O Cavalo De Bronze - Fic Interativa escrita por CarpeDiem


Capítulo 21
Entretempo I


Notas iniciais do capítulo

Então, encarecidamente venho pedir desculpas as pessoas que leem a fic e mandam reviews, eu sei como é ruim quando o autor fica muito tempo sem postar, tanto é que quando comecei essa fic, há oito meses se não me falha a memória, eu tinha essa ideia na cabeça de que ia postar todo dia para não deixar nenhum leitor esperando, infelizmente eu não consegui cumprir com minha palavra, não porque eu não quis, eu tenho outras obrigações e não posso faltar com elas, por isso venho aqui dizer que tentarei o máximo possível voltar a postar diariamente, bem, espero que não tenham abandonado a fic e que possam gostar do capítulo.



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Gabriela –

Minhas “férias”, se é que eu posso chamar assim, foram bastante agitadas, principalmente por causa dos convites de vários jornais para ir visitar as suas respectivas instalações, por isso eu passei boa parte das minhas férias escolares viajando pela Europa, mas em vez de me divertir, eu trabalhei, isso mesmo, estagiei por um curto período de tempo em todos os jornais pelos quais passei. Outra decepção gritante é que eu, na minha “ingenuidade”, acabei acreditando que ia ter certa exclusividade e tudo mais, mas acabou que tive que viajar com mais dezenove pessoas e dividir o quarto com três delas, mas o importante é que eu finalmente tinha chegado à Inglaterra.

Bem, eu tinha ficado em uma hospedaria com o resto do pessoal, era bastante aconchegante e naquela época do ano tudo estava lindo, mas eu queria mesmo era reencontrar a Helena e ver como tudo estava, tinha ficado bem distante do pessoal nas semanas que estive na Europa, e, incrivelmente, senti uma grande saudade.

Helena estava na Inglaterra, assim como Mila e Newt, aliás, Newt estava na capa do jornal que eu acabava de parar para olhar enquanto tomava meu café da manhã, tinha um imenso sorriso enquanto cumprimentava um homem loiro e nada amigável, Draco Malfoy, e atrás dele tinham-se várias pessoas vestidas de negro, sempre me perguntei o porquê dos conservadores gostarem tanto do negro. Logo depois estava a foto de uma bruxa pendurada pelo pescoço em uma árvore, era Donna Skruge, era uma bruxa conservadora bem conhecida no Leste Europeu, na barriga dela tinham feito um corte em forma de círculo, e ela não tinha sido a primeira, o mesmo tinha acontecido com outro bruxo, sendo que este no Peru, e que nem de longe tinha a mesma importância que a Skruge tinha para o mundo bruxo. Interrompi meus pensamentos sobre o assunto quando senti duas mãos rodearem os meus olhos, o que me fez pular levemente da cadeira.

-Adivinha quem é? – Eu podia facilmente reconhecer aquela voz, Alan Ackerman.

-Alan, o que você está fazendo aqui? E desde quando você deu para fazer coisas tão clichês quanto “adivinha quem é?”, pensei que você fizesse muito mais o estilo underground.

-Bem, eu tenho família aqui, uma prima... Departamento de Cooperação Internacional em Magia, e por sinal, falar “underground” é muito mainstream.

-Sabe, eu amo quando você faz esses jogos de palavras ridículos.

-Eu sei. Mas o que é que você estava fazendo aqui sozinha e tão pensativa?

-Bem, estava pensando sobre esse corte em forma de círculo na barriga da Sra. Skruge, sabia que teve outra pessoa assassinada no Peru há umas duas semanas com o mesmo corte em forma de círculo e no mesmo lugar?

-Na verdade, eu sabia. – Respondeu Alan, que estava estranhamente interessado no assunto, o que não era de seu feitio, eu poucas vezes tinha visto ele se interessar por alguma coisa.

-Sabe, não sei como você descobre isso, eu só sei disso porque estava estagiando em um jornal na época e estava encarregada dos casos de menor importância.

-Digamos que eu presto atenção nas matérias menos importantes. De qualquer jeito, alguém já deve ter percebido a ligação entre os dois e deve estar atrás de quem fez isso, ainda mais quando a dona de um dos maiores grupos de mídia do Leste Europeu está morta.

-Não sei, isso me parece muito estranho, acho que poderia ser um grupo fascista como o dos Comensais da Morte, mas quem seria o líder?

-Não sei, sua ideia parece um pouco furada. – Disse Alan enquanto se virava na cadeira e observava um quadro na parede.

-Como?

-Vejamos, todos os movimentos fascistas, bruxos ou trouxas, tem como algumas de suas características o culto a personalidade, no caso, não tem nenhum líder bem definido, depois, eles costumam cooptar com os conservadores, mas ambos os mortos, tanto a Sra. Skruge quanto o homem, são conservadores...

-Espera ainda, como você sabe que o cara morto é conservador?

-Bem, como eu disse, eu gosto das notícias menos importantes, gosto mesmo, e digamos que eu conheço algumas pessoas. Mas vamos continuar a linha de pensamento... Dois conservadores mortos, sem culto a personalidade, bem, eu realmente não sei, mas eu não apostaria minhas fichas que esse possível grupo seja algo que nós já estejamos acostumados a ver.

-Bem, sua ideia realmente faz sentido, na verdade, isso fez com que eu me lembre de outra coisa.

-O quê? – Ele perguntou interessado.

-Não posso dizer agora. – Sai dali, mas sem antes dar um beijo na bochecha dele, o que, para minha surpresa, fez com que ele dissesse um “ganhei o dia”, o que, também para minha surpresa, fez com que eu abrisse um sorriso.

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Mila Blocklengust –

A mansão dos Lachowski’s estava particularmente cheia aquele dia, lá estava a nobreza bruxa da Inglaterra, até mesmo o Ministro da Magia estava ali, e eu estava com um frio na barriga, estava com um sério medo de eles anunciarem o casamento ali, porque depois disso não teria mais volta. Olhei para os lados e vi alguns jornalistas, seria ótimo se Helena estivesse ali, mas não estava e com isso eu tinha que ficar ao lado dos meus pais cumprimentando várias pessoas que eu não fazia a mínima ideia de quem fossem, bem, estava completamente desinteressada naquilo até ver uma garota branca e de cabelos vermelhos gritantes, aquela garota, por algum motivo que eu desconhecia, atraia minha atenção para ela, que também olhou para mim e deu um sorrisinho enquanto tomava um pequeno gole na sua bebida, seus olhos acinzentados realmente eram bonitos.

-Cacatua, tua bem com você? – Falou Newt no meu ouvido, o que me fez quase cuspir minha bebida, ele devia ser simplesmente louco para falar aquilo perto de tanta gente.

-Seu louco! O que você está fazendo?! – Perguntei com raiva, mas baixo o suficiente para apenas ele poder ouvir.

-Bem, apenas prestando atenção em sua troca de olhares com a ruiva ali, não sabia que você era bissexual, definitivamente nosso casamento vai ser ótimo.

-Seu idiota! – O puxei pelo braço e fomos parar em uma sala vazia.

-Certo, porque me puxou para esse lugar?

-Você não pode ficar falando sobre o casamento tão descaradamente, sabe melhor que ninguém que as pessoas não podem saber.

-Bem, não sabia que você estava tão aflita com essa ideia de casar.

-Ah, agora você está apaixonado por mim?

-Claro que não! – Esbravejou ele enquanto ia até uma mesinha pegar uma garrafa de hidromel e encher seu copo.

-Bem, mas é bom você ir se acostumando com a ideia, para o que você acha que serve essa festa? – Perguntou Newt olhando diretamente para mim.

-Não me importa para o que serve, mas é melhor você ficar calado até nossos pais se pronunciarem. – Sai dali sem olhar para trás.

Estava andando entre os convidados quando acabei esbarrando com alguém, o que me fez ter de levantar a cabeça e pedir desculpas pelo acontecido, mas foi exatamente aí que eu me encontrei com aquele olhar penetrante da garota de belos olhos acinzentados.

-Oh, me desculpa, eu não estava olhando por onde andava. – Disse.

-Tudo bem. – Disse ela com um pequeno sorriso no rosto, mas um sorriso, como eu poderia descrever... “Maroto”.

-Mila Blocklengust. – Estendi a mão para cumprimentá-la e ela rapidamente fez questão de me cumprimentar de volta.

-Avery Groon.

-Avery Groon? Eu estudo no Instituto Oliver Groon, seu avô foi um gênio da magia.

-Obrigado. Eu estudo em Hogwarts, mas esse ano eu estou indo para o Instituto também.

-Que ótimo, vejo que seremos boas amigas. – Disse prontamente e lhe dei um sorriso.

-Bom, já que somos amigas, que tal irmos lá fora para beber um pouco? – Ela disse puxando da pequena bolsa uma garrafa de uísque de fogo.

-Espera, comprar uísque de fogo não é ilegal para menores de 17 anos?

-Não para neta de Oliver Groon. – Ela disse com aquele sorriso no rosto.

-Já vi que vou gostar de você. – Disse e fomos para o lado de fora beber.

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Julieta Felers –

Tinha passado os últimos dias na cama, chorando por causa do término, sinceramente, nem eu sei o que eu ainda fazia com o Kuroneko, mas eu realmente gostava dele e ele terminar comigo foi péssimo, inclusive tinha voltado mais cedo para o Instituto e era realmente muito bom estar ali, não tinha praticamente ninguém e resolvi tirar meu tempo sozinha ali para poder explorar o lugar, e, realmente, tem muita coisa que eu nunca tinha parado para prestar atenção, achei até mesmo uma sala que não é mais utilizada, é um bom lugar para ficar sozinha e poder pensar sobre a vida, além de que fica num ponto onde podemos ver da janela quem chega no Instituto, e para minha surpresa, foi naquele dia, na véspera da volta das aulas, que eu vi a Srta. Gomes, em suas belas vestes negras, se aproximar de uma garota e segurar sua mala, mas eu pude perceber que a garota de cabelos azuis sabia que eu estava ali, e eu tive certeza, aquela era Jeyna Lewis.


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