Amor Proibido escrita por Nyah


Capítulo 11
Amor ou Amizade?




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Fico quieta e dou um sorrisinho meio disfarçado.

- Não precisa esconder o sorriso. - ele me diz.

- Eu não sou muito de sorrir. Só isso. E quando resolvo sorrir, fico meio sem jeito - respondo

- Ah tá bom que eu vou acreditar nisso.

- Se não quiser acreditar, que não acredite.

Ele vai embora e eu fico lá na praça, sentada no banco em frente ao chafariz. Passo um bom tempo lá. Não tinha um lugar específico pra ir quando resolvi sair um pouco de casa, apenas saí pra não voltar a dormir e ter que depois, escutar minha vó reclamando que só sei dormir.

Depois de uns meses, acabei me acostumando com o fato de que um anjo estuda em minha classe e pertence ao mesmo clube que eu. Estávamos começando a nos dar bem, porém, eu voltava pra casa com a cabeça nas nuvens. Mas é claro que, mesmo com esse pequeno detalhe, não deixei de estudar. Mas mesmo assim, papai acabou notando minha mudança de comportamento. Numa noite de sexta-feira, enquanto estávamos todos sentados à mesa para o jantar, meu pai perguntou-me:

- Está tudo bem com você?

- Está sim. Aliás, por que não estaria?

- Bom, é que você está um pouco diferente do seu normal.

- Diferente? Como?

- Bom, antes, você chegava da escola e participava mais das coisas em casa. Mas, de uns tempos pra cá, você andou chegando mais tarde que de costume, passou a não jantar mais junto com todos, estava sempre furiosa. E agora, você está um pouco desatenta aos recentes acontecimentos dentro desta família, voltou a chegar cedo, mas em compensação, está saindo todo santo sábado. 

- Que acontecimentos?

- Está vendo só? 

- Papai está chegando mais cedo da empresa, sua estranha - meu irmão se meteu

- Cala a boca seu tonto - eu sussurro

- FIQUEI QUIETOS OS DOIS, por favor. Será que não podemos jantar em paz? - papai falou.

Ficamos quietos e terminamos nossa janta. No dia seguinte, era um sábado e eu resolvi ir até a praça, de novo. Lá, encontrei o anjo. Não sei por que, mas acho que só vou à praça aos sábados para poder vê-lo. Ficamos lá, conversando:

- Anjo...

- Ah, por favor, não precisa me chamar assim. Me chame apenas por meu nome.

- E qual é seu nome mesmo?

- Hinka.

- Está bem... Hinka, não acha estranho?

- O que?

- O fato de estarmos nos dando bem. Afinal, enquanto eu sou uma demônio, você é um anjo.

- Bom, eu nunca parei pra pensar nisso. Mas agora que você falou...

- NÃO CREIO ! - meu irmão fez questão de interromper-nos

- Seu Muleque... O que faz aqui? - estou irritada e nervosa ao mesmo tempo.

- Se papai soubesse disso... - ele disso isso com um sorriso no rosto

- Você não se atreceria, se atreveria?

- Não sei... Quem sabe se você fizesse alguns favores pra mim? 

- NEM PENSAR !

- Eu poderia até mesmo reconsiderar, mas já que essa é sua resposta, então, estou indo contar a ele tudo que vi e ouvi aqui nesta praça vindo de você. Ou será que esta não é sua resposta final?

- Está bem, está bem... Eu faço qualquer coisa que me pedir. Só não conte. Não gosto de ver o papai bravo comigo. - eu fiquei nervosa.

- Hinka, desculpe, mas infelizmente, eu terei de voltar pra casa. Tchau.

E saio correndo atrás de meu irmão, que insiste em deixar-me apreensiva. Deixo aquele (literalmente falando) anjo pra trás.

Quando chego em casa, simplesmente subo para meu quarto e, de tão nervosa que estava, simplesmente fiquei ali em minha cama pensando se o que sinto por ele, é simplesmente uma amizade nascendo entre membros de famílias rivais, ou se era algo mais sério, tal como os humanos denominam de... AMOR.


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