The princess of the white eyes escrita por Samyh
Notas iniciais do capítulo
O início da guerra.
- Anjo... – Disse Kalifa surpresa.
Michael virou, foi o que ele nunca deveria ter feito naquela situação, a espada flamejante girou contra seu corpo, foi golpeado assim sendo lançado contra a parede do quarto, atravessou-a e nada mais foi ouvido.
- Micha... – Antes que ela pudesse terminar a frase, todo o reino estremeceu. Os moradores do mesmo já estavam fora de suas casas por conta dos gritos e estrondos provocados dentro do castelo.
- Anjos e seus nomes fortes... – Disse a até então chamada, Dalila.
- Bem, vim aqui por um único propósito... Matar uma jovem de olhos esbranquiçados. - Disse Dalila.
Ao mesmo tempo na ponta da espada flamejante uma mão pálida e delicada fora formada, logo depois um branco, outro, pernas e um corpo feminino escultural. Em sua boca havia um sorriso doentio.
- Morte. – Ela disse.
- A única morte que irá ocorrer aqui será a sua... Querida. – Disse Kalifa, enquanto levantava-se do chão, ao meu lado.
- E quem vai me matar? Você? – Dalila sorriu – Só pode estar brincando.
Uma breve pausa ocorreu.
- Então eu só posso estar brincando. – Ironizou Kalifa.
Kalifa deu um passo à frente e então, elevou as mãos acima de sua cabeça, um forte barulho fora ouvido, os camponeses ao redor do castelo gritavam.
- Rue, saia daqui.
- Mas eu...
- Saia! – Gritou Kalifa.
Obedeci correndo em direção à porta, enquanto consegui pisar em direção ao corredor, a parede atrás de Kalifa se rompeu, com o estalar virei em direção a mesma, e uma tsunami invadiu todo o quarto, a água manipulada por Kalifa deu voltas no ar e acertou em cheio o tórax de Dalila.
Com o impulso que provoquei para sair do quarto, encostei meu corpo contra a madeira próxima ao corredor. Olhei para baixo e vi minha mãe lutando contra lobos e ninfas, meu pai estava caído com uma espada cavada em seu tórax, podia ver o sangue saindo de sua boca. Michael lutava contra estranhas sombras aos ares.
Sem pensar duas vezes corri pela enorme escadaria, descendo até eles, pude ouvir um homem gritar. – Pelo reino, pelo rei, por Barthon. – E junto a ele outros gritava, não consegui ver o que estava acontecendo, minha preocupação estava voltada à meu pai.
Ajoelhei perante ele, e toquei seu rosto. – Pai... – Ele tociu.
- Ficará tu-do bem... – Esforçava-se para falar algo.
- Não, não diga nada. – Lágrimas escorriam pelo meu rosto.
- Rue... Cuidado... – Ele levantou o dedo indicador, apontando para minhas costas.
Virei. Atrás de mim havia cinco lobos negros, seus olhos eram vermelhos e transmitiam um ar de crueldade. Levantei assustada, enquanto caminhava até eles, parei a frente e eles abriram a boca, mostrando seus dentes afiados enquanto rondavam-me.
Lembrei do que Kalifa havia dito. Isto é uma amostra de seu poder. Olhei firmemente para os lobos e disse. – Meu reino, meu poder. – Os lobos aflitos se afastaram, senti uma força descomunal me dominar. – Vamos acabar com isso. – Eu disse enquanto caminhei até os portões principais, os lobos me acompanharam, seus olhos estavam a um tom azul aceso.
Vi golens de pedra, e gigantes caminharem sobre o reino, lutavam com seus machados, lanças e poderes desconhecidos, os moradores do reino, firmes os combatiam. Um dos gigantes lançou seu machado contra mim, o mesmo parou enquanto uma parede de pedregulhos se manteve em minha defesa.
A terra concentrada na barreira envolveu o machado e o mesmo foi lançando contra o gigante, fincando assim em sua barriga, este caiu.
Notei um corvo negro vindo em minha direção, antes que ele pudesse chegar em meu corpo, eu disse – Coma. – O lobo em minha esquerda saltou e abocanhou o corvo negro, saboreando-o.
Observei todos caindo, o sangue era um elemento principal no reino. Tudo estava manchado, havia fogo, destruição, dor, sofrimento. O exército do reino finalmente entrou em ação lutando contra os seres demoníacos, que nos atacavam.
- Todos os servos... Todos os guerreiros... Todos que sofreram... Todos... Serão vingados. – Eu disse.
Enquanto tudo ocorria, quatro pétalas de rosas esvoaçaram a frente de meu rosto.
- O mal... – Eu disse.
Enquanto as mesmas passaram, eu fixei meu olhar à elas e logo murcharam.
- Sucumbirá.
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