Como Reis E Rainhas escrita por LiiMalfoy


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Meeeeus amoreees! Estou de volta,diretamente de Lavras - MG para vocês! hahahahaha
Esse capítulo foi originalmente escrito como um bônus de Natal, uma vez que a fanfic foi postada em uma comunidade do orkut no dia 27 de novembro de 2010 e eu quis acrescentar esse bônus como um presente de Natal aos leitores. Então, entendam esse capítulo como um presente de Natal adiantado para vocês também, meus amores! ;)
Então, aproveitem a leitura e eu espero que gostem!



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Acordei tarde no dia seguinte, já que graças ao baile eu tinha ido dormir às 3:00hs da manhã. Eu nem queria imaginar o tamanho das olheiras que eu deveria estar.

 - Ah dane-se! É Natal! – comecei a pular e dançar como uma louca idiota quando finalmente consegue escapar do hospício e encontrar seus amigos imaginários felizes. Eu simplesmente AMO o Natal.

 - Bom dia, Lily! – Elizabeth adentrou o quarto. – O que você...?Ah, deixa para lá.

 - Estou feliz, Liz! Hoje é Natal ! – sorri.

 - Ah sim. – ela sorriu. Ponto para a Lily. Sim, existe Natal na Idade Média. E bem, é claro que deveria existir já que estamos na era mais cristã de todas e a celebração do Natal vem desde a Idade Média. Acho que me esqueci ontem. Não sei, mas talvez a viagem no tempo tenha feito mal ao meu cérebro.

 - E considere o baile de ontem, como seu presente.

 - Obrigada. – sorriu- Mas não posso te dar nada...

 - Ah, você dará. Acredite. – disse pensativa. Eu penso longe. Ela me ajudaria na ‘fuga’ com Potter. 

 - Está me assustando, Lily.

- Fique tranquila. – sorri. – Não é nada de mais. – “ Só roubar um cavalo para mim e outro para James e mentir para que nós possamos sair do castelo.” . Nada de mais , com certeza. Dei de ombros.

 - Hum. Então se troque e desça para o café. Seu pai a espera. – sorriu.

 - É claro! – sorri também. Ela virou-se para sair do quarto. – Liz?

 - Hum?

 - Pode me ajudar com o vestido? – ela riu.

 - Posso.

~*~

Desci e o rei já me aguardava.

- Bom dia, querida. E Feliz Natal! – sorriu.

- Feliz Natal! – sorri também.

 Olhei para um canto da sala e vi um pinheiro cheio de maçãs penduradas, bem como, um Papai Noel de roupas marrons ao invés de vermelhas e brancas. Estranho. Mas estamos na Idade Média e tudo aqui é estranho, pelo menos, do meu ponto de vista.

 - Ótimo baile ontem.

 - Sim, foi muito bom. – sorri. Olhei para a mesa e notei que Potter não estava lá. – Hum, o Príncipe da França não vem tomar café?

 - Não. Ele saiu bem cedo. Disse que tinha coisas a fazer.

 - Ah.

 - Percebi que se deram muito bem.

 - Se vou ter que me casar com ele tenho que fazer um esforço. – dei de ombros e tomei um gole de suco. Mas internamente eu queria voar no pescoço daquele velho. Como me prometer em casamento para o Potter? Justo o Potter?! Ele riu.

 - Certo.

 O resto do café foi silencioso. Não trocamos mais que monossílabos. Voltei ao quarto e fiquei por lá com Liz, conversando e rindo sobre o baile.

 - Então quer dizer que conheceu o Príncipe da Suécia? – sorri de orelha a orelha.

 - Sim! – ela deu pulinhos de alegria.

 - E depois?

 - Bem, nós dançamos ...

 - Aham...

 - E nos beijamos!

 - JURA? –gritei.

 - Sim! – ela disse e eu a abracei.

 - Então acho que foi um ótimo presente de Natal que eu te dei!

 - Foi o melhor, Lily! Obrigada!

 - Por nada, Liz . –sorri. Bateram na porta. – Pode entrar!

 A porta abriu-se e eu pude ver cabelos pretos bagunçados adentrarem meu quarto. Potter sorria para mim.

 - Hum, posso incomodar?

 - Não! – eu disse sem pensar. Elizabeth olhou chocada para mim. – Quer dizer...hum, talvez. – ele riu.

 - Tudo bem. Feliz Natal, Elizabeth. – sorriu.

 - Ah...sabe o meu nome? – ela arregalou os olhos. Ele piscou e eu bufei. James-idiota-metido-a-conquistador-Potter.– Hum, Feliz Natal.- ela disse envergonhada. Eu revirei os olhos.

 - Sabe que homens não estão permitidos no meu quarto, não sabe? Ainda mais sendo o ‘noivo’.

 - Sim, eu sei. Mas, eu quero falar com você e me disseram que estava aqui. – sorriu. Porque ele estava tão feliz?- Te encontro daqui a 5 minutos no portão do castelo. Ah! E coloque roupas quentes. Vamos ...passear. – piscou, dessa vez, para mim e fechou a porta. Fiquei boquiaberta. Aonde nós íamos? Era Natal!

 - Ele é muito bonito, Lily. – Liz sorriu para mim. Eu ainda estava sentada boquiaberta na cama. – Vamos, Lily! Vá se trocar! – despertei assim que ela disse.

 - Onde estão as roupas de inverno, Liz?

 - Na primeira porta, atrás dos vestidos. – sorriu.

 - Ah sim. Eu tinha...me esquecido.

 ~*~

Passei por vários corredores , janelas e portas até chegar ao portão do castelo. Não era exatamente o portão do castelo, porque este era cheio de guardas. Era o portão que dava acesso aos jardins. Eu sabia disso, mas nunca havia estado lá já que eu só estava por aqui a 2 dias e meio.Assim que cheguei, avistei Potter e seus cabelos incorrigíveis. Ele estava vestindo roupas quentes e um grande casaco de pele marrom, assim como eu.

 - Aonde vamos, Potter? – perguntei cautelosa.

 - Você chegou. – ele sorriu. – Fique tranquila. É só parte do meu presente de Natal para você. – sorriu mais ainda.

 - Que presente de Natal?

 - Você vai ver.

 Ele segurou uma de minhas mãos e foi como se eu estivesse segurando um fio desencapado. Uma onda de eletricidade percorreu toda a extensão do meu corpo. Saímos pelo portão e a nevasca não caia mais. O chão estava coberto de neve, assim como as árvores. Tudo lindamente branco. O céu, porém, estava em um azul muito intenso.

 - Eu adoro o Natal. – disse de repente.

 - Eu também. – ele entrelaçou nossas mãos. – Ainda mais, se posso passá-lo com você. – soltei a mão dele, envergonhada. - O que foi?

 - Você me deixa... sem graça, Potter.

 - Por quê? – sorriu e entrelaçou nossas mãos novamente.

 - Porque eu não sou muito educada com você. Sempre deixei claro que te odeio. E mesmo assim você age como se nada disso te afetasse. – olhei para ele- E me prepara uma surpresa de Natal. – sorri. Ele riu.

- Eu sempre deixei claro o que sentia por você. – nos encaramos por alguns instantes. Ele se aproximou de mim e ficou a centímetros dos meus lábios.

 - Ér...então, e o meu presente? – desviei-me dele. Ele riu novamente.

 - Apressadinha. Ainda nem começamos o passeio. Tem muita coisa para se fazer antes do pôr-do-sol.

 - Pôr- do – sol?

 - É quando te darei o maior presente. – sorriu maroto.

 - Potter... – adverti. Ele riu apenas.

 Continuamos andando em silêncio pela neve, até chegar a um lugar que durante o verão deveria ser o pomar. Agora, não haviam folhas e os galhos estavam completamente cheios de neve. Algumas árvores possuíam troncos grandes e majestosos, outros pequenos e curvos. Assim que chegamos ao meio, percebi que elas formavam um perfeito círculo. E no centro do circulo, havia um banco de madeira. Sorri.

- Deve ser muito bonito na primavera.

 - Sim. – ele sorriu também.

Continuei observando o pomar até sentir algo gelado bater no meu rosto. Olhei para Potter, muito brava. Ele riu. Mas não riu apenas, ele gargalhou. MUITO. Eu não podia deixar assim. Enquanto ele colocava todo o estoque de risadas para fora, abaixei e peguei um pouco de neve. Fiz uma bola grande e joguei nele também. Bastou para que a guerra começasse.

- Eu vou te pegar, Lily! – ele ameaçou correr atrás de mim.

 - Não vai não! – ri e joguei outra bola. Ele jogou a dele no meu braço. - Você me paga! – era para sair um tom assassino, mas eu não conseguia parar de dar risadas.

 - Veremos. – correu atrás de mim.

 Gritei e saí correndo pelo pomar. Porém, como já era de se esperar, ele corria bem mais do que eu. Potter me abraçou por trás e me rodopiou no ar. Gargalhei e ele riu comigo. Logo após, me pôs no chão, mas eu estava tão tonta por rodopiar que tropecei e caí, puxando Potter comigo e  fazendo com que ele caísse em cima de mim. Coordenação motora inútil.

- Desculpe. – ri.

- Não foi nada. – ele sorriu maroto.

 Ficamos nos encarando por mais alguns minutos. Ele foi se aproximando dos meus lábios lentamente. E Merlim! Como estava cheiroso naquele dia. E lindo. Seus cabelos bagunçados e seu sorriso encantador estavam me matando. Mas era o Potter! Não! Eu não podia me apaixonar por ele! Ou podia? Minha mente estava muito confusa e o cheiro dele entorpecia meus sentidos.

 Sem mais nem menos, ele selou nossos lábios em um beijo carinhoso. Foi uma explosão de sensações. Não sei bem como explicar. Só foi maravilhoso. Eu correspondia quase inconscientemente. Meu coração pulava tanto que achei que sairia do meu corpo e as borboletas no estômago saltitavam sem parar. Não havia sido nosso primeiro beijo, porque ele tinha me roubado um antes mesmo de virmos parar na Idade Média. Mas apenas com este eu senti a melhor sensação da minha vida. Separamos-nos e ele sorriu para mim.

 - Não mordeu minha boca desta vez.

 - Não tive tempo. – ri.

 - Sei. – riu também.

~*~

Tínhamos feito anjos e bonecos de neve e até uma guerra de bolas de neve. No final do dia eu estava muito cansada. Mas Potter dizia que ainda tinha um presente para mim e a minha curiosidade era maior que a canseira.

 - E então, vai me dar o maior presente? – sorri para ele. Eu estava sentada no colo dele e ele estava encostado no tronco de uma árvore. Observávamos o pôr-do-sol. Estava muito bonito, apesar de ser inverno.

 - Vou. – riu. Tirou uma caixinha preta do bolso e me entregou.

 - O que é ? – meus olhos brilharam.

 - Abre. – sorriu.

 Eu abri. E posso garantir nunca ter visto nada tão lindo na minha vida. Dentro da caixa havia um lindo cordão de ouro com um medalhão em forma de coração, incrustado de cristais que brilhavam como estrelas. Fiquei boquiaberta.

- Potter! Eu...não tenho palavras. É lindo! – olhei para ele. – Obrigada. – sorri. – Mas não sei se posso aceitar.

 - Pode e deve. É um presente e presente não se devolve. – sorriu também. - E ele abre. – pegou - o de minhas mãos e o abriu. – Assim que voltarmos para o presente, você pode colocar uma foto nele. Veja isto como uma promessa minha de que não descansarei até voltarmos ao nosso tempo.

 - Obrigada. De verdade, acho que nunca ganhei nada tão lindo assim.

 - Por nada, meu lírio. Posso ter a honra de colocá-lo?

 - É claro. – ri.

 Segurei meus cabelos em um coque, enquanto Potter fechava o colar e ajeitava-o no meu pescoço. O sol já havia se posto e em seu lugar as estrelas e a lua cheia brilhavam como nunca. Com o suave toque dos raios lunares, os cristais do meu colar se iluminaram ainda mais.Soltei meus cabelos. Senti Potter afastando alguns fios e logo em seguida dando pequenos beijos em toda a extensão do meu pescoço. Arrepiei. Ele riu.

 - Potter, pare com isso. – disse receosa.

 - Por quê?

 - Porque sim. – me afastei um pouco.

 - Está com medo de não resistir a mim? – disse sedutor.

 - Potter, é sério. Eu amei o dia que passamos juntos e o presente que você me deu. E, apesar de não ter um para lhe dar também....

 - Pode começar me chamando de James. – eu concordei.

 - Tudo bem, mas não é isso que precisamos pensar agora. – ele bufou e parou com os beijinhos. Eu suspirei.

- Eu sei.

 - Obrigada. – encarei-o. Ele passou os braços ao redor da minha cintura, como um gesto de posse. – Como vamos à casa da bruxa?

 - Quando fui comprar o medalhão, acabei me informando.

 - Sério?

 - Sim. Bem, na verdade foi meio sem querer.

 - Conte.

 - Eu fui a uma espécie de joalheria e um senhor com uma cara muito bondosa me atendeu. Pedi para ele uma coisa única, especial. Algo que eu pudesse dar a alguém e que ninguém mais pudesse. Ele me apresentou este medalhão. Eu fiquei encantado e disse que era exatamente isto que eu estava procurando. Ele sorriu e disse que era muito especial, porque não fora feito como os outros medalhões. Fiquei confuso e ele me explicou que havia uma mulher na cidade, em um lugar bem afastado e meio sujo que fazia jóias mágicas. Ele ia denunciá-la, mas quando viu o medalhão desistiu. Era lindo demais e ele resolveu compra-lo para sua mulher. Mas ela morreu tempos depois e ele guardou o medalhão para dá-lo a alguém que fosse presentear uma pessoa que amasse muito. Então colocou em uma caixinha e passou para mim. E sem querer, me deu exatamente as informações de que eu precisava para encontrar a bruxa.

 - Então quer dizer que você não o comprou? – eu disse segurando o medalhão.

 - Não.

 - E como ele sabia que você o daria para alguém que, hum, amasse?

 - Acho que ele viu em meus olhos. – sorriu para mim.

 - E o que ele veria em seus olhos?

 - Olhe para eles. – encarei os olhos lindos de Pot...James.- O que vê?

 - Nada, eu acho.

 - Olhe com mais atenção.- olhei. E o que vi me deixou envergonhada.

 - Ér, eu?

 - Exatamente. – sorriu. Beijou minha bochecha.- Acho que já está tarde e precisamos voltar. Amanhã será um longo dia. Será que Elizabeth poderá nos ajudar?

 - Sim. Ela me deve um presente de Natal. – ri.

 - Ótimo. E fale com o cocheiro. Ele te dará dois cavalos.

 - Como sabe? – ele riu.

 - Está nos olhos dele. Assim como nos do Snape. – corei.

 Levantou-se e segurou uma de minhas mãos, me guiando noite à dentro. Ou quase guiando. Porque quem nos guiava de verdade, eram as estrelas e a lua. Ambas nos iluminado como se soubessem de um futuro que não fazíamos ideia. E gostassem do que viam.

 - Feliz Natal, James.

 - Feliz Natal, Lily.


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Notas finais do capítulo

As coisas estão bem corridas por aqui! Tivemos palestra ontem e hoje a tarde vamos ter mais uma e segunda as aulas já começam! Sem contar a chuva que está caindo aqui, nos obrigando a rachar um táxi em 7 pessoas! hahahahahaha
Mas, afora minhas primeiras aventuras na pensão...vim trazer mais um capitulo fresquinho para vocês! E avisar que os posts agora vão sair uma vez por semana, somente. Sabem como é, só vou ter tempo no fim de semana!
Espero as reviews sobre o primeiro-segundo beijo da Lily e do James ;)
beijos com sabor de tortinha de abóbora,
Lii Malfoy.