Um Romance No Colegial escrita por GarotaHot


Capítulo 49
O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Cheguei de viagem... Capítulo aqui para vocês! Terá mais um para finaliza mas acho que tudo está pronto. Espero que tenham gostado. Tentei passar todo o amor deles para cá, amo vocês xoxo



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Chegando lá... Encontro Mike no aeroporto.

         -Mi! -Corro e o abraço. -Que surpresa boa. 

         -E tenho outra melhor ainda!... Comprei aquele apartamento que seria alugado para você aqui em Nova Iorque, e já consegui uma inquilina! Comprei uma casa para você em Malibu, de frente para a praia. -Avisou Mike com um sorriso. -Problemas? 

         -Nenhum! Você administra tão bem. -Ri. -Obrigada. 

          Pego Petrecky no colo e Sean e Mike ajudam a levar as malas já que são os únicos homens. Era um domingo chuvoso, parecia que ia chover o resto da minha vida porque sem o Robbie não há felicidade. 

       Mike chamou um jatinho particular. Uma viagem duraria cinco horas de NY até Malibu, mas com o jatinho super rápido demorou apenas três horas . A vista era toda a praia da Califórnia. 

          Mike mostrou a casa a Jennifer, Sean e Rosie. Petrecky dormia nos meus braços. Enquanto todos faziam um tour pela casa, eu mesma a explorei. Entrei com o pé direito para dar sorte. A sala era o dobro da casa do Brasil, tinha espaço para milhares de mulheres e festas. Porém Mike não havia dito que comprou a casa mobilhada. A sala era toda em tons de cinza. Preto e branco. Clássico. Divino. 

           Um sofá em L todo em couro branco com pufes em preto para a sala de televisão, com uma TV de sessenta polegadas e 3D. Incríveis quadros de naturezas mortas e outros. Um tapete macio que era perfeito para dormir em dias frios. Também tinha uma escrivaninha com materiais de escritório para trabalho, seria bem útil em certas ocasiões. E ao lado, uma mesa de jantar para oito lugares. Adivinha? Em preto e branco.

        Na cozinha era tradicionalmente americana. Geladeira com duas portas, bancada, eletros domésticos, armários com biscoitos... A louça toda em preto em branco para combinar com a sala. Decoração sofisticada. 

      A escada de vidro temperado. Se você subisse de saia ou vestido seria melhor usar algo por baixo pois é transparente! Mas lindo. Ainda no primeiro andar, grandes portas de vidro que dão para a praia. O céu escuro brilhava com as estrelas.

        Voltei para casa e subi as escadas e havia um grande corredor com, acho que oito ou nove portas. De repente Mike sai rindo de uma delas. 

       Ele fica rindo no corredor tapo os ouvidos de Pet e entro em um quarto aleatório. E por sorte esse devia ser o meu quarto. Também em branco e preto, uma cama enorme de casal, sem cômodas. Na cama almofadas de diferentes estampas e tecidos, mas nenhum fugia do tema: preto e branco da casa. 

      Tinha uma televisão, mais ou menos igual a da sala. E duas portas. Deixei Petrecky na cama dormindo e entrei em uma porta. Era um closet enorme! E ainda estava vazio, tinha espaço para roupas, sapatos e joias! Completamente gigante! 

       Sai e fui até a outra porta. O baanheiro. Ainda maior que o closet! Uma banheira com direito a hidromassagem. Um vaso sanitário e ao lado um bidê. A pia feita com mármore branco, lindo. Ainda tinha um chuveiro enorme que cabia cinco pessoas dentro. E tinha um banco dentro do box. Um espelho grande em cima da pia dava o toque final na decoração. 

           Voltei ao quarto e Pet dormia. Sai e desci as escadas onde Jenni, Sean e Mike conversavam.   

          -Você já comprou mobiliada? -Perguntei ao Mike.

         -Sim... A dona era uma mulher rica que virou budista. Ficou apenas com as joias e roupas. -Ele riu. -Depois podemos sair para comprar roupas e comida. Não se esqueça de ver os outros quartos. Promete?

         -Claro. -Respondi. -Vai para onde? 

        -A sede da firma aqui nos Estados Unidos. Preciso fazer alguém trabalhar. -Mike riu. -Tchau. 

        Ele saiu pela porta e pegou um táxi.

        -Mana, a casa é incrível! -Afirmou Jennifer. 

         -Mesmo? -Perguntei deitando no sofá. 

         -Aham! -Concordou Sean. 

        -Vai descansar. -Pediu Jennifer beijando minha testa. 

         Assenti e o casal jovem subiu para seus quartos. 

       Eu iria ficar bem melhor se o meu Robbie estivesse aqui. Ninguém nunca perguntou como me senti em relação a separação. Sempre vou amar o Rob, e nunca irei negar. Se ele não me quer... Vou ter que chorar e me conformar. Mas sempre terá um pouco dele dentro de mim, dentro do meu coração. 

           POV ROBBIE

   

         Nem sei como a semana passou, por hoje já era sexta-feira. Felipe sentiu a falta da mãe. Dei a desculpa que ela fez uma viagem mais longa. Zoe acho que não percebeu ainda. Cuidei deles bem, e até Greg não fugiu dos meus super cuidados.

       Após ter deixado eles na escola, segui meu caminho para o trabalho. Minha relação com Donika anda muito bem, uma amizade bem divertida e ela me ajuda a sorrir. Mas a dor de viver sem a Lindsay ainda bate no peito porque ela era única na minha vida. 

           -Bom dia. -Falou Donika ao me ver. 

         -Tudo bem?! -Perguntei sentando no sofá. 

          -Quero fazer um jantar amanhã em casa... Você iria? -Perguntou Donika sorrindo. Não tem como dizer não. 

          -Vou sim... Que horas? -Perguntei.

           -Às sete. -Ela foi rápida. 

            -Vou estar lá. -Afirmei sorrindo. 

             Começamos a ensaiar o texto do dia sobre a chegada do Papa e tudo mais. Para que fique melhor na hora em que fomos gravar. Terminamos e logo deu início a gravação. E outra vez saiu perfeita! Téo até nos deu parabéns por nosso bom trabalho. Mas isso não muda a minha dor. 

        Peguei meus filhos na escola e voltei para casa. Amanhã teria um jantar na casa de Donika. De certa forma estou ansioso. 

        Subi as escadas e fui ao quarto. Toda a decoração lembrava a Lindsay. Era impossível não ficar triste quando você tem uma história com aquela pessoa, ela quebra seu coração e tive que tomar uma decisão horrível. Sinto a falta dela, mais do que eu pensaria. Lindsay é única. 

         Troquei de roupa para um pijama. Faz frio aqui no Rio ultimamente, muito frio. Em Nova Iorque deve estar calor. Ah Lindsay... Saudades. 

         E assim... Deitado na cama, pensando nos bons momentos com Lind, adormeci. 

       Acordei por volta das seis, tomei um banho quente por causa do frio. Senti falta de alguém para me abraçar, me beijar loucamente e fazer um sexo rápido antes de comer algo. Lindsay fazia isso comigo, e hoje... Senti uma lágrima escorrer e logo a sequei. Tenho que ser forte.

          Fui ao quarto que agora era só de Felipe. Havia tudo menos. Menos o berço do Petrecky, as roupas de Petrecky e os brinquedos de acordo com a idade de Pet. Lindsay levou tudo dele e agora um avião de coisas deve estar voando. 

           Fê já tinha acordado, lia um livro que falava sobre a segunda guerra mundial. Tenho um filho inteligente. Seu quarto, agora totalmente seu, cheio de livros nas mesas de cabeceira e nas estantes. 

          -Em dez minutos lá embaixo. -Lembrei Felipe do café da manhã, senão ele passaria longas horas apenas lendo e usando a imaginação.

       Ele assentiu para mim sem tirar os olhos do livro. Ri de sua concentração e paixão pelo conhecimento tendo apenas sete anos. 

         Sai do quarto e fui ao lado, o quarto que agora é só de Zoe. Tudo o que era de Rosie Lindsay levou assim como fez com Petrecky. Zoe desenhava em um caderno. Cheguei mais perto. Zoe se levantou e beijou minha bochecha. 

          -Bom dia, papai! -Em seguida, um abraço apertado.

           -Vamos descer para tomar o café? -Perguntei pegando-a no colo e beijando sua testa. -Posso comprar uns bolinhos! 

           Ela assentiu feliz. Mas nem sabe que comprei os bolinhos na padaria dias antes. Com Zoe em meus braços, desci as escadas e vi Felipe colocando a mesa. 

          Ri em seu jeito delicado de colocar tudo, tenho orgulho do meu filho. Coloquei Zoe no chão e sentamos em nossos devidos lugares. Bateu um dor no peito em ver o outro lado da mesa vazio onde Lindsay ficava. 

          Com tudo arrumado pelo Felipe começamos a comer. Um menino apenas de sete anos. Que orgulho. Comemos os bolinhos, torradas... E um suco de uva delicioso. 

------------ligação on----------

       -Alô? -Atendeu minha mãe, Camilla. 

      -Bom dia mamãe. -Respondi. -Queria saber se você podia cuidar de Fê e Zoe para mim hoje à noite. Tenho uma reunião com meu chefe. Ele só tem esse horário de sete horas. 

            -Claro que posso. -Ela assentiu. -Estou indo às seis. 

           -Então ok... Tchau. -Desligamos. 

---------------ligação off-----------

         Com a relação aos meus filhos, estava resolvido. Donika é uma grande amiga, sair esfriar a cabeça e tentar esquecer5 a Lindsay talvez, faça-me bem. Mas sei que ela sempre vai ser àquela que amei primeiramente. 

            Assim que o café da manhã acabou, fui com meus filhos até a locadora. Escolhemos filmes infantis de todas as variedades. Sair com eles é divertido mesmo que seja por pouco tempo. Almoçamos no Bob's e brincamos em uma praça. Felipe correu e correu. Suas pernas estavam brancas de tanta areia. Zoe ficou no balanço, indo de um lado para outro o tempo todo. 

          Depois de um bom banho em Felipe e Zoe, coloquei um filme que eles escolheram e fui arrumar-me para encontrar-me com Donika.

       Tomei um banho demorado e escuto alguém entrar no banheiro. Era mamãe. 

          -Tomando banho filho? Que reunião importante. -Ela sabe o filho que tem e sabe que também não é uma reunião. E que tem mulher no meio. -Quer me contar o nome dela? 

          Entre a cruz e a espada... Não vou mentir para minha mãe. Esse não é o caminho.

          -Donika. -Suspirei. -Amiga de trabalho. 

         -Amiga? -Ela riu. -Lembra quando Lindsay... 

            -Lindsay não existe mais! -A interrompi antes que começasse a falar da minha ex. 

           Mãe olhou para mim indignada. Abriu sua boca para falar algo, mas logo em seguida fechou. 

          -Se é assim... -Ela concordou. -Vou para lá ficar com meus netos e assistir um filme com eles enquanto você se arruma para Donika. 

       Camilla saiu do banheiro deixando uma toalha limpa pendurada no blindex do box. Peguei a toalha branca e sequei meu corpo. Envolvi na cintura e sai do banheiro. Na cômoda escolhi um jeans preto, com uma camisa azul escura e um All Star branco. Não consigo tirar minha aliança, não sei porque mas Lindsay ainda é minha. 

            Passei perfume, olhei-me no espelho. Estava normal. Sai do quarto e desci as escadas. Na televisão passava Procurando Nemo. Um dos filmes favoritos do Felipe. 

           Beijei eles e minha mãe na testa, peguei a chave do carro na mesa de centro e sai de casa. Já no carro, dei a partida e fui para o meu destino: o apartamento de Donika em Copacabana. Tentei lembrar na minha cabeça o endereço certo e acabei descobrindo. 

          O porteiro deixou-me entrar. Talvez Donika tenha deixado uma informação de que eu chegaria, e de qual é o meu carro... 

          Acenei para ele e em volta, o gentil porteiro concordou. Subi o elevador e tirei a aliança colocando-a no bolso de traz, rumo ao sexto andar, o andar de Donika. O apartamento era seiscentos e dois, não muito difícil de se encontrar... Toquei a campainha, depois de alguns minutos ela abre a porta. Com um vestido preto, curto e decotado, salto não muito alto mas sexy, sem colar, brincos de pérolas, sem anel e com bastante maquiagem Donika abriu a porta. Em certos pontos, ela lembrava a Lindsay. Menos na maquiagem por que... Lind quase nunca usava apenas no trabalho.

            -Você veio. -Donika abraçou-me. 

            -Claro, jamais deixaria você aqui vozinha esfriando a cama. -Dei indiretas de que iriámos transar essa noite. Uma ótima forma de esquecer Lindsay. Porém... No fundo algo diz que não. 

         Percebi um sorriso malicioso e alegre no rosto dela. Ela tem segundas intenções. Como eu. 

        -Bom Robbie, fiz uma massa maravilhosa. Eu gosto mas vou querer sua opinião. -Donika riu. -A mesa é por aqui. 

           A sala era toda decorada em cores vermelha e preta. Um sofá preto, televisão gigante, uma mesa de centro onde estava a travessa do jantar. Algumas almofadas e tudo mais. A iluminação a luz de velas, o clima era de romance. Ela sentou-se em uma almofada no chão e sorriu para mim. 

          -Já estamos nesse clima? -Perguntei sentando ao seu lado na almofada. Os lugares eram bem juntos, joelhos encostados. 

         Ela riu. 

          -Posso lhe servir? -Perguntou Donika.

         Assenti e ela colocou pouco, o suficiente para ficar satisfeito. Peguei os talheres e começamos a comer. A conversa fluiu como dois amigos sem ideia de coito depois. Rimos e conversamos. A comida no meu prato era pouca, no prato de Donika tinha uma quantidade razoável. Olhei fundo dos olhos seus olhos, Donika não percebeu. Coloquei minha mão na sua coxa e inclinei meu rosto beijando-a de repente. Os talheres caíram no prato e as mãos dela foram para a minha cintura. O beijo era calmo sem segundas intenções, apenas com a vontade e o prazer. Até o escuro e nossas mãos rondarem o tempo todo. 

       Levantamos do chão e a peguei no colo. Donika abriu a porta do quarto com sua mão livre. Deitei-a na cama e tirei minha camisa, o sorriso de minha amiga era enorme, parece um sonho que se realiza para ela. Donika tira seus sapatos e deitou mais relaxada na cama. Vou por cima dela e beijo seu pescoço. Algo falta, não sei o que é. 

           Abro o zíper de seu vestido atrás, ela estava sem sutiã e calcinha o que facilitava meu trabalho. Tirei seu vestido por completo e desabotoei meu jeans, jogando-o no chão. 

         -Tem camisinha na primeira gaveta da cômoda. -Apontou Donika já ofegante. 

      Levantei da cama, fui até a cômoda e peguei a camisinha na primeira gaveta. Tirei a boxer preta e coloquei o preservativo. Andei de volta para a cama e preparei toda a posição para a penetração. Só que não deu, algo faltava. Amor? 

        -Desculpa Donika. -Sai e tirei a camisinha. -Você não é a Lindsay. Mil desculpas, mas ela é o meu amor e acho que não sei ficar sem ela. E sexo, na minha opinião é prova de amor. Fiz a maior burrada da minha vida e agora não tem volta. Eu ainda a amo, e muito. 

         -Eu é que peço desculpas porque forcei você. -Ela levantou-se e vestiu o vestido. -Pelo menos você já jantou. Nos vemos na segunda? 

          Vesti minha calça e em seguida a camisa. Assenti sorrindo e fui embora. Descendo o elevador coloquei a mão no bolso e senti a aliança. Lágrimas caiam dos meus olhos. Como pude deixar Lindsay ir embora? Coloquei de volta no dedo anelar e sorri. Porque dentro do anel é escrito "Lindsay para sempre". Será que ela ainda usa a aliança? 

          Voltei para casa e minha mãe via televisão. Quase dormindo esperando por mim.

         -Como foi? -Perguntou Camilla. -Voltou tão rápido. Pensei que fosse demorar. 

           -Também mas... -Será que conto? 

          -Mas? Filho, você sabe que pode me contar tudo. -Andei até ela e sentei ao seu lado. 

           -Mãe, não consegui transar com ela. -Afirmei.

           -Por quê? -Perguntou Camilla. 

            -Ela não era a Lindsay. -Confessei deixando lágrimas caírem. -Eu ainda a amo. 

        A noite passou... Entre muitas lágrimas mas, passou. 

      Ao passar das semanas meus pais vieram morar comigo para ajudar a esquecer a Lindsay e a cuidar dos netos. Eles dormiram no antigo quarto de Jennifer e Sean. Nos dias de trabalho, quando encontro Donika, tudo fica normal como se ainda fossemos grandes amigos. Como se a noite passada nunca tivesse acontecido. O pior é viver com a dor no peito. Ninguém sabe, porém todas as noites, quando estou deitado na cama quase a dormir... Sinto uma falta tão grande Lindsay que chego a chorar, chorar, chorar, chorar e chorar até às duas ou três da manhã. Uma mulher pode sim fazer a diferença na nossa vida, entretanto se for a mulher certa. 

          POV LINDSAY

         Três anos depois da separação com o Robbie e é impossível viver sem ele. Nem sei como consegui. Todas as noites chorei só de pensar que ele não vive comigo. As tatuagens no meu corpo que lembram ele foi um erro, mas o pior foi ama-lo. É crime amar? Sinto que não foi um erro, porém não queria que fosse assim. Eu realmente o amo, e muito. 

           Minha carreira fluiu muito. Hoje saio em revistas, faço propagandas e muito mais. Mas tudo em inglês, Estados Unidos, Malibu. Mike mora no Brasil, porém nos vemos por Skype quase toda noite e ele ainda é meu empresário. Sou uma Angel, modelo da Victoria Secret's. Ganho muito, mas não sou feliz. Desde que Robbie foi embora não tive relações sexuais e nenhum romance. Preciso? Vivi um, mas destruíram meu coração e ele nunca voltou com um caco para o lugar. 

         Minha família com dois filhos, minha irmã e seu namorado. Jenni e Sean são um casal normal e quando querem transar, eles falam comigo e os ajudo. Claro que em outros termos. Pet e Rosie cresceram... Pet com três e Rosie com quase seis, em alguns dias era seu aniversário de dez. 

          Hoje seria um desfile incrível, o primeiro da minha carreira com desfile de lingerie. Sempre protegendo meu marido, ex-marido, nunca desfilei de roupas intimas. Mas agora... Depois tantas noites em claro, olhando para a lua e as estrelas esperando que ele fizesse o mesmo... Isso dói no fundo. Amo o Robbie e queria ele de volta. Porém ele deve ter encontrado alguém e satisfeito sua vida. Será? 

            Acordei por volta das oito, tomei uma ducha. Lembrei dos banhos com o Rob... Banhos demorados. Vesti minha roupa e desci as escadas da casa maravilhosa. Pet, Rosie, Jennifer e Sean, comiam seu café. Não sou mais dona de casa também. Agora Mike contratou uma empregada para nós. 

           -Bom dia mamãe. -Falou Rosie ao me ver. -Hoje é o seu grande dia?

           -É sim, Ros. -Respondi sorrindo. Ninguém sabe que por trás do meu sorriso há um coração quebrado há mais de três anos. -E todos vocês vão no meu desfile! 

        -Como vai ser o desfile? -Perguntou Sean.

          -Vou ser a modelo principal, a que vai usar a lingerie mais bonita e vou ser s última. -Expliquei mordendo uma torrada. -É especial... Vai ser legal. 

            Jennifer e Sean estudam em uma escola municipal muito aqui em Malibu. São ótimos alunos. Pet e Rosie são da mesma escola. Pet mesmo pequeno, já deu sinais de que gosta de Rock! Robbie iria gostar... E Ros gosta de flores, adora roupas com flores. Amaria saber como estão Felipe e Zoe. Sempre que ligava ninguém atendia ou então dava ocupado. Provavelmente Fê seria o menino número um da sala em termos de nota. Já Zoe, não tenho certeza de quase nada.

         Quando terminamos o café subimos as escadas e fomos cada um para seu quarto. Tomei uma ducha rápida, que se tornou demorada para meus devaneios. Parei e pensei: por que o Robbie nunca viu um dos meus desfiles? Ele nunca viu! Só pela televisão. 

          Trocamos de roupa e descemos. Iriamos sair para o estúdio do desfile. Jenni, Sean, Ros e Pet esperariam junto ao público na plateia. 

         Tenho um motorista. E aquele antigo carro que era meu na época de casada, vendi. O motorista levou-nos até o estúdio. Lá fui direto ao camarim, minha família ficou na plateia. Depois de tantos anos, Mike iria ver esse desfile porque era muito importante na minha carreira. Por que Robbie não está aqui? Por que ele nos quis separados? Será que ele me ama? 

         No camarim, Katy sorriu ao me ver. Ela era uma grande amiga, porém minha melhor amiga ainda era a Jess. Conversamos pouco pela internet, mas quando vimos a outra online damos gritos e pulos de alegria. Amizade é algo difícil de conseguir hoje em dia... E o amor é ainda pior. 

       Ash fez nossa maquiagem de diva e entregou-nos as roupas especiais que usaríamos hoje no desfile da Victoria Secret's. Sou uma Angel. Olhei o relógio e batia meio dia, nada da fome. O café da manhã foi reforçado e ela não chegaria tão cedo... Katy e eu conversamos por muito tempo. Ela sabe de tudo que aconteceu entre eu e Rob. Assim como sei de suas transas com outras pessoas. Ouvi alguém bater na porta. Provavelmente era o Mike. 

         -Mi! -Abri a porta toda feliz ao ver meu antigo amigo usando apenas um roupão branco e completamente nua. Mas não tenho vergonha com Mike. -Meu Deus quanto tempo! Saudades. 

         -Lindsay! Como você está linda! -Ele abraçou-me. -Esse cabelo mudou nada!

         "Era como o Robbie gostava, liso e castanho." Pensei comigo mesma. 

           -Gosto dele assim. -Refleti. -Porém você também mudou nada Mike. O mesmo cabelo, as roupas, terno Armani preto... 

            Algumas lágrimas caíram dos meus olhos, nem percebi. Como minha vida pode ter mudado tanto em apenas três pequenos anos? Será que a falta do Robbie afeta-me? Mas é claro... Pode passar milhões e quantos anos Deus quiser, ainda serei perdidamente louca de amores pelo Robbie. Aquele gostoso de olhos verdes, corpo incrível, coito inesquecível... E meus filhos? A minha menina Zoe e o pequeno e inteligente Felipe? Acha que isso o dinheiro compra? E a fama?

          -Minha cara... Sei o quanto esses anos têm sido bem difíceis... Mas prometo que essa vai ser a melhor noite da sua vida. Já fez isso uma vez, é completamente capaz de fazer de novo. -Mike sabe sempre o que dizer, quando dizer, e principalmente como dizer. Por isso, que eu o amo. Como amigo. É claro. -Prometo que se essa noite não mudar sua vida você terá uma autorização para matar-me! 

         Nessas horas, geralmente, é que Mike consegue tirar de mim maravilhosas gargalhadas. 

          -Então combinado. -Percebi um sorriso estranho nele, como se Mike quisesse contar-me algo, mas seria segredo. -Se essa não for a melhor noite da minha vida, vou matar você. 

           Katy ria, porque pegamos o abito de falar inglês praticamente o tempo todo. Ela era uma ótima amiga. 

            -Vou esperar lá com Jenni e Sean. -Mike beijou minha testa e saiu sorrindo. 

          Ouvi uns gritos de felicidade do outro lado da porta. Entretanto,  quando o relógio bate duas da tarde, todas as modelos são proibidas de saírem do camarim. Era duas e um. Merda. Sentei com Katy e conversamos, ela falou de um rolo da noite passada com um homem indiano... A maquiadora veio de novo, viu se estava tudo bem conosco e foi descansar porque na hora do desfile é um corre-aqui, corre ali e core-para-todos-os-lados.

            Sentei no pufe branco, com meu roupão branco, e meu corpo nu... Se Robbie estivesse aqui poderíamos fazer um sexo selvagem e ficar a tarde tocando carinhos e beijos. Quem sabe alguns toques... Mas não é só pela relação sexual. Eu realmente o amo. Amo tanto que daria meu coração se Rob precisasse fazer um transplante. Ele é tudo para mim, ainda que somos separados, sinto algo muito forte por ele porque ele foi o único homem que amei e tive a coragem de me entregar. E entreguei minha virgindade a ele... Mesmo separados, uso aliança, que por dentro diz "Robbie para sempre". Sempre.

         Katy tirou-me dos meus doidos pensamentos. Ela ligou para uma loja de conveniência qualquer, pediu barras de chocolate, chicles e balas. Vamos comer tudo e quem sabe ter uma diabetes? Brincadeira... Iremos dividir com as outras modelos. Até que elas não são tão vacas assim. 

      Podem estar fingindo. Podem né?...

       Quando o relógio bateu sete da noite, a maquiadora voltou. Deu os toques finais em nossos rostos e chegou o figurinista. Cada uma trocou de roupa. Não existe essa porra de vergonha. As modelos são como irmãs aqui dentro, somos uma equipe. E os homens, aliás, são todos gays. 

         Com uma lingerie preta rendada, bordada de cristais negros, maquiagem impecável, salto nove de cetim negro, luvas de renda até o pulso, um sobretudo até os joelhos para abrir na ponta da passarela... Chapéu do Charlie Chaplin. Estou completamente provocante. A mulher perfeita para qualquer hora.

           A ideia desse desfile seria: aparecer no fundo; jogar chapéu e luvas na plateia; desabotoar o sobretudo durante o caminho; tirá-lo e fazer uma posse provocante; voltar para o camarim, deixar o sobretudo lá e correr para o desfile final... Seria perfeito. A glória da minha carreira. 

          O desfile começou. A música era Come & Get It para o desfile todo. Já que cairia com o tema de ser sexy. 

        Eu seria a última, mas esperei já na coxia. A tensão era muita. O que Mike estaria escondendo? Teria realmente algo a esconder? Por que ele saberia que esse seria o melhor desfile da minha vida? Mike... Sabe como fazer um suspense. 

            A fumaça saia da máquina e espalhando por todo o estúdio, onde havia milhões e milhões de cadeiras cheias da pessoas. Mike conseguiu reservar as cadeiras bem na frente, então dessa vez não seria preciso procurar pela minha família. Olhei para o público, casa cheia... A passarela era longa, preta e brilhava com um pouco de luz negra aos lados. 

         Finalmente chegou a minha vez, quando Katy saia do palco, foi a deixa. Entrei fabulosa, já joguei o chapéu e tirei as luvas. Ri, linda e maravilhosa. Como amo meu trabalho. Ser diva é muito bom. Ser uma Angel é muito bom. Joguei as luvas para a direção contrária do chapéu e comecei a andar e desabotoar o sobretudo. 

         Já no meio da passarela, vejo Jennifer, Sean, Rosie e Pet. Eles sorriam demais, apontavam para o lado e não pude acreditar no que os meus olhos viam. Ali estavam Felipe e Zoe. Zoe no colo da Jennifer e Felipe acenando para mim. Mas olhei mais ao lado... Parei de andar. As lágrimas caiam e percebi que o desfile seria uma surpresa. Foi tudo um plano para encontrar-me de novo com o Robbie. Ele se levantou e subiu na passarela. Tão lindo, sorrindo para mim. Seu cabelo igual, mudou nada. Mão dentro do bolso da frente do jeans azul claro, camisa branca em decote V, All Star branco... E ele usava aliança. Como eu. O sobretudo ainda estava no meu corpo. O salto incomodava, tirei e deixei-os de lado. Andei devagar, será uma ilusão de que estou vendo o Robbie?

            Minhas lágrimas caiam a maquiagem se fudeu. Meus olhos estavam pretos, mas constatei que era mesmo o Robbie. Ele também chorava. Um belo sorriso surgiu em seu rosto que me fez sorrir também. Era ele, o homem que amei, o homem que amo e sempre amarei. 

          -Arrependo-me de ter faltado aos seus desfiles. -Ele falou dando mais um passo. Suas lágrimas caíam tanto quanto as minhas. 

        -Mas você sempre estava cansado. -Lembrei secando as lágrimas e borrando mais a maquiagem. -Seu trabalho era cansativo. 

         -Nunca devia ter aceitado o emprego para trabalhar como âncora na televisão. -Confessou Robbie dando um passo largo e chegando cada vez mais perto de mim. 

         -Por quê? Era seu sonho... -Perguntei perplexa. Percebi que Mike narrava a nossa conversa para a plateia americana já que o desfile era em Malibu, minha nova casa.

         -Porque ele me afastou de você. -Ele deu mais um passo, estava perto de mim, apenas de sentir o cheiro do seu perfume as lágrimas dos meus olhos em perceber que era ele ali. Na minha frente. -Na verdade, refleti muito Lindsay. Mas descobri que o meu grande sonho sempre foi você. -Duas grandes lágrimas caíram de seus olhos. -E nada, nunca mais... Nada vai me separar de você. 

       -Depois de todo esse tempo? Só agora pensou nisso? -Perguntei usando o sobretudo para enxugar minha lágrimas.

          -Eu estava com medo. -Afirmou Robbie olhando fundo nos meus olhos. -Medo de encontrar você aqui nos Estados Unidos com outro homem. Já ter uma família e ter esquecido de mim. 

           -Teria como esquecer você? Porra, eu te amo. Você tirou minha virgindade, é o pai de todos os meus filhos. O único homem que tive coragem de dizer como meu marido e usar aliança. -Nenhum de nós conseguia parar de chorar. -Durante todos esses anos nunca transei com outra pessoa porque sei que ninguém seria como você foi para mim. Eu te amo. Porém não entendo porquê pediu a separação. 

              -Vou ser sincero e dizer que na hora achei que seria melhor a separação. -Seus olhos vermelhos de tanto chorar não escondiam o verde profundo e tão belo que sempre foi. -Mas a separação foi horrível, você é maravilhosa e faz falta. Eu te amo. E vim aqui para dizer que nem todo o emprego do mundo, nem o dinheiro... Nada é igual a você, Lindsay. Te amo muito, e nunca vou cansar-me de dizer que te amo. Quero você de volta. 

        Ele tirou do bolso uma pequena caixa preta e ajoelhou-se. 

       -Preciso de você ao meu lado de novo, Lindsay. Eu te amo. Estou aqui ignorando meu orgulho para voltar a ser feliz com você. -Robbie abriu a caixinha revelando um lindo anel, como um único diamante que deve ter sido muito caro. Um solitário. As pessoas fizeram “Ahhhhhh”. -Lindsay Pullon... A mulher da minha vida... Aceitaria casar comigo? De novo? 

         Assenti sorrindo. Todos a nossa volta batiam palmas felizes e sorridentes. Robbie tirou o anel da caixa e levou a minha mão tremula de nervoso. Faz um tempo em que não sinto o toque delicado das mãos dele. 

           Ele ficou de pé, sorrindo como um doido apaixonado. Apaixonar-se é muito bom.  Rob deu um passo e colocou suas mãos na minha cintura. Olhei em seus olhos e vi toda a minha vida fletida ali. Eu o amo muito. Encostei meus lábios nos seus, há quanto tempo não tenho o prazer de beijá-lo... Sua língua explorou cada canto da minha boca assim que entrou. O abraço era perfeito, passeavam por todo o meu corpo. Tocar o Robbie era tão bom. 

          Mike chegou na passarela batendo palmas e sorrindo. Como se soubesse de tudo que iria acontecer. 

         -Durma fora hoje, Lindsay. -Riu Mike fora do microfone. -Eu cuido para que seus filhos cheguem bem em casa.

         Assenti feliz, mas antes de sair com o Robbie para algum lugar; beijei meus filhos, e abracei Felipe e Zoe bem apertado principalmente. Sean e Jenni sorriam para mim. 

         -Cuidarei de tudo, vai! -Riu Jennifer apontando para o Robbie. 

         Peguei o sobretudo e os sapatos. Os vesti e sai correndo dali com o Robbie. Foda-se se a lingerie que custa dois milhões de dólares, foda-se para o que as pessoas pensam. O que eu quero é amar, mas temos que amar a pessoa certa. Pois a errada só irá trazer mais infelicidade para a nossa vida. E quando é a pessoa certa... Você só tem a ganhar.

          Entramos no camarim e começamos a rir. Saudades de amar. 

          -Para onde vamos? Motel? -Perguntei pegando minha bolsa. 

        -Vi um na estrada não tão longe. -Respondeu Robbie ajudando-me a fechar o sobretudo. -Engraçado... Estou fechando para abrir depois.

      Rimos muito. Depois de nossos estômagos pararem de doer, saímos pelos fundos do estúdio e fomos em um carro alugado por Robbie. Era um simples Audi. Sentei no banco do carona e ele foi dirigindo. Coloquei minha mão na sua perna. Percebi um leve sorriso em seu rosto. 

           -Não... Aqui. -Ele pega minha mão e coloca em cima de seu pênis já excitado por cima do jeans. -Também não transo desde que você foi embora. 

           Com cuidado desabotoo os botões da sua calça e depois o zíper. Massageio seu membro grande por cima da Boxer preta. 

            -Quer saber... Foda-se o motel! -Resmungou Robbie virando o volante e parando no meio de uma floresta de Malibu. -Temos o banco de trás! 

        Saímos do carro. Robbie ajustou os bancos traseiros para ficarem baixos, como uma cama. Seria perfeito. Provar meu amor por ele. Entramos na cama improvisada e rasguei a camisa do Rob. Desci rápido minhas mãos para a calça e as coloquei no seu tornozelo. As mãos de Robbie passavam por todo o meu corpo, até entrar por baixo de sobretudo.

         Já de lingerie, meu caso era mais fácil. Deitei no carpete mal colocado do carro e Robbie veio por cima de mim, aquele corpo perfeito.

         -Você podia ligar o rádio. –Sugeri rindo.

         Rob saiu do carro, aproveitou tirou a calça e pelo banco do passageiro ele ligou o rádio. Tocava Kiss Me do Ed Sheeran, uma das minhas músicas favoritas no mundo todo. Perfeita para o clima. Ele voltou e beijou minha boca como se fosse a primeira vez que beijou alguém. Era de um jeito necessitante e amoroso que só ele sabia fazer. O jeito do Robbie deixar-me louca de tesão.

         Sinto os dedos dele apertando meu clitóris. Senti falta disso. O prazer além de ser único é uma prova de amor. Robbie tirou a calcinha de renda preta transparente, eu já estava excitada faz tempo, mas agora era tudo real. Rob penetrou um dedo rápido, depois mais um e com três começou a rodar e fazer movimentos muito prazerosos. Passei minha mão em cima de seu membro rigoroso por cima da boxer e ouvi um gemido baixo.

         Robbie tirou a boxer preta e beijou meus lábios mais uma vez. Passou as mãos nas minhas costas e abriu o fecho do sutiã. Sentia-me livra.

         -Seus peitos são os mesmos. –Ele riu pegando neles. Não sinto arrepios e nem nervoso quando Rob faz isso. Ao contrário, é uma “proteção”.

         Depois de longos amassos... Os beijos desceram pelo meu pescoço e foram até meus seios. Rob os beijou, chupou, massageou liberando-me muito prazer. Os beijos desceram para minha barriga e chegaram até minha virilha. Com pequenas mordidas, Rob chegou a minha vulva e a chupou; meus gemidos eram altos, por sorte o carro estava fechado e em um lugar deserto.

         Acabei gozando na boca do Robbie. Como senti falta disso.  Nossa relação realmente estava em crise. Parada for três anos. Senti algo grosso e grande entrando em mim. Era Robbie começando a penetração. Não é o coito que amo, mas o Rob é uma pessoa maravilhosa, me faz sorrir e traz muita energia boa. Amo muito. Suas estocadas eram rápidas. Queríamos transar para completar os três anos na seca.

         Com seus movimentos de vai e vem bem rápidos, senti o gozo dentro de mim. Havíamos chegado ao nosso orgasmo. Depois de tantos anos, pude relembrar como é fazer amor com o meu Robbie. Ele deitou ao meu lado e puxou-me para deitar em cima de seu corpo ainda bem malhado.

         E assim nós adormecemos. Juntos. Noivos, felizes. E prontos para nunca mais se separar. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram do final? Beijos amorecos xoxo



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