Que O Vento Leve O Pouco Que Me Restou. escrita por Infarto Ambulante


Capítulo 3
Minha sóbria embriaguez


Notas iniciais do capítulo

- Pode me dar um cigarro? - Pedi ao homem que estava fumando, quieto, sentado ao meu lado.
- Claro. - Ele me entregou o cigarro e me ajudou a acendê-lo. - Então, como se chama? - Ele sorriu gentilmente, me abraçando pelos ombros.
- Acho melhor você não saber meu nome. - Meu rosto ficou vermelho, enquanto eu dizia isso.
- Como quiser, linda. Meu nome é Kennedy. Qualquer coisa, chama.



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Essa é uma das primeiras vezes, da minha vida, que estou feliz por estar envolvida pelo cheiro do álcool e dos cigarros baratos. Deve ser porque nunca estive tão bêbada. Tão bêbada e tão sã dos meus atos. E quer saber mais? Estou gostando disso tudo. Da música alta, das pessoas gritando, enquanto me oferecem mais e mais copos de bebidas que não sei o nome. O melhor disso tudo é que aqui, no meio de toda essa confusão, o esqueci e...


–Quer mais um copo? - Uma garota, acho que a dona dessa festa, me ofereceu novamente.

–Me passe logo a garrafa. Depois lhe pago outra. - Ela acenou com a cabeça e me deu a garrafa de uísque, que estava pela metade.


Sobre o que eu falava mesmo? Acho que sobre esse cara que já passou a mão na minha bunda umas três vezes ou sobre o fato de ter uma menina se despindo, em cima de uma mesa, enquanto os caras babam por ela. Só espero que ela tenha notado que o ventilador de teto está ligado, caso contrário, ela vai se machucar.

Já está quase amanhecendo e estou morrendo de sono. Acho que vou me apoiar no ombro do primeiro homem bonito que estiver por aqui e pedir para ele me levar pra casa. Farei isso se eu conseguir chegar até ele, já que mal consigo andar. Pedi a um, e vieram vários. Lindos, fortes e dispostos a fazer o que eu quisesse, mas para compensar, eu não conhecia nenhum deles. Ao menos, com eles, aprendi que é possível encontrar felicidade no meio da rua, procurando o que comer, com pessoas bem mais bêbadas que você.

Agora que estou em casa, me resta tomar um banho e dormir. Não me incomodo com o fato do meu estômago ainda roncar de fome, aliás, boa noite, estômago. Peça desculpas ao seu amigo, fígado, por mim. Sei que ele vai me perdoar. Sei que depois dessa noite, qualquer um vai me perdoar, até o ... Qual o nome dele mesmo? Kenny, Kane... Ah, deixa pra lá.


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Notas finais do capítulo

Ah, a bebida.
Sempre achando um meio de nos fazer esquecer, ou lembrar, de tudo.
E vocês, o que acharam?
Devo melhorar em algo?
Ou talvez não?
Deixem comentários sobre.
Até a próxima. -^^-



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