A Terceira Geração escrita por Grushka


Capítulo 2
Capitulo 2 – minha vida toda foi uma mentira




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Depois de 1 ano e meio que tudo isso aconteceu, as coisas estranhas pararam de acontecer. Consegui viver “normalmente” depois aquilo. Eu ainda me metia em algumas confusões, e até tentei prestar mais atenção nas aulas, mas era completamente impossível.

Mas de qualquer forma, já estávamos na época das férias, era só curtir. Um dia desses, eu e Connor fomos pra casa dele, onde ficamos o dia inteiro. Assistimos filme, jogamos vídeo-game, baralho, comemos pizza e outras coisas. Estava muito calor, e resolvi entrar na piscina. Não queria ficar tanto tempo, até porque Connor não poderia entrar comigo. Mas não comentei nada pra não deixa-lo triste.

– E então, o que vamos fazer agora? Disse eu.

– Sei lá. Esta afim de fazer desafios?

– Como assim?

– Eu desafio você ir até o quintal, e pegar uma minhoca e trazer pra cá em 15 segundos.

–Ah, ta brincando? É muito pouco tempo...

Connor começou a contar em ordem regressiva.

– Aah, ok. Sai em disparada.

Quando estava voltando, ouvi uma voz me chamando, que vinha direto da piscina. Pensei que era apenas meu desejo de entrar. Nem liguei e voltei pra dentro de casa onde Connor estava.

– Aqui esta sua minhoca. - Ergui minha mão entregando a minhoca pra Connor.

– Você quer entrar na piscina, né? – Connor me olhou como se eu n conseguisse esconder nada dele.

– O que? Não cara, relaxa. – Tentei em pensar alguma coisa pra mudar de assunto, mas não vinha nada em mente.

– Não mente pra mim Thom, pode entra, ta tudo bem.- Ele deu um sorriso sincero.

– Ok, se é assim. Eu não vou ficar muito tempo, tudo bem?- Corri pra me vestir com trajes de banho.

Quando eu volto, eu dou um pulo e caio direto na piscina. No momento em que meu corpo entra em contato com a água, eu me senti bem. Não sei por quê. Só me senti bem.

– Agora novo desafio, vamos ver quanto tempo você fica de baixo da água. - Disse Connor, me desafiando novamente.

– Haha, beleza. Vamos nessa.– Eu mergulhei, e fiquei olhando pra cima, olhando pra Connor. Depois, meus olhos se fecharam. Eu realmente estava muito relaxado la dentro. Depois de um segundo pra mim, me lembro de perguntar pra Connor o quanto tempo eu deveria ficar e o que eu ganharia com aquilo.

– Hey, Connor, O que eu vou ganhar ficando...

– Finalmente você levantou! Pensei que tinha morrido cara. Não faz mais isso.

– Calma cara, para de ser dramático.- Dei uma risada do desespero de Connor. – Eu só fiquei la por uns 20 segundos.

– Não cara. Você fico la por 11 minutos.

Eu me espantei com a fala de Connor. Ele falou serio. Não estava com aquele ar de “zoação” de antes, e não entendi o porquê da mentira dele.

– Cara, não tem como eu ficar por tanto tempo...

– Se não acredita vou cronometrar pra você. - Disse procurando um celular que ele mesmo inventara com materiais velhos que havia na casa dele.

– Pronto, quando você quiser. - Disse Connor.

Eu mergulhei, e fiquei contando o tempo. Mas meus olhos se fecharam de novo. Novamente perdi a noção de tempo.

Quando eu levanto, já haviam se passado 15min, e eu ainda estava com muito fôlego. Eu ficava me perguntando, como humanamente isso é possível? Eu não sabia quanto tempo permanecia em baixo da água, e não acreditava muito no tempo que Connor cronometrava, eu sabia que ele modificava de certa forma. Sabia que não havia nenhuma maneira daquilo ser possível.

Ao sair da piscina, Connor insistiu pra que eu entrasse no grupo de natação da escola. Eu sabia que o Diretor não permitiria, porque eu não era um bom aluno, e necessitava de boas notas. E fora isso, meus dias estavam, um tanto quanto, contados naquela escola.

Até que outro dia, uma moça de chapéu longo, que chegara a cobrir seu rosto, apareceu e me olhou fixamente. Bem, eu não tinha certeza, por que ela estava usando com um óculos de sol, e não dava pra saber a direção exata de pra onde ela estaria olhando. Mas senti que aquele olhar era pra mim. Segurei-me para não ir falar com ela. Depois de uns minutos, ela se virou e foi embora, eu fiquei zonzo e acabei desmaiando. Acordei em um hospital, e quem estava comigo era o professor Robert. Ele estava acompanhado de Connor e ambos estavam com uma cara seria.

Eu perguntei a enfermeira.

– Como eu vim parar aqui?

A enfermeira me olhou num espanto de"nossa você já acordou?".

– De acordo com seus amigos, eles te encontraram desmaiado em um beco, mas não tenho muitas informações. Mas pelo visto, esta tudo bem com você, sairá logo daqui. Irei chamá-los.

A enfermeira chamou os dois pra entrarem na sala, pois eu já havia acordado. E eu me perguntara como eu podia desmaiar tão facilmente e do nada? Não sentia meu corpo estranho, e eu estava com minha alimentação em dia.

– Então meu filho, como se sente? - Perguntou o Sr Robert.

– Thom! Irmão! Como você ta? Esta se sentindo bem? Ainda estais zonzo? Quer vomitar? ..- Connor disse desesperado.

– Calma...- Eu tentei acalmar Connor, mas de tanto nervosismo nem me ouviu.

– Mas sério, lembra-se do que aconteceu? Você passou mal?...

– Connor, se acalme! Todos nós estamos preocupados, mas fique calmo.- Disse o Sr Robert meio estressado.– Olhe criança, você realmente lembra do que aconteceu?

– Bem, eu o que eu lembro... Ah, esquece, deve ser alucinação. – Lembrei da mulher que me encarara. Mas o que ela poderia ter haver com eu ter passado mal e desmaiado?

– Não, não, prossiga.

– É que havia uma mulher de Roupas longas, um chapéu grande, ela apenas pareceu me encarar fixamente, mas nem tenho certeza se era pra mim...

– Sabia!- Disse Sr. Robert.

– Sabia do que professor? – Olhei pra Connor, que pareceu pareceu mais confuso que eu.

– Olha Thomas, quer entender tudo o que aconteceu nesses últimos meses? Pra isso temos que conversar uma coisa muito séria a respeito do seu passado.

– Mas Octrus você acha que já esta na hora de falar sobre isso com ele?- Disse Connor ansioso, mas ao mesmo tempo assustado.

– Octrus? Quem é Octrus? – Parei por um momento tentando entender tudo o que estava acontecendo - E falar do meu passado? Como assim? Cara, ta brincando que tem algo que vocês estão me escondendo?

– Acalme-se Thomas, quero dizer Nathan..

– Nathan? O Que? ... Não estou entendendo mais nada cara. Primeiro, por que o Connor chamou o senhor de Octrus? E por que o senhor me chamou de Nathan? Segundo, você nem me conhece, só me vê na escola, e ja quer saber do meu passado?

– Errado. Voce esta errado Nathan..

– Para de me chamar assim!- Meu coração acelerou-se fazendo a maquinas de controle apitarem de alerta. Chamando a atenção da enfermeira.

– Por favor, podem-se retirar? Ele acabou de acordar, não deveriam estressá-lo assim. - Disse a enfermeira os repreendendo.

– Sim senhora, perdão!- Disse os dois se retirando da sala. – Mas tarde conversamos Thom.

Por um momento fiquei me perguntando como que as coisas foram acabar assim. Eu era um aluno um pouco rebelde pelas confusões em que me metia, mas eu não havia feito nada de mais pra me perseguirem, pro meu professor me chamar de Nathan ou saber do meu passado. Eu realmente não estava entendendo muita coisa. E de tanto estress, desmaiei de novo.

Quando acordo a enfermeira estava conversando com o Sr Robert e com Connor. Naquele momento senti a presença dela familiar, como se eu já tivesse a visto antes, mas não no hospital ou passando pela rua, mas como se ela já tivesse feito parte da minha vida. Mas por alguma razão não conseguia me lembrar da onde.

– Oi! Eu já posso voltar pra casa?- Disse eu com pressa de sair dali.

Os três olham pra trás.

– Sim Thomas só estava esperando você acordar. - Disse a enfermeira. – Eu só vou passar uma receita do remédio que você tem que tomar.

Enquanto ela falava e anotava a receita com o médico, eu me perguntava também do por que do Sr Robert não ter chamado os meus pais. Nisso imediatamente ele me respondeu como se estivesse lendo minha mente.

– Nós não os chamamos porque eu preciso falar com você, e isso seus pais não precisam saber agora.

Eu achei estranha a atitude do meu professor de história, ele parecia serio demais. Só não fiz mais perguntas por que estava com muita dor de cabeça e sem paciência pra dar uma de rebelde.

O Sr. Robert me acompanhou até uma praça onde paramos para tomar um sorvete.

– Esta mais calmo Nathan?

– Por que continua me chamando de Nathan? Meu nome é Thomas. Você sabe.

– Nathan é.. Como posso dizer? É seu nome verdadeiro. – Sr Robert deu uma risada irônica nesse momento - Thomas foi um nome que seus pais adotivos deram a você.

– Hã? Não entendi, por que achas isso? Eu acho que você esta me confundindo. - Fiquei irado com o professor, ele simplesmente chega e diz que esse Thomas não é meu nome verdadeiro? Ele poderia ao menos dar a desculpa de que não gostava de "Thomas"...

– Não, não estou, eu sei muito bem tudo sobre você. - O Sr Robert me olhou com uma cara desafiadora.

– Ah é? Então me conte alguma coisa sobre mim que só eu deveria saber. – Indaguei sem pensar duas vezes.

– Haha! Essa é fácil. Você é Thomas Thomson, na verdade esse é seu nome falso mas...

– Enfim... – Já estava sem paciência por não pararem de trocar o meu nome.

– Enfim, você tem Déficit de atenção, isso todo mundo sabe. Mas é normal, já que é uma coisa que seus pais tinham.

– Meus pais? ... Você os conheceu? – Disse eu surpreso.

– Sim, seus pais... Pelo visto você não sabe nada sobre você mesmo.

Enquanto nos dialogávamos, Connor apenas tomava o seu sorvete quieto no canto dele, olhando para os lados, como se estivesse esperando alguém, ou ate mesmo vigiando a área. Ele aparentemente estava calmo demais, como se já soubesse tudo o que o Sr. Robert tinha pra me falar.

– Então, você quer entender tudo certo?

Balancei a cabeça demonstrando que sim.

– Então vou contar. – Sr Robert respirou fundo, dando a entender que não seria fácil contar a minha própria historia, e como se fosse algo muito longo. – Você passa por muitas confusões por sua falta de controle, mas isso é genético, como eu já disse isso é herança genética de seus pais. Eles também passavam pelos mesmos problemas que você passa hoje. E uma coisa que você não sabe, é que o fato de você ser adotado, não é porque seus pais morreram em um acidente. É porque eles acharam que poderia ser muito perigoso pra você crescer em um lugar onde existem seres que querem destruí-lo.

– Espera. O que? – Me levantei do banco com o humor totalmente alterado. – Como você simplesmente chega e diz que meus pais não morreram?

– Acalme-se criança. So me responde. Você já foi visitar o tumulo dos seus pais?

Eu paralisei. Eu realmente não tivera ido. Mas era porque eu tinha medo de como seria a minha reação. Eu olhei pro horizonte quando eu respondi.

– Não, eu nunca os visitei.

– Você não acha estranho morar tão perto do cemitério, e nunca ter ido pra la? De deus pais adotivos nunca terem conversado com você a respeito disso?

Eu apenas o ouvia falando. Comecei a pensar. Afinal, se o que ele estava dizendo era verdade, entao meus pais verdadeiros ainda estavam vivos? Mas por que eu não pudera crescer e viver com eles? Muitas perguntas vieram em minha mente.

– Entao tem pessoas que querem me destruir? – Indaguei-o querendo que ele concluísse a historia, pra que eu pudesse responder algumas perguntas das milhares que haviam em minha cabeça. - Mas por quê? E quem quer?

Sr Robert me olhou surpreso, como se finalmente eu tivesse ficado curioso e afim de ouvi-lo.

– Primeiramente Nathan, lembra de tudo o que eu expliquei sobre Mitologia Grega?

Forcei minha mente pra lembrar-se de tudo. Infelizmente não tinha uma memória tão aguçada assim.

– Não me lembro de tudo. Eu gosto de mitologia, mas é muito nome pra lembrar.

–Tudo bem, você só precisa saber do básico agora.

Perguntei-me como que minha historia, e a historia dos meus pais tinham haver com mitologia grega. Mas nada mais me fazia sentido há tempos. Por que agora fariam?

– Entao, as pessoas que querem te matar são os invejosos da descendência dos deuses e outros seres como minotauros, górgones, hidras...

– HAHÁ! Você quer mesmo que eu acredite nisso? Você quer que eu acredite que os seres mitológicos existem? Desculpa professor, mas acho que você esta levando a serio demais a historia. – Eu comecei a rir como uma criança vendo desenho animado.

– Deixa o Octrus terminar Nathan. - Connor me olhou com uma cara seria.

Eu me assustei. Nunca que o Connor havia me chamado assim, e nem com aquele tom serio. Tentei não rir mais das coisas que o professor me contara.

– Todo bem. Mas por que você sempre chama o professor Robert de Octrus?

– Por que esse é o meu verdadeiro nome. E quero que a partir de hoje você comece a me chamar assim também. - O Professor disse num tom como se nada que eu soubesse era real.

Ajeitei-me no banco da praça onde estávamos, e tentei prestar o máximo de atenção possível na historia bizarra que o professor me contara. Mesmo não acreditando muito. Fala serio, estava tudo muito artificial pra ser verdade. Eu estava esperando as câmeras aparecerem com uma multidão gritando “Você foi pego em um reality show”, que nem fazem com alguns famosos pra entreter a multidão.

– Enfim, continuando, eles querem te matar, por que desde o começo não era pra você ter nascido Nathan.

– Hã? Como assim? Por quê?

– Que tal você me deixar terminar de explicar, e depois você faz perguntas? - Sr Robert me encarou, parecia que se eu o interrompesse mais uma vez, ele iria me jogar no chafariz do centro da praça em apenas um chute. – Não era pra você ter nascido por que seus pais...

De repente apareceram vários sátiros correndo em nossa direção, parecendo que iriam nos atacar. Eles pareciam não querer nos agredir, mas viam pra cima de nós como se estivessem sidos controlados por um alguém.

Então Sr Robert, quero dizer, Octrus jogou algumas mini bolas pretas no chão, e em segundos todo o lugar estava coberto por uma cortina de fumaça preta. De repente Connor salta de sua cadeira e suas calças rasgam mostrando suas pernas. Connor também era uma sátiro. Espera. Um satiro? Ele começou a bater nos outros sátiros que pareciam ser “maus”e eliminava-os um em um. Os que eram derrotados evaporavam da mesma forma que os homens de preto foram evaporados depois que a voz estranha apareceu. E nisso, Octrus assoviou e um Grifo apareceu.

– Venha Nathan, sobe aqui.- Octrus me puxou pra cima do grande animal que começou a voar.

– Mas e o Connor?- Disse eu olhando pra baixo e vendo meu melhor amigo lutando contra um monte de seres mitológicos.

– Ele vai saber onde nos encontrar.

Voamos por cima da cidade da Jefferson Town. Ao anoitecer pousamos em um lugar movimentado, e muito estranho. Octrus jogou outra mini bola, (mas dessa ver era amarela), no Grifo, e ele se tornou um cachorro. Eu fiquei até sem palavras e com medo de saber o que era aquelas bolinhas, pois Octrus tinha varias delas e eu já estava cansado de perguntar sobre tudo. As pessoas nos olhavam como se fossemos estranhos. Mas afinal, depois de tudo o que aconteceu comigo apenas naquele dia, nem mesmo eu me considerava normal. Começamos a andar no meio das pessoas, tentando não chamar muita atenção. Entramos em uma loja, que parecia uma loja de eletrônicos. Octrus continuou andando até o final da loja, sem se importar com os funcionários e clientes. Ele me puxou pra dentro de uma sala onde tinha uns rapazes reunidos e jogando poker.

– Ola rapazes.- Disse Octrus, ainda andando pro final da sala.

– Ola Octrus, quanto tempo!- Os rapazes nem se tocaram que eu estava ali presente.

Segui o meu professor ate a outra sala. Entrei e ele fechou a porta vigiando se alguém estava nos observando.

– Pronto, aqui podemos conversar sem que ninguém nos interrompa.

– Ok, mas então Octrus, porque aqueles nos atacaram? Eles queriam me matar. Né?

– Deve ser difícil pra você entender, mas vou ser direto. O amor de seus pais era impossível, eles não podiam ficar juntos por nada! Mesmo assim, a teimosia deles foi maior do que as próprias regras exercidas pelo parlamento. Então, todos os seres, que você conhece como os seres mitológicos querem que você morra, antes que se revolte contra o Olimpo e possa estragar tudo.

– Mas por que eles não poderiam ficar juntos? O que os impediam? E me revoltar contra o Olimpo?

– Seus avos Nathan. Seus avos nunca permitiram o relacionamento de seus pais. Pois seus avos desde velhos tempos... Bem, acho que isso já é outro assunto que depois eu te conto.

– Não! Eu quero saber, realmente quero saber. Conta-me. Por favor. – Nunca me senti daquela forma antes. Eu estava com vontade de chorar e ao mesmo tempo com raiva, pois passara por 12 anos da minha vida e eu não sabia absolutamente de nada!

– Eu sei como se sente, faz dois anos que eu te conheci, mas desde o começo eu sempre tive certeza que você era o menino da próxima geração.

–Próxima geração? Que próxima geração? – Eu estava tentando entender o que estava acontecendo, mas estava mais confuso ainda de como existira aquela sala cheia de artefatos gregos nos fundos de uma loja de eletrodomésticos.

– E o que a ultima geração tinha de tão importante pra eu ser o “menino da próxima geração”?

Octrus respirou fundo e me encarou e sempre me encarava como se eu fosse lerdo o suficiente pra demorar pra entender o que ele estava me contando.- Você ainda não deduziu, né? Você talvez seja... Bem, pra mim você é neto de Poseidon, Netuno. Da onde vem a origem de seu verdadeiro nome. Você é filho de Percy Jackson. Sobrinho de Perceu.

– Mas, mas... O QUE? – Fiquei sem palavras. Afinal, ele estava me dizendo que eu era filho de um semi-deus? Ou seja, eu era um semi semi-deus? Na minha cabeça tudo ficou confuso.

– E a minha mãe?

– Bem, você lembra dos homens de preto que te perseguiam quase a dois anos atrás?

– Sim...

– Então, eles foram mandados pelo seu outro avô, Hades. Eles eram montros disfarçados para não chamar tanta atenção para os mortais.

– O que? Quer dizer que minha mãe é filha do senhor das trevas? Que legal, acabei de descobri que não gosto do meu avo. E meu pai é filho de Poseidon, rei dos Mares? - Fiquei de queixo caido. Descobri que minha mãe era filha do deus que eu menos gostava na historia mitológica e que meu pai, era um tal de Percy Jackson. – Ta.. Isso é brincadeira. Não tem como ser verdade. Afinal, nos livros nem fala desse tal de “Percy Jackson”..

– Olha aqui criança, você realmente acha que tudo isso é uma grande mentira? Pois bem, vou te contar mais uma historia então. Seu pai demorou tanto quanto você para ser encontrado. Ele também não conseguia acreditar no que contaram a ele sobre mitologia ser real. E sua mãe também tivera raiva de seu próprio pai, pois ele fizera coisas não muito boas nos tempos anteriores. Como por exemplo, o fato de não permitir o relacionamento de seus pais por uma intriga familiar muito antiga... Mas ate que já estava na hora de eles se revoltarem... - Octrus começou a pensar alto.

– Mas como o senhor sabe tanto sobre isso? Se isso é da geração passada e deuses vivem por muitos anos.

– Eu posso aparentar ter uns 28 anos para os Humanos Nathan, mas eu tenho mais de 2.800 anos reais. Como todos os seres mitológicos.

Por um momento fiquei perplexo, e esperei a todo o momento o Octrus gritar: “Brincadeirinha”. Ele me olhou como se soubesse que eu realmente não estava acreditando muito nas coisas que ele falava. Mesmo assim continuou.

– Então Nathan, seus pais não poderiam ter um relacionamento sério pelo fato de seus avos não se derem muito bem, porque como já contei na aula de historia, Zeus, Poseidon e Hades, são os três grandes deuses, e apesar de serem irmãos, o odio e obsessão tomou conta deles, fazendo-os brigarem por mais poder e etc. Mesmo que seu pai, Poseidon, entrou em acordo com Zeus, Hades ainda se é considerado um grande inimigo dos dois. – Octrus me olhou calmamente - A proibição do relacionamento dos seus pais deve estar mais claro agora, não? - e sorriu.

Eu meio que sem o que falar estava começando a entender tudo o que acontecia, mas algo dentro de mim não queria acreditar que aquilo realmente fosse real.

– Então espera, se minha mãe é filha de Hades, e meu pai de Poseidon, eles são primos. Eles poderiam se casar mesmo assim?

– Exatamente. Esse é outro fator crucial pra união deles serem proibidas.

– Ta, isso eu ate entendo professor, mas o que tem haver aqueles monstros tentando me matar?

– Isso tudo tem haver pelo fato de você ser um semi-deus.

– Eu sou um semi-deus? Mas, se minha mãe e meu pai são semi-deuses, eu não deveria ser apenas um “Mortal”? – Soou estranho na hora que eu disse, pareceu que eu tinha certeza que acreditava no meu professor de historia.

– Exato, isso poderia acontecer. Mas felizmente ou infelizmente isso não aconteceu. Você nasceu do gene “deus” de seu pai. E sua irmã do gene “deus” sua mãe. Fazendo-lhe semi-deuses também.


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Notas finais do capítulo

- Próximos Lançamentos: Terceiro Capitulo - 07/11/12



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