Be Alright escrita por Carol Munaro


Capítulo 8
Conhecendo o Matt, de verdade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/290141/chapter/8

Chegamos na escola e o Justin me deu a mão. Quando entramos na escola, o Matt não parava de olhar pra gente. Ele ficou muito estranho depois que eu comecei a ficar com o Justin. E minha primeira aula era com ele. Cheguei na sala e ele tava lá já. Sozinho. Ele me viu entrar e virou o rosto. Claro que achava isso muito infantil da parte dele. Ele não é meu dono, como ele quer ficar mandando com quem eu saio ou deixo de sair?

– Vai te incomodar muito se eu sentar aqui? – Ele não me respondeu, só ficou olhando pra mim com cara de merda. Sentei. Tava próximo do fim da aula, e não tínhamos falado nada ainda. Ele não tinha nem olhado na minha cara. Resolvi ver se ele falaria comigo. – Não vai mesmo falar comigo? Se não for, quero saber, pelo menos, o porque.

– Pergunta pro teu amiguinho. – Isso é alguma brincadeira? Ele tá com ciúmes do Justin. Será que era por isso que ele não queria que eu falasse com ele. É um pouco sem sentido, mas vai que é isso. E pode ser outra coisa também. Eu ser algum tipo de troféu pro Matt, tipo “Tá vendo Jhonson, eu tenho ela e você não.”, por causa da guerrinha deles mais do que qualquer outra coisa. O que me faria ficar doida da vida de tanta raiva.

– Para de palhaçada, Matt. Você é meu amigo, mesmo eu falando com o Justin.

– Não é palhaçada, é só que... é estranho ver você falando com ele.

– E por que?

– Porque é estranho ver uma amiga minha falando com um cara que eu sei de tanto podre.

– Pode me contando o que você sabe, então. – O sinal bateu. Merda. Mas ele não vai se livrar dessa conversa ~risos irônicos~. – Matt, você não vai desgrudar de mim até me contar, e eu sei que a próxima aula eu só tenho contigo.

– Tudo bem. Eu sei que você não vai desistir mesmo. – Ele disse e respirou fundo. - Bom, eu era amigo dele até um ano e meio ou dois atrás. Falam que ele não matou ninguém, o que eu até acredito, ele não leva jeito pra isso, na minha opinião. Mas parece que ele já trabalhou pra um tal de Victor e ele roubava pra ele. Se ele fez algo a mais que isso, eu não sei. Só sei que ele sempre disse que parou um pouco antes da gente começar a se falar. – Ok, então, eu tava saindo com um bandido, ou ex-bandido, é isso? O resto da manhã agi normalmente. Não queria falar com o Justin na escola, ainda mais com a Marina ali. Alias, falando na Marina, ela me disse que o Matt não era confiável. Não sabia se falava com ela primeiro ou com o Justin. Resolvi falar com a Marina, já que a outra aula só tinha com ela.

– Oi. – E sorri.

– Oi Mel. – Ela sorriu de volta.

– Mari, há uns dias atrás, você me disse que o Matt não era confiável. Por que?

– Bom, te disse que ele aprontou com o Justin, sendo que eles eram melhores amigos? – Eu acenti. – Mas não é só isso. Ele faz tudo pra conseguir o quer. Mente, espalha história sobre as pessoas, mesmo não sendo verdade. Fica fazendo intriga. Em outras palavras, ele é fofoqueiro e falso. Eu sou prova disso. Depois dele e do Justin quase terem se matado no pátio, eu fui atrás dele. Eu não tava sabendo de nada, então fui lá ver se ele tava bem. Depois disso ficamos muito amigos e tudo mais. Eu até era um pouco afim dele, mas isso não vem ao caso. Depois uns meses, ele ficou afim de uma menina, mas todo mundo falava que eu e ele ficávamos. O Matt inventou uma história horrorosa sobre mim e espalhou pra escola toda. Mas nem pra namorar com a menina, só ficar mesmo. E como é bem claro, nem olho pra cara dele.

– Entendi. Mas o que ele falou de você?

– Ele inventou que eu tinha uma doença, que falava comigo por pena e que ele nunca ficaria comigo. – Ela falou de cabeça baixa. Mas ele tem merda na cabeça? E bom, apesar do que a Mari falou, eu ainda vou falar com o Justin. – Mel, só toma cuidado pra ele não fazer o mesmo contigo.

– Ele não é nem louco de fazer uma coisa dessas comigo.

As aulas foram passando normais. Fomos pra casa e eu não falei quase nada, só o que ele perguntava, e vi ele me olhar estranho por isso. Quando a gente já tava na frente de casa quis falar com ele.

– Justin, quem é Victor? – Na hora ele olhou pra mim com os olhos arregalados, mas depois tentou parecer natural. – Justin?

– Victor? Que Victor?

– Não se faça de desentendido. Eu sei que você pelo menos se lembra de quem é, já que ficou assustado.

– Mel, acho melhor a gente conversar depois.

– Não, eu quero conversar agora.

– Mel, não faz assim – Ele falou com a voz manhosa.

– Assim como? Só perguntei quem era. E agora to mais curiosa ainda. Por que não quer me falar quem ele é? – Falei irritada. Ele ficou olhando pra mim e depois de um tempo finalmente respondeu.

– Mel, quem falou dele pra você?

– Justin, não interessa quem falou dele, o que interessa é eu saber quem é essa praga de Victor. – Juro que eu tava ficando extremamente nervosa. E o Justin tava com uma cara de preocupado, que tava me deixando mais irritada ainda.

– Foi o Mathew, não foi? Bem a cara dele fazer esse tipo de coisa. – Ele falou e riu pelo nariz irônico.

– Eu não vou falar quem foi. Quero uma resposta tua. E pense bem antes de mentir pra mim. Lembre que, se você mentir, eu vou acabar descobrindo. Você me contando ou não. E acredite, é bem melhor eu ficar sabendo por você, do que qualquer outra pessoa, e principalmente sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Be Alright" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.