- Está pronto, senhorita!

- Maravilha! Agora, temos que colocar roupas daquela época para que as pessoas não se assustem conosco. Menos o Ciel, que não sabe se vestir de outra forma... - Ciel a encarou com um olhar mortal. Todos anuíram com a cabeça e foram vestir-se.

Ciel já estava impaciente, andando de um lado para o outro, esperando. Até que começaram a descer, um por um, todos bem vestidos. Ciel procurou por Elisa e, quando colocou seus olhos sobre ela, ele fez uma cara de horror. Era o mesmo vestido que ele teve de usar para resolver o caso do Jack Estripador, aquele que lhe dava arrepios e vergonha.

- Desculpe, Ciel. Mas deixaram esse para mim... - disse Elisa ao perceber a expressão de Ciel.

- Tudo bem. Fico feliz de saber que eu fiquei uma gracinha quando vesti isso. - Elisa corou.

- O-obrigada... - ela correu escada abaixo para se posicionar no centro do triângulo desenhado no chão. Respirou fundo e começou a balbuciar palavras em um dialeto desconhecido. Em sua cabeça, ela rezava para dar certo. Então, nada aconteceu. Ela não tinha conseguido e já estava perdendo as esperanças de continuar viva, quando...BAM! Todos estavam caindo em um negro sem fim.

De repente todos estavam na entrada da mansão. Elisa tinha realizado o feitiço com sucesso. Ciel abriu um sorriso e deu uma risadinha maliciosa.

- Bom, - disse ele - agora conheçam o meu mundo. - Ciel olhou por cima do ombro enquanto Sebastian abria a porta. Eles se depararam com os três empregados da casa: Bard, Meyrin e Finnian. Como sempre, Bard estava com o cabelo chamuscado, Meyrin estava com um conjunto caro de chá quebrado em mãos e Finnian estava chorando por ter estragado o jardim.

- Senhor Sebastian! - gritaram os três aos pés do mordomo, sabendo que iam levar uma bela duma bronca. Ciel e Sebastian os olharam com afeto.

- É muito bom vê-los novamente... - disse Ciel deixando-os confusos.

- Digam-me, qual é o problema? - perguntou Sebastian pacientemente. - O que vocês aprontaram?

- Não é nada que tenhamos feito. É que... - um grande estrondo interrompeu a explicação de Bard.

- Cieeel!!!!! - gritou Lizzy correndo em direção à Ciel. O abraçou com tanta força que fez o vermelho de suas bochechas desaparecerem. - Quem são eles...? - perguntou ela depois de perceber que havia mais pessoas no recinto.

- São...uns amigos meus. - disse Ciel.

- É você! - gritou Lizzy apontando para Elisa. - Você é aquela menina do vestido fofo que estava no baile do Visconde Druitt!

- Ah... - Elisa foi pega de surpresa - Sim, sou eu...

- Então você vai gostar da minha decoração...

- Decoração...? - ecoou Ciel. Sua voz falhou no final da palavra. Não deve ser tão ruim assim... pensou Elisa. Mas era. A sala que Elizabeth tinha escolhido para decorar estava cheia de coisas fofas e rosas, que fizeram Ciel e Elisa dizerem "Minha mansão...Não, nossa mansão...!" ao mesmo tempo.

- Ficou...

- Esplêndida! - disse Chad interrompendo Elisa, sabendo que ela ia fazer um comentário inadequado.

- Verdade? Muito obrigado, ...er...

- Chad, senhorita, Chad Sutcliff. - Elizabeth deu um sorriso brilhante e branco para Chad, que, com certa elegância, retribuiu o sorriso.

- Bom, Sebastian irá acomodá-los. - dise Ciel enquanto Sebastian pegava as malas, que ele tirou não se sabe de onde, e levava para o quarto de hóspedes. Menos a bagagem de Elisa. Teimosa como uma mula, ela insistiu que suas coisas ficassem no seu quarto, ou naquela época, no quarto de Ciel.

Após horas conversando e se divertindo com Elizabeth, ela adormeceu e foi para casa na companhia de sua empregada, Paula. Todos se acomodaram em seus quartos e logo caíram no sono. Ciel e Elisa conversavam, já de pijamas, enquanto Elisa revirava o armário de vestidos que Sebastian preparara.

- Quer dizer que vamos ter que alugar um navio e ir até o Caribe para pegar essa "Bola das Memórias"?

- Ela...ela é muito importante para mim...você entende? - Elisa fitou o chão tristonha. Sentiu a mão de Ciel em seu ombro. Mal ela tocou seus dedos gélidos, ele a girou, prensou-a contra seu corpo e pressionou seus lábios nos dela. Ela protestava, tentando bater nele, mas sem sucesso. Ela acabou cedendo e deixou aquela língua ignorante e orgulhosa tomar sua boca.

- Eu entendo... - disse ele depois de uns trinta segundos recuperando o fôlego. Elisa estava vermelha de raiva e Ciel sabia que ia levar uns tapas. Mas foi diferente. Elisa puxou seu rosto para perto e obteve a sua revanche.

Ciel começou a mordiscar seu pescoço enquanto ela levantava sua blusa. As mãos de Ciel desceram paras as pernas de Lise e foram subindo, levantando sua camisola de seda. Ela segurou as mãos dele quando chegaram em suas nádegas.

- Ciel... - sussurrou ela no ouvido do menino, fazendo o corpo dele se arrepiar. Depois de meio segundo, eles estavam entrelaçados na cama, Lise tirando a blusa de Ciel enquanto ele tirava a camisola dela. Ciel deu-lhe um beijo profundo e olhou em seus olhos.

- Eu não consigo conter essa vontade de ter seu corpo colado no meu. - Elisa passou a mão no rosto de Ciel, retirando seu tapa-olho para observar e admirar seu lindo olho roxo, o olho do contrato.

- Então, que a sua vontade seja saciada. Não me poupe de nada. Meu corpo pertence à você, agora... - Ciel a beijou ferozmente, acariciando sua coxa. Ela arranhava suas costas, deixando-as vermelhas. Ela sentiu seu sutiã afrouxar e viu que não tinha outra saída a não ser se entregar ao prazer.

Sebastian e Tommy estavam sentados na escada, apreciando o som dos gemidos baixos vindos do quarto principal. Todos os outros acordaram, menos Elizabeth, pois podiam ouvir tudo e mais um pouco.

- Que barulhos são esses? - perguntou Chad - Não me deixam dormir.... - Samanta, Peter, Sebastian e Tommy se entreolharam maliciosamente. Os outros ficaram ainda mais confusos.

- Não podemos contar...Mas, apenas nós, demônios, sabemos o que são esses sons. - disse Sebastian com uma voz maliciosa. Samanta e Peter começaram a rir. Então Chad sacou o que estava acontecendo e corou.

Os gemidos continuaram até o primeiro raio de sol aparecer no horizonte...