-É, você tem razão, baixinha. Agora vamos logo porque daqui a pouco vai amanhecer.

Eu apontei para meu próprio corpo despido. Emmett revirou os olhos.

-Tudo bem, eu pego suas roupas... – ele falou impaciente. – Embora eu prefira você assim.

-Emmett! – eu gritei entre os dentes e ele beijou meus lábios rapidamente, rindo e se levantando em seguida.

Eu também me coloquei de pé, o que me fez perceber que havia areia em cada centímetro quadrado do meu corpo. Emmett foi se abaixando pela praia, recolhendo as peças de roupa que ele havia arrancado de mim, sabia-se Deus lá como.

-Como elas foram parar tão longe? – eu perguntei surpresa, erguendo as sobrancelhas.

-Nem queira saber... – ele respondeu recolhendo a última peça, rindo para mim. – Pronto, pode se vestir agora. – ele terminou me entregando as roupas, me beijando mais uma vez.

-Acho que eu vou tomar um banho de mar antes. – eu falei colocando as roupas em um montinho no chão. – E o senhor devia fazer o mesmo, olha o seu estado.

Emmett abriu os braços e olhou para o próprio corpo, depois deu de ombros.

-Eu estou bem assim. – ele falou sem emoção.

-Deixa de ser porco, Emmett! – eu segurei sua mão, disposta a arrastá-lo até o mar se fosse preciso. – Vem, vamos.

Sem impor muita dificuldade a mim, ele deixou que eu o puxasse até a água.

-Molha esse cabelo. – eu falei apontando para sua cabeça.

-Por quê? – ele perguntou com as sobrancelhas franzidas.

-Tá cheio de areia, Emmett!

-Eu nem tenho quase cabelo pra encher de areia. – ele retrucou cruzando os braços. Eu estreitei os olhos.

-Eu vou ser obrigada a afundar sua cabeça por você?

Ele riu e levou a mão ao queixo.

-Isso é uma ameaça? – ele perguntou com o sorriso no canto da boca.

-O que parece que é? – eu provoquei.

-Blefe.

Eu cruzei os braços e estreitei ainda mais os olhos.

-Quer apostar? – eu perguntei, me aproximando dele.

-Vá em frente. – ele deu de ombros. – Duvido que você alcance minha cabeça, mesmo.

Ele ia ver só. Eu me preparei para pular e afundar sua cabeça na água, quando minha visão ficou escura novamente. Emmett, o oceano, as luzes distantes, tudo saiu de foco em minha retina. Quando as formas se tornaram distinguíveis outra vez, eu via a silhueta de dois homens. Ambos loiros, um de cabelos compridos presos, sujo, as roupas velhas e gastas. O outro com cabelos curtos e desgrenhados, a pele branca repleta de cicatrizes brilhantes.

James e Jasper. Juntos.

Ao que parecia, James falava alguma coisa com Jasper que eu não consegui descobrir o que era, um sorriso repulsivo desfigurando seu rosto enquanto fazia isso. Jasper tinha uma expressão de dor nos olhos que brilhavam de raiva quando ele deixou um James sorrindo satisfeito para trás, correndo para um lugar que eu não conseguia ver.

Então eu senti alguém me sacudir.

-Alice, fala comigo! – a voz de Emmett gritava ao longe. – Alice!

Eu pisquei os olhos com força, até as imagens de Jasper e James serem substituídas pela de um Emmett assustado olhando para mim.

-Fala alguma coisa! – ele suplicou me olhando com preocupação. Eu não consegui articular nenhuma palavra, apenas me agarrei em sua cintura e o abracei apertado. Ele levou uma mão à minha cabeça, afagando meus cabelos, depois pressionou os lábios com ternura contra eles. – Tudo bem, eu estou aqui...

-Emm, vamos logo para o hotel. – eu falei engolindo seco.  Preciso falar com a Esme.

 

-

 

Quando finalmente deixamos a praia, o sol já começava a sair no horizonte, tímido. Ao que parecia, aquele seria um dia de sol, o que nos obrigaria a permanecer no hotel até que voltasse a escurecer. Péssima notícia.

-Emm, eu acho melhor você subir sozinho e chamar a Esme. – eu falei quando o hotel ficou visível ao longe. Ele afagou meu braço com o polegar da mão que envolvia meus ombros.

-Pode deixar, baixinha...

Eu sorri e olhei para cima.

-Eu adoro quando você me chama de baixinha.

Emmett me apertou contra ele e beijou meus cabelos.

-Minha baixinha. – ele falou sorrindo para mim.

Então alcançamos o saguão do hotel, apinhado de pessoas.

-Me espere aqui. – ele falou ficando de frente para nós, passando as mãos em meus cabelos. – Eu vou chamar a Esme.

Eu assenti incerta com a cabeça, olhando para o chão. Emmett pegou meu queixo em seus dedos e levantou meu rosto, pressionando seus lábios frios nos meus.

-Prometo que é a última vez que eu te deixo sozinha a partir de agora. – ele falou me encarando, sorrindo com as covinhas, depois beijou meus lábios brevemente uma segunda vez. – Te amo.

Emmett levantou o rosto e se virou para a porta que dava acesso às escadas. Eu procurei uma poltrona vaga no saguão e me sentei. Minhas mãos estavam trêmulas, eu cruzei as pernas sobre o sofá e apoiei os cotovelos nelas, depois o queixo em minhas mãos. E se Esme não aceitasse? E se no fim, tudo desse errado? E se simplesmente não fosse para ser assim?

Eu fechei os olhos com força, os dedos cruzados sobre a minha nuca. Talvez toda aquela agonia estivesse para acabar.

Então eu vi novamente.

Como que se para me lembrar de todos os problemas que eu estava para enfrentar, minha visão se tornou escura novamente e, em seguida, eu o vi. Eu o vi cercado de vampiros, as peles brancas reluzindo sob a luz ígnea de uma fogueira enorme acesa ao lado deles. Imóvel, ele deixou que, um a um, seus membros fossem arrancados de seu corpo e atirados ao fogo. Ele não queria mais existir. Ele não suportaria existir.

Eu abri os olhos com violência, a respiração ofegante, as mãos mais trêmulas que antes. A porta do elevador se abriu e Emmett e Esme vieram caminhando em minha direção. Eu pisquei forte, tentando me acalmar e não deixar que eles percebessem que havia alguma coisa errada. Muito errada.

Esme se aproximou de mim e passou as mãos em meus cabelos.

-Vamos conversar em outro lugar, Alice. – ela começou. – Aqui está muito cheio.

Eu assenti devagar com a cabeça, ainda sem encará-la. Emmett colocou as mãos em meus ombros, massageando-os com gentileza.

-Quer falar sozinha com a Esme, baixinha?

-Não. – eu respondi rápido, agarrando a mão dele. Eu não podia nem imaginar encarar aquilo sem Emmett ao meu lado. – Eu preciso de você. Comigo.

Ele afagou minha mão e me puxou, me levantando da poltrona e depois passando o braços por meus ombros.

-Fica calma... – ele sussurrou para mim e depois beijou meus cabelos.

 Esme foi à frente, nos guiando até uma salinha ao final do corredor. Quando chegamos, Esme se sentou em uma poltrona, sozinha, enquanto eu e Emmett nos sentamos no sofá ao lado. Eu engoli seco, a mão grande de Emmett firme nas minhas.

-Esme... – eu comecei. – Eu disse que quando estivesse preparada para contar a você o que estava acontecendo, eu contaria.

Ela assentiu com a cabeça pacientemente, me encorajando.

-Então eu vou contar. Só que prometa que não vai me interromper ou eu posso entrar em pane no meio do caminho e desistir da idéia.

Esme riu.

-Claro, Alice. Sou toda ouvidos. E só ouvidos. – ela acrescentou.

Eu respirei fundo e olhei para Emmett. Ele colocou sua outra mão sobre a minha, depois deu uma piscadinha, como se dissesse para eu seguir em frente.

-Em primeiro lugar, - eu comecei, - eu queria deixar bem claro que nada do que aconteceu foi premeditado. Foi um acidente, um susto. Nem eu quis acreditar no início. – eu parei por um segundo, engolindo seco. – Eu achava ridículo, improvável. Era impossível eu me apaixonar por alguém que não fosse o Jasper.

“E então eu conheci o Emmett. – eu olhei para ele, seus olhos sorriam. – Sabe, de verdade. O Emmett homem e não só o irmão destrambelhado com um espírito competitivo acima dos padrões aceitáveis. – eu sorri para ele e ele mostrou a língua para mim, depois eu voltei meus olhos para Esme. – Um Emmett doce, carinhoso, talentoso, um pouco convencido demais, é verdade, mas que sabe muito mais coisas do que eu podia imaginar. E eu me apaixonei por ele.”

“Me apaixonei pelos braços fortes me envolvendo, pela voz grave, pelo sorriso infantil acabando em covinhas nas bochechas, - eu voltei a encarar Emmett. Ele me olhava com um sorriso tímido, as sobrancelhas erguidas. – pelo cabelo escuro, pelo olhar perdido, pelos lábios cheios, por toda essa coisa enorme e abobalhada que ele é. – Emmett riu e balançou a cabeça. Esme apenas me olhava, sem dizer nenhuma palavra. – E que, ainda assim, consegue ser simplesmente incrível. Porque ele é o Emmett. O meu Emmett.”

Eu terminei e olhei para meus próprios joelhos. Talvez Esme não precisasse de tantos detalhes assim, mas as palavras saíam por vontade própria do meu peito. Palavras que há tempos eu queria gritar, dizer a todos. Eu olhei para Emmett mais uma vez. A expressão que ele tinha nos olhos brilhantes me fez perceber que eu havia dito a coisa certa.

Esme olhou para mim, depois para Emmett. Seu rosto era indecifrável, até que seus lábios revelaram um sorriso.

-Eu esperava por isso, Alice. – ela falou por fim. – Quer dizer, não exatamente por tudo isso que você falou, mas eu esperava ouvir que havia alguma coisa entre vocês. O jeito como o Emmett te olhava e a paixão com que você falava dele... Acho que está mais do que claro o que está acontecendo aqui.

Eu arregalei os olhos, estática. Ela não ia me matar?

-Quer dizer que tudo bem? – eu falei ainda em choque. Esme riu.

-Bom, não tudo bem. Sabe, eu não sei como os outros vão receber a notícia, principalmente a Rosalie e o Jasper. – ela hesitou por um momento. –Mas se é isso que vocês querem, nós não podemos impedir. Eu ainda acredito que ninguém deve ser privado do direito de ser feliz.

-Eu posso falar com o Jasper. – uma voz masculina e familiar falou na porta ao nosso lado. Parado e sorrindo sem graça, estava Edward. Eu me soltei das mãos de Emmett e corri em sua direção, abraçando-o com força.

-Você apareceu! – eu falei ainda com meu rosto em seu peito, depois o encarei com os olhos estreitos. Você–devia–levar–uma–surra–seu–insensível! – eu falei entre os dentes, intercalando cada palavra com um tapa em seu braço.

Ele se encolheu e me afastou de si, me impedindo de alcançá-lo novamente.

-Não comece a bater em mim ou eu posso mudar de idéia. – ele ameaçou com o sorriso torto no rosto.

-Espera. – eu falei parando de tentar socá-lo. – Você disse que pode falar com o Jasper? – Edward assentiu com a cabeça. – Fizeram alguma coisa com você? Sei lá, deram ácido pra você beber?

Ele riu.

-Não...?

-Então você bateu a cabeça com muita força, só pode ser. Ou você é um clone do Edward. – eu estreitei os olhos. – Onde está o Edward verdadeiro e o que você fez com ele?

Daquela vez, além de Edward, Emmett e Esme caíram na risada. Qual era a graça? Eu estava falando sério.

-Alice, calma... – Edward falou como se estivesse conversando com uma criança. – Você deve estar em estado de choque, só isso.

-Estado de choque nada! – eu retruquei. – Como assim você está do meu lado? Há alguns dias atrás você só faltava me crucificar de cabeça pra baixo em praça pública e agora você diz que vai me ajudar? – eu levei as mãos à cabeça e voltei a me sentar ao lado de Emmett. – Não estou entendendo mais nada. Meu cérebro vai derreter, estou sentindo.

Emmett segurou meus pulsos e tirou minhas mãos dos meus cabelos, com cautela.

-Alice, sem pensar... lembra? – ele falou como quem adverte uma criança. Criança, de novo.

-Edward cruzou os braços e balançou a cabeça, rindo.

-Vocês são mais malucos do que eu imaginei. – ele falou e se baixou em nossa frente. – Talvez dê certo.

Eu ergui as sobrancelhas. Emmett foi soltando meus pulsos, devagar.

-Esses dias – Edward continuou. – eu andei pensando naquela conversa que nós tivemos, Alice. Sabe, no começo eu achei mesmo que fosse só coisa passageira, que vocês fossem esquecer essa insanidade toda. Mas, bom... – ele passou o olhar por Emmett, depois voltou para mim. – eu acho que não vai ser bem assim. Talvez... talvez vocês mereçam uma chance.

Esme sorriu olhando para nós. Eu continuei sem piscar, chocada com a declaração de Edward.

-Eu estou com medo do Jasper,Edward. – eu falei por fim. – Estou com medo do que ele pode fazer. Ele sumiu desde ontem e eu não consigo descobrir onde ele está, nem para onde vai. Eu estou com medo de que ele faça alguma besteira.

Edward me olhava sério.

-Você contou alguma coisa a ele? – ele perguntou.

Eu engoli seco.

-Mais ou menos...

-Nós precisamos encontrá-lo. – Edward falou se colocando de pé. – Eu posso começar a procurá-lo. Esme, você sabe onde está a Rosalie?

-Ela saiu para fazer compras ontem á noite e ainda não voltou.

Emmett revirou os olhos.

-Aposto que se eu abrir minha carteira, meu cartão de crédito não vai estar lá. A Rosalie me paga. – ele terminou.

-Emmett, eu acho que a Rosalie já está pagando o suficiente. – eu falei.

-De qualquer forma, eu acho que consigo lidar com a Rosalie quando ela voltar. – Esme concluiu.

-Bom, - Edward começou – então eu acho que nós só podemos esperar até que escureça.

Eu respirei fundo e me encostei em Emmett. Ele me envolveu em seus braços fortes e beijou meus cabelos com doçura.

-Vai ficar tudo bem, baixinha... – ele sussurrou. – Vai ficar tudo bem.

 

-

 

Quando o relógio da sala marcou sete horas, Edward se levantou do sofá com um salto. Eu ergui a cabeça do colo de Emmett e olhei pela janela. O sol já estava se pondo.

-Eu vou sair. – Edward anunciou se encaminhando para a porta. – Se a Rosalie aparecer, não deixem que ela sai de novo.

Eu me levantei do sofá e caminhei até Edward, depois o abracei forte.

-Obrigada, Edward... – eu murmurei em seu ouvido. – Você é o melhor irmão do mundo.

Ele me afastou de seu rosto e me olhou com o sorriso torto.

-Eu achei que pra você o Emmett fosse. – ele falou para me provocar.

-Bom, digamos que agora ele não é mais meu irmão, tecnicamente falando.

Edward e Emmett riram, e eu mostrei a língua para eles.

-Eu vou indo, então. – Edward falou por fim, girando a maçaneta da porta.

-Boa sorte, Ed. – eu falei antes que ele desaparecesse no corredor.

Eu ouvi Emmett se levantar do sofá e depois seus braços fortes envolverem minha cintura por trás.

-Eu não vejo a hora de poder ficar assim com você em qualquer lugar. – ele sussurrou com os lábios colados em minha orelha. – Na frente de todo mundo.

-Vocês dois, - Esme falou com ar de advertência. – vamos devagar porque eu ainda não estou cem por cento familiarizada com isso. – ela apontou para nós e Emmett me soltou.

-Desculpa, Esme. – ele falou coçando a cabeça, encabulado.

-Tudo bem, tudo bem. – ela falou se encaminhando para o corredor. – Acho que eu vou ter de me acostumar uma hora ou outra. Bom, crianças, eu vou para o quarto. Se a Rosalie aparecer, peçam para que ela venha falar comigo e saiam para dar uma volta. Não quero que ela estoure a televisão na cabeça de nenhum de vocês.  – Esme abriu a porta de seu quarto e olhou para nós uma última vez. – Comportem-se.

Emmett bateu uma continência desajeitada para Esme e eu assenti com a cabeça. Assim que ela desapareceu atrás da porta, ele abraçou minha cintura novamente, beijando meu pescoço.

-Emmett, você ouviu a Esme! – eu falei entre os dentes, tentando me esquivar dele. Inutilmente, claro.

-Ah, Alice, eu quero ficar com você... – ele resmungou me apertando ainda mais contra ele.

-Quem vê pensa que você quase não focou comigo de ontem pra hoje...

-Eu sou tão enjoativo assim, é? – ele perguntou erguendo as sobrancelhas e me virando para ele.

-Fala a verdade, você só disse isso para ganhar um elogio, não foi? – eu perguntei fazendo biquinho.

-Se eu disser que sim eu ganho um?

-Você prefere um elogio ou um beijo?

-Posso escolher os dois? – ele perguntou sorrindo com as covinhas. Eu sorri em resposta e aproximei meu rosto do dele.

-Você é lindo, forte e irresistível. Pronto, o elogio já foi. – eu falei para provocá-lo.

Ele riu.

-Isso eu já sei, não vale. – ele murmurou colocando as mãos na minha cintura.

-Então tá... – eu falei encostando meus lábios levemente nos dele. – Você é tudo o que eu quero a partir de agora, Emmett.

-E é um traidor! – uma voz familiar gritou com raiva, abrindo a porta com violência. Jasper voou no pescoço de Emmett, rápido demais para que eu pudesse ter alguma reação. Os dois caíram no chão, um baque forte ecoou pela sala ao mesmo tempo em que um vazio aterrador urrou com força dentro de mim.

 

***

 

NOTAS: Oies ^^

 

Tá, eu sei que vocês devem estar querendo me matar brutalmente com o final desse capítulo, e eu tenho a leve impressão de que essa vontade só vai piorar com os próximos, mas SE CONTENHAM. =)

 

Sim, também morro com o Emmett cheio de areia e com a Alice explicando pra Esme o que aconteceu com ela e o Emm *_______________*

 

Espero que tenham gostado e que estejam ansiosos pelo próximo... é o penúltimo, que triste –' Já estou com saudades da Teddy...

 

Vou deixar para fazer os agradecimentos mais sentimentais quando a fic estiver mais perto do fim... hehe

 

Beijos gelados e sonhem com o Emm cheio de areia

 

JMcCartyC


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