(Cap anterior) 

'' - Camila?! O que aconteceu?! Por que tem uma poça de sangue ao seu redor?! - ela se levantou, seu rosto tinha dois cortes na bochecha, ela segurava uma lamina na mão. - Por que seu rosto esta cortado?! O QUE VOCÊ FEZ CAMILA? MÁAAAAAAAARCIA! 

- Quer saber por que? - ela começou a chorar - Por que acabous os espaços na perna e nos braços. - ela me mostro as pernas e os braços.

A Márcia chegou no quarto da Camila e ficou pasma no que viu. 

- Camila, querida, por que fez isso? - ela se aproximou da Camila.

- Por que a minha vida é uma merda Márcia. - Ela falou meio grogue, Entrei no banheiro para pegar toalhas e um cheiro forte veio em mim.

- AARHG! QUE CHEIRO É ESSE? AAH! QUE CHEIRO FORTE, É IGUAL O CHEIRO DE QUANDO O PAI FUMAVA MACO... - Merda. - Vamos leva-la para o hospital. ''

A Camila se levantou da cama, foi falar algo e caiu no chão. Peguei ela no colo e a levamos no hospital. Chegamos lá rapido, entramos no hospital.

- Deus, peguem uma maca rápido! - um médico gritou.

Uma maca chegou rápido e eu a coloquei na maca. 

- o que aconteceu? - o médico perguntou.

Olhei para a Márcia, ela estava em choque. 

- Ela se cortou, e depois desmaiou.

Falei e os médicos a levara para longe.

- Logo falarei com vocês! Preencham a ficha dela!

Preenchi sua ficha.

[...]

Esperei e nada... A Márcia continuava em choque.

- Vai ficar tudo bem - falei e a abracei.

- Senhor Lopez? - o médico falou

- Sim? Me acompanhe, por getileza.

Me levantei, junto a Márcia e o seguimos pelos corredores do hospital. Chegamos em uma sala barulhenta, onde uma garota gritava. Tinha uma janela enorme com uma cortina.

Camila ... - pensei.

A Cortina foi aberta e vimos a Camila gritando e se debatendo. Estavam colocando uma camisa de força nela.

O Médico falou algo sobre interna-la, ela precisava se tratar. Concordamos e ela foi levada para uma porta branca longe de tudo. Onde tinha uma placa dizendo:

'' Psiquiatria.''

Camila's Pov

- AAAAAAAAAAAARGH! PARA COM ISSO! EU ESTOU BEM! - cinco homens me seguravam tentando colocar uma camiseta branca em mim.  - ME SOLTEM.

- Desculpe querida, não podemos, se soltarmos você, você irá se machucar e não queremos isso. - a enfermeira falou.

- MAIS EU NÃO QUERO! AAAAAAAAAAAAAAH SOCORRO! - eles conseguiram colocar a camisa.

Fui levada até uma porta branca, onde dizia Psquiatria. Estou louca!

Comecei a rir.

Colocaram-Me em um quarto, sem janelas. Um quarto feito de espuma, paredes vermelhas, tinha um travesseiro lá. Colocaram sapatinhas em meus pés e prenderam meu cabelo. 

- Daqui a pouco serviremos o almoça tá? - uma moça falou.

Encostei-me na espuma e vi, uma camêra, estavam me espionando.

- VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR! OUVIU? VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR! - gritei.

[...]

Médicos iam e viam... Remédios para dormir, para comer, para ir ao banheiro...

6 meses depois

Haviam me tirado do isolamento, me colocaram em salas normais, com camas, espelho... e uma escrivaninha. Tinha um caderno e lápis de cor lá. Comecei a desenhar. Meu rosto, braços e pernas, antes cheios de cortes já haviam cicatrizados. Estava feliz, tinha voltado a comer, a dormir. Sem precisar de remédios.

Não recebia mais as malditas mensagens.

2 meses depois

 - Tchau Camila! - as enfermeiras falavam em quanto eu passava com as minhas malas. - Se cuida!

- Tchau gente! – falei acenando.

Eu estava indo embora daquele hospital. Estava curada. 8 meses dentro de um hospital sem poder sair é fogo. 

A Márcia, o Bernardo e o Gerson estavam me esperando do lado de fora. O tratamento contra o Câncer do Gerson havia acabado. E em dois dias estaríamos voltando pro Brasil.

- Quer seu celular de volta Ca? - o Bernardo perguntou mexendo no bolso.

- Não! Obrigada, rejeito. - falei.

- Nossa, que Camila é essa?

Dei de ombros.

Voltamos para casa, arrumamos nossas coisas.

2 dias depois

Entramos no avião e eu encostei minha cabeça na poltrona, peguei no sono e adormeci.

[...]

Acordei com o avião pousando.

Descemos do avião, pegamos nossas coisas e entramos em um táxi. Voltamos para a nossa casa. Ela esta... Igual a antes.

Entrei em casa e larguei minhas coisas em meu quarto. Troquei-me, coloquei uma calça Jeans preta, uma camiseta azul do super homem, uma blusa vermelha com detalhes azul e uma bota cano baixo preta. Fiz um coque alto, passei um batom claro e passei um lápis e um rimel no olho.

(Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=64893519&.locale=pt-br )

Desço as escadas.

- Márcia, vou sair. – falei

- Ok, vai lá. – ela respondeu.

Saio de casa, passo pelo portão e começo a andar, me perdi um pouco. Tinha esquecido como era lá. Passei em frente ao parque e lembrei-me do GREG, voltei correndo para casa e entrei correndo.

- MÁRCIA! E O GREG? – perguntei

- Ela encarou o chão, ele foi atropelado querida. Um dia depois que você foi para Salvador ele foi atropelado. – meus olhos se encheram de lágrimas. – Não chora.

Sequei minhas lágrimas e sai de casa, quando passavam na rua as pessoas se afastavam de mim, eles eram os meus colegas. Todos eles que se afastava que comentavam em quanto eu passava.

Até que viro a esquina e esbarro em alguém.

- Ei! Olha por onde anda! – olhei para a pessoa que esbarrou em mim, era uma garota, ela tinha o cabelo preto, parecia a... – BEATRIZ! – gritei.

- Camila? – ela me olhou – CAMILA! – ela me abraçou. Soltamos-nos – Vem, eu estava indo encontrar o pessoal. – ela me puxou

Andamos um pouco e chegamos no parque.

- Espera aqui. – ela falou para eu esperar atrás de uma árvore.

- Oi gente – ela falou.

- Oooi Bea. - o pessoal falou.

- Adivinha quem eu encontrei?

- Quem, acho que o Alex falou.

- Ela.

Sai de trás das árvores. Olhei para eles ficaram de boca aberta.

- CAAAMILA! – A Renata, a Viviane, a Fernanda e a Mary gritaram. Elas correram até mim e me abraçaram.

- Também quero! – o Beto falou e foi até nós, o Gabriel, o Thiago e o Lucas vieram também.

Ficamos nos abraçando.

- Que saudade – falei. Olhei para cima e vi o Daniel me encarando. Abaixei minha cabeça e senti alguém sussurrar no meu ouvido.

- Escuta ele, ele sente sua falta Ca, você não sabe o que ele passou quando você foi embora. Ele sofreu muito. Em nenhum momento ele ficou com alguém ou namorou. Ele só pensava e falava de você. Pensa bem, ele merece. – era a Renata falando.

- Não sei Re, tive muito tempo para pensar. Tenho que ouvir a versão dele.

- Beleza, você vai ouvir ainda hoje.

- Ok.