O desenho de como o corpo foi encontrado estava sobre uma enorme poça de sangue seca. A polícia já havia chegado e cercado a cena do crime com seus cones e faixas. Os curiosos espiavam o trabalho de Elisa, Tommy e da polícia de longe. Mas Elisa estranahva tudo aquilo. Ela entrou com facilidade na cena do crime, os policiais lhe deram todos os detalhes e levaram o corpo para o Undertaker, um coveiro amigo da família há muito tempo.

- Mas, porque? - indagou Elisa - Porque estão me ajudando?

- Er... - o policial em sua frente estava assustado.

- Porque é um crime sobrenatural, - disse o chefe de polícia, Mr. Smith - Elisa Phantomhive...a lebre da rainha.

- Smith...diga-me, quem é o suspeito desta vez?

- Uma criança disse ter visto o crime. - disse ele a puxando para um canto - Lise, o corpo não foi danificado.

- Mas, e a poça de sangue?! -  ela estava assustada.

- Todo aquele sangue saiu pela boca da vítima. Vamos ver o corpo. - a loja do Undertaker era na esquina. Devia ser por isso que o corpo foi levado a ele.

Entrando na loja, o corpo estava estendido sobre a mesa negra e uma luz branca estava sobre ele. Apesar de estar morto, o corpo não tinha cheiro. Grell Sutcliff, um shinigami travesti, estava parado em pé ao lado do corpo com um belo ponto de interrogação no rosto. Do outro lado da mesa, um homem com longos cabelos brancos e unhas pretas compridas estava terminando de vestir a dama para o funeral. Ao por os olhos em Elisa, seu rosto esboçou um sorriso macabro. Grell virou bem rápido para os visitantescom um belo sorriso, que logo sumiu.

- Pronto! Lá vem ela me culpar! Não fui eu, querida! - disse o shinigami que adora vermelho.

- Eu não vim aqui para te culpar, até porque, o corpo não possui danos e você não mata sem deixar a pessoa banhada em vermelho e com ferimentos horrendos...

- Bem vinda! - gritou o deus da morte, o coveiro amigo da família - Entre, Lise! Você vai gostar das notícias. - Apesar de mais de um século ter se passado, eles continuam com a mesma aparência.

- Diga-me, - dizzia a menina enquanto andava para perto dele. - o que aconteceu com ela?

- Você notou que o corpo não possui cheiro algum?

- Percebi. - os dois se sentaram em um do múltiplos caixões da loja. - Porque aconteceu isso?

- A causa da morte foi parada cardíaca e respiratória, ou seja, - ele olhava diretamente nos olhos da pequena garota a sua frente - ela morreu sem alma.

- O quê...? - Elisa se assustou com a notícia. "Se não foi um shinigami que fez isso e nem um anjo...só pode ser uma demônio jovem!" pensou ela. - Foi...um demônio jovem..., não foi? - o coveiro apenas assentiu com a cabeça.

- Eu tenho uma ideia de quem deve ser...

- Conte-me, de quem você suspeita? - o coveiro balançava o dedo de um lado para o outro.

- Antes eu exijo meu pagamento. Você prometeu que ia me dar uma das boas dessa vez. - a menina bufou e se levantou.

- Tommy, conta aquela sua piada nova. Ele vai gostar.

- Sim, my lady. - todos saíram da loja, menos Tommy e o coveiro. Depois de longos cinquenta segundos, uma gargalhada, de arrepiar qualquer um, saiu da loja. Eles entraram de novo e o coveiro estava sentado do lado de um caixão chorando de tanto rir.

- Foi boa a piada, né? -  perguntou ela agachada ao lado do coveiro.

- Uma das melhores que eu já ouvi! - exclamou ele.

- Agora, o suspeito.

- Ah, sim! Quase me esqueci. O suspeito é "ele".