The princess of the white eyes escrita por Samyh


Capítulo 13
Capítulo XIII - Poder


Notas iniciais do capítulo

Personagem nova. Magias novas, mortes. Espero que gostem.



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  - Rue pov’s –

 Após o desastre ocorrido durante o jantar cerimonial, pude ver lágrimas deslizarem pelos olhos de minha mãe enquanto ia até seus aposentos. Fiz o mesmo enquanto soltava o cabelo, cada degrau da longa escadaria me fazia lembrar o ocorrido, aquela mulher, uma servente, por que o desejo de me matar?

 Eu nunca havia feito mal a ninguém, sempre fui crescendo e sendo ensinada a manter meu reino longe de perigos.

 Durante a subida das escadarias, olhei uma média janela de ouro, a frente dela havia cortinas de cores vermelhas e detalhes dourados. Longe dela havia uma enorme árvore, em meio ao vasto campo de trigo, olhei para a mesma fixamente e, senti minha mão virar. – Princesa. – A voz não esperada me assustou, saltei para frente e meu coração batia rapidamente. – Boom – Um barulho enorme tomou conta do local, virei minha cabeça para o lugar de onde vinha o tom, a árvore havia se torado ao meio, meus olhos se arregalaram, e então virei para trás com espanto. Era Kalifa.

- Você... – Pronunciou.

- Eu... Não sei. – Completei.

- Precisamos conversar princesa.

*****

  Chegando ao meu quarto, Kalifa sentou-se na cadeira de frente ao espelho, e passou os cabelos para acima dos ombros, olhou fixamente.

- Princesa... – Ela tocou as duas mãos e logo depois abriu.

 Levantou-se indo diante a mim e em suas mãos havia uma rosa.

- Uma rosa. – Disse.

- Sim, faça com que ela murche.

- Mas... Eu não posso fazer isso.

- Sim, pode. Você fez com a árvore lá fora... Vamos, faça.

- Não, eu não posso.

 Ela parou, baixou a cabeça e olhou em direção a meus pés dizendo – Você se assustou quando lhe chamei certo. – Dizia Kalifa.

- Sim, eu me assustei. – Disse.

- Você se irrita quando se assusta? – Perguntou.

- Sim, é algo horrível e eu fico... – Mal pude terminar de falar então ela lançou a rosa em meu rosto.

- Ah, mas o que foi isso? – Perguntei assustada.

- Cala a boca! – Gritou.

- Mas eu... – Eu não sabia o que dizer, eu não sabia por que ela estava me tratando de tal forma.

- Imunda! – Gritou novamente.

- Pare já com... – Novamente não pude terminar, ela me calou com tapas.

- Já chega! – Gritei. Junto a meu grito todo o quarto começou a balançar lentamente.

 As paredes tremiam os espelhos se quebraram, as árvores ao redor do reino se quebravam. Pude ouvir a janela rachar, a virar minha cabeça notei vários corvos tentando quebra-la.

 Longe e um pouco abaixo, havia uma ninhada de lobos correndo em direção ao castelo, seus olhos brilhavam a um tom azul esbranquiçado e forte.

 A porta abriu. Era minha mãe.

 O local parou de tremer, eu cai sobre os braços de Kalifa, duas asas enormes pairavam atrás da mesma. – Michael. – Olhei para baixo, a rosa havia murchado, olhei novamente para Kalifa.

- Esta é uma amostra de seu poder. – Dizia ela. 

 Os corvos haviam deixado a janela, os lobos voltavam para suas tocas. E minha mãe tocou meu ombro, enquanto se ajoelhava ao meu lado, nos seus olhos havia olheiras.

 Respirei fundo e então Kalifa gritou, caiu ajoelhada a minha frente e então pôs as mãos sobre a cabeça. – Aaaah! – Ela não parava de gritar, eu não tinha forças para ajuda-la.

- Kalifa! – Gritou minha mãe.

 Após o grito ela parou de gritar, olhou para o rosto claro de minha mãe dizendo. – Uma visão... A primeira morte já aconteceu. E essa noite... Essa noite, e logo depois uma guerra! – Assim que ela gritou, ouvia-se uma voz masculina gritar.

- Onde está seu marido?! – Perguntou Kalifa a minha mãe.

- Não... Não... – Ela levantou-se e correu rapidamente pelo corredor.

 Kalifa continuou a me segurar, e no corredor ouvia-se um estrondo, junto a um grito de dor, pude ver minha mãe saltar, sua túnica brilhava junto a cada movimento que fazia com as mãos. A frente dela havia uma pequena luz vermelha, podia-se ouvir risadinhas. Eram ninfas negras.

 Uma forte voz feminina tomou o lugar, um riso macabro soou dizendo – Oh, querida princesa... Sua unicórnio teve um belo fim, pude tocar naquele brilhoso sangue enquanto a massacrava. E agora há, seu pai foi junto. Todos vocês morrerão.

- Quanto tempo Kalifa... – Disse a voz.

- Seu anjo não mata demônios? – Perguntou.

Como ela sabia que eu tinha um anjo protetor?

- Arf... – Não conseguia pronunciar nada.

 Uma nova gargalhada tomou o local, enquanto continuava a ver minha mãe lutando.

- Todos irão morrer. – Cantarolava.

 O anjo saltou, as asas pairaram no local, a presença divina tomou o lugar, uma espada brilhante formou-se, todos ficaram maravilhados. E uma nova espada também se formou uma de fogo, mediana.

- Michael.

- Dalila. – Disse Michael, aparecendo. Totalmente despido. 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim. Deixem reviews.



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