O Lago De Callibri escrita por Joana Hunter


Capítulo 6
Capítulo 6 Fora do Castelo




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Adara estava em seu quarto, o dia amanhecia e até mesmo as refeições ela fora obrigada a fazer em seu quarto. Apesar de não aceitar comer nada, sua criada trouxera uma bandeja com frutas, leite e pão. Estava em seu quarto sentada em sua espaçosa cama, quando seu pai lá entrou.




– Não comeu nada?




– Não estou com fome. – Ela disse sem olhar para o pai.


– Eu faço isso pelo seu bem.

– É, eu sei. – Ela disse com sarcasmo.

– Ouça, por onde esteve quando fugiu?

– Eu não sei o nome do lugar. Por que?

– Há um réu no cativeiro dizendo te conhecer. Seu nome é Arthur, é estrangeiro.

– Arthur?! Ah, sim eu o conheço, mas o que ele faz aqui?

O pai de Adara o levou até onde Arthur estava preso. Era um lugar onde frequentava, como chefe militar, muitas vezes capturava prisioneiros de guerra e aplicava à eles as devidas punições. Além disso também participava de determinados casos, pois destas vezes cabia a ele o arbítrio das punições.

– Adara, tem que me ajudar a sair daqui. Diga a eles que não estou mentindo. – Arthur disse logo quando viu Adara.

– O que você faz aqui? – Ela o perguntou.

– Estou atrás do Eric, ele caiu no lago, nós estávamos te procurando. Nós temos que achá-lo. – Ele respondeu.

– Adara, você esteve do outro lado do lago? – O pai de Adara perguntou nervoso.

– Sim. – Ela disse ao pai.

– Soltem-no ele não está mentindo. Precisamos procurar o Eric. – Ela disse aos guardas que se prontificaram em abrir a cela. Arthur saiu dali.

– Nós vamos conversar agora. – Disse o pai de Adara.

– Pai, eu tenho que encontrar um amigo. – Ela respondeu.

– Adara você fugiu para o outro lado do lago, nós vamos conversar agora! – O duque disse nervoso.

– Não dá. – Ela disse de cabeça baixa. Estava cansada de ficar presa no castelo de obedecer as ordens injustas do pai..

– Se você for não precisa mais voltar. – Disse o pai rígido.

– Então... adeus. – Adara disse com lágrimas nos olhos. O pai de Adara a levou ao castelo onde moravam. Ele era casado com a madrasta de Adara com quem tivera uma filha, Maria, que tinha 8 anos. Adara foi até seu quarto e pegou uma bolsa de couro onde colocou as várias jóias que seu pai lhe deu. A dama de companhia estava no quarto e não sabia o que fazer.

– Senhorita, aonde você vai? – A dama de companhia perguntou.

– Eu vou embora, estou cansada disso. Por favor, pode pedir aos servos para prepararem Alva para mim. – Adara disse. Alva era uma égua branca que pertencia a Adara. Ela ganhou Alva do pai em um de seus aniversários. Adara não montava Alva frequentemente, mas quando a montava ficava várias horas cavalgando pelo campo ao redor do castelo.

– Adara você tem certeza disso? – O pai de Adara perguntou quando ela já montava em Alva. Ela não respondeu, somente cavalgou para fora do castelo com Alva. Ela passou pelo centro onde desceu e foi até uma das barracas da feira.

– Adara?! – Disse o vendedor surpreso, afinal, o que faria a filha do Duque passeando num cavalo no meio do centro do reino?!

– Sim, eu mesma, eu vou querer algumas maçãs. Disse ela tirando um anel do dedo e entregando ao vendedor.

– Quantas maçãs? Suponho que esse anel valha muito. – Disse o vendedor analisando o anel. Adara pegou umas duas ou três maçãs e colocou-as na bolsa que levava.

– Sim, vale mesmo. – Disse ela montando novamente em Alva. Ela cavalgou com a égua sem direção certa pelo reino até que pôde ver várias árvores, ela não tinha um destino certo apenas queria ir para o mais longe possível de seu pai e de suas regras sem fundamento. Ela entrou por esse caminho entre as árvores, que poderia a levar a quarquer lugar. Logo se lembrou da aventura que tivera ao atravessar o lago, mas não sabia como chegar lá. Então se lembrou de que Eric estava no reino e Arthur também! Como pudera se esquecer disso?! Droga! Ela pensou ao se dar conta de que deveria estar procurando por eles. Ela escutou um ruído em meio à floresta que ela estava. Adara viu um vulto, mas não pôde ver de quem ou de que coisa se tratava. Logo depois ouviu algo parecido com um grunhido de algum animal, porém o barulho fora muito alto. Alto o suficiente para assustar Alva e fazer o animal sair correndo pela mata. Adara não costumava montar Alva frequentemente com aqui já havia dito, ela não tinha tanta experiência para conseguir controlar Alva, a agitação do animal acabou fazendo com que Adara caísse no chão batendo sua cabeça e desmaiando.

Eric ajudava Marcus com as tarefas da fazenda, eles estavam conversando enquando carregavam sacos de sementes.

– Então Eric, como chegou à Callibri?

– Pelo lago. – Quando Eric disse isso Marcus parou de andar e olhou para Eric que também parou o que fazia.

– Veio navegando?

– Não, atravessei o lago. – Eric disse não esperando que Marcus acreditasse nele. Marcus apresentou uma expressão meio confusa.

– Sei... – Disse Marcus.

– Olha, eu não espero que acredite mas, se você puder me levar de volta ao lago eu o agradeceria. – Disse Eric.

– Não, eu acredito. Acredito mesmo, mas não vai dar. O Castelo do Condado está cercado por guardas, além disso, dizem que quando se consegue atravessar o lago é bem difícil voltar.

– Você não está entendendo, eu não vou ficar aqui pelo resto da minha vida. Eu preciso voltar.

– Daqui a alguns dias, o reino comemora uma festa. Vai ter muita gente então os guardas estarão ocupados, eu posso tentar te levar lá mas não garanto nada.

– Está bem, obrigado.

Arthur andava pela feira do reino, ele não sabia como achar Eric.

– Ei, você! Não gostaria de comprar este belo tapete por apenas duas moedas? – Um feirante perguntou a Arthur.

– Não, eu não preciso de um tapete. Eu preciso achar meu amigo só isso.

– O que vai levar para seu amigo quando encontrá-lo?

– Nada. Por que?

– Leve o tapete, apenas duas moedas.

– Eu já te disse eu não preciso de tapete nenhum! Você não viu meu amigo? Se chama Eric nós entramos no lago e aparecemos aqui.

– Bem, corre o boato de que uma pessoa teria sido encontrada há alguns dias perto do Condado . Então ele foi pego pelos guardas.

– Só isso?

– Parece que ele está com os vilões.

– E onde estão os vilões?

– Na vila. Olha eu já falei de mais, dê o fora daqui. – Disse o feirante, ele temia ser associado com os vilões que estavam matando funcionários do Rei, ele não queria mesmo correr o risco de ser confundido com um deles. Arthur seguiu perguntando onde ficava a vila que não ficava muito longe dali.

– Huuum... – Adara gemeu enquanto acordava sua cabeça doía devido à queda. Ela estava deitada numa cama, num pequeno quarto. Logo quando acordou pôde ver os olhos arregalados e espertos que a observavam. Um pequena garotinha do cabelo castanho claro e olhos bem escuros estava lá olhando para ela. Ela uma bela criança, uma criança como todas as outras a não ser pelo fato de que... suas orelhas eram pontudas. Era uma criança elfo. Adara estava confusa, será que estava sonhando?!

– Ela acordou! Ela acordou! – Gritava a menina que saiu correndo do quarto. Logo ela voltou puxando a mão de um homem era alto também tinha cabelos castanhos e eram longos. Seus traços eram belos e delicados.

– Você está bem? – Ele perguntou, Adara fez que sim com a cabeça e percebeu que ele também tinha orelhas pontudas: também era um elfo.



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