Imaginário. escrita por Lia Sterm


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpem-me pela demora mais uma vez, sei que demorei meses para apresentar este cap mas é que estive em uma fase ruim na escrita, e até pensei em excluir a fic, por achar o que se tem aqui ridículo. Sempre critiquei minhas proprias coisas.
Mas enfim, o que importa é que estou aqui, hehe.
Creio que esse seja o penúltimo capítulo :(
Obrigada pela recomendação, Clara Caroline, fiquei muito feliz *----*
Até mais!



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–Gabi! –Gritei, ao adentrar sem nem bater na porta do quarto da garota, que logo levou um susto.

–Ah! –Assustou-se Gabriela.

–Desculpe-me. É que... Estou muito feliz! –Falei, sem esconder o enorme sorriso que se estampava no rosto.

–Por qual motivo? E o que segura em sua mão? –Gabi curvou o cenho, com dúvida.

–Sei onde Dave está. –Expliquei, entregando-lhe o jornal velho, o que a fez sorrir também.

Talvez eu não tenha entrado naquele local tão adequadamente, aliás, entrei por ali desesperada. Os pais da menina ficaram com uma expressão de “Ela está bem?” apenas pelo fato de meu comportamento estar louco á pisar ali. Mas eu necessitava avisar isso a ela no mesmo instante que descobri. E é isso que faço agora. Meus pais devem estar me procurando em casa, ou eu voltarei para lá á tempo de mamãe começar á fazer o jantar.

–Oh meu deus, onde conseguiu isso? –Exclamou ela, boquiaberta.

–M-meus pais... –Falei com dificuldade, nervosa. –Meus pais trouxeram jornais velhos para dar uma olhada. E por incrível que pareça, encontrei isso!

–Que ótimo! –Sorriu de orelha á orelha. –Esse deve ter sido o jornal que notificava o acidente antes da tia dele pedir para deixarem o local onde ele se encontrava privado. –Analisou novamente o papel, lendo mais algumas coisas. –É, é sim. Teve sorte de encontrar ele, poucos conseguiria esse jornal, só os que trabalham com isso.

–Bom, foi uma sorte e tanta.

–É, foi.

–O que faremos agora?- Perguntei.

–Encontrar meu corpo. –A voz conhecida invade o quarto. Dave aparece de repente por ali.

–Oh, Dave. –Sussurrei, ao me deparar com a silhueta esguia e obscura que se pôs no quarto.

–Como está, pequena princesa? –Perguntou o garoto, acolhendo-me em um abraço.

Sorri.

–Bom... Conseguimos, finalmente! –Exclamou sorridente Gabriela, levantando o jornal em mãos. –Agora, Dave só deve voltar ao seu corpo. Mas, há grandes riscos em fazer essa façanha. Volte ao seu corpo com cuidado e ciente de tudo, ou simplesmente todas as suas lembranças serão... Um nada. –Avisou ela, olhando em direção á Dave, agora com a face seria.

–O que? –Exclamei.

–Você sabe... Espíritos, na maioria das vezes, ao voltarem aos corpos, esquecem de tudo. Vivem como se nunca tivesse acontecido nada enquanto o corpo estava adormecido.

–Mas eu me lembrarei muito bem de tudo, eu tenho certeza que vou. –Afirmou Dave, abraçando-me mais forte.

Tentei ficar calma, mas era obvio, eu me encontrava invadida por medo, ansiedade, felicidade e desafios. Nunca havia tido tanta confusão em minha própria mente.

–Ok. Agora volte para casa, Lory. E aproveite seus últimos momentos com o Dave enquanto ele não é humano. –Disse Gabi, dando uma pequena piscadela de cílios.

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–Já vai dormir, filha? –Perguntou minha mãe.

–É, estou com sono. –Disse, subindo em direção ao quarto.

Cheguei lá. Abri a porta do local e fui surpreendida com Dave segurando uma flor em mãos.

–Olá, pequena princesa. –Sussurrou, oferecendo-me a rosa. –Isso é pra você.

Sorri, e o abracei, me sentia completa com ele ao meu lado. Era como se nada mais importasse. Eu realmente sentia um grande sentimento por Dave, e eu sabia que isto era amor.

–Eu te amo... –Falei, ainda abraçada com o garoto.

–Como pode amar alguém como eu? –Separou-se, perguntando.

–Você é perfeito. É o príncipe com quem eu sonhava todos os dias.

–E você é a minha princesa. –Respondeu, sorrindo. Logo selando os nossos lábios.

Eu sabia que as coisas não seriam as mesmas quando Dave partisse. E tinha medo de que ele não lembrasse mais de mim. Só que eu tinha a certeza de que não importava onde estivéssemos e como iríamos lidar com a nossa situação, estaríamos juntos.

–Vou sentir sua falta. –Suspirei.

–Também sentirei a sua. Prometo me lembrar de tudo e quando voltar, te fazer feliz, ok?

–Ok. –Dei um meio sorriso. –Eu esperarei você ansiosíssima. –Segurei com a pontinha do dedo, o colar que ele me dera, que no momento, se encontrava em meu pescoço.

–Já tentou abrir o colar? –Perguntou, curioso.

–Ele abre? Oh, eu não sabia...

–Cordões com pingente de coração costumam abrir, não? –Riu Dave. –Eu sabia que não se atreveria á tentar abrir este pingente.

–Eu nem sequer o tirei de meu pescoço desde o dia que me presenteou com ele. –Expliquei. –Bom, irei abri-lo. –Segurei em mãos o pingente.

–Acho melhor abrir quando eu partir. Assim lembrará de mim todos os dias.

–Você não irá partir de verdade. Mas de qualquer forma, eu lembrarei de você.


Dave sorriu, e me abraçou novamente.


–---------------------------- Horas depois. -------------------------------------------------------------------

Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto, observei o relógio e vi que eram 7 horas da manhã.

Levantei-me, e fiz a rotina do dia a dia.

Ao sair do banho, lembrei-me inconsequentemente da noite anterior. Fora tudo tão romântico e divertido. Passei a noite com Dave, conversando, despedindo-se... Eu sentiria muito falta dele.

–Dave? –O chamei, sem resposta. –Onde está você?! –Fiquei preocupada, ele não poderia ter ido tão cedo assim.

Um aperto ocorreu em meu peito, ao encontrar um pequeno envelope na cabeceira da cama.

Corri em sua direção e fui lê-lo.

“Olá, pequena princesa. Sei bem que ao ler esta carta não estarei mais aqui. Neste momento, me preparo para correr em direção ao hospital onde meu corpo se encontra, e voltar á ser um humano normal. Espero que ainda me ame quando eu voltar, fazerei tudo para lhe encontrar novamente. Eu te amo muito.”

–Eu também te amo muito, Dave. –Deixei uma pequena lágrima escapar de meus olhos. Era triste saber que eu não o teria mais por perto. Doía tanto correr o risco de não o ver nunca mais...

Mas mesmo assim eu sorriria, esperando o dia em que ele poderia voltar.


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