Depois de me ver ajudando uma garotinha na rua, o anjo me perguntou se eu não queria sair com ele naquela hora. Sabe, pra poder se divertir, como dois amigos. Eu até que tentei hesitar, mas só de ver que ele estava tentando quebrar aquele gelo que havia entre nós, ou melhor, que havia entre nossa família, eu não tive como dizer não. Ficamos "zanzando" por aí, conversando sobre a vida e outras bobagenzinhas... Ficamos comparando o que sabíamos sobre a rivalidade de nossas famílias, e veja só: não há versões diferentes. A única versão que existe sobre essa inimizade era aquela que eu havia contado para vocês no capítulo 1 desta fic. 

Quando ele olhou em seu relógio, notamos que era tarde e que deveríamos cada um ir para sua casa. E assim fizemos. Fomos juntos até um certo ponto. Depois, ele seguiu para a estação de trem, onde pegaria o transporte que te levaria de volta pra sua casa. E eu, ah, eu fui andando mesmo. Minha casa é naquela cidade, então, não tinha porquê eu ir de transporte coletivo. Chegando em casa, minha mãe chega até mim e pergunta:

- Hoshi, minha querida, está tudo bem com você?

- Está sim, mãe. Por que não estaria?

- Ah, é que eu estava preocupada. Seu irmão chegou a que tempo e você foi chegar logo agora. Sua sorte foi que seu pai ficu preso no trânsito e ainda não chegou em casa. Agora, vá logo tomar um banho e trate de descer para o jantar.

- Ah, mãe, eu não estou com fome. Eu comi alguma coisinha na rua, então, não tenho fome no momento. E sobre o lugar onde eu estava.. É que hoje eu tava a fim de passear um pouco pela praça. Só isso. Não fui muito longe não. Então, não precisava se preocupar

- Como você espera que eu me acalme, se nem ligar pra avisar que iria demorar você liga?

- Desculpe, meu celular descarregou a bateria - lhe respondi e subi as escadas para tomar um banho.

Depois do banho, me dirigi ao meu quarto e me pus a escrever no diário. Desabafei sobre o que acontecera naquela noite e fui dormir. Na manhã seguinte, acordei sozinha, e, levei um susto. Me levantei e me arrumei às pressas para ir à escola e desci as escadas correndo. Chego na sala e pergunto para a mamãe:

- Por que não me acordou hoje? - eu estava meio que soltando os bofes

- Mas, minha filha, hoje é sábado. - mamãe me respondeu

- Ah, é? Desculpe, eu tinha me esquecido - eu falei com uma cara de taxo.

Tive que aguentar meu irmão me zoando, e olha que eu nem pude fazer nada, porque ele tava certo de me zoar naquela hora. Subi a escada e me troquei, de novo. Como já estava acordada, resolvi ir para o parque, e assim eu fiz. Estava no parque quando, por pura coincidência, encontro ele...