O Lago De Callibri escrita por Joana Hunter
Depois de percorrer um longo caminho, Arthur finalmente consegue achar a vila. Havia alguns homens na vila.
– Oi, estou perto da vila?
– Você está nela. – Disse um dos homens olhando para Arthur com deboche.
– Eu procuro um cara, o nome dele é Eric. – Disse Arthur
– O estrangeiro?Ele está com Marcus. Podemos te levar até lá, não fica longe.
Eles foram em direção à fazenda de Marcus que não ficava muito longe dali.
– Você é Adara, certo? – Perguntou o elfo, a observando minuciosamente.
– Sim. E você, quem é? – Adara perguntou.
– O que você faz por aqui?
– Eu não sei, estou perdida.
– Huh... – disse o elfo saindo dali. Adara saiu do quarto feito de madeira. Lá fora havia muitas árvores, há poucos metros o elfo conversava com outros dois homens, talvez fossem como ele, talvez não. Mas isso não importava. Ela só queria sair dali, ela já havia ouvido falar dos elfos, e não era coisa boa. Aproveitando a distração deles Adara avistou um caminho de terra e seguiu para lá.
– Ela está fugindo! – Gritou a pequena elfo, chamando a atenção dos elfos para Adara que entrava no caminho. Percebendo isso, Adara começou a correr, sendo seguida pelos elfos. Ela correu por alguns minutos até chegar à parte mais próxima da vila, quando de repente se esbarra em alguém.
Na vila, Arthur e Eric trabalhavam carregando uma caroça com sacos de sementes quando Eric e os demais chegaram lá.
– Arthur! – Disse Eric surpreso.
– Eric! – Disse Arthur correndo até Eric e abraçando-o.
– Cara, eu pensei que nunca mais ia te ver. – Disse Arthur.
– Vocês são... – Disse o homem que acompanhou Arthur.
– O que? Não! Somos amigos, só amigos. E obrigado. – Disse Arthur.
– Esse é Marcus. – Disse Erick apresentando Arthur a Marcus.
– O que você faz aqui? – Eric perguntou a Arthur.
– Não é óbvio?! Eu vim estudar a vida na idade média. Estou aqui pra te salvar. – Disse Arthur.
– Legal, mas não acha que será mais difícil com nós 2 aqui? – Perguntou Eric.
– Temos a ajuda de quem já atravessou o lago. A Adara. – Arthur respondeu.
– E onde ela está? – Eric perguntou.
– Eu não sei. – Disse Ericdesanimado. – Mas ela é importante aqui, não deve ser difícil achá-la.
– Ele pode ficar conosco? Acho que vamos precisar de algum tempo até sair daqui. – Disse Eric a Marcus.
– Claro. – Disse Marcus.
– Ei! – Disse o homem em que Adara havia esbarrado.
– Eles querem me pegar! Me ajude! – Disse Adara ofegante.
– Ela vem comigo! – Disse o elfo ao alcançar Adara.
– Por que? – Perguntou o homem em que ela havia esbarrado.
– Por que a família do duque tem muitas dívidas conosco, inclusive com vocês vilões também. – Disse o elfo.
– Acho melhor resolvermos isso com Marcus. – Disse o vilão.
– Então vamos até ele. – Disse o elfo segurando o braço de Adara.
Já era tarde eles seguiam com Adara até a vila para decidir que medidas tomariam. A essa hora, as ruelas da vila já estavam escuras e não haviam mulheres por lá. Somente alguns homens que chegavam do trabalho e alguns que bebiam em volta de uma fogueira estavam fora de suas casas. Enquanto Adara passava eles assobiavam e mechiam com ela, mas não reconheciam que era a famosa filha do duque. Ela estava assustada e desacostumada com o ambiente, já que vinha de família nobre e havia crescido praticamente em meio à nobreza.
– Marcus, Marcus! – O vilão gritava em frente à fazenda de Marcus, esperando que ele saísse e resolvesse a situação já que ele era visto como um líder.
– Boa noite João. – Disse Marcus ao vilão, que era um amigo próximo de Marcus.
– Bem, Adara está aqui. E o elfo quer levá-la consigo. – Disse João.
– Adara, a filha do duque? – Perguntou Marcus surpreso. Olhou para trás de João onde estava Adara e o elfo, um pouco mais distantes mas não podiam ouvir a conversa.
– Sim, parece que ela abandonou o castelo e está sozinha. Certamente o elfo a usará para conseguir algo do duque, e, se não conseguir, sabe-se lá o que ele fará com ela.
– Mas se ele não o fizer, outro fará. A família do duque não é muito querida pelo povo. Apesar de que...– Disse Marcus.
– Apesar de que, se ela fizesse as pazes com o pai, talvez conseguíssemos algo dela. Além de que ela daria uma ótima isca para uma emboscada. – Disse João completando a fala de Marcus.
– Tem razão, não sairemos de mãos abanando. Ainda mais depois do que fizeram à todos nós. – Disse Marcus à João. Marcus se aproximou do elfo que ainda segurava Adara.
– Ouça elfo, podemos fazer um trato, você nos dá Adara e pode pedir algo em troca. – Disse Marcus.
– Quero que os elfos possam transitar pela vila livremente. – O elfo disse e olhou pensativo para Adara que aparentava estar assustada e voltou o olhar para Marcus.
– Certo. – Disse Marcus.
– Não terminei. Depois nós conversamos. – Disse o elfo soltando Adara.
– Tudo bem. – Disse Marcus. O elfo foi embora. Adara continuou imóvel, pois não sabia o que iria acontecer.
– Adara, venha conosco. – Disse Marcus. Marcus parecia ser gentil, ela também estava muito cansada para tentar fugir novamente então, junto à João entrou na fazenda de Marcus.
– Enquanto ficarmos aqui trabalharemos com Marcus na fazenda. – Dizia Eric à Arthur.
–Ah, ótimo, pensei que tiraríamos uns dias para descansar e acabo conseguindo uma trabalho numa fazenda. – Disse Eric debochando.
– Olha Arthur, eu realmente não queria isso. Você sabe cara, isso é uma loucura. Às vezes acho que estou sonhando, ou que enlouqueci. Mas eu não vou ficar aqui. Eu vou sair daqui, tem que ter um jeito. – Disse Eric.
– Posso servir-lhes alguma coisa? – Perguntou a irmã de Marcus, vindo da cozinha.
– Oi, eu adoraria que você me servisse algo... – Disse Arthur com um olhar malicioso.
– Arthur, por favor! Essa é a irmã de Marcus. – Disse Eric repreendendo o amigo.
– Irmã?! Bem, o que tem aí? – Arthur perguntou.
– Eu fiz sopa. – Disse Helene seriamente.
– Então eu vou querer sopa! – Disse Arthur.
– Não quero nada, obrigado. – Disse Eric. Logo depois Adara, João e Marcus entram na casa da fazenda. Adara demonstrava cansaço e sua expressão estava triste.
– Adara?! – Disse Eric levantando-se da cadeira surpreso.
– Eric! – Disse ela indo até ele e abraçando-o.
– Você está bem? – Ele perguntou. Ela fez que sim com a cabeça.
– Helene! Acomode Adara em seu quarto de lhe dê o que comer. – Disse Marcus à irmã. Ela levou Adara até seu quarto.
– Então, vocês já conhecem Adara? – Perguntou Marcus.
– Sim, achamos ela quando atravessou o lago. – Disse Eric.
– Nossa! A história fica cada vez melhor! O que há de tão especial do outro lado do lago? – Disse Marcus.
– Há um mundo completamente diferente. Bem, é mais evoluído. – Disse Eric.
– Bem mais evoluído. É sério cara, vocês estão séculos atrasados. – Disse Arthur. Marcus o olhou com desdém.
– Eu só não consigo imaginar como vocês e o seu mundo podem existir, isso é tão surreal. – Disse Marcus.
– Eu que o diga! É como viver um livro de história. Voltar séculos no passado. A manufatura, a monarquia, essas roupas horríveis... – Disse Arthur.
– Desculpe o Arthur, ele é meio lesado. Ele não quis ofender. – Diz Eric desculpando-se pelo amigo.
– É, eu percebi. – Disse Marcus. Eles riram.
– Ei, isso não tem graça! – Disse Arthur.
– Eu acho melhor não estarem odiando a vida aqui. Sabem que se não conseguirem voltar, estão presos aqui para sempre. – Disse Marcus sério.
– Isso não é nada reconfortante. Mas é a verdade. – Disse Eric.
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