O Lago De Callibri escrita por Joana Hunter


Capítulo 5
Capítulo 5 A chegada de Arthur




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– Merda! Então eu vou entrar no maldito lago. – Disse Arthur.

- Então, boa sorte. – Disse o velho.

- Só isso?! Você não disse que elas tinham que gostar de mim? – Falou Arthur. O velho pensou um pouco.

- Bem isso é com elas.. Mas sei uma forma de agradá-las.

- E qual é?

- Vem comigo. – Disse o velho andando pela mata. Ao andar mais um pouco pôde-se ver uma pequena casa feita de cascas de árvore. Fora havia uma fogueira apagada.

- Você mora aqui?! Bela casa. – Disse Arthur. O velho entrou na casa e voltou com algumas frutas. Chegou perto de Arthur e ía o entregar mas ele não aceitou.

- Não, obrigado, tô sem fome. – Disse ele dando um rápido sorriso.

- Isso não é para você imbecil, é o agrado pras Náiades. – Disse John.

- Está me dizendo que vou conseguir comprá-las com frutas?

- Isso era dado a elas como oferendas em trocas de favores. Talvez funcione. – Disse John.

- Talvez... – repetiu Arthur pegando as frutas e olhando para John com um olhar desconfiado. Depois disso eles foram para as margens do lago novamente perto de onde encontraram o barco virado. Arthur entrou na água lentamente segurando as frutas. Logo apareceu uma delas, era linda, Arthur continuou andando mais à frente indo para onde era mais fundo. Ele levantou as frutas oferecendo à Náiade que se aproximava dele. Ela as pegou e mergulhou. O velho via tudo da margem do lago. Outra Náiade apareceu, essa sorria para ele e se aproximou estendendo a mão.

- Pode me levar à Callibri? – Ele perguntou a ela. Ela o puxou para o fundo do lago, outras Náiades apareceram, logo, como aconteceu com Eric, Arthur apagou.

Eric estava olhando para o nada, perdido em seus pensamentos. A carruagem que Marcus roubara já chegava onde os vilões (trabalhadores livres) moravam, na vila que ficava no campo.

– Ei, Eric, você está bem? – Perguntou Marcus quando parou a carruagem. Ele tinha cabelos loiros que desciam lisos até os ombros, seus olhos eram pequenos, mas intensos eram azuis claríssimos, sua boca era o desenhada em dois traços finos.

– Acho que sim. – Disse ele descendo da carruagem. Na vila havia algumas casas, algumas pessoas transitavam pela vila. Algumas levavam ferramentas, algumas trabalhavam por lá mesmo, algumas transportavam sacos em seus cavalos, lá perto havia um ferreiro que confeccionava um tipo de ferramenta, havia mais à frente um armazém. Parecia mesmo um cenário de filme épico. Marcus saltou da carruagem e assoviou alto. Todas as pessoas pararam o que estavam fazendo e prestaram atenção.

– Mais um Condutor foi pego. Tinha algumas moedas, e transportava Eric, estrangeiro de Kansas. – disse Marcus apontando para Eric. – Ele está perdido, vai ficar conosco por enquanto esperamos que sejam hospitaleiros. – continuou Marcus. Um homem foi até Marcus. O que fazemos com o corpo?

– Enterrem- no na floresta. Os cavalos agora são nossos. – Disse Marcus. Que começou a andar, fazendo um sinal para Eric seguí-lo.

– Por que estão fazendo isso? – Perguntou Eric.

– O que fizemos com o condutor?! Justiça. Pessoas são presas injustamente, pagamos impostos altíssimos, um ou dois ladrões a menos não farão falta. – Disse Marcus.

– Não têm medo de serem pegos? – Eric perguntou. Marcus deu uma risada um tanto espontânea.

– Não estamos sozinhos. – Marcus respondeu.

– E com que estão? – Perguntou Eric. Então, Marcus entrou numa casa de costureiras chamando Eric. Logo na entrada estava sentada uma mulher mais de idade.

– Esse é Eric, vai precisar de algumas roupas. – Disse Marcus. As costureiras tiraram as medidas de Eric e confeccionaram algumas roupas para ele. Algumas eram do cotidiano camponês, calças de lã e túnicas com uma faixa de amarrar no tronco, deram lhe também sapatos e um chapéu feitos de pano. As cores não eram muito chamativas, na maioria das vezes foscas. Marcus pagou as costureiras com as moedas que havia saqueado do condutor. Depois foram para a pequena fazenda de Marcus. Era bem pequena como de todos na vila. Eric tomou banho em uma bacia e se vestiu com as roupas que ganhara. Eles estavam na porta da casa de Marcus.

– Não ficou tão mal assim. Mas são bem diferentes das suas. – Disse Marcus.

– Eu posso dizer que minha realidade também era bem diferente. – Disse Eric. Uma jovem e bela moça chegou na fazenda, era notável sua semelhança com Marcus. Seus cabelos eram loiros como os de Marcus, porém faziam cachos e eram longos. Seus olhos eram também azuis claros, porém mais arregalados. Ela entrou e se sentiu envergonhada com a presença de Eric, ela estava com um pequeno garoto de aproximados 10 anos, de cabelos castanhos e olhos pretos.

– Essa é Helene, minha irmã e nosso amigo William, mora conosco desde a morte de seus pais. Este é Eric, estrangeiro de Kansas. – Ela somente acenou com a cabeça e adentrou em seu quarto na casa da fazenda. O pequeno garoto o encarou e entrou em seguida. Já estava escurecendo.

– Bem, você pode ficar aqui conosco, mas terá de nos ajudar com as tarefas. – Disse Marcus.

– Eu posso ajudar enquanto estou aqui, mas não pretendo ficar por muito tempo. – Disse Eric.

– Tudo bem, está com fome? Eu estou! Vou mandar Helene cozinhar algo para nós. – Disse Marcus entrando na casa da fazenda.

Arthur acorda em Callibri, no mesmo lugar em que Eric acordara. Ele acabou de subir na margem do lago. Deitou-se de barriga para cima, estava exausto.

– Pelo menos estou vivo... ou não?! – Ele se perguntava.

– Quem é você? Levante-se agora! – Disse um guarda apontando uma espada para Arthur. Arthur se esforça e se levanta, olha o guarda de cima à baixo e ri.

– Você está ridículo sabia?! – Disse Arthur.

– O que faz no Condado de Callibri? É estrangeiro não é?! – Disse o guarda ainda apontando a espada.

– Então quer dizer que eu estou em Callibri. – Disse Arthur que saiu andando. O guarda entrou na sua frente apontando a espada.

– Nem mais um passo estrangeiro. – Disse o guarda. Arthur o encarou por alguns segundos e depois, de supetão saiu correndo, o guarda foi atrás gritando os outros pedindo reforço. Eles conseguiram pegá-lo e levá-lo para a prisão. Ele estava numa pequena cela e um guarda tentava conversar com ele.

– Por que não nos diz de onde veio?

–Pergunte à sua mãe.

– O quê?

– Nada. Eu quero meu advogado.

– Aqui não tem nada de advogado, você está preso e logo pagará por suas ações.

– E o que eu fiz?

– Está sendo acusado por ser desobediente e estrangeiro de reinos adversários.

– O quê?! Eu não vim de reinos adversários. Eu cheguei pelo lago, estou procurando meu amigo. Espera, você conhece alguma Adara? Ela é branca, tem cabelos pretos e longos,olhos verdes...

– Adara, a filha do duque?

– Eu não sei o nome do pai dela, mas se trouxer ela aqui eu posso provar que estou dizendo a verdade. – Disse Arthur. O guarda o olhou meio desconfiado.



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