Descendentes E Seus Ancestrais escrita por Kida Okumura


Capítulo 1
Capítulo 1




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- Bom dia, my lady! - Tommy abre as cortinas deixando a luz do sol entrar no quarto e bater no rosto de Elisa, acordando-a. - Trouxe seu café com leite, as frutas que você precisa comer, pães e o jornal de hoje. - Elis deitou de bruços como uma criança mimada que não queria acordar.

- Porque você tem que me acordar cedo nas férias, Tommy? - indagou a adolescente emburrada sentando na cama.

- Tem uma coisa no jornal que te deixará interessada. - disse o mordomo ruivo ao colocar a bandeija de prata em cima da cômoda. Entregou o jornal à jovem de cabelos azul turquesa, que agradeceu com os grandes olhos azuis escuros. Os olhos cinzas do mordomo sorriram em resposta.

Levando a xícara de porcelana cara na boca, Elisa lia a matéria ainda emburrada, quando ela arregalou os olhos.

- Vamos resolver este caso! - Elisa levantou-se da cama em um pulo e expulsou Tommy do quarto. - Me espere lá embaixo com tudo pronto. Vou colocar uma roupa e já desço. - Tommy agarrou-se aos batentes da porta impedindo que ela continuasse.

- Mas, jovem mestra, você prometeu que hoje eu ia poder realizar meu trabalho por completo, ou seja, vestir a senhorita! - e olhou para a camisola de seda azul que ia até as coxas da adolescente.

- Eu prometi com os dedos cruzados nas costas, ou seja, não valeu. Ninguém pode tocar no meu corpo além de mim. - Tommy lançou-lhe um olhar fusilador. - Você está me atrasado! Vai logo!

- Sim, my lady. - Tommy saiu batendo a porta. Elisa ficou com peso na conciência. Depois ela precisava se desculpar com ele.

Ela abriu o enorme guarda-roupa e pegou shorts jeans, uma regata preta e o All Star que mais lhe agradou. Prendeu seu cabelo em duas chiquinhas e fitou seus grandes olhos azuis no espelho da pentiadeira. Olhou a marca em seu pulso. Aquela estrela dentro do círculo negro enfeitada com palavras em latim salvara sua vida. Mas, também, lhe trouxe histórias de um passado distante, no fim do século XIX.

Seu ancestral, um conde orfão, não muito prestigiado, era o cão de guarda da rainha Vitória. Seu nome era Ciel Phantomhive. Seus pais foram mortos em um incêndio que acabou com a sua mansão. Para fugir da morte, Ciel fez um pacto com um demônio. Em troca de sua alma, o demônio deveria servi-lo até que sua vingança estivesse completa. Após uma série de lutas, mortes e contratos, Ciel tornou-se um demônio e Sebastian, seu mordomo demônio, o segue eternamente.

Elisa deixou a história de seu ancestral de lado e desceu as escadarias de mármore escorregando pelos extensos corrimãos. Ao terminar a sua decida, ela deu de cara com Tommy.

- Que susto, Tommy! - ela levou uma mão ao peito.

- Minhas desculpas, senhorita. - sua voz não estava com a mesma alegria de antes. Elisa sentiu um aperto no peito. Tinha de pedir desculpas por ter mentido. Ele se virou e saiu andando.

- Tommy, - Elisa segurou seu braço - me desculpe por ter sido desonesta contigo. É que, só de pensar em alguém tirando e colocando roupas em mim eu... - Tommy a olhou por cima do ombro. Ela soltou o seu braço e estendeu a mão. Tommy estranhou aquilo, aquela atitude. Ele ficou de frente para a menina de cabeça abaixada. - Vai esperar quanto tempo para apertar a minha mão?

- Porque eu deveria?

- É só para confirmar a minha promessa para você. Dessa vez, eu não cruzarei os dedos. - os olhos de Tommy estavam começando a brilhar. - Se isso é tão importante assim para você, - eles se olharam nos olhos - eu prometo que, para o resto da eternidade, você poderá trocar a minha roupa. - Tommy apertou a mão dela selando a promessa.

- Agora, vamos, my lady. Antes que a polícia de Londres resolva o caso.

- Eles não têm capacidade nem para investigar o corpo direito...


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