Amor E Poder escrita por fdar86


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Havia perdido os próximos capítulos de meu pc, mas finalmente consegui recuperá-lo. Boa leitura!



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Agora, aos 23 anos, o destino reservara a Lívia uma irremediável aproximação com a pessoa que sempre lhe teria sido uma segunda mãe.


Um dia, Dona Josefa ligara para Lívia, para explicar o que acontecera.


-  Alô.


-  Lívia, minha querida. É a Josefa. Lembra-se de mim?


Lívia nunca se esquecera de nenhuma delas, porém recentira-se todo o tempo de não ter recebido uma simples carta de nenhuma das duas. Hoje em dia, ela era capaz de compreender que o pai não deveria ter dado o endereço a elas, no entanto, uma ar frio em sua voz determinara que ela ainda não havia perdoado as duas por isso, embora não as achasse exatamente “culpadas” da situação.


-  Dona Josefa. Que prazer em ouvir a sua voz. Como a senhora está?

-  Disse, friamente.


-  Senhora está no céu, meu bem. Mas eu estou bem, sim. E a Cris também. Ainda se lembra dela?


Lívia nunca se esquecera de nenhuma delas, porém sentira-se traída pela falta de contato. Culpava-as, de certa forma, por tê-la deixado partir, embora soubesse no fundo de sua alma que elas duas nada poderiam contra seu próprio pai.


- Lembro. Claro.


- Então, eu estou ligando por um motivo triste. Seu pai faleceu ontem a noite em seu escritório. Teve uma parada cardíaca.


Seria errado não sentir nenhum tipo de dor? Lívia nunca havia sido próxima ao pai, e nunca o teria perdoado por afastá-la de todos que já a amaram na vida. E logo após ter perdido sua mãe... É, realmente. Ela não sentira nenhum tipo de dor. E apenas repetiu, completamente absorta.


-  Parada cardíaca...


-  Sim, meu bem. Infelizmente. Doutor Rodrigues faleceu. E o advogado da família pediu que eu te ligasse para avisar que vai precisar de você para abrir o seu testamento.


-  Está bem. Que dia será o funeral?  -  friamente, respondera. Não poderia, por mais que quisesse, sentir alguma coisa pela morte do pai.


-  Amanhã às 18h. Você virá?


-  S-sim.  -  respondeu, ainda aturdida.


-  Lizinha.


-  Oi.  – Lívia respondeu automaticamente, com os olhos lacrimejantes. Ouvira seu apelido de infância, o qual apenas Dona Josefa lhe chamava. Lembrou-se de Dona Josefa, e de tudo que teriam vivido juntas. Ela sempre havia sido uma segunda mãe para ela, então era mais do que justificável ela lhe dar essa informação. Teria sido ela também, a lhe informar do falecimento de sua mãe que teria morrido de câncer no pulmão, há sete anos atrás.


- Só quero que você saiba que nunca soube do seu telefone antes. Seu Rodrigues nos proibiu de mantermos relações com você, pois não queria que você desenvolvesse nenhum tipo de afeição a nenhum de seus funcionários, dizia que queria fomentar em você as habilidades necessárias para a presidência de suas empresas. Só hoje o Doutor Reinaldo me dera seu telefone, após uma grande insistência minha. Só quero que você saiba que eu e a Cris não pudemos procurá-la, e não tivemos mais nenhuma informação sua. Você sabe como seu pai era reservado.


Lívia já estava em lágrimas. Ouvira em silêncio cada palavra, e apenas se culpara de ter mais e mais rancor de seu pai, que acabara de falecer. Como poderia sentir algo por alguém daquele tipo, que fora capaz de fazer tão mal a sua própria filha, afastando-a de todos que mais amava. E de todos que a amava.


-  Eu sei, Zefa.  -  Disse, finalmente. Chamou a babá pelo nome que chamava quando pequena.


Lívia desligou, deixando Dona Josefa emocionada. A mágoa que Lívia guardara por todos esses anos foram apagadas, por saber da verdade, que sempre imaginara. O pai não permitira que elas entrassem em contato, por algum motivo sádico e cruel, Rodrigues acreditava que a filha precisava ficar sozinha, sem qualquer pessoa que amasse, para se tornar uma líder individualista, autoritária, e egoísta. No entanto, as características que herdara de sua mãe, Guilhermina, ainda mantinham-se forte. Lívia não perdera a habilidade de amar e de perdoar.


Nesse mesmo dia, Lívia fez suas malas, e voltara para sua cidade natal. Após horas de viagem, e já em Fortaleza, a jovem retornara para o grande casarão da família Baromante que, absurdamente deserto, lhe aguardava. Lívia decidira seguir os passos de sua família, aceitando a presidência das redes bancárias. Não voltaria para os EUA, pelo menos não tão cedo.  


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