Como Reis E Rainhas escrita por LiiMalfoy


Capítulo 4
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu vou postar hoje, porque depois só vou poder postar na quarta! Mas eu quero mais comentários, por favor! ;)



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A dor de cabeça era insuportável. Ok, não era insuportável, mas incomodava bastante. Ainda não conseguia abrir os olhos.  Estava deitada em algo bem macio, então pensei que alguém tivesse me achado e levado para a enfermaria. Porcaria de desmaio! Eu odeio a enfermaria, me dá arrepios. Anotei mentalmente que mataria quem quer que tenha me trazido para cá. Ou jogaria para os leões. Ou dragões.

- Acorde senhorita. – uma voz feminina pronunciou perto de mim. Não era de jeito algum da Madame Pomfrey. Ok, talvez ela estivesse de férias. Realmente precisava, se me permite dizer.- Vamos, acorde. – uma mão delicada me balançou gentilmente. Eu não queria abrir os olhos e ter a certeza de que estava na enfermaria. Mas eu precisava.

Abri os olhos lentamente, me acostumando com a claridade do lugar. Estava no quarto, afinal. Que ótimo, ninguém morreria atirado aos leões ou dragões. Suspirei. O ar parecia puro e inundava meus pulmões. Espreguicei-me com vontade. Além da dor de cabeça, que agora parecia mais branda, nada mais me incomodava. Eu estava nova. Não parecia que há pouco tempo minha cabeça fora quase rachada ao meio e nem que havia desmaiado e caído no chão duro do quarto.

Espreguicei-me novamente aproveitando a sensação de ter três edredons grandões, em uma cama king size, com zilhões de travesseiros. A sensação era maravilhosa, pode acreditar, além disso... ESPERA AÍ! TEM ALGUMA COISA ACONTECENDO AQUI! NEM NO ANIVERSÁRIO DE MERLIM E MUITO MENOS NO NATAL, OS QUARTOS DE HOGWARTS TÊM CAMAS  KING SIZE , COM TRÊS EDREDONS E ZILHÕES DE TRAVESSEIROS!

- Onde eu estou? Merlim! Fui seqüestrada, socorro!- pulei da cama desesperada.

- Seqüestrada? Do que está falando, senhorita? – uma garota mais ou menos da minha idade, perguntou dando risadas.

- ONDE EU ESTOU? – repeti gritando.

- Londres.

- Ah que bom. – suspirei aliviada.

- Ano de 1415.

Que ótimo. Estou em Londres ainda. Se alguém me seqüestrou, pelo menos não me levou para longe. Londres, 1415. ESPERA AÍ! COMO ASSIM, 1415? Eu só posso ter ouvido errado!  

- Você disse 1415?

- Sim. – ela colocou uma das mãos na minha testa. – Está doente, senhorita?

- COMO ASSIM 1415? JAMES POTTER! PODE APARECER, SEJA LÁ ONDE ESTIVER! EU SEI QUE É VOCÊ QUE ESTÁ FAZENDO ISTO! – parei por um momento e sussurrei – Não sei como – continuei – MAS EU SEI QUE É VOCÊ! PODE DESLIGAR A CÂMERA, SEU IDIOTA! EU JÁ DESCOBRI!

- Senhorita Lily! Quem é James Potter? – a mocinha disse meio confusa. Eu bufei. Isto estava indo longe demais.

- EU VOU TE ACHAR POTTER! E JURO QUE VOU TE JOGAR PARA OS DRAGÕES! - gritei.

Comecei a procurar em todos os lugares do quarto. E só aí percebi o quanto ele é grande e arrumado. Parecia ter saído do séc. XV mesmo. Papéis de parede florais, cama gigante, edredons igualmente grandes. Além disso, em uma das paredes havia um guarda roupa cinqüenta mil vezes maior que o meu armário em Hogwarts. Eu fiquei imaginando quantas roupas caberiam ali dentro e cheguei à conclusão de que nem se eu comprasse roupas a vida inteira encheria. James devia ter levado bastante tempo para conjurar todas estas coisas.

- Eu vou te achar. – abaixei e olhei embaixo da cama. Nada. Abri a gaveta da mesa de cabeceira. Nada. Bufei. – Ele não está aqui.

- Hum, provavelmente não senhorita. Nenhum homem tem permissão de entrar aqui. E muito menos caberia na gaveta.  – ela riu um pouco.

Abri a primeira porta do guarda roupa e quase tive um ataque.  Eram vestidos. Mas muitos vestidos mesmo! E eu nunca havia visto tão lindos assim! A maioria cheia de pedrarias e bordados perfeitos, alguns com caldas longas e outros com saias enormes. Vestidos de princesa.

Corri e abri a outra porta. Sapatos. Merlim! Eu nem conseguia contar quantos havia! E estavam todos separados por cor. Vermelhos, brancos, pretos, amarelos, azuis. Mas, surpresa mesmo eu deixei para a ultima porta. Não era a continuação do armário, era um closet.  Entrei e ao meu redor havia vários armários e gavetas. Abri a maioria deles. Jóias e coroas, que reluziram pelo closet inteiro. Colares de diamantes, anéis de ametista, brincos de quartzos de todas as cores. E no meio de tudo, uma linda coroa de diamantes e pérolas, fechada dentro de uma caixa de vidro. Eu estava boquiaberta.

- Senhorita, hum. Até parece que nunca as viu.

- E nunca vi mesmo. Pelo menos não tão lindas assim...

- É claro que as viu! Meu Deus está agindo tão diferente hoje.

- E, por favor, não me chame mais de senhorita. Eu gosto que me chamem de Lily. – sorri para ela, que fez uma cara de surpresa. – O que foi?

- Ér, sempre me disse para chamá-la de senhorita.

- Disse é?

- Aham.

- Bem, então agora estou desdizendo. – sorri e ela sorriu comigo.- Pode me dizer seu nome? Eu sinto que nunca perguntei . – Eu não sentia nada, mas eu precisava saber o nome dela.

- Ah sim. Na verdade, nunca perguntou mesmo – arregalei meus olhos. – Tudo bem. Sou só sua empregada. – engoli seco – Meu nome é Elizabeth. – sorriu.

- Que nome bonito! Desculpe nunca ter perguntado. – sorri. Ela me olhou estranho.

- Lily, hm, tem certeza de que está bem? Eu posso chamar seus pais aqui.

- Meus pais? Por que eles estariam aqui? Eles nem são bruxos!

- Mas é claro que não são! – ela riu gostosamente – Com certeza há algo errado por aqui. Quer ajuda para se trocar? Está na hora do café. – sorriu.

- Ajuda? Hum, acho que não. – ela arqueou as sobrancelhas. – O que eu visto?

- Que tal este? – ela me mostrou um vestido rosa floral, longo e muito bonito. Porém, bem simples. Olhei para os outros vestidos, os mais bonitos, e fiz cara de decepcionada. – Sabe que estes são para ocasiões especiais. Embora, eu também goste muito mais deles – ela sorriu.

- Tudo bem. Dê-me este. – ela me passou o vestido. – Pode me dar licença? – sorri.

- Claro. – ela riu e eu não entendi.

Assim que ela saiu do quarto e encostou a porta, despi-me e coloquei o vestido. Na verdade, eu quase coloquei. Na parte de trás, havia centenas de fios de cetim que precisavam ser amarrados. Minhas mãos não alcançavam. De repente eu entendi do que ela estava rindo.

- Elizabeth! – gritei e ela entrou rindo. Corei. – Talvez eu precise de ajuda. – ela riu.

- Claro. – ela começou a puxar os fios. Estava bom. Mas de repente ela começou a puxar mais, mais e mais. Eu não estava conseguindo respirar direito.

- Pare! Pare! – implorei.

- O que foi?

- Está...muito apertado!

- Mas sempre gostou assim.

- A partir de hoje, quero menos apertado, por favor.

- Hum, tudo bem. – ela desapertou um pouco e ficou melhor. – Está bom?

- Ótimo, obrigada. – sorri.

- Quer ajuda com o cabelo?

- Sim. – resolvi aceitar. Estava quase claro para mim que não era armação de James. Quase. Ainda ficaria alerta para o caso de ele aparecer de repente com uma câmera. E como não sabia nada sobre como viver por aqui , era melhor aprender com quem sabia. Sentei-me em uma cadeira na frente da penteadeira.

Ela penteou meus longos fios ruivos e prendeu uma parte para trás.

- Quer colocar algo nele? – ela disse apontando para o cabelo.

- O que você acha que eu devia usar?

- Hum, - ela mexeu em uma caixinha na penteadeira.- Este? – ela mostrou uma presilha de cristais muito linda.

- Sim. – sorri e ela colocou do lado esquerdo. – Ficou lindo, obrigada.

- Por nada – corou. – Vamos?- assenti e a segui.

Se antes estava quase claro que James não teria feito nada disto, agora estava completamente claro.

Assim que saí do quarto fui tomada por uma visão incrível. Era um castelo , mas não era Hogwarts. Era ainda mais velho, se possível, mas era muito bonito e imponente. Fiquei maravilhada com a visão das paredes de pedra extremamente altas, janelas de vidro cobertas por longas cortinas vermelhas de veludo e que pareciam bem pesadas. Do lado direito vários quadros de homens e mulheres, que como estavam usando coroas, eu tive certeza, serem reis e rainhas passados. Todos continham datas e conforme eu e Elizabeth fomos avançando, eles ficavam mais recentes. Quer dizer, relativamente recentes. O mais novo era do Rei August, datado de 1400, apenas 15 anos antes do que aparentemente estávamos.

Elizabeth continuava me olhando estranhamente, mas nada dizia. Aonde, exatamente, eu viera parar? E mais importante ainda: Como e porque eu estava em 1415? E como iria voltar para o meu tempo? Se é que algum dia eu voltaria. Tremi. Não, eu precisava voltar! Alguém sentira a minha falta? Estavam me procurando? Eram muitas perguntas, e nenhuma resposta.

Continuamos andando até que atravessamos uma porta grande de madeira escura. Adentramos e , eu sei que é clichê eu dizer que tive um ataque, mas eu realmente tive. Até então nada fazia sentido, e bem a maioria dos acontecimentos continuou não fazendo, mas eu entendi porque estava vestida daquele jeito. Entendi porque o meu quarto era maravilhoso e meu guarda roupa cheio e encantador. E principalmente, porque eu tinha que ter uma empregada. Quem estava na minha frente, tomando café, era ninguém menos que o Rei August.

- Bom dia querida. – ele sorriu – Sente- se comigo. 


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Notas finais do capítulo

Aí está mais um capítulo para vocês!
Obrigada a Almofadinhas que comentou ( eu já respondi) e a FilipaBlack que favoritou a CRR! Vocês são umas lindas *-*
A Lily também está agradecendo e o James está "mandando beijos para as duas gatinhas!" , palavras dele. :)
Eu quero mais comentários! ;)
Até quarta feira, pessoas lindas!
Beijos com sabor de tortinhas de abóbora,
Lii Malfoy



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