Contos De Uma Vilã escrita por Birdy


Capítulo 18
Efeitos Pós-luta-contra-arqui-inimiga


Notas iniciais do capítulo

Ei povo!
Primeiramente: AAAAAAAAAAAAH EU AMO VOCÊS!! A fic chegou aos 100 comentários *o*!! Eu meio que surtei. Muito obrigada gente, eu não achava que essa fanfic passaria nem de 50 comentários, sério. E, como eu já disse antes, vocês são os melhores leitores do mundo! Obrigada por todo o apoio seus fofos *u*
Segundamente: Como estão indo as férias de vocês? As minhas estão boas, eu não quero que elas acabem T-T
De qualquer jeito, eu demorei um pouco para postar porque eu estava meio indecisa e acabei deixando o capítulo meio pequeno, mas o próximo vai compensar, eu prometo ;P
Ah, e eu vou começar a chamar vocês de marshmallows, okay? Okay.
Bem, aqui está o capítulo! ^-^



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Não me lembro muito bem do que aconteceu após a luta com Gwen, mas, de alguma forma, eu acabei parando no meu lindo quarto, com Kate ao meu lado, pulando de alegria e batendo palminhas.

–Foi tão genial, Devynn! - Ela quase pulava na cama de felicidade. - Faz tanto tempo que eu esperava que alguém batesse na cara ridícula da Gwendolyn!

–De nada. - murmurei, deitada transversalmente na cama, com as pernas pendendo da lateral e a cabeça encostada na parede. Meu corpo estava dolorido e ardendo em alguns pontos, mas eu não estava com a mínima vontade de me levantar para cuidar dos ferimentos.

–Ahn, Devie? - Kate pareceu finalmente ter notado meu estado deplorável. - Não acha que você devia ir para a enfermaria tratar esses cortes?

Ergui um pouco a cabeça, mas senti uma pontada forte de dor e a abaixei novamente, grunhindo.

–Não, eu não acho. - Respondi depois de uma pausa. - Estou muito bem aqui, obrigada.

Kate bufou indignada e sentou em sua própria cama, que ficava próxima à minha. Ela me encarou por um momento com um olhar do tipo Ai, senhor, com quem eu fui me meter?

–Posso ver que você está muito bem aqui. - Ela disse sarcasticamente.

–Que bom. Bem, se não se importa, vou dormir agora. - Respondi com a voz seca. Mas não fechei os olhos, pois queria ver sua reação, que foi exatamente o que eu imaginei que seria: ela revirou seus olhos.

–Deixe de ser teimosa, Devynn. - Ela reclamou, com a voz um pouco manhosa.

–Eu nasci teimosa e vou morrer teimosa, não tente mudar esse fato. - Retruquei, deixando, enfim, que minhas pálpebras pesassem e se fechassem e esperando, inutilmente, que a dor passasse.

–Tá então, pode ficar aí definhando sozinha, porque eu vou embora. - Ela disse. Ouvi seus passos se afastarem e a porta se abrir, para bater logo em seguida.

–Au revoir. - Falei baixo, sabendo que Kate não iria ouvir.

Apesar do que eu disse, eu não consegui dormir, pois minha cabeça tinha começado a latejar e as dores me impediam de cair no sono. Mas também não ousei me mover, portanto fiquei apenas deitada.

Alguns minutos depois, ouvi a porta se abrir novamente e imaginei que Kate teria voltado, afinal ninguém consegue ficar longe de mim por muito tempo. Mas logo o som de outros passos, mais pesados, se juntou ao dos dela. Franzi o cenho, me perguntando quem seria, mas minha questão foi logo respondida quando uma voz grave e maliciosa comentou:

–Você devia se vestir assim mais vezes. - Era a inconfundível voz de Sean.

Lembrei imediatamente que eu estava de pijama e abri meus olhos, dando de cara com o ser anteriormente dito, que me fitava com uma sobrancelha erguida e um sorriso cafajeste.

Kate estava um pouco atrás, com os braços cruzados e um sorriso vitorioso. A fuzilei com o olhar antes de me dirigir a Sean.

–O que veio fazer aqui? - Perguntei amargamente, me sentando com um pouco de dificuldade e apoiando as costas na parede.

Ele adotou uma postura defensiva, erguendo os dois braços em rendição e arregalando um pouco os olhos.

–Calma, docinho. - Ele usou o apelido para me irritar ainda mais. - Kate me disse que você estava precisando de ajuda.

Lancei a Kate um olhar ameaçador antes de respondê-lo.

–Se me chamar de docinho novamente quem vai precisar de ajuda vai ser você. - Rosnei. - Porque vou dar a você o mesmo fim que dei à Gwen.

Sean ergueu as sobrancelhas, ainda com aquele sorrisinho de canto.

–Ah, eu vi sua luta de MMA com a Gwendolyn. Foi bem divertido, eu gostaria de ver você tentar me derrubar daquele jeito. - Ele comentou de uma maneira extremamente maliciosa, me deixando sem palavras, como sempre. Eu odeio ficar sem palavras.

–Pervertido. - Disse apenas. Ele deu uma piscadela. - Você sabe que eu te venceria em uma luta, mas agora não estou em condições, talvez mais tarde.

Sean ergueu as sobrancelhas como se estivesse me desafiando.

Levantei da cama até estar de frente para ele, olhando bem nos seus olhos, embora a diferença de altura entre nós dois tenha me obrigado a olhar um pouco pra cima.

Sean sustentou o olhar e pude ver suas pupilas brilhando em divertimento. Cerrei meus olhos e cruzei os braços, para não bater nele. Ele fingiu pensar.

–Hum, aposto que não. Eu venceria, mas pode ficar tranquila, eu não bato em pessoas feridas. - Ele falou com uma expressão convencida.

Trinquei o maxilar.

–Eu também não. Sorte minha que você não está ferido. - Sorri maldosamente e tentei dar um soco no rosto dele, mas Sean segurou meu pulso no ar.

–Menina malvada. - Ainda segurando meu pulso, Sean se abaixou e agarrou minhas pernas com o braço livre, me jogando sobre seu ombro e me carregando como um saco de batatas. - Como castigo, vou levá-la para a enfermaria.

–Não! Me põe no chão agora! – Protestei e bati em suas costas repetidas vezes, mas isso não pareceu adiantar muito, porque ele não me soltou, apenas riu. Já que não adiantava de nada esmurrá-lo, parei de tentar. Cruzei meus braços e fiquei pendurada de cabeça para baixo, encarando suas costas (muito bonitas, por sinal).

–Foi mais fácil do que eu pensei que seria. – Sean murmurou para si mesmo, enquanto saía do quarto me carregando.

–Você pensando, Sean? – resmunguei sarcasticamente. – Isso é algo novo.

–Ui, a Devynnia tá com a língua afiada hoje.

–Quer provar? – Provoquei, sem medir muito as minhas palavras. Me arrependi de dizer isso logo depois, é claro.

–Eu adoraria, mas acho que agora não é a melhor hora pra isso. – Ele respondeu maliciosamente, me fazendo revirar os olhos. – Por que você está tão irritadinha hoje?

Descruzei os braços, apoiando-os nas costas de Sean, bufando em seguida.

–Porque Isabela me acordou. E eu fico de mau-humor quando me acordam, porque meu sono é sagrado. – Fiz biquinho, me lembrando de como fui tirada cruelmente da minha linda caminha. Sean gargalhou, fazendo meu corpo se sacudir um pouco.

–Pelo menos isso explica o pijama. – Ele disse, balançando a cabeça.

De tanto ficar de cabeça para baixo meu sangue foi todo para o rosto, fazendo com que aumentasse a pressão na minha cabeça de uma maneira insuportável. Estava latejando tanto que tive que erguer a cabeça e, quando o fiz, me deparei com Gwen, cambaleando, apoiada em uma de suas seguidoras, há uns dez metros de mim e de Sean.

Sua cara estava toda inchada, com cortes e hematomas roxos espalhados por todo o rosto e pelo corpo também.

Imediatamente peguei o celular de Sean, que estava em seu bolso traseiro, e selecionei o modo câmera, apontando-a para Gwen. Tirei pelo menos umas dez fotos antes de Gwen perceber o que eu estava fazendo e vir titubeando em minha direção com um olhar fulminante.

Gwen podia não ser muito boa em luta, mas quando ela queria, ela podia ser bem rápida.

Arregalei os olhos e dei algumas batidinhas nas costas de Sean, que grunhiu em resposta.

–Acho melhor você correr. – Falei, desligando seu aparelho e recolocando-o de volta a seu bolso.

–O que você fe... – Ele virou a cabeça e viu a furiosa Gwen vindo em nossa direção. – Ah, droga. Se segura, Devynn.

Franzi o cenho, confusa, observando Gwendolyn se aproximar.

–Em quê?

–Em mim! – Ele disse como se fosse óbvio e acelerou o passo. Pega de surpresa, me abracei às suas costas, ainda de cabeça para baixo, sentindo seus músculos contra mim enquanto ele corria.

Não imagino porquê, mas comecei a rir. Talvez por causa da minha situação, ou porque tinha muito sangue indo pra minha cabeça, dificultando meu raciocínio; ou por causa da cara que Gwen fez quando eu tirei fotos dela, ou talvez tudo isso junto.

A questão é que Sean começou a rir também, o que me fez rir mais, o que o fez rir mais ainda. E ele não podia rir porque senão ele ficaria sem fôlego e pararia e ele não podia parar, então tive que conter meus risos e ele conteve os dele.

Só sei que, em algum momento, depois de darmos algumas milhões de voltas pelo Instituto, Gwendolyn deve ter tropeçado e desistido de nos perseguir, porque eu não ouvi mais seus passos e nem seus insultos.

Sean diminuiu a velocidade e em pouco tempo chegamos à enfermaria. Ele me deixou em uma maca e se sentou em uma cadeira próxima. A enfermeira chegou rapidamente e começou a tratar dos meus ferimentos.

Foi como tomar banho em uma banheira cheia de gelo. A cada arranhão, corte ou hematoma que ela cuidava eu sentia uma pontada forte, mas a dor passava rapidamente, assim como tinha chegado.

Quando a mulher acabou, eu desci da maca sentindo meu corpo todo mergulhado num torpor, como se estivesse anestesiado. Sean se levantou de sua cadeira e fez menção de que iria me carregar de novo, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, eu disse:

–Agora pode deixar que eu vou sozinha. – Falei, saindo daquele lugar, me apoiando nas paredes para não cair.

–Tudo bem, mas isso não me impede de te acompanhar. – Ele respondeu, me seguindo. Revirei os olhos. – Afinal, você está toda molenga, é melhor que eu esteja por perto caso você caia.

–Eu não vou cair. – Retruquei, mas minhas pernas bambearam, confirmando o que Sean estava dizendo.

–Se você diz. – Ele simplesmente deu de ombros, sabia que era inútil discutir comigo.

–Que aula temos agora? Aula de campo? – Perguntei, mudando de assunto drasticamente.

–Aula de campo. – Concordou ele, me fazendo praguejar, lembrando de que a aula seria com o Sr. Putóvane. Sean riu.

Passei um braço em sua cintura, surpreendendo-o.

–Vamos, então.

Sean passou um braço por meus ombros e, enfim, fomos para a aula.

Não demorou muito para chegarmos ao campo onde estavam todos os outros, se reunindo em volta do Sr. Padóvane. Esse último me olhou com repreensão quando nos aproximamos.

–Atrasada como sempre, Devynn. – Ele falou com sua voz irritante.

–Chato como sempre, Padóvane. – Retruquei. Sean, ao meu lado, riu baixo.

O Sr. Putóvane suspirou exasperado e me fulminou com o olhar. Ignorei-o e passei a observar minhas unhas como se fossem as coisas mais interessantes do mundo.

–Já que é assim, Devynn, você e Sean participarão da missão de hoje. – Ele disse. Da maneira como ele falou, uma missão parecia ser a pior coisa do mundo. – Escolham mais quatro pessoas para irem com vocês.

–Damas primeiro. – Sean disse, fazendo um gesto de reverência com a mão e se inclinando um pouco.

–Você é mais dama que eu, então pode escolher. – Ironizei, com um sorriso sarcástico nos lábios. Sean ergueu as sobrancelhas, se sentindo insultado, mas resolveu escolher logo.

–Ayesha. – chamou em voz alta. A menina de cabelos e olhos vermelhos sorriu docemente, se colocando ao nosso lado. – Harvey. – Chamou logo depois e o garoto moreno e juntou a nós.

–Miki. – Disse, sem hesitar. Ela se aproximou, animada, agitando o cabelo de um lado para o outro enquanto dava alguns pulinhos. Sorri para ela, achando engraçada sua reação. – E Kate. – Disse, em seguida e a menina baixinha e sardenta veio em nossa direção.

–Ótimo. – Disse o Sr. Putóvane depois que nosso “time” já estava pronto. – A missão de vocês é usar os conhecimentos recentemente adquiridos nas suas aulas para burlar a segurança do Shopping Belmore e trazer o colar de safiras que está em exposição naquela famosa bijuteria que tem lá.

Fácil pensei. Já participei de roubos piores.

–Enquanto isso, os vilões que ficarem vão pro campo para treinar jogando Caça à Bandeira. – Completou Padóvane. Ouviu-se uma aclamação geral, os vilões comemoraram, alguns gritaram em aprovação, outros socaram o ar, outros pularam, felizes. Encarei o “professor” com um olhar tipo ‘Sério?’ Só porque eu não vou estar aqui todo mundo vai se divertir. Então ele olhou para nós, que íamos para a missão, e disse: - Vão se arrumar, a van estará aqui às 20 horas para levá-los.

Fomos para nossos quartos, cada um pro seu, para nos arrumarmos. Apesar de tudo, eu estava animada para a missão, porque era divertido ser uma meliante de vez em quando.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Eu vou deixar a missão pro próximo capítulo, porque senão esse ia ficar muito grande e não daria para escrever com muitos detalhes, e vocês sabem como eu gosto de detalhar as coisas... E eu também queria postar logo porque eu estava demorando muito, enfim...
Meus marshmallows, eu assisti Frozen *u* é muito perfo. Meio musical demais pro meu gosto, porque eu não gosto muito de musicais, mas mesmo assim eu adorei *u*
AAAAAAAAAHHH eu comecei ler mais um livro de Game of Thrones e o troço tem 1019 páginas! DX morri. Talvez eu acabe até ano que vem.
Au revoir marshmallows!