Be Alright escrita por Carol Munaro


Capítulo 7
Capítulo 7




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~Justin on~

Fui buscar a Mel na escola. Ela me falou que o James foi falar com ela. Acho que to precisando “conversar” com ele de novo, se é que vocês me entendem. Levei ela pra almoçar lá em casa. Quando chegamos, percebi que ela ficou um pouco confusa.

– Ér... Justin, e seus pais? – Tinha esquecido que não tinha falado pra ela sobre isso.

– Ah é. Nunca te falei sobre isso. – Ela me olhou mais confusa ainda. – Eu não tenho pais. E moro sozinho. – Não gostava de falar sobre isso, então fui breve. Acho que ela percebeu isso e não perguntou mais nada. – Quer comer o que? – Bom, de todos os “pratos” que tinham, ela escolheu macarrão. Mel disse que amou minha comida. Posso casar já. MENTIRA. Enfim, sorri com isso. Ficamos a tarde toda assistindo TV e namorando no sofá, sem malicia. Olhei pro relógio e vi que eram 18:00. Tinha marcado com o Victor 18:30. Levei a Mel pra casa correndo, o que fez ela olhar estranho pra mim e voltei pra casa. Victor ia me encontrar lá.

– Eae, tava onde. To te esperando faz uns 10 minutos já. A gente não pode se atrasar.

– Eu sei, Victor. E não cobra de mim não que to te ajudando. Cadê o carro? – Óbvio, que não ia com o meu.

– Tá ali. Vamos?

– Aham. – A única coisa que eu ia fazer era dirigir o carro. Não queria problema pra mim. Ainda mais com a Mel agora. Entramos e eu comecei a dirigir pra casa do cara lá.

– Mas eae, pegando quem?

– Não to pegando ninguém, por que? – Nunca que ia falar da Mel pra ele.

– Tá, duvido. Vai, Justin, não precisa esconder de mim. – To perdendo a paciência já.

– Cala a boca e se concentra no plano. Qual o número da casa?

– 546. Aquela maior ali. – A casa tava cheia de seguranças e estamos em dois. Mais uma vez, isso é sério ou é algum tipo de pegadinha?

– Tá bom, gênio. Como tu vai entrar lá?

– Pelos fundos. Tem que passar por essa rua e entrar na próxima. Fica me esperando na esquina. Se alguém vier, e eu ainda não tiver chego, vaza. Entendeu?

– Tudo bem que eu não quero meu nome metido nisso, mas nunca vou te deixar pra trás, esquece. E me diz, você acha mesmo que não vão ter seguranças no fundo?

– Para de boiolice. Ó, para aqui. Eu vou entrar agora, sei que ele tá no quarto pelo horário. E sei que tem seguranças no fundo. E o melhor, sei onde eles ficam escondidos e tudo mais. Vai ser fácil. E nada de ligar o radio pra não chamar muita atenção e muito menos os faróis.

– Eu sei né? Não sou burro. – Victor saiu do carro e eu fiquei lá mofando. Passou uns 15 minutos escutei uns 3 tiros. Não tive duvidas de quem era. 6 minutos depois vi um vulto correndo até o carro. Tomara que seja o viado. Fiquei olhando com a mão na arma que eu já tinha - vai que acontece algo -, e quando chegou mais perto vi que era ele. Liguei o carro, ele entrou logo em seguida e saí cantando pneu. – Deu tudo certo né?

– Claro. Só espero que ninguém tenha me visto.

– COMO ASSIM? TU NÃO TEM CERTEZA? NÃO TOMOU CUIDADO NENHUM?

– To começando a acreditar que tu não tá pegando ninguém. Tá todo estressadinho, parece que tá de TPM.

– Cala a boca. Mas como você não sabe se alguém te viu?

– Tem muitos seguranças na casa, mas acho que não. Não ouvi passos nenhum. Não tinha sinal de outra pessoa a não ser o Javier.

– Quem? Oo

– O traficante porra. – Ficamos um tempo em silencio e meu celular começou a tocar. Olhei no visor e era a Mel. Porra. Tive que atender. Sabia que ela ia ficar puta se eu recusasse.

– Enquanto eu tiver no telefone, não quero ouvir nem sua respiração.

– Tá bom, estressadinho.

*Ligação on*

– Justin?

– Ah, oi. É que eu to dirigindo. Não dá pra falar direito agora.

– Tudo bem. Quando você puder, me liga de volta. Beijo.

– Tchau.

*Ligação off*

Victor ficou olhando pra minha cara. É, ele sabia que eu não tava sozinho. Foda-se, desde que ele não saiba quem é.

– Fala logo quem é.

– Como você é chato, cassete. É uma menina da minha escola.

– E ela sabe de mim, ou do que você fazia?

– Ficou louco? É claro que não. Duvido que ela olhe pra minha cara se descobrir.

– Ela é gostosa?

– O ultimo que falou isso levou soco na cara.

– Hey, calma. Não falo mais nada. E além do mais, sou teu amigo, relaxa. Mas quem diria, Justin Jhonson apaixonado. – Sorri e ele arregalou o olho surpreso.

– Mas me diz, como ela é? – Olhei feio pra ele. – Credo, que pessoa estressada. Juro que to te perguntando numa boa, sem malicia.

– Cara, ela é linda. Linda não, perfeita. Hoje mais cedo ela disse que se preocupa comigo. – Falei e sorri. Victor me olhou estranho.

– Tá parecendo uma menina falando desse jeito. – Disse e riu.

– Tu não pediu pra eu te falar dela? Então... – Eu falei e ri junto. – E você também não tá sozinho. Ou tá? – Perguntei um pouco desconfiado.

– Eu nunca to sozinho. – Convencido ‘-‘ – Mas cê sabe, não me prendo igual a ti e essa mina ai.

– Digamos que é natural né. Te conheço, Victor. Duvido você noivar um dia. Imaginar chegar a dizer sim. – Falei rindo.

– Não mesmo. Dá até um arrepio na espinha só de pensar em um "ser" de branco entrando na igreja e eu no altar. – Ri alto dessa vez.

~Mel on~

Tava no maior tédio. Resolvi ligar pro Justin. Ele me atendeu e falou que tava dirigindo. Tudo bem, mas podia ter me dado pelo menos um “tchau” direito. Enfim, amanhã falo com ele.

Acordei e fiz as mesma coisas de costume. Sai e o Justin tava me esperando já. Dei um selinho nele e fomos pra escola. Resolvi perguntar de ontem.

– Justin, o que você tinha ontem a noite?

– Como assim?

– Com toda sinceridade, você praticamente me expulsou da sua casa. E mais tarde, quando eu te liguei, você nem falou direito comigo.

– Ah, desculpa Mel. Eu tava ocupado ontem ajudando um amigo. Nem deu pra eu falar direito contigo. – Fomos em silencio até a escola. E eu tava um pouco nervosa. Sabia que ele ia falar com o James. E se ele fosse suspenso de novo, eu não iria vir pra escola. Não mesmo. Ia ter que ficar escutando o James falando merda pra mim. E se ele fosse suspenso também, o outro amiguinho dele podia vir me encher a paciência. Nenhum dos dois eram feios, mas eram nojentos. Isso é fato. É quase impossível não reparar no jeito que as vadias lideres de torcida ficam neles ‘-‘. Em pensar que o Justin era metido nesse meio me dá vontade de vomitar. Liguei o rádio e tava passando uma música do Maroon 5, Payphone. E como todo mundo, Justin sabia que eu sou louca por eles.

– Não vai dar uma de louca e corar depois, hein. – Justin falou pra mim rindo. Na hora corei. Obrigada, Jus.

– haha muito engraçadinho você. E a culpa de eu corar foi toda tua.

– Aham. Sei... só falei a verdade. – Eu sorri irônica pra ele e ele riu. Justin começou a cantar baixinho.

– Posso te fazer corar também? – Ele riu. – Você fica ainda mais lindo cantando. – Acho que quem corou fui eu. Sou muito tímida pra esse tipo de coisa. Mas quem diria, ele tá corado também. Awn. – Você fica fofo quando fico corado.

– Não mais que você. – Alguém me explica como alguém pode me fazer sorrir tanto? – E, não fica brava, mas não me chama de “fofo”. É meio gay. – Ele falou fazendo careta. Eu ri.

– Hmmm, vou te irritar toda vez agora. – Falei e dei uma risada meláfica.

– Mas pelo amor de Deus, quando ninguém tiver perto da gente. Vão pensar que em vez da gente tá saindo, eu sou seu amiguinho e vou no cabeleireiro contigo. – Ri demais. Apesar do que o Matt fala dele, ou dos amigos que ele tem, acho que ele foi a melhor coisa que aconteceu comigo.


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