Meu Herói escrita por Lari Duda


Capítulo 17
Mistério e ciúme


Notas iniciais do capítulo

Boa noite leitores!
Mais um capítulo fresquinho saindo para vocês. E agora muitas emoções estão surgindo, portanto a história passará a ter um pouco mais de ação a partir de agora.
Não posso deixar de mencionar que dedico esse capítulo ao Kevin Souza como forma de agradecimento pela maravilhosa recomendação! Muito obrigada Kevin *-*
Enfim, chega de enrolação, espero que todos gostem e nos encontramos nas notas finais!
Boa leitura ^^



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Na semana seguinte, Peter não poderia estar mais feliz. Tinha a garota que amava ao seu lado e via tia May se tornar mais sadia a cada dia que se passava.

Mas sua felicidade aumentou ainda mais quando recebeu um telefonema do hospital.

– Gwen, isso é ótimo! – Peter se voltou para a namorada, que tinha ido almoçar em sua casa naquele dia. – tia May está recuperada, e poderemos ir buscá-la hoje mesmo.

– Que bom Peter! – sorriu Gwen, beijando-o – fico feliz que ela tenha melhorado.

E assim que terminaram de almoçar, foram imediatamente para o hospital. Lá, tia May estava esperando seu sobrinho de braços abertos, com ansiedade de abraçá-lo e voltar para casa sadia e forte o mais rápido possível.

Tia May sentia um afeto muito grande por Gwen. A garota parecia ser a ideal para Peter, no seu ponto de vista. Era meiga, sincera, e nutria por Peter um amor incondicional, verdadeiro, um amor que não se media. E tudo o que mais importava para May era ver seu sobrinho bem, que era como filho para ela. E Gwen parecia estar deixando Peter mais feliz do que nunca.

Quando saíram do hospital, tia May não via a hora de chegar em casa. Muitas coisas precisavam ser feitas naquela casa.

– Tia May lembre-se de que você precisa repousar mais alguns dias. – advertiu Peter.

– Nada disso querido! Eu já fiquei deitada naquele hospital tempo demais. Preciso me movimentar, fazer algo para me exercitar, ah não aguentava mais ficar sem fazer nada naquele hospital!

– Mas tia May...

– Eu entendo como ela se sente Peter. – riu Gwen, interrompendo-o. – Quando eu fiquei internada uma vez, assim que saí não aguentava mais ficar na cama.

– É exatamente assim que me sinto agora. – disse tia May sorrindo para Gwen. – Já almoçaram? Posso fazer um macarrão com queijo ou alguma outra coisa para vocês...

– Não se preocupe tia May. – disse Peter. – Gwen e eu acabamos de almoçar.


* * *


Mary Jane ainda não conseguia se conformar com a situação que a impedia de estar com quem ela gostava. Harry era ótimo para ela, mas ela não conseguia tirar da cabeça o Homem-Aranha. Não conseguia esquecer o dia em que ele a salvou pela primeira vez. A noite de amor que viveram, apesar de que ambos estavam embriagados e não sabiam o que estavam fazendo. A lembrança ficaria para sempre em sua memória.

Harry tentava fazê-la feliz de todas as maneiras. Mary Jane gostava muito dele, porém Peter não saía de sua mente, e ela sentia raiva disso. Queria poder ser feliz com Harry e esquecer o Homem-Aranha de uma vez por todas.

No entanto, não era apenas a paixão que ainda nutria por Peter Parker que impedia Mary Jane de ser feliz ao lado de Harry. A ruiva não suportava Norman Osborn, o pai de Harry. Era um homem arrogante, prepotente e dinheirista. Sentiu muitas vezes ele a olhar com desprezo. Parecia que, para Norman, Mary Jane estava atrapalhando ainda mais a vida de seu filho.

Mas naquela tarde, enquanto almoçavam todos juntos na casa de Harry, Mary Jane ficou ainda mais desapontada.

– E as notas? – perguntou Norman sério, sentado na ponta da mesa, com a taça de vinho em sua mão. – Não quero que me decepcione de novo.

– Estou tranquilo pai. Apenas física está complicado.

– E por que não estuda?

– Eu estou estudando. Mas o professor não está colaborando também. Já faz uma semana que estamos tendo aula vaga. Talvez ele tenha abandonado a escola, não é Mary Jane?

– É verdade. Ele só tem faltado ultimamente. – concordou a ruiva de cabeça baixa.

Norman mais uma vez olhou a nora com desprezo.

– E por que vocês não reclamam? Aposto que estão adorando ficar se amassando pelos corredores do colégio nessas aulas. Francamente, Harry.

Mary Jane arregalou os olhos e encarou o namorado, que não disse nada. Então, fez-se um longo silêncio que já estava se tornando insuportável. Mary Jane queria sair correndo daquela sala de jantar e nunca mais ter o azar de olhar para seu sogro arrogante.

– Não temos culpa – Harry disse por fim. – Já tentaram reclamar, mas não há nada que a escola possa fazer...

– Eu avisei você Harry. –interrompeu Norman. - Se tivesse estudado nas instituições caríssimas em que eu já inseri você, hoje você poderia estar como eu. Se tornaria um homem poderoso, rico. Uma pessoa sem poder não significa nada. Você precisa ter ambição, preocupar-se com você mesmo, ao invés de perder tempo. – ele lançou mais um olhar desprezível para a ruiva, que percebeu o que ele queria dizer. – Você é um fraco...

– Ele não é fraco! – protestou Mary Jane, ficando em pé. – Harry é um homem bom, honesto. Francamente, o senhor não precisa ficar dizendo essas coisas ao seu próprio filho. Deveria ter mais consideração...

– Harry, tire essa garota insuportável daqui. – Norman respondeu calmamente, ainda sentado, com as mãos apoiadas sobre a mesa. – Todo esse tempo que você esteve com ela me fez perguntar a mim mesmo o que você tem na cabeça para se envolver com uma garota desse perfil. Tão estúpida...

– Harry você vai deixar seu pai me tratar desse jeito? – perguntou Mary Jane, com lágrimas nos olhos.

Porém Harry estava imóvel. Não conseguia dizer uma palavra, tampouco tinha coragem para enfrentar o próprio pai. Apenas engolia em seco, voltando seu olhar para a mesa. Passaram-se alguns minutos de silêncio e Mary Jane sentiu-se indignada.

– Quer saber? Não precisa dizer nada. – em seguida ela se retirou da sala de jantar, pegando sua bolsa e indo em direção à porta.

– Mary Jane, espera! – gritou Harry arrependido, indo atrás dela.

Quando ela saiu da casa, Harry segurou o braço dela.

– Me desculpe, eu...

– Chega Harry, acabou! Eu vi muito bem a consideração que você tem por mim.

– Não fale assim Mary Jane...

– É a verdade! Não acredito que você foi capaz de deixar seu pai me tratar daquele jeito. Nunca fui tão humilhada... – ela enxugou as lágrimas – Me deixe ir, por favor.

– Mary Jane, me escute, por favor. – Harry segurou os braços da ruiva, olhando nos olhos dela em seguida. – Meu pai é um arrogante, é complicado... Eu não posso simplesmente afrontá-lo.

– Pois é o que você deveria ter feito. – Mary Jane se soltou dos braços dele com raiva. – Até quando você vai depender dele? Sinceramente, não entendo você.

Em seguida ela se afastou, deixando Harry entre lágrimas e uma dúvida cruel entre enfrentar seu pai ou perder a garota que havia roubado seu coração.


* * *


– Homem-Aranha, onde está você? Apareça! – gritou o Duende Verde em meio a risos.

O Homem-Aranha havia entrado em ação. Não podia acreditar que logo nessa tarde em que ele estava tão animado esse Duende maluco apareceria novamente para arruiná-lo. Porém estava pronto para derrotar definitivamente o terrível Duende que atacava a cidade mais uma vez. Precisava acabar logo com este maldito vilão que continuava transformando Nova York em um verdadeiro caos.

Pessoas corriam de um lado para o outro buscando salvação, enquanto ele estava lá, sobrevoando em seu planador pela cidade e lançando seus projéteis contra prédios, residências e carros. O Homem-Aranha lançou sua teia pelos edifícios, e após salvar uma mulher e uma criança dos ataques do Duende Verde, ele imediatamente saltou em alta velocidade e se chocou com o vilão, derrubando-o de seu planador.

Enquanto caiam da altura aproximada de um prédio, o Homem-Aranha espancava o vilão com uma mão, enquanto tentava se defender com a outra. Quando achou que o Duende não teria como escapar dessa, Peter ficou impressionado mais uma vez com a agilidade do vilão, que conseguiu escapar dos braços do herói e voltar para seu planador em uma rapidez incrível.

Peter estava prestes a sofrer uma queda, por isso acionou seu sistema de teias imediatamente, impedindo-a. Mas quando olhou para o céu procurando pelo vilão, notou que ele estava com uma mulher muito familiar em seus braços, indo em direção ao topo de um enorme edifício no centro de Nova York.

Um imenso nó formou-se em sua garganta quando se aproximou cada vez mais do vilão e da mulher, que tremia, chorava e tentava inutilmente se soltar da mão forte que apertava seu pescoço. Quando olhou para ela, o Homem-Aranha não conseguia acreditar no que via: era Mary Jane. Os cabelos cor de fogo da garota voavam com o vento, conforme o Duende ameaçava soltá-la a qualquer momento.

– Solte-a! Agora! – gritou Peter com raiva.

– Olha só, o nosso heróizinho veio salvar a ruivinha. Mary Jane, Mary Jane, Mary Jane... – riu – será que nosso valente herói irá salvar a Mary Jane? – após debochar do Homem-Aranha, o Duende balançou mais uma vez o corpo de Mary Jane no ar, quase a sufocando.

– Deixe-a em paz! Você quer a mim, ela não tem nada a ver com isso! – bradou Peter.

– Você é um tolo Homem-Aranha. E vai perder tudo o que é mais precioso para você. Esta garota é uma miserável, e merece morrer. – ao dizer essas palavras, o Duende Verde aumentou ainda mais o aperto no pescoço de Mary Jane, que já estava começando a ficar roxa. Peter, mesmo sem entender porque o Duende reagia dessa maneira com Mary Jane, precisava agir rápido e fazer alguma coisa.

De fato, o Duende parecia estar sentindo um ódio mortal da ruiva. Ele não parecia estar apenas se divertindo ou fazendo isto apenas para provocar a fúria do herói. Algo estava errado. Muito errado.

O Homem-Aranha tentou atacar o Duende, fazendo-o soltar com raiva o corpo de Mary Jane, que caía agora, sem proteção. Se Peter não a salvasse agora, ela morreria obviamente. A queda seria macabra.

Sentindo o sangue ferver em suas veias, o Homem-Aranha desferiu um golpe brutal sobre o Duende, que o fez fraquejar por um momento e afastar-se dele. Não queria parar de lutar contra o vilão, mas não podia deixar Mary Jane morrer. No mesmo momento, o Homem-Aranha reuniu todas as suas forças, tentando alcançar o corpo da ruiva, que estava caindo desesperadamente. Assim que conseguiu alcança-la, Peter acionou seu sistema de teias. Primeiro no corpo da garota, puxando-o para si. Em seguida, para impedir a queda de ambos.

Assim que chegou ao chão, Peter notou que Mary Jane tremia de medo. Mas tudo o que importava era que a garota estava viva. Em seus braços, a ruiva suspirava assustada, fitando-o.

– Obrigada...

Peter não percebeu, mas Gwen observava-o de longe. E obviamente não estava gostando nada do que via.

O Homem-Aranha deixou Mary Jane em segurança. ‘’Cuide-se’’, foi o que ele disse antes de acionar sua teia pelos prédios, no intuito de voltar a lutar contra o Duende e vingar-se dele por isso. Porém, quando olhou a seu redor, Peter notou que mais uma vez o vilão havia desaparecido.

Mary Jane ainda permanecia imóvel e assustada. Não podia acreditar que fora salva pelo Homem-Aranha por uma última vez.


* * *


No dia seguinte, na escola, Peter notou que Gwen estava atrasada. Ficou preocupado por um instante, e quando ele a avistou correndo até os portões do colégio, sentiu uma onda de alívio preencher seu coração.

– Bom dia minha linda. – ele se aproximou da garota para beijá-la.

– Bom dia. – ela respondeu meio seca, porém permitindo que os lábios dele se aproximassem dos seus.

– Ei, o que foi? – perguntou ele notando a frieza da garota. – aconteceu alguma coisa?

– Nada...

– Está mentindo... – ele a fitava nos olhos, porém ela desviou o olhar. – Pode me falar.

– Não é nada, Peter. Que coisa!

– Então por que está nervosa? O que foi que eu fiz?

Ela suspirou.

– Não gostei do jeito que você estava com a Mary Jane ontem. Pensa que eu não vi? Pronto falei...

– O que, quando eu a salvei? Foi isso?

– Sim! – respondeu Gwen.

– Gwen, não aconteceu nada. Ela podia ter morrido.

– Eu sei. Mas precisava ficar segurando ela nos braços todo aquele tempo? Você só a salvou, não precisava ficar tanto tempo agarrado com ela...

– Poxa Gwen, pare com isso! Não ficamos agarrados...

– Peter eu não sou idiota. Eu vi. Eu vi o jeito que ela olhava para você!

– Ela estava assustada, só isso.

– Não é só isso. Ela gosta de você. Eu sei você acha que me engana com esse papo? Ora, francamente Peter, você precisa entender que... – antes que ela pudesse terminar a frase, Peter segurou seu rosto e a beijou. Gwen pensou em se afastar, porém não conseguiu resistir.

Em seguida, ao terminar o beijo de uma maneira suave, Peter ainda segurando o rosto de Gwen, olhou profundamente nos olhos dela e disse:

– Você precisa entender que eu amo você. Que você é a garota dos meus sonhos, a garota que é dona do meu coração. A garota que eu quero passar a minha vida ao lado. Eu amo você, e não ela.

Gwen ficou sem fala. Apenas abraçou Peter e desejou estar com ele o maior tempo possível, que tudo permanecesse assim: os dois juntos, para sempre.


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Notas finais do capítulo

E então leitores, o que vocês acharam desse monte de mistérios? O que vocês acham que o próximo capítulo trará?
Me contem tudo o que acharam da história através dos reviews!
Um beijão e até a próxima :)