Descendentes E Seus Ancestrais escrita por Kida Okumura


Capítulo 7
Capítulo 7




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Aquela era uma cena impossível de ser vista, na opinião de Elisa. Aquela figura negra estava com um sorriso demoníaco e ansioso no rosto. A figura negra estava rodeada de três pessoas, sendo duas delas Melissa e Carlos, o mordomo dela.

- Há quanto tempo, Ciel Phantomhive! - Lise não se atreveu a pensar no nome da pessoa e, quando sua voz atingiu seus ouvidos, seu corpo se arrepiou - Senti saudades.

- Muito engraçado, Chad! - falou Elisa emburrada.

- Não sou eu...! - disse Chad ao pé da escada. Elisa olhou para baixo. Chad a olhava assustado e os outros olhavam para frente, paralizados de medo. As Triplets choravam em um canto. Lise ficou realmente assustada.

- Há quanto tempo..., - disse Ciel sem expressão alguma - Alois Trancy. - Elisa ficou ofegante e cheia de raiva.

- Ninguém lhe deu para fazer isso, Melissa! - trovejou entre dentes.

- Eu lá preciso da sua permissão? - indagou ela rindo. Elisa cerrou os dentes. "Ela nunca foi tão despresível!", pensou Lise. - Só para o seu governo, eu só não o ressucitei, como dei uma parte de mim à ele.

- Resumindo, você o transformou em um mago... Mas que dor de cabeça você me dá! - trovejou Elisa.

- Parem de brigar! Parecem duas crianças...! - disse Alois batendo as mãos.

- Você que parece uma criança. - disse Ciel - E já está bem velhinho para continuar com esses hábitos. - Elisa soltou um sorrisinho.

- Bom, - Alois estava emburrado - viemos aqui dizer que sabemos a localização da bola e Melissa sabe abrir o portal, então - Elisa parou de rir e ficou incrédula - estamos indo. - ele saiu saltitando e atrás dele foi Claude levantando seus óculos. Melissa encarou Elisa com um sorriso maléfico.

- Vamos, Carlos. - disse ela por fim.

- Sim, mestra.

Após os quatro saírem da mansão, Lise saiu correndo em direção ao centro da casa.

- Elisa! Aonde você está indo?! - gritou Ciel correndo atrás. Ela correu até a biblioteca sem dizer nada. Perto de uma estante de livros de história e geografia, havia uma alavanca bem escondida atrás de dois grandes livros que, se puxados, ativariam a alavanca. Ciel ficou surpreso.

- Ela vai precisar reunir várias coisas para abrir o portal, assim como diz o livro dela. - Elisa descia pelas escadas com Ciel seguindo-a muito atrapalhado - Existe outro jeito de fazer isso. - Ciel ouviu o barulho de uma tranca e o ranger de uma porta velha em meio ao escuro. Sentiu Lise puxá-lo pela blusa. - Mas é o jeito mais difícil. - depois que a luz foi acesa, ele pode vizualizar o cômodo antigo perplexo por não tê-lo achado antes. Elisa correu em direção à escrivaninha, pegando um livro pequeno e grosso com desenhos estranhos.

- Eu não que esta sala existia. Para o que serve esse livro? - ele apontou em direção ao pequeno objeto.

- Esse livro era da minha mãe. Aqui está o jeito mais rápido e difìcil de abrir o portal. - Lise folheava o livro.

- Que "portal" é esse? 

- É o portal para o passado distante... Nós...vamos voltar para a mansão na época em que você era vivo. - Ciel se espantou e sorriu. Ele ia gostar de ver seus empregados atrapalhados de novo, de ver Elizabeth com aquele rosto angelical. Mas ele percebeu que já não sentia o mesmo por Elizabeth. Sentia que aqueles sentimentos já não estavam mais voltados para ela. - Só que eu não sei se vou conseguir abrir.

- Porque? - indagou Ciel franzindo a testa. Lise botou a cabeça nas mãos para esconder o seu desespero. Ciel olhava confuso para Lise. "Uma garota forte, mas de espírito frágil." pensou ele. Ciel suspirou e abraçou Lise, afagando sua cabeça. Fez isso achando que ela o empurraria, assim como ele faria. Mas ela agarrou seu casaco e afundou a cabeça em seu peito. Ciel hesitou por um momento, mas, depois, a abraçou mais forte, brincando com seus cabelos. Elisa soluçava e se arrepiava toda vez que sentia os dedos de Ciel descendo pelos seus cabelos soltos. - Elisa..., - sussurrou ele no ouvido da menina - você é uma das pessoas mais corajosas e fortes que eu já conheci. Tenho absoluta certeza de que você vai conseguir.

- Obrigada... - Elisa sorria, com o rosto levantado e seus olhos azuis e vermelhos em volta, molhados. Ela corou e abaixou os olhos ao perceber a expressão carinhosa de Ciel, com o rosto corado, a fitá-la. Seus rostos estavam muito perto um do outro e eles ainda estavam agarrados. Ciel passou a mão pela testa de Elisa, levantando sua franja e, logo depois, beijou sua testa em um estalo que quebrou o silêncio.

- Jovem mestre? - Sebastian estava descendo as escadas com uma vela. Com o susto, os dois se afastaram corando.

- Estamos aqui, Sebastian! - respondeu ele. - Vamos, Lise. - ele esticou a mão e Elisa a segurou com delicadeza.

Ciel a conduziu escada acima, encontrando com seu mordomo. Ao saírem da biblioteca, Elisa foi de encontro a Tommy.

- Preciso que você e Sebastian desenhem esse triângulo aqui. - ela apontou para o triângulo no livro super bem desenhado, apesar da idade do livro, e emperequetado.

- Entendido. - Tommy fez sinal para Sebastian e os dois saíram.

Sebastian observava o sorriso nos olhos de Tommy ao fazer o que sua mestra pediu. Ele se questionava porque Tommy fazia aquilo com tanto gosto.

- Você tem um grande afeto pela sua mestra, não é mesmo?

- É o mesmo afeto que você possui pelo Ciel. - Sebastian o encarou rindo.

- É mais do que isso. - Tommy abaixou os olhos por um momento - Alteza...?

Tommy levantou a cabeça e o fuzilou com os olhos.

- Não me chame assim neste mundo! - trovejou.

- Perdão.

- Ela é...muito, muito importante para mim...Se é que você me entende. Via além do contrato. Muito além. - Sebastian entendeu e assentiu com a cabeça. Nada mais foi dito.


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